quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

I - Capítulo 8


POV Ian

O caminho ate a casa da Sheron foi... irritável e adorei a forma educada que Peg colocou Lucinda em seu lugar, o desgraça de raça! Mal estacionei e desci e já sou tomado pelo cheiro do churrasco, a pirralhada do meu irmão tomando conta da entrada da casa, os pestinhas estavam tão compenetrados em suas brincadeiras e artimanhas que nem me cumprimentaram, assim que vi minha mãe soube que levaria outro sermão.

– Finalmente! Pensei que teria que buscá-los pela orelha! – disse me puxando para um abraço.

– Desculpe mamãe! Prometo não demorar tanto da próxima vez! – tentei soar verdadeira, vir visitar minha mãe é o mesmo que ver Sheron e ela já me encheu bastante!

– Sempre diz isso seu desnaturado – disse batendo de leve em meu braço – oh minha netinha linda! – me ignorou assim que viu Mel!

– Bença vovó! Esta é Peg, minha amiga e madrinha de casamento e Peg esta é minha avó Maggie –disse sorrindo para minha mãe, Peg olhou meio perdida? Sorriu para minha mãe.

– Prazer senhora O’shea – disse estendendo a mão e ela a puxa para um abraço e xia após libertá-la do abraço.

– Prazer minha jovem, vamos entrar? – disse abrindo a porta e me dando um olhar de vamos conversar logo mocinho! – estão todos nos fundo - seguimos para o jardim dos fundos, onde todos estavam com suas cervejas e pratos abarrotados.

– Ian? – Sheron logo me achou, pulou em meus braços. Não queria isso, Peg poderia não gostar e não queria ser mal educado com Sheron, mas se isso continuar assim...

– Oi Sheran! Tudo bem?

– Agora melhor! Venham, a mesa já esta posta, oi Lucinda – disse me puxando para a mesa.

Eu queria estar com Peg, elas seguia ate meu pirralho. Tem um tempo que não vejo Jamie. Tentei algumas vezes retirar o braço de Sheron, mas ela faltava enviar a unha em mim para não me deixar fugir – da licença Sheron, quero conversar com os outros – digo sem paciência e saio de perto, sabendo que ela voltaria a grudar em mim.

Jebediah estava cuidado da carne, comecei com assuntos bobos, futebol, esporte, pescaria e por ultimo caça. Conversar masculinas cansam mulheres e torci para que ela saísse de perto, na primeira oportunidade seguiria para minha Peg. Logo meu irmão se faz presente com sua algazarra e para meu desespero ele trouxe Spot, Jared passou na frente e logo correu para a noiva, já Spot correu para mim, latindo em plena alegria, não fiquei irritado com isso, afinal ele é meu cão e continuará sendo, nunca me desfaria dele, mas temi por Peg, não sei se a Mel contou pra ela do cão.

– Esse miserável destruiu meu estofado Ian, vai me pagar um melhor do que o que eu tinha! – disse Jodi em tom de zombaria, mas sei que falava serio.

– Desculpe por isso Jodi, prometo que lhe recompenso – digo prendendo Spot entre minhas pernas. Tentaria controlá-lo o Maximo possível – não trouxe uma coleira kyle?

– Sinto muito mano, mas não. Ele é calmo em lugares abertos – disse como se isso fosse mudar algo.

– É que a Peg não é chegada a cachorros.

– E como alguém não gostaria desse bola de pelos mais educada? – Sheron fala grudando em meu braço.

Comecei a puxar assuntos masculinos dos quais ela não entenderia e me deixaria em paz! Céus porque eu fui inventar de transar com essa mulher, qual o problema em ter um noite de sexo, agora essa cruz não me esquece. Antes que eu pudesse raciocinar, Spot dá um arranca, me deixando com as pernas doloridas, senti meu coração ser picotado quando o grito de Peg entrou por meu tímpanos, não pensei em mais nada, apena corri para seu encontro. Ela estava muito branca, Spot esta abaixado, assustado com a reação dela, a peguei no colo e levei para meu antigo quarto. A deitei em minha cama, seu rosto pálido. Esta tão mole em meus braços...

– Oi? O que houve Ian? Kyle pediu que eu subisse?

– É a Peg, ela desmaiou ao se assustar com meu cachorro! – sentado a seu lado.

– Vamos saiam todos, o medico já chegou e ela ficará sem graça com todos a olhando quando ela acordar! – ouvi minha mãe – vem comigo Ian, tenho que falar com você!

