quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

I - Capítulo 7


POV Peg

Tentei disfarçar meu nervoso e rebater todas as farpas de Lucinda com educação. Pude sentir o olhar de Melanie sobre mim e Ian, esforçava-me para não demonstrar nada e principalmente não corar. Minha ruína seria se eu corasse com qualquer comentário dirigido a mim e ao Ian na mesma frase. Após muito veneno de Lucinda, ela arrastou mel para o jardim e eu subi para me trocar, almoçaríamos na casa de parentes deles.

Após me vestir, sai sem pressa do quarto e quase gritei ao ser puxada por Ian, sua boca cobrindo a minha em um beijo voraz, deixando-me com a perna bamba e o coração na garganta, minha pulsação latejando em minha nuca – você é louco... Elas... Podem nos ver! – digo com dificuldade quando ele se afasta, mais ainda sinto seu cheiro másculo em minhas narinas.

– Louco por você! Como eu queria ficar trancado no quarto com você – disse sugando meu pescoço.

– i...an.. – gemi rendida as suas caricias.

– Peg? – empurrei Ian assustada quando ouvi a voz de mel, por sorte ela estava no pé da escada e não nos viu.

– Estou indo mel – digo olhando Ian o repreendendo com o olhar – vê se espera um pouco antes de descer em! – sussurrei.

A contra gosto e fingindo aceitar as palavras cheias de triplos sentidos de Lucinda que cheguei ao tal local, um cheiro adorável de churrasco tomava conta das redondezas, uma musica agitada se fazia presente, muitos jovens e crianças brincavam na frente da casa, uma senhora chamava a atenção das crianças maiores por fazerem estripulias com os menores. Seguimos para a entrada e a senhora ergueu o olhar e sorriu abertamente em nossa direção.

– Finalmente! Pensei que teria que buscá-los pela orelha! – disse puxando Ian para um abraço.

– Desculpe mamãe! Prometo não demorar tanto da próxima vez! – espera aí, eu ouvi direito? A senhora puxou Lucinda para um abraço.

– Sempre diz isso seu desnaturado – disse batendo de leve em seu braço – oh minha netinha linda!

– Bença vovó! Esta é Peg, minha amiga e madrinha de casamento e Peg esta é minha avó Maggie –disse sorrindo para a senhora que me olhava com algo a mais...

– Prazer senhora O’shea – digo estendendo a mão e ela me puxa para um abraço e faz um barulho esquecido após me libertar do abraço.

– Prazer minha jovem, vamos entrar? – disse abrindo a porta e esperando que cada um de nos passasse – estão todos nos fundo.

Seguimos pela casa de aparência simples, mas muito bem decorada, com moveis lindos e de designer ântico, Ian nos guiando para o jardim dos fundos, abarrotado com os amigos /parentes e agregados, só pode, pela quantidade, não sabia que a família é grande assim...

– Ian? – uma voz estridente e potente se fez presente, uma mulher se jogou nos braços dele. Seu rosto o retrato da felicidade, se agarrou a ele descaradamente, senti minha mão coçar de vontade de arrancar os braços dela.

– Oi Sheron! Tudo bem?

– Agora melhor! Venham, a mesa já esta posta, oi Lucinda – disse ainda agarrada a ele.

– Vamos Peg, quero lhe apresentar a família – tentei me focar na minha amiga e esquecer que a tal Sheron ainda mantinha-se atada ao Ian que não fazia nada para retirá-la de cima dele.

– Não sabia que tem tantos parentes!

– Somos pequenos, aqui estão os convidados para o casamento... – disse nos guiando para uma mesa, um rapaz que deve ser um pouco mais novo que eu estava jogado no banco de madeira ao lado da mesa, conversando com alguém por telefone – ei Jamie? Levanta moleque! – disse puxando o coitado pelas pernas.

– Finalmente maninha! Oi gata?

– Controle seus hormônios, Peg esse é meu irmão Jamie! – acho que deixei transparecer minha confusão.

– Sou o gostoso adotado! Mas como deve ter percebido, prefiro viver com minha avó, mais divertido e menos discussões! – disse me abraçando. Sorri sem graça.

– Prazer. Ah...

