quarta-feira, 13 de março de 2013

MV-LN - Capítulo 17

 MVLN - Capítulo 17 - Redenção




POV Edward
Eu tentei seguir minha vida depois de deixar Bella, mesmo com toda dor que aquilo tinha me causado.

Nunca quis magoá-la, eu apenas queria partir sem deixar marcas, dar a ela a chance de viver de verdade, de ter uma vida decentemente normal. Mas ela tinha que tornar tudo ainda mais complicado, ela tinha que me obrigar a mentir, a ferir seus sentimentos, e consequentemente, os meus.

Mesmo assim me mantive forte. Alice a monitorava por suas visões, o que me garantia um pouco de paz, ou não... Da mesma forma que precisava saber sobre ela, também não queria... Eu até poderia deixar de existir para ela, mas Bella jamais deixaria de existir em mim. Isso dificulta tudo.

Nos mudamos para o Alaska, para mais próximo dos Denali. Não tinha sido minha escolha, mas sim da família. Eu não poderia impor mais nada a eles, já fizeram demais me acompanhando até aqui. Todos tivemos que largar tudo repentinamente para trás, e isso já era mais do que eu poderia agradecer.

Irina e Laurent não estavam, ele não esteve em momento algum conosco. Eleazar nos contou que ele está com dificuldades de se ajustar a nossa alimentação, decidindo viajar dias antes de nossa chegada. Irina voltou algumas vezes, apenas por educação e respeito à Tanya e a Carlisle.

Fomos novamente matriculados no ensino médio por aqui, dando continuidade a farsa que tínhamos iniciado (ou reiniciado) em Forks. E a escola era sempre igual, as mesmas garotas tentando chamar nossa atenção, os mesmos rapazes se preocupando em perder seu posto de galã, os professores deslumbrados, os diretores bajuladores, e por aí vai.

Carlisle conseguiu um emprego no hospital também, o que me deu um certo alívio, eu não conseguiria vê-lo afastado de sua grande paixão por minha culpa. Eu já tinha fardos demais para carregar.

Eu não podia chamar meu estado atual de vida, mas eu estava indo. Não tinha o direito de desistir, até porque Bella ainda precisava de minha proteção. Então eu concentrei minhas forças e sentidos na busca por Victória, segundo as visões de Alice, ela planejava se vingar de mim, através de Bella.

Buscamos por todas as pistas que Alice nos dava, muitas vezes isso nos levava longe, outras, perto demais de Forks. Victória era esperta, mas nós não desistiríamos, aquilo tinha virado minha mais nova obsessão.

Victoria simplesmente não mantinha uma rota, uma rotina, sempre mudando, sua inconstância dificultando tudo. Sempre que achávamos estar próximos, ela dava uma guinada, modificando totalmente as visões que Alice me avisava por celular.

Às vezes a saudade que eu sentia apertava meu peito dolorosamente, e se tornava quase impossível acreditar que meu coração já não batia mais. Várias outras cogitei voltar, nem que fosse apenas para olhá-la dormir, mas eu não podia me permitir um momento de fraqueza.

Meus sentimentos eram confusos na maioria do tempo. Alegrava-me quando Alice me contava que ela estava lutando para voltar a viver, que ela tinha tomado novas decisões, feito escolhas banais, e outras nem tanto. Mas ao mesmo tempo, mais uma parte de mim morria. A parte que ficou com ela, o maior e melhor de mim.

Alguns meses depois de partir me encontrei com Alex na casa dos Denali. Ele já não ficava lá mais tanto tempo, mas sempre aparecia. Suas palavras nunca saíram da minha mente, por mais que eu tentasse ignora-las.

Flashback on

_ Eu preciso falar com você Edward. Em particular. – ele disse sério. Caminhamos até o exterior da casa, eu já podia saber o assunto apenas pelos flashes de sua mente.

_ Estou te ouvindo...

_ Eu contei para Pamela, sobre nós, sobre mim. Na verdade Bella contou... – a menção de seu nome me fez sorrir.

_ Fico feliz por vocês. – eu falei sincero.

_ Você devia voltar. – ele soltou seu pensamento que não parava de martelar.

_ Eu não posso Alex. Eu não tenho esse direito... – eu tentei explicar, mas fui cortado por ele.

_ A escolha é dela, Edward. Por mais que ela tente esconder, é tão visível seu sofrimento... Ela está dilacerada, sangrando Edward. Isso não é justo. – ele dizia com carinho, eu podia sentir seu amor por Bella, e fiquei grato em saber que mais pessoas estavam dispostas a protegê-la.