– Depois mamãe – digo sem olhá-la.

– Estou falando agora Ian O’shea! – a contra gosto me afastei de Peg e segui logo atrás da minha mãe, ela me levou ate seu quarto – tranque a porta – fiz o que pediu, seu quarto muito espaço e também um pequeno gabinete, me levou ate a pequena mesa e apontou para que eu me sentasse. Me assustei com o estalo alto de sua bofetada. Olhei espantado para ela, ela nunca me bateu.

– O que?

– O que você tem na cabeça Ian? Você.... ela é amiga da sua filha! Isso se não tiver idade para ser sua filha!

– Olha mãe...

– Olha mãe nada! – sibilava as palavras – eu senti o seu cheiro nela. Não me interessa os por menores, mas se afaste dela. Ela é amiga e madrinha da sua filha. Preste atenção Ian, minha neta terá o casamento mais lindo, feliz e sem confusões familiares entendeu?

– Não estou fazendo nada de errado – digo irritado.

– Vai engravidá-la também?

– Aquilo aconteceu porque eu estava bêbado, bêbados não tem equilíbrio para colocar uma camisinha sem entrar ar. E com Peg eu estou lúcido, como já mais estive.

– Eu não estou lhe repreendendo por estar com ela ou ela ser mais jovem. Mais pense bem filho, obviamente estão escondendo isso da Mel. Ela não gostará, ficara magoada com os dois.

– Com a Mel eu me entendo depois....

– Talvez se entenda ainda hoje – olhei em duvida – seu cuidado e desespero excessivo com o desmaio da garota não passou despercebido, talvez Mel tenha deixado passar por também estar preocupada, mas os outros não!

– Que se dane os outros...

– Espere o casamento passar, terão muito tempo para se entenderem enquanto mel estiver na lua de mel. Agora vamos, antes que nossa demora chame a atenção dos outros – disse segurando em meu braço – e não. Você voltará comigo para o jardim, converse a noite com ela. Mel não estará por perto para ver.

– Eu quero estar lá quando ela acordar.

– Vocês estarão vulneráveis e Melanie não estará tão ocupada com o desespero para não notar seus olhares – puto da vida segui com ela ate o jardim.

Jonathan – meu sobrinho caçula - trazia uma coleira. Pegou emprestada com os vizinhos e prendi Spot que a muito custo se contentou em ficar quieto no canto tendo carnes um vez e outro.

Fiquei conversando com Kyle enquanto esperava que elas descessem e nada, obvio que Sheron agarrou meu braço de novo. Apenas a ignorei, como um animal ignora o parasita em suas costas. Nesse momento Mel volta.

– Como ela esta Mel?

– Acho que bem, a cor esta voltando de pouco a pouco, ela pediu pra ficar sozinha. Estava fazendo um suco para ela e vim trazer uma jarra para o povo.

– Vou ver como ela esta, talvez ela queira ir embora. Qualquer coisa eu a levo e volto mais tarde.

– Faz isso por mim – disse me agradecendo, sorri e entrei.

Peg descia as escadas quando a encontrei, ainda estava pálida, mais seu rosto era pura raiva? Claro! Deve estar pé da vida comigo por causa do Spot – Já esta melhor? – digo a puxando para meus braços.

– Como acha que estou? Seu cachorro é bonito – disse tentando se livrar de meus braços.

– Desculpe por isso, já prendemos ele. Não se preocupe.

– Vamos Ian? – ouvi Sheron me chamar, vamos onde capeta 2? Soltei Peg para que a desgraçada não fizesse mal para ela – desculpe-me, eu não sabia de sua repulsa por animais. Pensei que já tinha visto a gracinha do Spot. Então, vamos levá-la ou ficaremos na festa? – disse me abraçando, vamos? Eu não te convideu!

– Não sei quanto a vocês, mas eu vou embora – disse passando por nos, seus olhos raivosos e... um pouco vermelho. Droga!

– Espere Peg, eu a levo.

– E eu acompanho vocês, faço companhia – disse pegando a chave do carro do meu bolso e saindo, minha vontade era de socá-la, a diaba destravou o carro e me entregou as chaves, entrando logo em seguida no banco dianteiro do carona, eu queria a Peg ali, poder tocá-la, mas não! Com uma paciência de Jó, entrei no carro após ver Peg se jogar no banco de trás. Dei partida.

