terça-feira, 30 de abril de 2013

E - Capitulo - 49

E - Capitulo - Fase 2: Amores


Pov Bella

Finalmente meu resguardo foi finalizado, Edward ainda estava na empresa, afinal ela foi negligenciada por muito tempo. Carlie logo terminou de mamar, foi rápido fazê-la arrotar e dormir. Liguei a babá eletrônica e voltei para meu quarto. Precisava de um banho, tirar o cheiro de mãe por um tempo e ser apenas mulher.

Meu corpo clamava por Edward, assim como o seu por mim, todas as noites, assim como qualquer momento do dia em que ficássemos sozinhos, eu me empenhava em lhe dar prazer, Edward estava se comportando bem, apesar de senti-lo cada vez mais duro. Ele queria mais que tudo me sentir, se afundar em mim e eu estava louca por isso. apesar de me sentir muito insegura após o parto e após tanto tempo longe dele.

Eu não me sentia inchado ou gorda, pelo contrario, eu me sentia ainda mais magra, sem nenhum predicado, nada alem de pele, osso e muito seio, as vezes eu penso que sou uma vaca leiteira, as veias enormes sempre me avisando quando eu teria uma roupa encharcada de leite.

Fiz toda minha higiene, depilei onda eu via pelos, perfumei meu corpo. Minhas mãos parando automaticamente na cicatriz, o circulo marrom persistia em minha barriga. O único fato que me fazia lembrar tudo o que passei nas mãos de Mike. Lembrando-me do dia em que estive com Lauren.

Flash back on

– Desculpe a hora... Eu nem sei como estou aqui, mas... Eu preciso lhe pedir perdão – disse Lauren, assim que sentou no sofá, seu rosto baixo, a vergonha em me olhar era sentida a quilômetros.

– Como isso aconteceu Lauren? – foi tudo o que eu consegui dizer após um tempo encarando seu rosto com algumas pequenas cicatrizes, a mão estava com uma faixa.

– Eu... eu me deixei levar pelo sexo bom – disse chorando silenciosa. – eu... não sabia da ligação entre vocês... eu cuidei do seu bisavô, sem saber que era ele...

– Quando descobriu?

– Eu.. ouvi uma conversa dele com Mike... dias antes dele desaparecer... ele me inebriava... apesar de tudo... ele era bom no que fazia – nesta hora Edward bufou ao meu lado. Seu ato fez Carlie se remexer dentro das mantas.

– Eu nunca imaginei que ele fosse fazer tudo o que fez... principalmente que o senhor que eu cuidei com tantos cuidados era o monstro que me foi contado.

– As aparências enganam... – disse Edward.

– Sim, hoje eu sei. Eu aprendi com tudo isso e... – disse voltando os olhos sobre Tyler. Apertaram às mãos – eu tenho meu porto agora, um anjo que me protege.

– Isso é o que importa! Eu estou em outro momento, não quero que maus sentimentos assombrem minha vida, quero a paz em volta da minha filha, viver feliz com o homem que amo, ter muitos filhos com ele, não há motivos para não lhe desejar a mesma felicidade que eu tenho. – digo abraçando-a, ela certamente passou por coisas piores que eu passei nas mãos daquele verme.

Flashback off

Sacudi as lembranças de minha mente e segui enrolada na toalha para o closet. Havia comprado algumas lingeries para quando esse momento chegasse.

Vesti uma azul safira com detalhes em renda vermelha, minúscula e totalmente transparente, coloquei o roupão de seda para cobrir e removi um pouco de leite, assim não correria o risco de vazar tão cedo. Voltei para o quarto de Carlie, ela continuava dormindo, cobri seu corpinho e verifiquei a babá eletrônica, levei o leite para a caixa térmica.

Quando voltei para o quarto Edward estava sentado em nossa cama, removendo os sapatos com os pés e alargando o nó da gravata, sem cerimônias segui para sua frente, enredando meus dedos por seu cabelo, sentando sobre suas pernas, mantendo as minhas por sua lateral. Saboreei seus lábios gostosos, deslizando minha língua.

O beijo foi se tornando voraz, nossas línguas brincavam juntas, provocando cada canto, suas mãos apertando minha cintura e sugando meu ar, sua mão deslizou para dentro do tecido e removi, quebrando o beijo e me afastando. Seu resmungo foi inevitável, segurou firme me proibindo de me afastar.

– Terminou hoje – sussurrou em meu pescoço.

– Eu sei! Por isso quero lhe presentear, vá tomar o seu banho – digo me afastando e deslizando pela cama – vou te esperar aqui, toda sua – digo da forma mais sensual possível. Sentando de pernas cruzadas, de uma forma que meu centro ficaria amostrar por segundos, mas nada que o deixasse ver o que eu vestia.

Acredito que esse tenha sido o banho mais rápido que Edward teve, saiu nu com uma pequena toalha em suas mãos, esfregando os fios cobres, meu corpo tremeu com tudo aquilo, fiquei em pé na cama, seguindo para a beira, mas não perto suficiente para que ele pudesse me puxar para seus braços.

– Eu me preparei para esse momento, depois de tantos meses – digo desfazendo o laço do roupão – nunca ansiei tanto por algo – digo parando a centímetros de seu corpo. – me faça sua novamente – digo tirando o roupão e tocando seu rosto – faça sua em todas as noites, recomeçando por essa noite! – digo com minha respiração tocando sua face.

Gemi ao sentir seu toque em minha cintura, apertando minha bunda. Deslizou suas mãos por todo meu corpo, com calma, causando tremores fortes. Desfez em poucos segundos os laços da minha calcinha e sutiã, me pegou nua em seu colo, deitando-me na cama e sem pressa alguma beijou cada pedaço.

– Você não foi a única a esperar por isso Bella. Eu ansiei a cada segundo de distancia, eu te amo minha miúda.

– Eu sei, eu também te amo, eu nasci pra isso, pra te amar.

– Sempre?! – suspirou.

– Eu to aqui pra amor você, para sempre – sussurro sobre seus lábios.

– Você é meu mundo – disse mordiscando meu pescoço – você me dá o mundo – disse se referindo a nossa miudinha.

Seus lábios desceram por meu colo, sua língua umedecendo meus seios, seus dentes raspando pelo mamilo, mas não deu muita atenção como eu desejava e isso seria difícil pelos próximos meses. Sua boca desceu, plantando beijos molhados por minha barriga. Sua mão brincou em volta da cicatriz da pistola.