Apenas o deixei ali e segui de volta para casa. Eu não podia continuar ouvindo, ou eu acabaria dando a ele, uma razão que não o pertence...
Flashback off

E então meus dias iam passando. Sofregamente lentos. Eu só me alegrava quando surgia uma nova possibilidade de pegar Victória, mas o sofrimento voltava ainda mais intenso quando tudo se esvaía por entre meus dedos.

Aos poucos, fui me afastando cada vez mais de todos, e de mim mesmo. A certeza de Alex estar perto delame deixava em paz, eu sabia que ele não permitiria que algo de mal acontecesse com ela e por isso, já não fazia mais sentido continuar ali, já não fazia mais sentido ver todos aqueles olhares de pena direcionados a mim.

Resolvi passar um tempo no Brasil - todas as pistas que tive era de que victoria rondava os paizes do sul - Manter minha infelicidade longe dos olhos atentos de todos. Conter minha vontade de voltar estabelecendo uma distância digna entre nós.

Me senti livre novamente, apenas por não ter mais que esconder minha dor. Apenas me mantinha informado sobre os passos de Victória, nada além me interessava mais.

Eu me encontrava inerte, como sempre, jogado num sofá de um barraco qualquer num canto de uma das favelas do Rio de Janeiro. Meu celular tocava, Alice...

_ Oi Alice. – eu falei com minha voz sem vida.

_ Edward, alguma coisa está atrapalhando minhas visões com Bella. Eu não sei o que é, mas muitas vezes ela tem se mantido escondida de mim. Você precisa voltar... – Alice dizia assustada.

_ Há quanto tempo isso vem acontecendo? – eu reagi.

_ Alguns meses. Mas agora tem se tornado muito frequente...

Minha mente trabalhava pensando nas possibilidades. Mas nada que fizesse sentido para mim.

_ E então? Você volta? – ela perguntou esperançosa.

_ Eu não sei Alice... – respondi desligando o celular.

Logo agora que eu tinha conseguido um lugar para me esconder dos olhares de compaixão Alice me vinha com essa história... Parece que tudo me forçava a voltar para Bella, como se meu único caminho fosse com ela... Isso não era certo, eu não poderia forçar minha presença novamente, não depois de ter sumido de forma tão covarde.

Mas por outro lado, eu não poderia deixá-la desprotegida. Eu jurei que nada de mal lhe aconteceria, e isso independia de estar ou não juntos...

Eu não me perdoaria nunca se algo de grave acontecesse com Bella. De certa forma, sua vida tinha se tornado perigosa depois que se envolveu comigo. Eu era o culpado por toda essa confusão. E eu teria que consertar tudo, até que Bella estivesse segura novamente e pudesse continuar sua vida como se eu nunca tivesse existido.

Essa foi a promessa, essa era a dívida. Eu estou voltando para Forks...

(...)

Embarquei no primeiro avião que consegui. Já estávamos no final da semana e era mais complicado conseguir passagens de última hora.

O vôo foi longo, mas não cansativo. Esse era um ponto positivo da minha imortalidade.

Segui direto para a casa dos Denali, eu não queria perder tempo, precisava conversar com Alice direito, provavelmente ela já me esperava na casa.

Todos já me esperavam, eu tinha passado bastante tempo sem vê-los e tinha muitas saudades. A primeira a me abraçar foi Esme:

_ Que bom que está de volta Edward, sentimos tanto a sua falta... – ela acariciou meu rosto com ternura.

_ Também senti, mãe. – eu fui sincero.

_ Achei que você nunca ia voltar. – Emmett socou minhas costas, me fazendo rir, eu tinha sentido falta das nossas brincadeiras.

_ Hey Edward... – Jas cumprimentou de longe, sorrindo, ele controlava minha ansiedade por saber notícias.

Carlisle me abraçou em silencio, apenas demonstrando seu afeto. Eu senti muita falta de todos. Cumprimentei o restante do pessoal, e só então fui “liberado” por Jasper para perguntar o que eu tanto queria.

_ Onde está Alice? Eu preciso falar com ela...

_ Ela e Rosalie saíram para caçar. Não devem demorar a voltar. – Carmem falou despreocupada.

O telefone começou a tocar, Tânia atendeu e logo passou para Carlisle, sua expressão era de desentendida.

_ Calma Rose. O quê? Venha para casa... – Carlisle falava apressado, sua voz era urgente, algo estava acontecendo. Eu não pude evitar de ler sua mente, Alice tinha voltado as pressas para Forks, isso já me deixou alarmado.

