sábado, 8 de dezembro de 2012
I - Capítulo 13
POV Peg
Me senti horrível com o olhar que Mel me deu, foi doloroso ver a raiva e a magoa em seus olhos, eu não queria que ela descobrisse dessa forma. Eu errei, errei feio com ela. Não tive coragem de levantar e tentar me explicar, sua ira só me esmagaria ainda mais. Afundei-me em minha dor e pude ouvir cada frase de Mel, que gritava raivosa com Ian, eu queria me afundar em um buraco e ser esquecida.
Logo os braços de Ian estavam em minha volta, me tranquilizando ou pelo menos tentando, eu queria me acalmar, mas não conseguia. Foi tão prazeroso os cuidados que Ian teve comigo e com muito custo e cansaço fui levada para o mundo dos sonhos, mas foi tão rápido que não me atei ao fato de ter realmente dormindo. Simplesmente fechei os olhos e quando abri os olhos já era dia e estava sozinha na cama.
Fui falar com a mel, não demoro.
Me espere na cama
Olhei para seu bilhete e me lembrei do gênio de Mel, ela não me perdoaria tão cedo e não queria deixar um clima esquisito em seu casamento. Talvez após o casamento podemos tentar uma conversa, eu sei o que sinto e tenho certeza que não conseguiria me manter longe de Ian e... E vê-lo tão perto sem tocar não daria certo.
Eu precisava me afastar, talvez longe eu consiga me segurar ate depois do casamento. Eu não quero infligir minha presença para Mel e francamente, tenho certeza que arrumaria outra madrinha rápido. Tomei minha decisão. Iria embora antes que Ian voltasse. Corri para meu quarto e arrumei minhas malas. Após fazer um bilhete para ele segui para a cozinha e deixei ao encargo da Sunny.
– Eu não sei o que aconteceu Peg, mas seria mais prudente que espero por Ian. Tanto ele quanto mel ficarão preocupados!
– Não se preocupe Sunny, eu estou bem e eles entenderão. Eu já vou! – digo seguindo para a saída e deixando a chave da casa na bancada perto da porta e segui.
– Pense bem Peg, espere um pouco?
– Não se preocupe Sanny – a abracei – obrigada pelos cuidados, tchau! – digo entrando no taxi. Dei uma ultima olhada para a casa, pintei um sorriso em meu rosto ao olhar para Sunny e o taxi entrou em movimento.
– Para onde senhorita? – isso eu ainda não sei!
– Vamos para o hotel mais longe daqui! – ele apenas acenou com a cabeça e seguimos para lá.
O hotel era requintado e simples ao mesmo tempo, por sorte consegui um quarto. Eu estava dolorida pela falta de Ian, eu queria tanto ter continuado deitada esperando por ele como me pediu, mas eu não queria impor nada para Mel. Achei prudente ligar para minha mãe, na verdade torcendo para meu pai atender, ele não é tão percepicaz como minha mãe.
Minhas preces foram atendidas, expliquei que estou bem, que talvez voltasse antes do previsto, após conversarmos um pouco eu desliguei e também desliguei meu celular, sei que se ele me ligar diria de imediato onde estou. A inquietação me dominava, tomei um banho e tentei relaxar. Precisava me decidir entre ir amanhã mesmo para casa ou ficar por aqui esperando.
Faltam 4 dias para o casamento, minha mãe me encheria de perguntas sobre o motivo que me fez voltar e não quero um oceano me separando de Ian, alguns quilômetros já me matavam, não gostaria de pensar o que me aconteceria se partisse. Cheguei à conclusão que me faria de clandestina na igreja. Veria escondida e conversaria com Ian no dia seguinte.
Meu dia se arrastou, com a entrada da noite forcei uma comida leve a descer. Não consegui dormir a noite, meus dedos coçando para pegar o celular e ligar para ele. Com uma força de vontade inexplicável conseguiu me conter. Após as 3:00 eu desistir de dormir, fui ate uma farmácia próxima e comprei um calmante e ouvi alguém me chamar e corri desviando para quem quer que seja não me visse entrar no hotel.
Corri para o quarto e tomei duas dozes para dormir. Acordei com o sol forte em meu rosto, não me lembro de ter deixado a janela aberta, olhei para a cabeceira e já passava das 15h. Eu abusei do remédio. Senti meus músculos protestarem novamente e minha espinha estalar. Levantei me arrastando para o banheiro, tomei um banho quente, me arrumei e desci para tomar o lanche da tarde.
Assim que atravessei o hall o cheiro do lanche fez meu estomago roncar alto me assustando. Me servi sem pressa com a incomoda impressão de estar sendo observada, procurei e não vi ninguém. Segui para uma mesa afastada e comecei a devorar os sanduiches e pães quando a cadeira em minha frente é puxada ruidosamente e ele sentarem minha frente.
– Achou mesmo que poderia me deixar? Que não encontraria você? – disse e me engasguei, sentindo meu sangue ser drenado – eu quase enlouqueci essa noite Peg – disse levantando seguindo para o meu lado e me puxando para seu colo – sem saber onde estava, se ainda estava no país – então me engasgava com meus soluções.
– Eu... Eu.... – não conseguia dizer nada.