Seus olhos voltaram para os meus, delicadamente aproximou seus lábios e beijou da forma mais suave a cicatriz, continuou descendo, beijou, mordeu, sugou cada pedaço de minhas pernas, meu corpo não parava de estremecer um segundo se quer, seu nome já escapava por meus lábios, meu grito rompeu o quarto quando sua língua invadiu meu centro, passando por todo ele em uma única lambida, circulou meu clitóris.

Minhas mãos correram para seus cabelos, segurando-o ali, era tudo o que eu queria. Mas não foi o que ocorreu, ignorando minha mão ele continuou subindo, sem rodeios separou minhas pernas, deixando-me ciente de seu tamanho pulsante em meu sexo. Suspirei com o mínimo contato, movi meu quadril pedindo por mais.

– Eu te amo – sussurrou repetidamente, enquanto mergulhava em meu centro de pouco a pouco. Eu enlouqueceria.

– Não imagina o quanto eu te amo. – digo conectado nossos olhares, seguimos com nossa dança.

Seus toques eram uma mistura de românticos e eróticos, me deixando completamente entregue, seus movimentos firmes e cuidadosos em meu interior, o tempo fez com que cada contato tivesse um efeito triplicado em meu corpo, sua respiração quente em meu corpo, descompassada, tanto quanto a minha, me deixando delirante.

– Mais – gemi pedindo por suas estocadas.

– Tudo o que quiser! – rosnou tomando meus lábios, mordendo, suas mãos foram para minha bunda, afundando os dedos grandes, puxando mais, enquanto afundava mais e mais seu membro com estocadas vigorosas.

Minhas mãos corriam por suas costas, puxando-o mais ao meu corpo, então tudo mudou, nos tornamos mais ferozes, ansiosos, completamente famintos, Edward passou seus braços por baixo de minha perna, puxando-as para o alto, apoiando seu braço na dobra do meu joelho, gritei em êxtase por sentir ir mais fundo, éramos dois animais no cio, explodimos juntos.


Ainda aérea fiquei ciente de um choro forte e agudo, Edward ergueu seu corpo de sobre o meu. Sorriu e me deu um beijo na testa suada. Saiu de meu interior e levantou seguindo para o quarto de nossa filha, ainda tonta segui atrás, puxando meu roupão. Edward a segurava, levando para o trocador, enquanto ele se ocupava da mamadeira me ocupei de limpar meu seio, após me higienizar e ele terminar de trocá-la, sentei na poltrona de amamentar.

Carlie estava cada dia mais fofinha, os cabelos cresciam com muita velocidade, então já tinha um boa quantidade de fios cobres indomáveis, as pontas tomando o inicio de cachos. Edward saiu por um instante e logo estava de volta, com uma cueca boxer, sentou ao meu lado, segurando a mão de nossa menina que fez questão de enlaçar seu dedo.

Assim mamou sem pressa, volta e meia largava meu seio e voltava sua atenção para o pai, seus olhos tornando-se cada vez mais castanhos, tornando ainda mais intenso que os meus. Edward tinha um orgulho extremo sobre isso, ele adorava o fato dela ter meus olhos, isso me enaltecia com maior intensidade.

Edward a pegou assim que ela resolveu não dar mais bola para meu seio. Fez com que arrotasse, cantarolou baixinho, sua voz rouca e suave, logo ela dormiu e a deitou no berço. Levantei seguindo para seu lado. Seus braços me circularam e apoiei minha cabeça em seu peito. Seus braços me apertaram em seu peito, senti seus lábios sobre minha cabeça.

– Que tal um banho – disse e senti sua mão se infiltrar pela seda – e continuarmos o que fazíamos – disse deslizando seus dedos por minha bunda, tocando minha entrada com facilidade quando abri minhas pernas, já derretida e molhada por ele.

– É o que mais quero – digo e beijo seu peitoral e foi impossível não sorri – leite materno é uma porcaria – digo ao sentir o gosto do meu leite em seu peito – aguentará viver com uma vaca leiteira?

– Você não é uma vaca... – disse me pegando no colo, circulei seu quadril com força. – só esta com problemas de drenagem – disse rindo e caminhando para fora do quarto – sem esquecer que esta com mais curvas que estão lhe deixando ainda mais gostosa.

– Ate que as estrias se tornem bem visíveis... – digo tentando fazer piada.

– Você não tem nada disso, pelo contrario. Aquela menina mulher muito da gostosa que me peitou, esta um mulherão, a maternidade te fez um bem descomunal! Sou muito sortudo por isso tudo ser só meu.

– Sim! Sempre sua, eternamente, meu temido gostoso, agora vamos logo ao banho, quero toda essa monstruosidade em forma de pênis dentro de mim, o quanto antes!

– Como queira minha senhora Cullen! – disse ao entrarmos no banheiro.

...

Os meses iam passando e minha vida ficando cada vez mais perfeita. Carlie ficava mais esperta a cada dia, Edward me deslumbrando a cada dia que passava, estávamos presos em nosso mundo, mas algo havia me chamado atenção, na verdade Edward foi o primeiro a prestar atenção nisso. Após as primeiras semanas de termino do resguardo, onde nossas famílias resolveram se tornar presentes – ate de mais – eu fui... fui me tornando um pouco agressiva quando se aproximavam de mais de Carlie.

Na verdade o medo que me tirassem ela, que algo acontecesse com ela me transformava em uma fera, só conseguia me controlar por 2 minutos com meus olhos seguindo cada mínimo movimento de quem a segurava, por esse motivo Edward me convenceu a me consultar com uma terapeuta, estávamos nessa luta por quase seis meses, a Drª me explicou que esta no meu psicológico.

Que o meu medo, por todo o terror que passei no cativeiro, o medo que eu sentia de Mike matar Carlie assim que ela nascesse continuou comigo, meu consciente ainda trabalha na hipótese de que alguém tentará lhe causar mal, continuarei por mais ou menos um ano, mas Edward e a Drª Iracy estão contentes com meu desempenho.

Assim que os portões se abriram vislumbrei a movimentação no jardim, é verão e apesar do calor, era agravável ficar pelo quintal florido e gramado. Deixei o carro parado em frente a garagem e segui o burburinho, pude ver na piscina, Rosalie e Alice com os meus sobrinhos Lilith e Noah. Elas tentavam ensinar os bebês grandes e gorduchos a nadarem.

