Existem inúmeras formas de se começar uma história, mas eu nunca me importei muito com o começo das coisas. O que realmente me interessava, era a forma como essa história iria terminar, e às vezes, os meios também eram algo interessante.
Esse, provavelmente, não era o meu caso.
A minha história não é uma das melhores! Sua simplicidade e obviedade acabaram por torná-la maçante e banal. Mas quem realmente se importa? Não é como se eu estivesse escrevendo algo que alguém fosse ler mais tarde. É uma forma de passar o tempo e não me deixar esquecer do por quê construí barreiras invisíveis ao meu redor. Ainda assim, me parece muita loucura escrever para o nada, ou para mim mesma ― não que haja alguma diferença.
Dentro de mim, cresce a cada dia mais, um desejo incontrolável de deixar escrito as coisas que tenho vivido. Talvez, daqui a alguns anos, depois que eu morrer, minha história seja encontrada por alguém que, tenho certeza, jamais vai conseguir me esquecer depois de saber todas as coisas que tive de enfrentar. E, agora, sentada em minha cama, olhando as paredes brancas e inexpressivas do meu quarto, ocorreu-me um pensamento: acho que acabo de encontrar a pessoa com que irei dividir meus pensamentos e meus medos.
Mas não se assuste. Esse não é um caminho sem volta. Se acha que o que eu sinto não possui valor algum, pode simplesmente me abandonar com minha solidão. Você não seria o primeiro e, tampouco o último a me dar as costas. No entanto, espero mesmo que fique... espero que não me lance ao esquecimento como todos os outros fizeram. Espero que, mesmo que não possa jamais ver meu rosto, consiga enxergar minha alma... porque ela é tudo o que tenho... ela é tudo o que eu já tive.
Prazer em conhecê-lo.
Meu nome é Victória Rimes.
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