Alguns minutos depois Rose entrava pela porta, sua mente gritava para mim tudo que tinha acontecido, ela estava desesperada, em choque... sua conversa com Alice passando por sua mente. A dor de Alice, ela explicando que esta voltando para Forks, seu pedido para esperar noticias.

Assim que notou minha presença, ela estacou. De repente seus pensamentos foram convertidos num hino, e uma grande bandeira do Brasil dominou sua mente. Ela tentava me esconder, mas já era tarde demais.

Mesmo Jasper tentando controlar minhas emoções, o medo que eu senti foi mais forte que qualquer coisa. Eu não conseguia pensar com clareza, e se Alice não chegasse a tempo?

Eu não conseguia me mover, pensar, agir. Eu sabia que tinha que ser feito algo, mas eu não sabia o que. Acho que perdi a capacidade de raciocinar.

_ Por que vocês não me disseram que ele estava aqui? – Rosie dizia ainda mais desesperada.

_ Por que nós deveríamos ter te dito Rose? – Esme perguntou sem entender ainda o que estava acontecendo.

_ Alice teve uma visão de Bella, ela caiu de um penhasco... – ela dizia com a voz embargada.

Não sei a reação das pessoas com a notícia, eu não era capaz de focar minha atenção a nada. Senti pessoas se aproximarem de mim, ouvi conversas que não fui capaz de entender, e muitos pensamentos que não me eram interessantes.

_ Eu vou para Forks. – eu falei e já corri em direção à porta.

Antes que eu conseguisse alcançar a parte de fora da casa, Emmett já tinha me jogado contra o chão. Tentei me soltar, mas seu aperto era forte demais.

– Me solta, Emmett. – eu rugi.

_ Edward, pare com isso. Você indo até lá só vai piorar as coisas, pense com clareza. – Carlisle disse sereno como sempre – Alice foi tentar impedir, mas se caso ela não consiga, Charlie pode entender sua presença como algo negativo.

_ Escute Carl, Edward. Ele tem razão... – Esme se abaixou para ficar próximo a mim. – Não se torture mais, tenha certeza das coisas antes...

Aos poucos eu fui entendendo que eles tinham razão. Eu estava precipitando, e isso poderia causar ainda mais problemas. Quando Jasper percebeu que eu já estava sob controle, deu o sinal para que Emm me soltasse.

_ De qualquer forma eu preciso saber o que aconteceu... Não posso ficar no escuro até que Alice volte. Eu não agüento isso... – eu falei exasperado.

_ Ligue para a casa dela... Mas faça isso amanhã. Alice provavelmente ainda nem chegou por lá, nada aconteceu. – Rosie disse me abraçando. Foi estranho, mas eu gostei de conhecer um lado mais bonito de minha irmã, ela realmente tinha sentido a notícia.

(...)

Essa tinha sido a noite que eu mais senti falta de poder dormir desde minha transformação. Mas acho que mesmo se eu pudesse, não teria conseguido fechar os olhos.

Eu tentava pensar positivo, acreditar que Alice chegaria a tempo, mas a dor no peito não diminuía. A idéia de um mundo sem Bella era inconcebível.

Todos passaram a noite juntos na sala, ninguém saiu de perto de mim. Alguns por compaixão e ansiedade, outros por medo de que eu fizesse alguma besteira... De qualquer forma, eu não conseguia prestar muita atenção em nada.

Assim que o dia venceu a noite, todos me encorajaram a esperar até a tarde. Com muito custo, aceitei. Eu não tinha muitas opções, e uma ligação minha a essa altura não faria muito sentido.

Me resignei a sofrer em silencio, cronometrando o tempo, observando o movimento lento dos ponteiros do meu relógio de pulso.

Quando ficou impossível esperar mais um segundo se quer, peguei o telefone e disquei o número tão conhecido por mim.
Se for possível para um vampiro, senti a adrenalina tomar meu corpo. O medo me assolar, desliguei no segundo toque.

Eu não estaria preparado para ouvir uma má notícia. Eu nem podia chamar isso de má notícia, ainda seria pouco.

Puxei o ar desnecessário para meus pulmões, apenas para criar coragem. Disquei novamente. Eu estava sozinho na sala, acho que por privacidade, mas eu sabia que todos estavam próximos.

_ Alô? – a voz de um homem quebrou o silencio. Pensei em quem poderia ser, mas não me atei ao detalhe.

_ Eu gostaria de falar com Charlie? – eu preferi pedir por ele, talvez assim tudo soasse menos trágica.

_ Sinto muito, ele está no funeral. – o homem falou com uma voz solene.