– Vamos nos sentar? – disse puxando a cadeira pra mim, fiquei de telespectadora da família. Jamie e Mel entraram em uma conversa gostosa de irmãos que não se veem há muito tempo.

Foquei-me aos outros, haviam muitos em volta da mesa grande e farta no centro do enorme quintal de grama verde e bem cuidada. A avó de Mel continuava em uma conversa com Lucinda que parecia ser outra pessoa, os olhos esbanjando doçura. Só pode ser bipolar! Ou talvez o problema seja comigo? Como elas estavam na frente do portão lateral da casa pude ver quando Jared chegou com outros rapazes e um cão, enorme e agitado.

Para meu desespero o animal estava sem coleira, correndo e lambendo os outros ate que soltou um latido agudo e correu para Ian. Em uma alegria incontestável o animal o derrubou , pulando e abanando o rabo. Pela forma o cão só poderia ser dele – esse miserável destruiu meu estofado Ian, vai me pagar um melhor do que o que eu tinha! – disse uma mulher um pouco mais alta que eu, atada a um homem quase idêntico ao Ian. A diferença era o nariz, uma curva que o deformava, certamente foi quebrado varias vezes...

– Desculpe por isso Jodi, prometo que lhe recompenso – disse prendendo o cão em suas pernas. Meu sossego acabou neste momento, eu não prestei atenção no caminho e bom, não queria fazer uma desfeita com a mel de sair da festa.

– Não se preocupe Peg, o Spot não é nervoso, adora brincar.

– Claro, claro. Como todos os outros... – digo me ajeitando na cadeira mais longe da bola de pêlo que late.

Mesmo com o canino ali, não conseguia manter meus olhos longe de Ian. Este que ainda não chegou perto de mim, alias nem removeu a Sheron de perto dele. Ignorando-me por completo, não gostei de me sentir assim. Isso é ciúmes e eu me senti mal com isso, estou dependente dele. Ao ver me desconforto, Jamie tratou de me envolver nas conversar e logo Jared vez uso de seu poder de noivo e grudou em Mel.

Jamie me contou que foi adotado por Lucinda, após sua mãe morrer a três anos. Que ela é Ian são seus padrinhos e que preferiu ficar com a madrinha que segundo ele é a melhor pessoa do mundo e que só entende o motivo deles se separarem quando eles se encontram. Disse que a senhora Maggie esconde as laminas. Ri dessa, seria terrível isso. Nossa conversa foi interrompida pela tal Sheron.

– Você é a Peg? Prazer em conhecê-la, Ian me contou que esta hospedada na casa dele... – disse sentando ao meu lado.

– É, estou – digo e volto minha atenção para Jamie.

– Deve ser desconfortável para você, porque não fica aqui em minha casa? É mais próxima da casa da Lucinda e da igreja. Será perfeito.

– Estou bem onde estou e não me sinto deslocada. Ian é muito gentil comigo.

– Eu sei o quanto ele pode ser gentil – disse soltando um sorriso malicioso. Então ela ergue a mão com um pedaço de carne e deixa cair, mais seu movimento não foi acidental e antes que eu pudesse raciocinar uma bola de pelo voa em minha direção. Estremeci com meu grito e flashes daquele dia maldito passou em minha frente.

Flashe back on

– Peg? – ouvia eles me chamarem, não tinha forças para levantar. Ainda ouvia os ganido do rabugento, então tudo piorou, estávamos cercados e grito ao ver um deles virar com seus caninos pontudos em minha direção. O zumbido do tiro em meus ouvidos e o vejo caído, agonizando em minha frente.

Flash back off

Sinto minha bochecha arder, forço minha mente a apagar aquilo tudo, pisco algumas vezes e vejo Mel? – Mel? –não consegui reconhecer minha voz.

– Sim Peg, sou eu. Você esta bem, esta segura – disse me abraçando – desculpe, foi só o spot, ele é fissurado em carne – ainda ouvia o zumbido em meus tímpanos. Só depois de minutos que me toquei que não estávamos no jardim, eu estava em um quarto. Mel ao meu lado e Doc?

– O que ouve? Porque esta aqui? – digo olhando para Doc.

