Capítulo 28 – Um Pequeno Passo
There comes a time
When we hear a certain call
When the world must come together as one
There are people dying
Oh, and it's time to lend a hand to life
The greatest gift of all
(...)
We are the world
We are the children
We are the ones who make a brighter day, so let's start giving
There's a choice we're making
We're saving our own lives
It's true we'll make a better day, just you and me
Logan
— Tempestade Solar, que
prazer em revê-lo! — disse David ao se aproximar juntamente com Flora. — Como
está sua linda menina?
Levantei-me da mesa da
cafeteria onde os esperava e oscilei, sentindo uma breve tontura. Nós tínhamos
decidido começar nosso “experimento de retirada” depois que eu me reaproximasse
dos dois, porque achávamos que não convinha arriscar um despertar do humano
antes que essa parte estivesse concluída, mas não pude esperar mais.
Quando naquele mesmo dia
em que tomamos a decisão, entrei em contato com David e soube que ele estaria
viajando pela semana seguinte, liguei para Cal e contei a ele toda verdade. Sem
muitas perguntas, nosso amigo se prontificou a ajudar imediatamente e chegou na
outra noite. Então demos início ao primeiro round
da nossa loucura, cientes de que, se o humano acordasse, Estrela assumiria a
conversa com David e Flora e daríamos um jeito a partir daí. Mas essa era
apenas uma possibilidade remota, porque sabíamos o quanto seria complicado ele
despertar.
Cinco dias não eram, nem
de longe, o suficiente para que houvesse algum sinal daquele que podia ainda
morar em mim. No entanto, tinham sido o bastante para que eu sentisse os
efeitos negativos em meu corpo enfraquecido.
— Você está bem? —
perguntou Flora, enquanto me cumprimentava com um beijo no rosto. — Está
gelado!
David segurou minha mão e
assentiu, parecendo preocupado. Fiz um gesto para que relaxassem e nos
sentássemos. Eu só precisava de uma cadeira e, quem sabe, um café forte. Então
tudo ficaria bem.
Honestamente, eu havia
acreditado que uma única tentativa não me faria sentir tão mal, e achei que
poderia estar em meu melhor para a conversa de hoje. Mas estávamos aqui agora e,
apesar de meu ledo engano, eu não podia me dar ao luxo de lamentar por minha
irresponsabilidade. Tinha que fazer funcionar assim mesmo.
— Está tudo bem —
tranquilizei-os —, só não tomei meu desjejum ainda. Acho que preciso de um pouco
de açúcar no sangue — menti. — Lindsay está ótima, David. Está no parque com a
mãe, mas elas virão para cá mais tarde, para rever vocês. A pequena sente falta
dos amigos.
— Nós também — Flora
sorriu, amistosa. — Desculpe a pergunta, mas ela não estranha essa vida de
viagens que vocês levam? Crianças precisam de estabilidade.
Certamente, essa não era
a intenção de Flora, mas o comentário me fez sentir culpado. O que eu estava
fazendo — qualquer parte de tudo isso — tinha o potencial de afetar cada pedacinho
do mundo limitado, porém estável de Lindsay. Mas a longo prazo seria o melhor
para todos. Principalmente para ela e John. Então tentei me recompor.
— Ela se diverte
conhecendo pessoas novas e colecionando amigos que revê de tempos em tempos.
Você sabe como as crianças têm uma mente aberta e são tão amorosas que fazem
amigos por toda parte, não é?
— Pois é parte do que eu
ainda tento provar aos Conselheiros — ela disse, chamando o garçom para anotar
nossos pedidos. — Você tem feito falta para me ajudar.
— Realmente, sua perspicácia
em conjunto com sua persistência nos traziam uma visão única das coisas. Por
isso concordo que sentimos sua ausência. Pretende voltar às reuniões? —
perguntou David.
— Em algum momento, sim.