A partir daí eu já não respondia mais por mim. Tudo ficou escuro. Eu não sei definir toda dor que sinto nesse momento. É como se tudo que eu sofri durante esse tempo de separação se unisse para acabar com o restante da minha sanidade.

Por um momento acreditei que talvez Carlisle não estivesse de todo errado. Talvez nós tivéssemos salvação. Talvez não fossemos apenas almas condenas. Pois, caso contrário, tamanho sofrimento não faria sentido...

Talvez a dor tivesse me feito humano novamente, pois era assim que eu me sentia. Ou talvez, nós não tivéssemos tantas diferenças quanto eu havia pensado. Eu era fraco e impotente.

Apesar da força extrema, da agilidade sobre-humana, da capacidade de ler mentes, eu não fui capaz de impedir sua morte... Eu não era capaz de fazê-la voltar à vida...

E nem ao menos podia chorar por ela. Eu não era digno do seu amor, da sua devoção. Eu merecia cada milésimo de segundo que sofri...

Eu queria morrer, apenas para ter a chance de encontrá-la novamente. Mas eu não podia, eu era imortal. Eu queria chorar, transformar em lágrimas cada pedaço do meu coração despedaçado. Mas eu não tinha lágrimas, muito menos coração.

A minha suspeita se confirmou quando aquele alguém atendeu o telefone da casa de Bella e me disse que Charlie estava no funeral... Eu nem ao menos podia velar seu corpo, Charlie me expulsaria de lá, com razão.

Foi como se meu coração voltasse a bater, apenas para parar novamente. A dor da transformação se tornou ínfima diante a que cortava meu peito agora.

Eu estava dilacerado. Eu não existia mais. Bella levou tudo que tinha de mim consigo...

Tentei tanto protegê-la. Saí de sua vida apenas para dá-la a chance de viver uma vida normal e digna, a chance de salvar sua alma. Mas a culpa era minha, sempre seria minha, e eu a carregaria para sempre. Eu a enchi de esperanças de uma vida que na verdade não existia. Eu fui egoísta e deixei que meu amor falasse mais alto, enquanto que tudo que eu deveria ter feito, é ter me afastado, sem nem ao menos olhar para trás.

E agora Bella se foi. Voltou para o lugar ao qual sempre pertenceu. O céu. Oposto de onde eu vim e para onde vou...

Não tinha outra saída para mim. Eu tinha que morrer. Destruir meu corpo, pois o que quer que fosse que vivesse dentro de mim, não existia mais.

Talvez nem isso eu merecesse. Acho que o certo para mim seria viver eternamente com a dor, apenas para pagar o preço de ter destruído a vida de Bella. Mas eu era fraco, e seria mais uma vez.

Reuni o restante de força que restava dentro de mim, e me arrastei para Volterra as escondidas. Aleguei que eu precisava ficar sozinho para pensar, só que apenas eu sabia que eu nunca mais voltaria para casa novamente.

Eu mostraria a humanidade o verdadeiro monstro que sou, e então rezaria para que os Volture resolvessem me torturar bastante e tornar minha morte o mais dolorosa possível...

Eu estava vivendo num mundo preto e branco, sem cor e sem vida. Bella não estava mais ali, e nunca estaria ao meu lado novamente. Nada mais importava, eu só queria que aquela dor no meu peito tivesse fim, e que de alguma forma, eu me redimisse dos meus erros.

Entrei na construção antiga, eu já estive ali antes e me lembrava bem do caminho. Não me importei de dar satisfações a secretária humana que eles mantinham na anti-sala, apenas abri a porta com um estrondo, chamando atenção de todos que estavam ali.

Aro, Caius e Marcus estavam em suas cadeiras habituais, alguns degraus acima de onde eu me posicionei. Jane e Alec também estavam na sala, cada um de um lado dos tronos. Eles não me olharam surpresos, muito menos espantados, claro que já sabiam que eu estava a caminho.

_ Eu vim para pedir um favor... Minha destruição – Aro se aproximou, estendendo a mão em um pedido mudo. Sem hesitação lhe entreguei a minha, poucos segundo foram o suficiente para que ele tivesse todos os meus pensamentos.

_ Meu caro, para quê desperdiçar sua imortalidade com uma simples humana? – Marcus disse secamente. Aro mantinha seus olhos fixos em mim.

_ Ela era minha vida, mas Bella morreu. – eu disse verbalizando aquilo pela primeira vez, e cada palavra era como um soco no estômago. Tudo se tornava ainda mais real e intenso quando você passava a admitir aquilo. Não tinha volta, Bella se foi...