Meus olhos seguiram pelo jardim e encontrei minhas vidas. Edward ainda de terno estava esparramado sobre um lençol, o blazer e gravata jogados no cantinho do lençol e minha princesa estava lá, esparramada de barriga pra baixo, seu corpinho branquinho coberto pela sombra da copa da arvore. É lindo ver o lugar que tantas vezes fui possuída por Edward, agora virar o abrigo de nossa filha.

Logo o sorriso deslumbrando do meu marido surgiu, fazendo meu coração falhar diversas vezes. Segui sorrindo para eles, removi meus sapatos e sorri ao ver como ela se esforçou para girar. Inclinei-me tocando Edward, dando e recebendo um beijo curto, mas gostoso e saquei o álcool em gel da minha bolsa.

– Como foi? – perguntou arrumando os cabelos cobres de nossa miúda.

– Bem... Iracy esta gostando do meu desempenho, disse que se continuar assim, não precisarei de tanto tempo quanto ela indicou no inicio do tratamento. Menos de um ano... – digo me inclinando e beijo minha linda.

– Isso é bom...

– Como ela se comportou? – pergunto passando mais protetor em seu corpinho.

– Bem, não chiou muito por causa do dentinho, apesar de gritar e babar bastante no mordedor! – disse sorrindo e se inclinando para fazer cócegas na barriguinha exposta, em uma das raras vezes em que Edward permitia que ela ficasse apenas de frauda.

– Com licença senhores... – disse Greta se aproximando com sua barriga enorme, Demetri não perdeu tempo. Fico feliz por isso, afinal esteve tantas vezes em perigo, apenas para me manter segura, ele como muitos outros, sempre serei grata. – o almoço esta servido.

– Obrigado Greta, já iremos. – disse Edward levantando.

– Eu a levo – digo quando levou o baço para pegar Carlie. – vem cá minha coisa gorducha – digo erguendo-a sobre minha cabeça, seu sorriso com pontinhas de dentes me encheu de alegria. Suas mãozinhas gorduchas seguraram firme uma mexa do meu cabelo, batia a outra palma em meu colo, brincando com o colar da minha mãe – assim que tiver idade este colar será seu minha linda, espero que ele traga seu amor, assim como me trouxe o meu – digo sorrindo boba para Edward que caminhava um pouco longe. Fiquei perdida em carinhos com minha princesa enquanto Edward chamava rose e Alice, ajudando-as a sair da piscina.

...

– Isso...

– Só mais um pouco princesa...

– Vem filha, papai te segura...

Era difícil dizer quem estava mais louco por esse momento, Carlie sorria apoiada no sofá, seu dedinho na boca com aquela expressão de “vocês querem isso? então espera deitado”, gritando papa e mamã uma vez ou outra, contende com toda a atenção que recebia, estávamos em êxtase desde o momento em que ela largou a mão de Edward, girou passando por sua perna e firmou as próprias com a mão na lateral do sofá.

Carlie já fazia isso há algum tempo, mas hoje ela simplesmente ficou 24 segundos parada, firme sobre as próprias pernas, sem segurar em nada, Alice estava em algum lugar da sala filmando nossa princesa e nossa ansiedade.

– Ela não vai fazer isso, esta feliz de mais com toda atenção – disse Jasper.

E para nossa alegria e tristeza, ela andou, mas não para Edward ou eu, ela simplesmente seguiu a passos apressados e sem firmeza alguma na direção de Jasper. Meu coração quase saíu pela boca quando ela vacilou e caiu no meio do caminho, meu instinto gritou para ir ate ela, mas Edward me segurou. Carlie soltou um gritinho de irritação e se apoiou nas mão, empinando o corpinho. Firmou as pernas e depois disparou abraçando as pernas de Jasper.

Assim que ele a pegou no colo ela soltou uma gargalhada, ele a trouxe ate nos e seu sorriso grande para o pai nos fez gargalharmos em resposta. E ate esquecemos o fato de que ela andou para Jasper e não para nos. Alice saltitava feliz por ter gravado tudo. Logo minha lindinha saltou os braços em minha direção, segurei seu corpinho, não mais gorducho como antes, sugando seu cheirinho de bebê.

– Jasp – soltou mexendo as mãos para Jasper, o que acabou nos arrancando gargalhadas.

– Essa vai ter troco Jasper! – disse Edward deslizando a mão pela barriguinha, muito discreta de Alice.

Meses depois!

Acordei desorientada, minhas coxas doíam e meu centro ardia um pouco, estava com muito calor, tentei focalizar no relógio no criado mudo, droga! Sentei rapidamente na cama, sacudindo Edward, removendo seu corpo de sobre o meu. Este dormia como uma pedra, eu sabia que não deveríamos ter passado a noite e boa parte da madrugada regados no sexo, ele se quer moveu, bufei irritada.

– Porque eu tenho que ser tão vadia viciada no seu pau! – bufei dando uma travesseirada em suas costas – acorda Edward! – grito seguindo para o banho, mais que merda.

Estava tentando desembaraçar meus cabelos quando Edward entrou também irritado, xingando a torto e a direito alguém pelo celular, entrou no boxer e me abraçou por trás, plantando um beijo gostoso em minha nuca. Abraçou-me em um pedido claro de desculpas.

Virei e lhe dei um beijo casto, só de estarmos juntos já sentia meu corpo vibrar, nos lavamos sem caricias ou não sairíamos nunca, corri para me maquiar, o vestido e sapato já estavam separados, corri para o quarto de Carlie, por alguns instante todo a irritação por estarmos atrasados se foi, no lugar um sorriso idiota surgiu, nossa miudinha tentava fugir do berço. Suas mãozinhas segurando firme as laterais do berço, os cachos dos cabelos cobres já grandinhos balançando de acordo com os movimentos.

– Mamã... mamã – meu peito inflou, um sorriso lindo cresceu em seu rostinho delicado. Os bracinhos soltaram as laterais e seu corpo voltou, caindo sentada e me desesperei, corri para segurá-la em meus braços.

– Pronto amor, mamãe ta aqui! – suspirei ao ver seus olhinhos lacrimejarem.

– Esta na hora de encomendarmos outra... – ouvi meu amor, Edward abraçou meu corpo, ainda coberto pela camisola, espalmando sua palma em minha barriga. – eu já estou pronto amor, me dê minha miudinha, eu cuido dela! Vá se arrumar – disse me dando um beijo,

– Papa?! – Carlie sem pestanejar se jogou em seu colo.

– Traidora... – suspirei lhe dando um beijo. Seu sorriso já estava para o pai.

– Vamos te arrumar miudinha? – disse erguendo-a e sacudindo levemente, sua risada ganhando os cômodos e corredores.