Mas queria conversar com vocês dois antes, já que temos opiniões parecidas. Quem
sabe preparar uma abordagem diferente para um assunto que deixamos pendente.
— Que seria? — ele
questionou intrigado, seus olhos puxados estreitando-se ainda mais.
Flora pareceu empolgada
com a mera perspectiva de novos debates e eu me animei com essa disposição
atenta dos dois. Esperei o garçom se afastar. O assunto era delicado, afinal.
Mas eu sabia que tinha aliados naquela mesa.
— Bem, nós conversamos
muito sobre os novos humanos, as crianças que estão sendo criadas por nós e,
portanto, estão inseridas em nossa sociedade. Mas e se houver outras crianças?
Digo, entre os sobreviventes. Devem ser poucos, mas sabemos que ainda pode
haver alguns por aí. Essas crianças... Na verdade, os humanos que ainda
restam... Eu me interesso em saber o que os Conselheiros e Representantes
discutem sobre eles.
— Você sabe, Tempestade
Solar. — David inclinou o rosto surpreso pelo questionamento.
De fato, eu sabia. As
resoluções da Representação eram amplamente divulgadas em todas as mídias e essa,
em especial, que era de interesse de todas as comunidades, era assunto
frequente nos últimos meses. Além disso, todas as cidades mantinham atas detalhadas
das reuniões de seus Conselhos disponíveis para qualquer cidadão e eu tinha
lido as de Nova Orleans e Phoenix — mais perto de casa — onde havia menção a
humanos. Contudo eu precisava ouvir deles. Filtrada por suas opiniões, eu teria
uma melhor visão do que eles sentiam sobre esse assunto, e poderia medir melhor
a recepção do que eu teria a lhes dizer.
— Sim, eu ouvi as
notícias quando aconteceu. E também li as atas a respeito, mas me interesso em
saber por vocês, se não se incomodarem, para formar uma opinião mais completa
sobre o assunto e entender como vocês pensam, particularmente.
— Pois muito bem, amigo —
David concordou pacientemente. — Não me incomoda em nada explicar como foi.
Toda oportunidade de conversar com um amigo sobre assuntos importantes é
bem-vinda, não é mesmo, querida Flora? — Ela assentiu com um sorriso e eu
agradeci antes que ele continuasse. — Bem, é consenso entre todos os Conselhos
e, portanto, entre os Escritórios de Buscadores do mundo que não os
procuraremos mais, a não ser que alguma denúncia seja feita de que estejam
ameaçando e oferecendo perigo a um de nós. Do contrário, os deixaremos
sobreviver da maneira que puderem. Não temos interesse em uma guerra pura e
simples.
— Exatamente — Flora
confirma. — O objetivo nunca foi a extinção dos humanos, e sim a salvação do
planeta para que pudéssemos habitá-lo. Infelizmente, nossa forma de
sobrevivência e nosso modo de colonização exigia que ficássemos um contra o
outro, porque precisávamos dos hospedeiros. Acontece que depois de todo esse
tempo, eles se tornaram inviáveis para esse propósito, resistentes demais. Mas,
claro, imagino que eles não saibam disso e ainda acreditem que estão lutando
pela própria vida quando se deparam com um de nós, então reagem com violência.
Contudo, se são deixados em paz, apenas saqueiam nossas provisões e voltam a se
esconder. Assim, o argumento dos Buscadores foi que eles correriam riscos
desnecessários indo atrás desses humanos. Para os Curandeiros também era um
fardo pesado demais ter que... descartar
os hospedeiros — ela disse hesitante, tocando no ponto mais delicado de todos.
— Entendo — concordei. —
A noção que temos de quem eles são mudou depois de todo nosso tempo na Terra e,
claro, da convivência com nossos filhos humanos. Tenho certeza de que muitos
ainda temem os humanos que sobraram, imprevisíveis e violentos como sabemos que
podem ser. Mas também imagino que seja muito difícil para alguém cuja vocação é
curar simplesmente terminar uma existência.
