Capítulo
17 – Interação
Uma
tosse premeditada fez com que Edward se separasse dos lábios de Bella que
continuou com os olhos fechados, ainda se deleitando com o beijo recente. Era o
diretor da escola, Adam, que tinha tossido por causa do ambiente que eles
estavam.
—
Creio que querem ver mais coisas da nossa escola. Sim? — O diretor da escola
indagou e Jasper assentiu. — Então venham por aqui? — Adam falou apontando para
a porta da enfermaria.
—
Um momentinho. — Carlisle pediu. — Eu posso ficar aqui e continuar vendo esses
remédios? — Adam deu de ombros. E Carlisle se sentiu tentando a avançar ainda
mais na oferta. — E quem sabe, sei lá, até mesmo levar comigo algumas amostras?
— Adam soltou uma gargalhada. O médico vampiro estava sendo previsível.
—
Claro, meu caro. Fique a vontade. — E se virando para enfermeira, acrescentou.
— Isa Melo, dê tudo que ele precisa, sim?
Roxanne
que tinha se mantido quieta, chegou mais perto de Carlisle e sem fazer nenhum
esforço para ser discreta, tentou morder o lóbulo da orelha dele, o fazendo dar
um salto para longe da fantasma.
—
Calma, meu bem. — Esme disse em tom brincalhão. — E se divirta. — Acrescentou,
olhando a fantasma que sorriu imensamente para ela. Carlisle arregalou os
olhos, mas assentiu. Era mais importante os remédios milagrosos que sair
fugindo de um fantasma inofensivo.
Adam
levou os demais para visitar as aulas que tinham dentro da escola. Emmett ficou
especialmente encantado pela aula de Defesa Contra As Artes das Trevas.
Os
alunos se dispunham em cima em duetos e com a vara em punho apontavam um para o
outro, hora tentando desarmar, hora tentando atacar.
—
Eu era ótima nisso. — Bella anunciou, encostando a cabeça no peito de Edward.
Ele riu.
—
Era? Aposto que ainda é. Deixe-me adivinhar: você vencia todos os transformando
em animais. — Edward sugeriu em tom animado.
—
Ora. — Bella resmungou, se fingindo de irritada e dando um tapa fraco no peito
do namorado. — Me devolva minha varinha que lhe mostro os meus métodos para
vencer.
—
Nem pensar. Castigo, meu bem. Nem em sonho eu te devolvo sua varinha tão cedo.
— Edward disse e quando Bella fez um beicinho por estar se fingindo de
chateada, ele lhe roubou outro beijo, fazendo o diretor ter a súbita vontade de
limpar a garganta.
—
Isso parece bem violento. — Observou Alice quando uma menina fora arremessado
contra a parede.
—
Violento nada. Parece maravilhoso. — Emmett declarou fascinado e depois se
virou para a garota que tinha soltado o feitiço contra a colega, em cumprimento
da atividade curricular, ele falou sorrindo: — Atire em mim. Quero ver como
funciona.
A
menina, Ana Raposo da casa Fênix não pensou duas vezes e logo Emmett estava
sendo arremessado contra a parede.
—
Ai, ai. Meu Emmett não tem jeito. — Rosalie disse, observando uma parede quase
destruída.
—
Porque vocês ensinam isso para os alunos? — Indagou Jasper confuso.
Esme
já tinha ido em socorro da menina, enquanto Rosalie tinha ido em socorro do
marido.
—
Nosso mundo é mais perigoso que um milhão de vocês juntos. — Confessou o
diretor Adam. — Por muitos anos vivemos em guerra, para ser exato, até ano
passado. E quem não sabia se defender, morria. A guerra assolou a todos nós. E
para o bem de nossa espécie, da nossa gente, treinamos a todos para que saibam
se defender. A guerra acabou, mas ninguém pode dizer se ela nunca voltará.
Assim,
o diretor Adam contou para eles sobre a grande luta do menino-que-sobreviveu
contra Lord Voldemort e os comensais da morte. A história narrada não era bela.
Era marcada por muitas mortes, lutos e famílias separadas. Doentes mentais que
nunca mais poderiam voltar a sua sanidade.
Edward
escutara tudo abismado, sentindo cada vez mais respeito não só por Bella, mas
como por todos os bruxos.
—
Você entende agora por que transformo tudo em animais? Eu e minha família? —
Bella perguntou com um semblante triste. Edward apenas a olhava. — Em tempo de
guerra você precisa se defender. E isso vira um vicio. É mais forte que você e
você nem precisa pensar. Simplesmente age. Mas se você também não é capaz de
matar, transformar o oponente em animal ou objeto é muito melhor. Ou quem sabe
até mesmo deletar sua memória.
—
Eu sou um oponente para você? — Edward perguntou curioso.
—
Não. Claro que não. Mas entenda. Basta uma vez você se defender, que depois
tudo vira automático. Quando você vê, já fez. Simples assim.
—
Entendo. Mas se você está falando isso para que eu devolva sua varinha, saiba
que não vai tê-la volta, mocinha. Castigo é castigo. — Edward brincou fazendo
Bella revirar os olhos.
Carlisle
vinha esbaforido pela escada. Quem o visse pensaria que ele tinha saqueado
alguma farmácia ou tinha virado um muambeiro. Ele tentava equilibrar nos braços
no mínimo uns cinquenta frascos de diferente tamanhos de remédio de bruxo.