– Também senti sua falta Peg, fui convidado! Cheguei quando você estava... Bem... Tendo um pesadelo acordada – disse com calma, escolhendo as palavras.

– Desculpe mel, eu estraguei a festa?

– Hum, sinto lhe desapontar, mas não! Precisa de algo mais bizarro, todos estão acostumados com as brigas dos meus pais, então seus gritos não os assustaram! – disse fazendo graça, tentando me deixar confortável.

– Vou ficar mais um pouco aqui pode ser? Depois eu volto para a festa – menti descaradamente, por sorte Melanie não percebeu.

Fiquei um tempo sozinha no quarto. Esperei por alguns minutos para ver se Ian aparecia, mas não veio, olhei da varanda e lá estava ele conversando com o irmão dele e a tal Sheron do lado. Raiva me dominando, quer saber vou embora, me viro pra encontrar o caminho. Desci sem fazer barulho, quando estava terminando de descer as escadas bato de frente com ele.

– Já esta melhor? – disse segurando minha cintura.

– Como acha que estou? Seu cachorro é bonito – digo tentando me livrar de seus braços.

– Desculpe por isso, já prendemos ele. Não se preocupe.

– Vamos Ian? – ouvi a tal chamá-lo e ele me soltar – que bom querida, desculpe-me, eu não sabia de sua repulsa por animais. Pensei que já tinha visto a gracinha do Spot. Então, vamos levá-la ou ficaremos na festa? – disse abraçando Ian.

– Não sei quanto a vocês, mas eu vou embora – digo passando por eles.

– Espere Peg, eu a levo.

– E eu acompanho vocês, faço companhia – disse pegando a chave do carro dele e saindo, segurei minha vontade de socá-la e segui, ela destravou o carro e entregou as chaves pare ele, entrando logo em seguida no banco dianteiro do carona, me joguei no banco de trás e passeia prestar atenção no caminho, senti meu bolso vibrar.

Minha mãe me lingo, ela sempre sabia quando tinha algo de errado comigo, se não fosse por sua intuição de mãe....– oi? – atendi sem tentar disfarçar a voz, ela perceberia de qualquer forma.

– Meu bebê, o que ouve?

– Eu estou bem, só um susto com um cachorro viciado em alcatra... Já estou bem.

– E volta quando meu amor?

– Semana que vem, no sábado há tarde sem falta ou talvez na sexta mesmo!

– Tão rápido, querida? – disse feliz.

– Sim, não teria o que fazer aqui – senti olhos em mim e ignorei esse conhecimento.

– Seu pai e seus irmãos estão mandando beijos

– Mentira... Eles nem sabem que esta falando comigo de tão vidrados no campeonato! – digo rindo.

– Então beijos minha princesa. Durma com os anjos.

– Beijo, boa noite – digo desligando e passo o resto do caminho ignorando as brincadeiras intimas que Sheron faz com ele e Ian retribui,saio do carro agradecendo por chegarmos – Obrigada pela carona, tchau.

– Espere...

– Oras, vamos Ian. Ela esta bem. Vamos que a festa nos espera? – disse melosa e minha paciência estava se esgotando com essa bisca. Peguei a chave extra que Mel havia me entregado e abri rápido a porta, sem esperar pela resposta de Ian, é claro que ela veio para isso, para assegurar que ele voltasse com ela. Segui para meu quarto e tranquei a porta, sentei e esperei por ele... 3... 5... 10... 20... 45 minutos... 01h15minh... 2:00h e nada. Segui para o banho e desliguei meu celular, meu corpo tenso pelo susto e pela raiva. Após quase uma hora de banho desci e encontrei com Doc. e Sunny na cozinha.

– Melhorou Peg?

– Sim, já voltou?

– Já acabou um bom tempo! – ele fez um barulho de dor e resmungou algo olhando duro para Sunny – ficou só a família por lá, então acho que a festa continua? – disse em duvida.

– Hm, legal – resmungo arrumando alguns sanduiches, ele continuou por lá com ela?! – Não se prenda por mim Sunny, eu vou ficar só com os sanduiches. Então fique a vontade para saírem. Boa noite – digo subindo e trancando o quarto. Liguei a teve em um canal qualquer e esperei pelo sono, sabia que não iria demorar para que o cansaço me pegasse...

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