Tentei ser bem rápida, quando desci, Edward já estava pronto segurando Carlie em seu colo, sua atenção vidrada em um cubo mágico, Edward sorriu e seus olhos varreram meu corpo, seu sorriso torto e safado cresceu, Carlie sorriu passando o bracinho por seu pescoço, seguimos para a garagem, Greta brincava com Joaquim no jardim dos fundos.

Sorri ao ver sua felicidade com seu pequeno, Demetri trazia um brinquedo colorido, seu sorriso rasgando a face. Ele vivia dizendo que não pararia de fazer filhos nela... Edward também olhava para eles, sorriu de volta pra mim quando terminou de arrumar nossa pequena na cadeirinha.

Quando chegamos ao jardim, todos já estavam devidamente em seus lugares, recebemos um olhar reprovatório de Alice, ela caminha devagar, sua barriga de 8 meses a impedindo de ser espevitada como sempre, Jasper caminhava em suas costas, os braços preparados para ampará-la a qualquer vacilo, Lilith estava pendurada no pescoço do tio. Os cabelos mognos balançando em cachinhos lindos, seus lindos olhos chocolates brilhavam.

– Titia Bel – gritou e sacudiu o corpo. Estendi o braço, seu corpinho se chocou com o meu. Seu sorriso enorme, virou e sorriu para Carlie que havia fechado a cara. Carlie é tão ciumenta que não permitia que os primos ficassem em meu colo.

– Olhe a hora Isabella?! – pronto, chamou pelo nome completo, olhei de canto para Edward – agora traga essas meninas e vamos para o salão – disse e esticou a mão para Lilith, ela já andava perfeitamente.

– Se comporte – digo para Edward e pego nossa menina.

Carlie sorriu e veio para meu colo, mas fez birra ao ver Lilith andar, coloquei ela no chão e segurei firme sua mãozinha, Alice segurou a outra mão e assim caminhamos ate o salão. Na verdade o salão é um quarto enorme, onde todas estariam. Quando entramos, acreditei que todas as mulheres estavam ali, sorri para elas, mas meus olhos seguiram para elas.

Tanya, Kate e Victoria estavam deslumbrantes, os vestidos acompanhando a personalidade de cada, após cumprimentar Kate e Victoria segui para Tanya, seu sorriso rasgando a face. Sua felicidade é a felicidade que esta estampada na face do meu amigo, segurei suas mãos tremulas.

– Esta linda...

– Eu acho um pouco simples, mas é de manhã – disse dando de ombros e uma risada nervosa. Segurei seu rosto entre minhas mãos.

– Fique calma sim? Eric te ama, esta em êxtase desde que aceitou o pedido...

– Já o viu? – perguntou sem esconder a ansiedade.

– Ainda não, mal cheguei e Alice me arrastou aqui – digo rindo e voltamos nosso olhar para ela, que estava sentada com nossas mães, Carlie estava no colo da minha mãe, Lilith no colo de Esme. Quando meus olhos voltaram para Tanya, ela removia uma lagrima discretamente. – não precisa temer nada Tanya, Eric jamais te deixaria...

– Não é por isso – disse e me puxou para um abraço – eu tenho que contar algo para ele – sussurrou em meu ouvido – você será titia – sussurrou tão baixo que tive duvidas se era isso mesmo.

Separamo-nos e mantive meus olhos nela, passou a mão discretamente pela barriga e tentei manter meus olhos nos seus. Nossos sorrisos foram crescendo. Por sua descrição imaginei que ela não havia contado para ninguém, então permaneci em silencio.

– Tudo pronto – disse Irina entrando com Nathan ao seu lado, ele estava lindo, a pele azeitonada do pai e os olhos claros da mãe, seus cabelos negros penteados para trás. Sorriu me dando um tchau e correu até a avó, – vamos madrinhas? – disse Irina e começamos a sair, cada uma pegando seu filho e filha, rose caminhou ao meu lado.

Meus pais seguiram juntos e tomaram conta de todas as crianças, foi ate fácil com Laura ao lado, sorri vendo a felicidade do meu pai – foram poucos meses de convivência e Laura já havia arrematado meu pai Samuel, estavam juntos, morando no apartamento em que moramos no inicio, ela o faz plenamente feliz, serei eternamente grata por isso – eles não conseguiam permanecer sem algum contato, sempre próximos, seus corpos sempre se tocando, mesmo por um roçar de mãos, sua barriguinha já estava presente, meu sorriso rasgaria meu rosto a qualquer momento.

– Pra quem é este sorriso? – sussurrou Edward em meu ouvindo, sua respiração me arrepiando a pele – ficarei com ciúmes... – disse e apertou minha cintura discretamente.

– Não precisa ter – digo e volto meus olhos para seus mares, deslizando a mão por sua barba por fazer – só estou feliz por tudo estar em seu devido lugar – digo puxando seus braços para que ele me apertasse mais.

– Ainda não... – sorriu e mordiscou meu lóbulo – ainda falta te engravidar novamente... novamente... e novamente. – disse com uma voz rouca, senti minha excitação umedecer minha calcinha. – vão te ouvir assim, gostosa – disse mordendo meu pescoço. Apertei minha mão em seu pulso e consegui conter um gemido.

Edward sorriu presunçoso e voltou à postura normal de quem prestava atenção na cerimônia, esta correu perfeitamente bem, todos deslumbrantes, mas Tanya resolveu matar meu amigo do coração, na hora de dizer seu sim ela paralisou, me olhou por segundos, entendi o que ela faria, acenei discretamente.

Sua atenção voltou-se para seu noivo, Eric estava nervoso, olhando apavorado para Tanya. Ela puxou as mãos dele e espalmou as duas por seu baixo ventre e gritou um sim, Eric permaneceu com a mão em sua barriga, parecia anestesiado, Tanya sussurrou algo que o fez voltar a si, trocaram algumas palavras e então foi sua vez de gritar.

– Eu vou ser pai! – gritou varias vezes e sem pestanejar agarrou Tanya, dando um beijo apaixonado e desesperador, James e Garrett ririam dele e deram tapinhas, antes que os comprimentos se estendesse o juiz de paz resolveu se fazer presente.

...

Estava no meio de uma conversa com rose Alice quando recebi uma pancada, era um buque, as solteiras chiaram, Tanya foi a ultima a jogar o buque e me olhou esbanjando felicidade, meus olhos correram para Edward, ele esta um pouco longe, com os rapazes, seus olhos firmes sobre os meus, um discreto sorriso torto surgiu, tapas de uma mão pequena e gorducha me exigiram.