_ Ainda sim, seu dom é maravilhoso demais para ser desperdiçado – disse Aro olhando para Marcus que também lhe estendeu a mão, Aro queria entender minha ligação, Marcus lhe explicava a intensidade de meus sentimentos.

_ Nada mais importa, e eu não vim para tentarem me convencer do contrário. Estou apenas avisando que eu me mostrarei aos humanos caso não aceitem por um fim nisso tudo antes. – eu disse sem expressão, nada mais fazia sentido para mim.

_ Edward, não desperdice seus dons. Venha trabalhar conosco na guarda... – Caius se pronunciou pela primeira vez, disse com sua falsa gentileza.

_ Eu já disse o que farei– eu não aguentava mais continuar vivendo naquele mundo sabendo que Bella não estava mais nele, a ausência me abafando.

_ Não sem um motivo, Edward... – disse Aro.

_ Então eu lhes darei um... – falei deixando o salão, sem ser barrado por ninguém.

(...)

A praça logo em frente estava lotada, alguma festa religiosa importante estava acontecendo na cidade, mas eu não me importava em saber qual era.

Todas as pessoas vestiam capas vermelhas e caminhavam numa única direção, algumas segurando velas em suas mãos. Era um bonito cenário para se morrer.

Por suas mentes reconheci o dia, o dia em que os cristãos da cidade veneravam o santo, o frei que havia expulsado e exterminado os vampiros da cidade. Uma data inesquecível para os humanos, uma comemoração que os Volture faziam questão de preservar. Uma boa forma de me mostrar ao mundo...

Puxei o ar uma última vez, mesmo sem a necessidade de tê-lo em meus pulmões. Imaginei o rosto de Bella sorrindo, como eu gostaria de me lembrar dela para sempre. Fechei meus olhos, despi minha blusa, deixando meu peito nu e dei um passo à frente.

Eu sabia que a sombra deixaria de me proteger em alguns segundos, e logo eu seria visto pelo que eu sou. Concentrei-me para não perder a imagem de Bella, como eu sentia sua falta...

E esperei... Esperei para que a morte acabasse com minha dor, e quem sabe, com minha culpa. Num ato hipócrita rezei para que Carlisle estivesse certo, assim eu poderia ter Bella mais uma vez, mesmo que eu nunca a tenha merecido...


So lately, been wondering
Ultimamente, tenho pensado
Who will be there to take my place
Quem estará lá para tomar o meu lugar?
When I'm gone you'll need love to light the shadows on your face
Quando eu tiver ido, você precisará de amor para iluminar as sombras no seu rosto
If a great wave shall fall and fall upon us all
Se uma onda enorme caísse, e caísse sobre todos nós
Then between the sand and stone, could you make it on your own
Então, entre a areia e as pedras, você conseguiria se virar sozinha?
If I could, then I would
Se eu pudesse, eu iria
I'll go wherever you will go
Eu Irei aonde quer que você vá
Way up high or down low,
Bem lá em cima ou lá embaixo,
I'll go wherever you will go
Irei aonde quer que você vá
And maybe, I'll find out
E talvez, eu descobrirei
A way to make it back someday
Uma forma de trazer tudo de volta algum dia
To watch you, to guide you, through the darkest of your days
Para observá-la, para guiá-la, através do mais escuro dos seus dias
If a great wave shall fall and fall upon us all
Se uma onda enorme cair, e cair sobre todos nós
Then I hope there's someone out there
Então eu espero que haja alguém
Who can bring me back to you
Que possa me trazer de volta para você
I'll go wherever you will go
Eu Irei aonde quer que você vá
Way up high or down low,
Bem lá em cima ou lá embaixo,
I'll go wherever you will go
Irei aonde quer que você vá
Run away with my heart
Fuja com o meu coração
Run away with my hope
Fuja com a minha esperança
Run away with my love
Fuja com o meu amor
I know now, just quite how
Só agora eu sei o quanto
My life and love might still go on
A minha vida e o meu amor precisam permanecer
In your heart and your mind,
No seu coração e na sua mente,
I'll stay with you for all of time
Eu estarei com você por todo o tempo
If I could, then I would
Se eu pudesse, eu iria
I'll go wherever you will go
Eu Irei aonde quer que você vá
Way up high or down low,
Bem lá em cima ou lá embaixo,
I'll go wherever you will go
Irei aonde quer que você vá
If I could turn back time
Se eu pudesse fazer o tempo voltar
I'll go wherever you will go
Irei aonde quer que você vá
If I could make you mine
Se eu pudesse fazer você ser minha
I'll go wherever you will go
Irei aonde quer que você vá
Wherever You Will Go (The Calling)

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