— Sim, os dilemas éticos
atingiram proporções novas com o passar do tempo — disse David.
— Certamente. — Talvez o processo não fosse o
mesmo para todas as Almas, mas mesmo a mais reticente não poderia ficar imune
para sempre à presença humana, já que havia toda uma nova geração composta por
crianças de famílias que não as entregariam como hospedeiras. Mas era sobre as
condições daqueles que, assim como meus amigos, não estavam inseridos em nossa
sociedade que eu precisava saber. Portanto, continuei o assunto. — Peço
desculpas por insistir nos detalhes. É que são importantes para o que tenho a
dizer e quando a determinação veio a público eu não fazia parte de um Conselho.
Mas de quem partiu a iniciativa de pedir o término das buscas por
sobreviventes, dos Buscadores ou dos Curandeiros?
— De ambas as partes, mas
em momentos diferentes — David explicou. — Foram os Curandeiros quem primeiro
perceberam a inviabilidade deles como hospedeiros, por causa da resistência à
supressão que aumentava exponencialmente conforme o tempo passava. Os
Confortadores os apoiaram nisso e os Conselhos apenas concordaram e tornaram
conhecida a decisão para os Representantes. Em um instante, todos os demais
Conselhos do mundo estavam de acordo com ela. Então os Buscadores levantaram a
questão da própria segurança. Qual seria o objetivo de abordar humanos e correr
riscos se não seriam usados como hospedeiros e os Curandeiros estavam cada vez
mais se opondo a descartar os corpos?
— De fato, mas mesmo
assim... É difícil imaginar um consenso entre os Buscadores a esse respeito. A
missão deles é zelar pela segurança de nossa espécie. E os humanos, por menor
número em que estejam, ainda podem oferecer perigo às Almas que se depararem
com um deles.
Eu sabia que estava
bancando o advogado do diabo. Mas o fato era que nenhum dos humanos que eu
conhecia podia responder por todos os humanos do mundo. O perigo do contato era
uma probabilidade que sempre existiria e eu já tinha aceitado que precisaríamos
lidar com isso, porque minha família humana era mais importante que um risco
hipotético. Entretanto eu conhecia o pensamento dos Buscadores.
— Sei que nossos
protetores trabalham com conhecimento e prevenção bem mais do que com confronto
direto — continuei. — Portanto prefeririam ter ciência dos esconderijos e
locais onde humanos já foram avistados, para vigiar e evitar que outras Almas
desavisadas topassem com eles, em vez de atacar esses redutos e simplesmente
dizimar os sobreviventes. Ou seja, parafraseando o clichê: o melhor ataque é a
defesa. Isso já era assim antes da resolução. Mas eu me pergunto se há
Buscadores que preferem uma abordagem mais direta... Digo, para eliminar de vez
os riscos.
Meus dois amigos
arregalaram os olhos, entendendo ao mesmo tempo aonde eu queria chegar.
— Você está me
perguntando se pode haver Buscadores que prefiram caçar os humanos a evitá-los?
— David testou e eu confirmei. — Provavelmente. Se eles desobedeceriam uma
decisão geral pelo bem maior e empreenderiam uma caçada por conta própria? Isso
eu já acho que não. Vai contra a nossa natureza, para começar. A insubordinação
entre nós é praticamente inexistente, para não dizer irracional, nesse caso.
— É o que penso — Flora
completou. — Se um humano for capturado não há uma prisão para onde levá-lo e os
Curandeiros se recusariam a descartar seu corpo. Então os próprios Buscadores
precisariam lidar com ele. E por lidar... Bom, você entende o que quero dizer. Por
isso acho que os dissidentes não levariam a insubordinação adiante, porque isso
seria muito pior. Hoje em dia, praticamente não existem mais armas letais, mas
mesmo que houvesse, nunca ouvi falar de uma Alma disposta a assassinato a
sangue frio.