– Dá mamãe? – pedia Carlie toda entusiasmada. Sua outra mão tentando alcançar o buque, permiti que ela brincasse com o buque, enquanto voltei para minha conversa.

– Eu realmente quero sua opinião Bella? Eu devo isso... – disse Irina acanhada.

– Não há motivos para isso, tudo já passou...

– Eu sempre vou me sentir em divida com você... – disse um pouco triste.

– Pois conte comigo, mas com uma condição... eu serei madrinha! – finalmente Irina e Jacob se assumiram, o casamento estava sendo marcado.

– Claro Bella – disse e veio me abraçar, Nathan logo estava grudado a Carlie, ele sempre cuidava dela.

– Mantenha seu machinho longe da minha filha, Black ou cortarei as bolas dele – disse Edward pegando Carlie do meu colo e deixando Nathan com um bico, olhando furioso para Edward.

– Meu amor?! – olhei espantada para Edward.

– Calma Cullen, ele é atencioso... - disse Jacob.

– Sei... eu também sei ser atencioso

– Por Deus Edward – digo levantando – eles mal completaram um ano, amor...

– Coitada desse menina! – disse Jacob gargalhando.

Para nosso assombro, Carlie deitou no ombro do pai, mas a mãozinha acenava para Nathan que sorria para ela, Edward estava a ponto de dizer algo pecaminoso a uma criança, então fui rápida e o puxei para dançar, seguimos para a pista, Carlie ainda em seu colo e dançarmos calmamente, sem pressa, meus dedos correndo pelos cabelos cobres de ambos.

– Desculpe – sussurrou.

– Eu também sou ciumenta e possessiva sobre ela – assumo.

– Eu não gosto de pensar que daqui há uns 20 anos ela possa.... – não concluiu a frase.

– 20 anos Edward? – digo dando uma crise de risos.

– Me deixe ser iludido Bella! – chiou.

Sorri boba, talvez fosse à hora de contar, mas quero que estejamos sozinhos, longe de qualquer olhar, sei que Edward ainda não lida bem com essa coisa de demonstração de carinho em publico. Então apenas me contive e permaneci deslizando meus dedos por seus cabelos cobres e por sua face. Seu rosto cobriu o meu e seus lábios fizeram mágicas com os meus.

Resolvi que era hora de parar quando sua mão ficou um pouco abaixo da linha segura, seus dedos deslizando perigosamente sobre o tecido perto da minha bunda. Sorri lhe dando um olhar de quem gostou, mas não deixará. Ele em resposta me deu o sorriso torto, os dentes brancos cintilando sobre o sol fraco de fim de tarde. Uma risada gostosa de nossa princesa aumentou nossa bolha, voltamos nosso olhar para ela, que não estava prestando atenção em nos.

Carlie olhava para um canto afastado, sorrindo o tempo todo, seguimos seu olhar, forçou a perna para ir ao chão, assim que sentiu o chão começou a mover-se para frente, seguramos sua mão e seguimos seus passinhos, atravessamos a pista de dança e seguimos para uma parte afastada do grande jardim. Carlie forçou para que saltássemos sua mão. Com medo que se machucasse teimei em segurá-la, mas Edward me segurou, acenou e com o pé atrás permiti que ela seguisse sozinha.

Deu alguns passos e meu coração na boca, meu corpo já se movia quando a vi cair sentada, mas Edward me segurou pela cintura, me apertando ao seu corpo. me deu um beijo sobre a cabeça, um claro pedido de paciência e calma. Nossa princesa soltou um grito agudo, completamente irritada, forçou as mãozinhas, espalmando sobre o solo gramado e começou a levantar sozinha.

Desta vez nem pestanejou, deu passos seguros e por segundos me vi em um sonho, minha menina andava em direção... mamãe? Por instantes tive um lampejo de minha mãe margarida segurando a mão de Carlie, ela sorria para minha filha, enquanto Carlie gargalhava girando em torno dela com a mãozinha levantada. Lagrimas gordas desciam com pressa por meu rosto.

Caminhei devagar ate elas, me agachei e senti seu perfume me inundar, como eu senti falta disso, dela, de tudo que ela é pra mim. Senti a brisa gélida passar lavando meu rosto, era ela me dando um beijo, ela estava bem, feliz. Ela esta feliz agora. Minha mente cantarolou sua frase, sua voz soando tão nítida – “minha felicidade é vê-la plenamente feliz, só assim eu ficarei em paz” – essas foram suas ultimas palavras, antes que eu fosso para o colégio naquela manhã em que a perdi. Eu a estava prendendo neste mundo?

– Eu estou mamãe! Eu te amo – suspirei e me apertei a Carlie. Sua imagem foi apagando e apenas alguns mínimos brilhos ocuparam o lugar. Peguei Carlie em meu colo, levantando e sorrindo para Edward.

– Tudo bem? – disse sorrindo para nossa princesa que ainda acena para a direção em que minha mãe estava. Um vento suave passou por nos, contendo seu perfume, Carlie nos olhou e em sua palma havia uma margarida.

– Mamã! Buita mamã! – disse e sorriu para Edward.

– Sim amor, é linda.

Edward abaixou seu rosto de encontro ao meu e plantou beijos pelos caminhos que minhas lagrimas passaram. Aproveitamos que Carlie estava muito distraída com a flor e nos beijamos, saboreei cada pedaço de seus lábios, meu corpo arrepiando mais a cada segundo, afundei meus dedos por sua nuca, arranhando de leve.

– Espero que esteja falando serio sobre aumentar a família – suspirei entre o beijo. Edward o quebrou de vez e me olhou atentamente, tão profundamente que me enalteceu. – precisamos dar um jeito nos quartos, não podemos colocar os gêmeos com a Carlie... – digo e vejo Edward engasgar. Por segundos fiquei preocupada, mas logo o mesmo brilho e sorriso que foram destinados a Carlie na primeira vez que á viu, surgiu enquanto me estudava milimetricamente. Sua mão foi para minha barriga.

– Gêmeos? – perguntou em um fio de voz. Apenas acenei, gritei assustada quando me senti ser erguida.

Não foi preciso mais palavras, a felicidade tomava nosso peito, ver o quão puro estava seu olhar, ver que este em minha frente é o verdadeiro Edward, sem sombras, sem dor. Completamente feliz... me sinto orgulhosa de cada decisão, de cada passo que dei ate aqui, não voltaria a trás para mudar nada, cada momento ao lado deste homem valeu a pena.