– oi? – atendeu o celular e passou a me ignorar – ...Eu estou bem, só um susto com um cachorro viciado em alcatra... Já estou bem – falava com alguém muito conhecido pois seu rosto se suavizou – Semana que vem, no sábado há tarde sem falta ou talvez na sexta mesmo! – meu peito se contorceu ao pensar que talvez ela estivesse falando de sua partida - Sim, não teria o que fazer aqui – tive a certeza agora, meus olhos nela, eu não vou permitir, não posso perdê-la – Mentira... Eles nem sabem que esta falando comigo de tão vidrados no campeonato –disse rindo, pela primeira vez – Beijo, boa noite – disse desligando.

O resto do caminho passei ignorando as brincadeiras que Sheron fazia, tentando mostrar uma intimidade que já não tínhamos a anos! Quando não tinha uma segunda intenção, eu respondi, fora isso a ignorei. Quando estacionei Peg saiu rápido do carro – Obrigada pela carona, tchau.

– Espere... – tentei chamá-la, mas a coisa estava feia pro meu lado. Ela nem me olhou...

– Oras, vamos Ian. Ela esta bem. Vamos que a festa nos espera? – disse Sheron me puxando de volta para o carro quando ameacei entrar ao ver Peg abrir e bater a porta – Mel esta nos esperando Ian, é um almoço em família, vai ficar aqui e deixar sua filha sozinha?

Minha paciência com Sheron estava chegando ao limite. Antes que eu fizesse algo do qual sei que me arrependerei, entrei no carro e corri de volta para o churrasco. Estacionei e entrei rápido sem me importar com Sheron e vi minha mãe se aproximar – espero que esteja feliz agora – digo ríspido e saio de perto, sei que não deveria falar com minha mãe dessa forma, mas... Porra! Tanta hora pra falar comigo e ela tinha que exigir que fosse naquele momento, justo quando eu deveria estar com a Peg?

Tentei ignorar tudo e todos durante o almoço, conversei um pouco com Mel para saber como a Peg acordou, depois conversei com Jamie, nada que eu fazia me acalmava, me afastei e tentei ligar para Peg e seu celular só dava desligado. Porra, o quão ferrado eu estou? Quando voltei alguns já haviam ido embora e estava anoitecendo. Sentei conversando com kyle, meu irmão é um babaca, mas me distrai.

– Cara o que aconteceu?

– Nada!

– Ian, você esta com a cara de quem teve uma foda interrompida! É claro que aconteceu alguma coisa! É com a amiga gostosa da Mel não é? – como é que é? Ele tá querendo morrer! – ei, calma que eu tenho minha Jodi e nem fudendo que eu troco ela... obriga por tirar minha duvida! - disse rindo – lá vem seu carma! – disse bebendo sua cerveja.

– Vasa Sheron! – nem esperei que sentasse.

– Nossa Ian, só ia me sentar.

– Então senta com o capeta, mas sai de perto de mim!

– Porque esta me tratando assim?

– Quer que eu lhe trate melhor? Sai de perto porra!

– Ian? – ouvi minha mãe, nossa conversa já não era uma conversa e sim uma discussão! Estávamos aos gritos – não a trate dessa forma, esta na casa dela!

– Isso é um problema que resolvo fácil! – digo me levantando.

– Se não queria esse aborrecimento, não deveria ter transado com ela – ouço Lucinda.

– Sim eu transei com ela, existe uma diferença grande entre transar e fazer uma promessa de amor eterno.

– Ian – Sheron choramingou.

– Não adianta chorar comigo! O pior erro da minha vida foi ter transado com você! Agora pare de agir como se eu te amasse e quisesse você do meu lado, eu não quero nada com você!

– Ian O’shea! – gritou minha mãe ao ver Sheron correr para a casa.

– Pra mim já deu! Desculpe Mel, mas não dá. Você pode voltar com o Spot Kyle?

– Tudo bem mano! - sai ignorando a todos e ate minha mãe que tentou me segurar. Corri para casa, Sunny e Doc estavam saindo.

– Você é um idiota? Não sei o que fez, mas Peg não esta a doçura de sempre, então se prepare!

– Ainda bem que não estou em sua pele – Doc debochou. Entre feito um tornado, chamando por ela e nada. Bati em seu quarto, a porta estava trancada.

– Peg? Abre pra mim? – nada – por favor Peg? Me desculpe pelo Spot? Eu pensei que soubesse e quanto a não estar do seu lado, não foi culpa minha! Peg? Minha mãe sentiu meu cheiro em você! – esperei e nada dela abrir – eu não vou sair daqui! – digo e sento em sua porta – vou continuar aqui ate que abra e me escute! – sentei e esperei, 5, 10, 20, 40, 01h20min. Eis que a porta se abre com força me fazendo tombar.