Minha cabeça girou outra
vez, mas eu não sabia se era por causa dos sintomas que eu estava vivenciando
ou se era pelas imagens que rodavam em minha mente.
Sobre um garoto que eu
não tinha conhecido e sua namorada que havia se tornado uma de minhas melhores
amigas. E sobre o papel de uma certa Buscadora em suas vidas.
Eu concordava com Flora.
Tinha conhecido Buscadores suficientes em minhas existências e eu próprio,
mesmo em meus piores dias, não teria sido capaz de agir como um executor. Mas
eu sabia de pelo menos uma Alma que tinha sido.
Por mais que eu quisesse
acreditar que a natureza pacífica de minha espécie prevaleceria a tudo, o
assassinato do namorado de Lily não me deixava ilusões de que as coisas não
poderiam terminar muito mal.
Por outro lado, aquela
foi uma situação ímpar, porque a Buscadora tinha sido levada ao limite por
Lacey.
Eu acreditava — e Estrela
concordava comigo — que a humana era quem dava as cartas. E o caráter
pestilento dela contaminou a Alma cuja grande falha tinha sido esconder de
todos, provavelmente por orgulho, a hospedeira resistente que lhe dominou as
ações.
Obviamente, eu não sabia
qual das duas tinha puxado o gatilho. Também evitava pensar nisso, porque a
menos que Lacey se comportasse de forma perigosa para os outros, seria uma
temeridade levantar essas suspeitas. Mas a verdade era que, afora seus comentários
ácidos e sua personalidade insuportável, ela era apenas uma megera inofensiva,
que nunca tinha prejudicado ninguém.
Além disso, eu podia
apenas imaginar o quanto tinha sido difícil para ambas dividir o mesmo corpo
por tanto tempo!
Uma humana amarga, mimada
e sem empatia. Uma Alma obstinada e orgulhosa. Atacando-se mutuamente dia e
noite. Por dois longos anos.
A loucura tinha sido
inevitável.
Talvez em seu normal,
Lacey nunca teria sido capaz de apontar aquela arma para Wes. E sem sua
influência, a Buscadora não teria feito o que fez. Mas juntas elas tinham trazido
à tona o pior uma da outra.
De qualquer forma, essas
eram apenas suposições. O que me restava era estar continuamente de olho em
Lacey e cuidar para que nenhuma hostilidade fosse cultivada, assim como Jeb
vinha fazendo desde sempre.
Era um risco que eu tinha
assumido quando percebi o tipo de pessoa duvidosa que ela era. E que Jeb e
todos os outros tinham aceitado quando a acolheram. Porque arriscar-se era
inevitável em todo esse jogo.
Sempre haveria riscos. A
questão era o quão dispostos estávamos a encará-los.
Eu queria poder debater a
questão com David e Flora, mas ainda não sabia o quanto podia confiar neles e
aquela história revelava muito sobre nosso grupo.
As circunstâncias em que
Peg se envolveu com os humanos. A perseguição obsessiva de uma Buscadora
posteriormente dada como morta por seus companheiros. E a maneira que Peg
encontrou de salvar sua vida, retirando-a de sua hospedeira e entregando aos
humanos nosso único segredo.
Não, definitivamente não
era hora de falar sobre isso.
De todo jeito, depois de
todo esse tempo, seria impossível uma Alma conviver com um hospedeiro
resistente como Mel ou Lacey. A supressão era inevitável quando a Alma era mais
forte. E a loucura impossível de esconder se o humano vencesse a batalha.
— Eu ainda temo o contato
entre humanos e Buscadores — confessei. — Conheço as ordens no caso de denúncia
de perturbação da ordem. Evitar o
engajamento em disputas físicas. Paralisar com o spray ou, em casos extremos,
com a munição especial. Retirar as Almas ameaçadas e evacuar as cercanias até
que o humano tenha fugido. Parece bastante sensato para mim, mas...
— Não o suficiente — Flora
completou. — A parte sobre deixá-los à própria sorte também incomoda você, não
é?