E sei que continuará valendo, assim como nossa família. Porque de tantas historias, acabamos entrelaçados e eu soube escolher minha felicidade.

E Capitulo - 48

E - Capitulo - Fase 2 : Miudinha


Pov Bella

Sentia minha cabeça e minhas pálpebras pesadas, mas conseguia ouvir, confuso, mas conseguia, Edward dizia algo e meu coração disparou ao ouvir sua voz. Um bipe irritante rompeu, senti um calor, sua mão cobria a minha, senti seus lábios roçarem os meus.

– Durma mais um pouco meu amor, estamos bem, nossa menina está bem. Espero você descançar... – sussurrou em meu ouvido.

E novamente me senti afundar... Não sei quanto tempo depois, mas despertei de uma vez só, abrindo meus olhos para um teto branco, um silêncio absoluto, o bipe irritante já não existia mais, as lembranças vinham frescas e com velocidade, Mike, sequestro, Laura, minha bebê, Edward. Minha mão escorreu para meu ventre, liso.

– Não... Edward – gritei assustada – minha bebê... Edward?

– Shiiiuuu Bella, eu estou aqui miúda, calma – disse surgindo ao meu lado, seu rosto preocupado.

– Cadê nossa filha? Onde ela está Edward? O Mike...

– Está morto! Você e nossa filha estão seguras – dizia alisando meu rosto – uma enfermeira irá trazê-la daqui a pouco.

Enquanto ele dizia eu escorria minhas mãos por seu braço, puxando-o para os meus, meu choro rompendo, Edward tombou seu corpo sobre o meu e apertei-o ao meu peito, seus lábios quentes brincavam com a pele do meu pescoço, eu inalei seu cheiro com sofreguidão, parecia um sonho. Eu chorava e sorria ao mesmo tempo, louca com tanta felicidade.

Então senti algo molhar meu pescoço, Edward também chorava, me apertando mais, então meus pensamentos voltaram para o sofrimento dele. Eu sabia, mesmo sem noticias que ele estava me procurando, que ele me encontraria, mas ele? Ele não fazia ideia do que acontecia comigo, se eu estava bem, se Mike havia feito algo comigo e na pior das hipóteses; se eu estava viva.

– Eu tive tanto medo – sussurrou rouco pelo choro – eu te procurei como um louco, eu não conseguia... me perdoe Bella, me perdoe minha miúda? – puxei seu rosto, querendo ver seus mares verdes. Edward entendeu o que eu queria e me deixou olhá-lo. Estava sofrido, sentindo-se culpado.

– Não... não há o que perdoar. Eu te amo tanto, Edward. Eu sempre confiei e esperei por você. Sabia que não desistiria, que me encontraria e foi o que fiz, esperei por você, cuidado da nossa filha o melhor que pude. – ele sorriu torto fazendo meus batimentos falharem.

– Ela é linda – disse e puxou uma cadeira alta, ficando coladinho a cama, seus corpo inclinado sobre o meu, seu rosto próximo ao meu, sua mão sobre meu corpo, seus dedos tocando de leve o vão entre meus seios. – ficará surpresa com a quantidade de cabelo – disse rindo, enquanto eu dedilhava seu rosto – isso renderá muitas piadas. Alice acertou em tudo, cada mínimo detalhe. – isso me fez lembrar dos outros.

– Como eles estão? – Edward sorriu de leve.

– Agora estão completamente felizes. Os bebês da Rosalie já nasceram... – e assim permanecemos por mais alguns minutos, com Edward me contando cada mínimo detalhe, percebi que quando perguntei dos meus pais ele se retraiu e editou a notícia.

Nossa conversa foi interrompida por batidas na porta, uma enfermeira entrava e puxava um carrinho, era um berço, vi um embrulho rosa dentro e meu coração disparou. A enfermeira sorriu e parou com o berço ao meu lado, tanto eu quanto Edward nos debruçamos na cama.

– Está na hora de amamentar. - disse pegando minha princesa.

Quando a colocou nos meus braços, eu ainda estava com a visão daquela pequenina, toda lambuzada de sangue e placenta, mas aqui, agora nos meus braços, estava a mesma bebê com a pele branquinha, quase translucida como a minha. A cabecinha que antes parecia careca, estava com muito volume cobre. As mãozinhas atadas como se estivesse rezando, os olhos fechados.

A boquinha em um “O” e então seus olhos abriram, tão castanhos quanto os meus. Voltei meus olhos para Edward e ele estava admirando nossa pequena, deslizei minha mão por seu rosto, seus olhos voltaram para os meus, a enfermeira se moveu, fazendo-nos voltarmos as necessidades da nossa princesa. Ela precisa de um nome, não acredito que ainda não escolhi!

Hipnotizada por minha princesa, apenas ouvi as instruções da enfermeira. Removi a manta que a cobria e desfiz o laço da camisola hospitalar, queria ver cada parte do seu corpinho. Com muito cuidado deitei-a meio inclinada, levando meu mamilo para sua boca. Virou um pouco o rostinho, apenas roçando a boca em meu mamilo, apertei um pouco e um liquido meio transparente saiu.

Sua linguinha ficou deslizando de um lado ao outro em sua boca aberta, logo seus olhos ficaram bem abertos e abocanhou meu seio, sugando com força, foi o bastante para tudo doer. A cada sucção a dor aumentava, não entendo exatamente a ligação, mas era como sentir que uma pressão comprimia meu útero. Não percebi que estava chorando até que Edward removeu minhas lágrimas.

– Dói, muito – digo sorrindo para acalmá-lo.

– No inicio pode ser assim mesmo, com o tempo a dor desaparece, ela esta sugando o colostro e logo o leite aparece – disse a enfermeira, mas minha atenção estava na miudinha em meus braços.

– Precisamos dar um nome para ela – sussurrou Edward, seu queixo estava apoiado em meu ombro. Sua mão tocando o cabelo de nossa princesa.

– Escolha. É o mínimo, depois de tudo... só espero que não escolha o de uma ex. – Edward riu, sua respiração vindo em meu ouvido.

– Carlie Cullen. Como minha avó.

– Carlie... lindo. – digo olhando-o – Carlie Swan Cullen, soa tão delicado...

– Delicada como nossa miudinha. – disse e beijou o topo da minha cabeça.