Seu rosto e olhos vermelhos, raivosos, levantei rápido e a circulei, a prendendo em meus braços, sentindo uma paz ao sugar seu cheiro – me desculpe Peg, eu queria estar com você, mas – nos separei um pouco, queria olhar em seus olhos, então sinto meu rosto queimar. Ela... Deu-me uma bofetada? – porque todo mundo resolveu me bater hoje?

– Isso foi pra você aprender a nunca me tratar como se eu fosse uma qualquer!

– Eu não te tratei, nunca faria isso!

– Fez! Você... argh, você me deixou de lado. Tudo bem que não temos nada serio, mas você não teve um pingo de consideração!

– Eu não deixei Peg, eu fui praticamente arrastado por minha mãe!

– O que você tem com a Sheron? – disse mais calma, mas cuspiu o nome dela.

– Nada – ela me olhou irritada de novo – a anos eu transei com ela, uma vez e só, desde então ela fica grudando em mim.

– Porque você não faz nada! Você deixou ela grudada em você – disse bicuda e fiquei louco pra morder e desmanchar aquele bico, completamente tentadora – pare de me olhar assim, não sou um pedaço de carne e se não entendeu que não sou um brinquedo que usa quando quer, fique tranquilo. Vou arrumar minhas coisas – disse e puxou sua mala que estava no canto da sala. Mais nem fodendo que você sai daqui!

Corri para seu lado e a puxei – você não vai a lugar algum! Eu não sou homem de brincar Peg e você é minha entendeu? Entenda que eu sou seu, eu só quero você!

– Você só quer o meu corpo, me levar pra cama!

– Se eu quisesse te levar pra cama, eu teria me afundado em você ontem, enquanto gritava o meu nome, enquanto sorria ao sentir o gozo – digo em seu ouvido, sua respiração entrecortada, pude sentir seus batimentos acelerarem ao beijar sua veia – eu ainda estou tentando entender o que causa em mim Peg, eu não estou brincando com você!

– O problema é que eu sei o que estou sentindo! E você não sente isso. Quem vai sair machucada sou eu... E sem amiga – disse com a voz embargada, eu a fiz chorar? Eu sou um merda! a girei, sentei-a em meu colo.

– Peg... – sequei as primeiras lagrimas que desciam – não chore, eu... Nunca machucaria. Você... É importante para mim, eu me sinto mais vivo ao seu lado.

– Você não entende a diferença... – disse e tentou se afastar e a segurei forte – Ian, me solta.

– Não! – ela lutou para se livrar dos meus braços, mas não permiti, ate que os empurrões foram diminuindo e seu choro aumentou, me abraçou e deitou sua cabeça em meu ombro.

– Isso não devia ter acontecido... Tantos homens... Porque você? Porque eu fui me apaixonar pelo pai da minha amiga? – inexplicavelmente meu peito inflou ao ouvir isso, uma felicidade sem tamanho tomou meu corpo, algo se agitava em minha barriga, como borboletas dançantes. Será que é isso que eu sinto? Claro que é, só sou idiota a ponto de negar esse sentimento.

– Não fale assim, justo quando estamos assim – digo beijando seus cabelos a puxando para me olhar – eu não sei a intensidade do que sinto Peg, não sei se é amor, mas eu preciso de ter você, de estar com você –um sorriso começou a se formar em seu rosto, seus olhos ganhando o brilho que eu queria.

– Tem certeza? Talvez você só esteja querendo um bom sexo ou um fetiche – disse em duvida.

– Você já realizou Peg... hoje de manhã! – sorri ao ver seu rosto corado – ser chupado pela amiga gostosa da filha? Quem não tem esse?

– Ou o inverso – disse escondendo o rosto em meu ombro e gargalhei com sua timidez.

– O que aconteceu com essa timidez ontem, enquanto gritava meu nome? – Peg apenas me olhou deslizando sua mão por minha bochecha.

– Desculpe por ter lhe batido? – sorri para tranquilizá-la e me beijou, um beijo calma, sem segundas intenções– quem mais lhe bateu?

– Minha mãe, foi a primeira coisa que ela fez! Um tapa bem dado, mais forte que seu, ela ficou uma fera.

– Ela deve estar pensando horrores de mim.

– Na verdade ela só quer que esperemos o casamento passar, pra fazer algo enquanto a Mel estiver viajando e só contar quando ela voltar!

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