— Um ferimento com
munição de paralisium pode não ser
letal, mas é doloroso o bastante. E pode ser grave também. Sem tratamento
adequado, pode demorar muito a sarar — exemplifiquei.
— Eu já soube de casos em
que os Buscadores levaram um humano ferido e desacordado aos Curandeiros.
Depois o deixaram curado e em local seguro até que despertasse sozinho. Ou
seja, todos temos medo, mas muitos estão procurando maneiras — David tentou me
tranquilizar.
— Pois é onde eu queria
chegar — elucidei finalmente. — Quando um humano é deixado à própria sorte,
como disse Flora, para que tipo de situação ele volta? Será que suas crianças
passam fome? Ou morrem por falta de tratamento a alguma doença banal que
curaríamos em poucos segundos? — Noto que Flora ofega e os olhos de David se
nublam ao imaginar a cena. — Eles estão por aí, são parte de um mundo pelo qual
assumimos responsabilidade, mas não nos responsabilizamos por eles. Todos os
seres deste planeta vivem em harmonia agora, sem sofrimento. Exceto pelos
remanescentes da espécie que nos serviu como hospedeiros. E eu não consigo mais
me conformar com isso. Há necessidades por parte deles e inúmeras
possibilidades de ajudar por parte da nossa. Só o que nos separa é o medo que
temos um do outro.
— E o fato de que nos
odeiam — Flora ponderou.
— Mas não precisam odiar.
Podemos ao menos tentar. É nossa obrigação assumir responsabilidade por seu
bem-estar também. O medo não pode ser suficiente para nos impedir, porque nunca
tivemos medo de nos sacrificar pelo bem maior. Pois agora os humanos também
fazem parte disso. Afinal, as crianças deles herdarão o mundo junto com as
nossas. Porque nada as impede, quando forem adultas, de se confundirem com aqueles
que foram criados por nós e educados segundo os nossos valores. E se essa
situação se tornar conflituosa, só teremos a nós mesmos para culpar.
David ouvia pacientemente,
sem interferir. De repente, ele me olhou e eu soube que estas questões não eram
estranhas para ele. Ele concordava. Talvez já tivesse ponderado sobre todas
elas. E eu esperava que não tivesse sido apenas ele.
— Suas preocupações ecoam
as de muitos de nós, Tempestade Solar. Dos Representantes e de muitas Almas que
nos têm abordado ao longo dos anos — ele esclareceu. — Mas estamos diante do
mesmo impasse que todos os indivíduos que já tentaram fazer o bem na Terra
enfrentaram. Confiança. É preciso haver confiança mútua e irrestrita entre as
partes para fazer algo assim funcionar. Não podemos impor isso, ao menos não de
uma vez, a todas as Almas, porque não podemos forçá-las a confiar nos humanos. O
bem está em nossa natureza, mas tudo o que está vivo espera assim permanecer e muitos
humanos nos matariam se tivessem a chance.
— E nós estivemos nos
protegendo contra isso, mas assim como no caso dos Buscadores, pode não ser o
bastante. Talvez seja uma questão de mudança de abordagem. De tentarmos fazer
com que confiem em nós.
— Talvez — Flora
respondeu pensativa. — Mas não imagino como poderíamos fazer isso em larga
escala.
— Mas eu sei por onde ao
menos podemos começar, se vocês estiverem dispostos. E se confiarem em mim de
que não há perigo.
— Pois claro que estamos
dispostos, caríssimo — disse David. — Sempre confiamos em você.
— Então eu gostaria de apresentá-los
a alguns amigos — sugeri.
Os dois assentiram e um
arrepio de antecipação percorreu minha coluna, instalando a expectativa dos
dias que ainda viriam.
A semente estava lançada.
O primeiro passo de uma jornada que prometia ser longa.
Talvez houvesse outros
mais difíceis, mas este ao menos já estava dado. E eu mal podia esperar pelo
próximo.
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