Nesse momento Carlie se deu por satisfeita, largando meu seio, seus olhos bem abertos, voltados no pai, sabia o suficiente sobre bebês para saber que agora é a hora do arroto. Levantei Carlie com cuidado, deixando-a em pé sobre meu peito, seus bracinhos devidamente apoiado sobre meus seios, dei leves tapinhas em suas costas e logo seu arroto rompeu o súbito silencio, esperei um pouco e a entreguei para Edward. Ele pareceu tremer enquanto a deitava em seus braços.

– Todos os exames já foram feitos? – perguntou Edward.

– Exames?

– Sim senhora, como não houve acompanhamento durante a gestação e a senhora chegou baleada, o Dr. fez uma bateria de exames nas duas. – disse a enfermeira, vindo para Edward.

– Não a leve, Carlie ficara aqui, conosco. – digo olhando ameaçadoramente para ela. Minha filha não vai a lugar algum.

– Ela precisa voltar para o berçário.

– Não – retruco.

– Se os exames já foram feitos não há necessidade de levá-la, pode ir, eu me responsabilizo – disse Edward.

Após Edward enxotá-la, ela foi embora e nossa miudinha continuou conosco. Deitei novamente, agora de lado, enquanto admirávamos nossa princesa. Demorei um tempo a perceber a decoração no quarto, havia balões com te amamos, felicidades, parabéns mamãe, mas a decoração era natalina e por minhas contas o natal já havia passado.

– Que decoração é essa? Pensei que já havia passado o natal...

– Bom... isso é coisa da Alice, eu proibi que entrassem por algumas horas, ela invadiu o quarto essa madrugada, o natal passado seria o primeiro com você...

– Entendi, que dia é hoje? Quanto tempo fiquei apagada?

– Você dormiu por 24h, hoje é 13 de fevereiro – disse sorrindo torto – jamais esquecerei esse dia...

– Então pelo menos teremos o dia dos namorados americano?

– Não do jeito que eu quero, Emily me fez jurar que vou me comportar até que termine o resguardo. – seu sorriso murchou e eu fechei a cara, queria tanto senti-lo, me entregar como não faço há meses...

Edward deitou nossa pequena sobre minha cama e ficamos babando por ela que dormia serena – é maravilhoso saber que ela nasceu longe daquele hospício. – sussurro tocando em sua mãozinha – minha preocupação era ela nascer antes – digo olhando para Edward. – Edward?

– Sim?

– Onde esta Cérbero?

– Aquele... o bichinho de estimação dos X-Mens? – disse sorrindo. – de onde aquilo saiu Bella?

– Aquilo é um cachorro lindo, ele cuidou muito bem de nós duas – digo tocando a bochecha de minha princesa – ele rasgou muitas canelas e braços que se ergueram contra nós...

– Então fiz bem em levá-lo ao sítio... ele esta tendo o tratamento de rei por lá, temos muitos cachorros e estávamos precisando de um excelente reprodutor... tenho pena é das cadelas... – disse rindo.

– É bom ele ter muita diversão... passamos por muitas coisas, ele esteve me protegendo desde o início, antes mesmo que eu me desse conta que carregava nossa pequena. – digo sorrindo, olhando para seus mares.

– Quando eu vi o exame... não conseguiria viver se algo tivesse acontecido com vocês... todas as palavras da Alice...

– Ouvi meu nome? – disse Alice entrando espalhafatosa, em suas costas um verdadeiro comitê de recepção.

Todos, quando digo todos, quero dizer todos mesmo. Todos entraram no quarto que instantaneamente pareceu pequeno de mais. Edward bufou, sentando de forma rígida, sorri quando instintivamente levamos nossas mãos em torno de Carlie. Não quero alvoroço em sua volta.

Cada um parecia trazer uma bandeja, tudo foi empilhado e espalhado pelo quarto. Alice estava linda, com um brilho diferente, sua pele estava luminosa, seu sorriso crescia a medida que nos olhávamos, no outro segundo ela estava me abraçando. Choramos em silencio, ela é baixinha, mas seu aperto machuca.

Logo atrás estava meus pais, Renée sorria largo, trocando olhares entre eu e Carlie, seu sorriso aumentando, seus olhos brilhando em um pedido mudo, ergui minha mão a convidando para um abraço, no outro segundo seus braços quase me sufocavam em um abraço sofrido. Assim que se afastou procurei pelos meus pais, Charlie estava um pouco a frente.

Fiquei preocupada quando o olhei, sua postura estava muito rígida, seus braços colados ao corpo, ele parecia conter a vontade de tocar em seu tronco. Ele só pode ter se ferido... com cuidado me estiquei na cama, Edward pegou Carlie no colo e me sentei melhor, sorri para ele e veio me abraçar.

Não o apertei, apenas deslizei minha mão com cuidado por suas costas e mesmo com o casaco pude sentir que seu abdômen e costelas estavam enfaixadas. Quando ele se afastou meus olhos correram para meu pai Samuel, ele estava um pouco atrás, Laura e Eric ao seu lado.

Também o abracei, tão feliz de sentir seu abraço que quase me exaltei. O cheiro de casa estava nele, não importa o que acontecesse, mesmo eu amando Charlie e Renée. Samuel seria sempre o meu pai, meu carinho e amor por ele, sempre estaria acima. Meu pai me deu um beijo na testa e se afastou.

– Celebraremos um natal atrasado ou adiantado se preferir – disse Alice pegando Carlie do colo de Edward e por alguns segundos senti um desejo de arrancar seu braço, isso me assustou por segundos, eu sei que Alice não a faria mal...

Ver todos os outros, sentir os abraços e beijos foi maravilhoso, me deixou tranquila e segura, Alice perambulava de um lado para o outro do quarto com Carlie no colo, ditando ordens, todos comiam e bebiam, bom, eu tomava um suco de laranja e comia algumas frutas, enquanto os outros se empanturravam de coisas gordurosas e doces, típicos do natal.

Exigi minha filha de volta quando ela começou a passar de colo em colo, essa imagem me irritava, o instinto quase incontrolável de arrancar o braço de quem a segurava voltava. Eu só a sentia segura, puramente segura nos braços de Edward, ou nos meus. Deixei seu corpinho deitado sobre o meu, sua respiração pegando em minha pele no ombro.

– Essa festa está maravilhosa, mas as pacientes precisam descansar – disse Emily entrando acompanhada do outro médico. – qual parte do descanso e silencio não foi compreendida? – perguntou Emily olhando para Alice, esta apenas lhe deu língua.