Esme
que já tinha deixado a menina da aula, continuar sei treino, correu para o lado
do marido, a fim de ajuda-lo. Roxanne vinha logo atrás.
—
Esse gatinho vai fazer a festa com tanto remédios. — Roxanne dizia. — Mas não
pude ajuda-lo. Sabe como é: mãos de fantasma não servem para muita coisa. —
Esclareceu. — Ei, senhora. — Roxanne disse se virando para Esme que ajudava o
marido pegando uns frascos para si. — Você não poderia me emprestar seu marido
por uma noite ou duas?
—
Para que?
—
Para uma festa, oras. Faz tempo que não fico acompanhada de um pedaço de mau
caminho com esse bonitão aí.
Esme
riu e balançou a cabeça, não negando, mas achando graça.
—
Cadê Emmett? — Carlisle perguntou, tentando evitar a investida afoita da
fantasma, mas outro estrondo revelou onde o filho estava.
Emmett
tinha voltado para a aula e levado consigo Jasper, ambos agora se divertiam na
tarefa de aprender a se defender. Jasper tentava deixar claro que sabe lutar
mano-a-mano também era válido. Os pequenos bruxos olhavam para eles achando
graça.
Fernanda,
também da casa Fênix se virou para Jasper e indagou:
—
Quem precisa lutar mano-a-mano quando se tem uma varinha mágica?
—
Eu gostaria de aprender. — Declarou Suzana Dias, se colocando ao lado de
Jasper.
—
Eu também. — Afirmou Suuh Ferreira, da casa Gaya.
Emmett
e Jasper recebendo o incentivo das alunas, logo deixou a professora Anne
ensinando a magia de defesa enquanto eles ensinavam as pratica de luta. Claro,
evitando para que elas se saíssem machucadas.
Adam
resolveu ajudar Carlisle que ainda estava se equilibrando com os frascos,
então, mandou chamar a diretora da escola Leão Alado, Moniquita, para que a
mesma providenciasse uma bolsa com expansão mágica. Logo, a bela morena e
traços indígenas entregou para o vampiro uma bolsa simples de couro. Alice
vibrou ao ver que por mais que enchesse a bolsa ela nunca ficava lotada e
sempre aceitava mais.
—
Eu quero uma dessa. Eu preciso de uma dessa. — Alice implorou se agarrando a
diretora da casa Leão Alado.
Camila
Tormena que observava tudo, ao invés de continuar seu treino, se identificou
com Alice e sua empolgação. E logo a puxou para conversar descobrindo que ambas
se davam muito bem.
O
diretor Adam continuo com seu turno, deixando para trás Emmett e Jasper que
ficaram na sala de aula e Alice que se enturmara com algumas alunas e começara
a fazer o que toda garota adolescente adora ficar sabendo: o futuro.
Assim,
o próximo lugar que eles foram foi o lago, onde um casal de sereanos morava:
Edwina Billo e Ian. E depois disso, foram se deixar encantados pelos seres que
habitavam no bosque da escola. Tudo era incrivelmente magico e encantador.
Edward
sempre ficava surpreso com tudo que via e se indagava se em algum momento ele
se acostumaria com tudo. Rosalie sentia como se estivesse mergulhada num conto
de fadas. Esme se sentia mais como uma criança que como uma mãe. Carlisle
estava fascinado por todas as possibilidades.
Já
era noite quando voltaram para dentro da escola, mas especificamente, a hora do
jantar.
—
Por aqui, por aqui. — Chamava Guiguinha, diretora da fênix, que tentava a todo
custo organizar as crianças. — Deem espaço. Isso.
Essa
era a noite de apresentação. As casas elegiam um membro de cada casa que ficava
responsável pela apresentação de músicas, danças ou peças teatrais.
Essa
noite as alunas se chamavam Ana, Daniela, Jéssica e Lih. Todas muito eufóricas,
uma a uma deram um show com seus encantos, apresentado um musica linda que
inspirou Edward numa nova composição que faria questão de presentear Bella e
uma peça de teatro que inspirou Bella a fazer uma surpresa a Edward, quando
eles voltassem para Forks.
Depois
do jantar, eles saíram da escola. Despedindo-se da alcateia e de todos os
professores e alunos. Era hora de seguir viagem. Mas antes, claro, foram para
uma pousada bruxa.
Bella
e Edward ficaram no mesmo quarto, e quando ambos estavam deitados, um olhando
para o outro, Edward acariciando a face de Bella, falou:
—
Hoje foi um dia que eu aprendi mais de você que todo esse tempo que estivemos
juntos.
—
Sério? Por quê?
—
Porque hoje eu fiz parte do seu mundo.
—
E gostou do que viu?
—
Gostar não seria a palavra ideal. Eu optaria por adorar.
—
Eu também quero fazer parte do seu mundo. Se você quiser, claro.
Edward
sorriu para aquilo.
—
É o que eu mais quero. Casa comigo, Bella?
Bella
sorriu para ele e revirou os olhos.
—
Somos tão jovens.
—
Somos apaixonados, meu amor.
—
Vou pensar no seu caso. — Bella declarou sorrindo para ele e o beijando.
Assim,
ambos foram dormir, não sem antes Bella reaver discretamente sua varinha.
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