– Não chore amor – disse me beijando – terminou? – fiz que sim com a cabeça – vamos para seu quarto, precisamos conversar – disse me guiando, levando diretamente para meu quarto.
– Como sabe que este é o meu quarto? – pergunto e vejo um lampejo de raiva em seu rosto.
– Longa historia! Depois te conto – disse me guiando para dentro – ou talvez sua visita conte – disse abrindo a porta da suíte onde uma Melanie seria se encontrava sentada na cama segurando o vidro do calmante – vou esperar na sala – disse me dando um beijo, na boca, na frente da Mel.
Fiquei sem ação e com medo de sua rejeição, permaneci em pé para no mesmo lugar em que Ian me deixou. Não conseguia olhá-la, mas sentia seus olhos me queimando. Ouvi seus passos e olhei seus pés se aproximarem de mim. Suas mãos estavam fechadas em punho e fiquei anda mais temerosa de encarar seus olhos.
– Olhe para mim Peregrina? – disse seria e após segundo criei coragem para tal. Melanie me olhava com olhos marejados – o que você tem na cabeça? – como? – ficamos preocupados, pensei que meu pai enlouqueceria! Nunca mais se atreva a deixá-lo em tal estado – disse me puxando e me abraçando.
Fiquei estática por uns segundos ate que retribui seu abraço. Ela não esta brigando comigo ou me xingando? Apertei-me mais a ela – me perdoa Mel? Eu não queria esconder, eu só... fiquei com medo da sua reação! – sussurrei com a voz embargada pelo choro.
– Por Deus Peg! Eu não me importaria se namorasse a minha mãe! Eu estava preocupada com você se encantar com meu pai e ser descartada e principalmente por não terem me contado nada – disse nos separando e segurando meu rosto – mas... Quando vi o estado do meu pai essa noite – eu não o vi assim desde que eu estive em coma! Ele estava desesperado. O que me lembra, o que você tem na cabeça pra ter tomando toda essa quantidade de calmante? – disse apontando para o vidro.
– Eu não conseguia dormir! – digo sem graça.
– Isso não é desculpa!
– Como me encontraram? – melhor defesa é o ataque.
– Walter lhe viu ontem indo a farmácia, te chamou e você correu. Ele só não ficou na duvida porque ele tinha conversado com Jared após o almoço. Ficamos ate tardo no aeroporto pensando que você embarcaria no primeiro voo!
– Desculpe?
– Buscamos por você em alguns dos hotéis pela área, Walter ficou surpreso com sua corrida, pernas tão pequenas mais velozes – disse rindo – vamos para a sala. Meu pai deve estar louco – disse me puxando, mas antes de atravessarmos me girou – nunca mais me esconda nada entendeu? – disse de uma forma que me deixou apavorada e maneei a cabeça com vigor afirmando.
Antes que desce um passo para a poltrona, Ian me puxou para seu colo e me segurou com força – vamos para casa? – olhei para Mel ela nos olhava sorrindo.
– Já arrumei as malas e só fechar a conta – disse levantando e buscando minhas malas, voltei meu olhar para Ian, seus mares azuis me olhavam intensamente. Me senti ser envolta pelo amor deles, seu sorriso me fez suspirar e sua mão apertou minha coxa me deixando molhada e antes que pudesse dizer qualquer coisa seus lábios me devoravam, sua língua pedindo e abrindo passagem e me vi retribuindo com mesmo ou maior afinco.
Seus dedos se infiltrando por minha blusa, me colando mais ao seu corpo e gemi sentindo seu membro ereto e pulsando em minha bunda, quando nos separamos para respirar, seus olhos estavam escuros, luxuriosos e tive a certeza que ele só não me tomou ali mesmo por que o barulho das rodinhas na minha mala e do salto de Mel se fizeram ouvir e logo depois ela entrou na saleta.
Jared estava no balcão fechando minha conta e seguimos para o carro, fui atrás com Ian grudado em mim e o idiota do Jared dando olhadas e sorrisos maliciosos para nos, me lembrei que ele também estava quando a mel nos pegou, será que ele me viu? Por Deus que ele não nos tenha visto! Quando entramos em casa tivemos mais um momento constrangedor. Doc estava... atada a Sunny, chegamos justo quando ele levantava a perna dela e tentava migrar para debaixo da saia.
– Se fosse você não faria isso! – rosnou Ian e eles pularam se afastando – espero que se lembre do que te falei Doc! Não costumo me repetir! – ambos estavam arfantes e corados, sorri para Sunny complacente com sua vergonha – agora procurem um quarto, quando eu quiser um voyeur eu aviso! – disse gargalhando.
Seguimos para a sala, onde conversamos mais um pouco, Melanie avisou que me buscaria as 23h para um programa feminino, ambos teriam uma despedida de solteiro. Jared não queria que Mel fizesse, ma como ele também não abriu mão da dele, que os amigos já haviam programado a meses ela quis uma também.
Ian me ajudou a subir com as malas, mas levou para seu quarto, como eu senti falta! Seus braços me circularam, apertando minha coxa, deslizando pela curva da minha bunda, me apertando ao seu corpo e me fazendo gemer e umedecer a calcinha quando senti seu membro rígido me espetando – agora você não me escapa – disse mordendo meu pescoço.
– Eu não quero escapar – gemi rebolando em membro pulsante.
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