– Não brigue, estou matando a saudade... – digo sorrindo, Edward levanta se arrumando em minha cama, sentando em minhas costas e me encosto em seu peito quente. Sua mão deslizando de leve sobre a cabeleira cobre de nossa filha.

– Mas agora chega, elas precisam descansar – disse o Dr.

Em poucos minutos todos se retiraram, a decoração ficaria para depois. Emily me encheu de perguntas, assim como o outro médico. Ficamos por muito tempo conversando, me explicaram os diversos exames que fiz e os resultados. Logo depois uma terapeuta entrou, me fizeram contar tudo o que passei na mão daquele verme.

Relembrar, não me deixou bem, mas foi bom. Eu não queria voltar a falar sobre isso e com Edward do lado, eu sabia que não precisaria repetir. Quando saíram eu me sentia exausta. Dei de mamar para Carlie novamente e logo chegou a hora do banho. Uma enfermeira entrou e me ajudou com o banho.

Sua manchinha conseguia ser ainda mais vermelha, sua perninha sacudindo. Coloquei um macacão vermelho com o brasão Cullen que Esme havia presenteado, antes que eu acordasse. Quando Carlie estava devidamente vestida, dormiu rápido. Então voltei minha atenção para Edward.

– Deita comigo? – pedi louca para me abrigar em seu colo.

Não precisei repetir, Edward tirou o casaco e a camisa, ficando apenas com uma camiseta, fina e colada ao corpo, deixando partes de seus cachos cobre amostra. Abri espaço para que se deitasse na cama e sem pensar duas vezes, me choquei com seu corpo, sugando seu ar.

– Esperei tanto por isso! – seus braços me apertaram mais.

– Eu também meu amor, eu também. Me sinto no paraíso – disse com a voz rouca e sedutora, beijando meu pescoço. Virei para seus lábios tocarem os meus.

No início era apenas um simples roçar de lábios, com o tempo foi intensificando, sua língua quente deslizando por meu lábio inferior, abri meus lábios convidando-o e prontametne fui atendida, minha língua já esperava pela sua, tocando-se lentamente, sua mão apertava minha cintura, assim como eu apertava sua nuca, nos unindo o quando conseguíamos.

Não demorou para que o beijo se tornasse exigente, mordisquei seus lábios, assim como o sentia fazer o mesmo com os meus, ficamos nessa dança deliciosa até que o ar faltou. Sua palma quente já havia infiltrado por minha camisola, mas foi só isso, não precisávamos verbalizar. Temos a consciência de que não poderíamos ir até o fim e afinal, eu dei a luz ontem.

Sorrimos olhando fascinados um para o outro, seu sorriso largo deixando minha vida mais iluminada, como eu o amo... puxou-me ainda mais para seus braços, me deixando apertadinha, beijou minha testa e eu afundei minha cabeça em seu peito.

– Edward?

– Diga amor! – é tão bom ouvir isso.

– O que aconteceu com meu pai Charlie? E... o que aconteceu na mata? – senti seu corpo ficar tenso.

– Você precisa descansar...

– Eu só quero saber...

– Nós... estivemos em seu primeiro cativeiro, li sua carta – suas mãos apertaram meu corpo, puxou-me para cima do seu corpo – Joseph estava lá, tentou me acertar, mas... Charlie surgiu em minha frente e levou um tiro que era para mim... – foi minha vez de apertá-lo. – depois... bom... na mata... foi complicado, contei com a ajuda do Black, já que ele era de lá...

– Jacob? – perguntou apoiando minhas mãos em seu peito e meu queixo sobre elas.

– Sim... ele foi de grande valia na mata... – seu sorriso distorceu em uma careta. – quando entrei na casa, a porta toda marcada com tiros, o capanga amarrado no quarto e a janela quebrada... fez um grande trabalho com o capanga no porão.

– Por falar nisso, o que eram aquelas coisas metálicas? E ele estava vivo?

– Oh sim, está muito vivo, mas isso não significa que ele não precisará de uma boa plástica. Aquilo eram partes de armas, eles tinham um verdadeiro arsenal, muitas armas militares desmontadas para serem facilmente transportadas... foi uma grande recompensa para o pessoal do meu tio...

– Se minha recompensa for esta e muito mais, eu passaria por tudo isso! – sussurro me inclinando.

– Nem brinca com isso... – disse assustado.

– Nunca pensei que conquistaria tudo isso quando invadi seu escritório...

– Deliciosamente tentadora naquele uniforme – disse e apalpou minha bunda – vamos aproveitar muito... eu amo vocês Isabella – disse, mas seus olhos estavam em Carlie. – queria ter acompanhado a gestação, você deve ser a grávida mais linda do mundo – voltou seus olhos sobre os meus.

– Assim que ela começara a andar poderemos encomendar o próximo – digo voltando a beijá-lo, ficamos assim por mais um tempo, até que o cansaço voltou e Edward permaneceu fazendo carinho em minhas costas. Com a sensação inesquecível de estar em paz e segura, adormeci rápido.

Um chorinho agudo rompeu em algum lugar... com preguiça abri meus olhos e estava sozinha na cama, por segundos senti meu corpo gelar e meu coração falhar. Girei e sorri boba por ver Edward tentar ninar nossa filha. Mesmo sem saber como, meu instinto gritou; ela estava com fome.

– Eu cuido disso amor – sussurrei e Edward girou e sorriu triste.

– Desculpe, eu tentei acalmá-la, ela não para de gritar e a frauda está limpa...

– Isso é fome – digo tocando meu seio.

– Como sabe? Estava pensando em chamar uma médica...- disse assustado por ouvi-la chorar mais e mais...

– Acho que é coisa de mãe – sussurro. Era exatamente isso, dei-lhe de mamar, coloquei para arrotar e logo estava dormindo novamente. Edward a colocou no berço e voltamos para a cama.

...

– Sejam bem vindas meus amores... – suspirei entrando em casa com Carlie em meus braços enquanto Edward me carregava. Sentamos no sofá, suguei o ar, cheirinho de pão caseiro, do aromatizante de ambientes.

– Lar doce lar – suspirei. Edward me deu um beijo quente e me depositou no sofá, segui para a porta, indo buscar nossas malas.

Sim malas, Alice havia comprado muitas roupas novas para Carlie e eu. Segui para a cozinha, Greta arrumava as formas sobre a bancada, resmungando irritada, pude ver que sua irritação era Demetri, ele a acariciava, tentava puxá-la para seu corpo. Ela bufou girando para ele e sem pestanejar Demetri a agarrou e lascou um beijo no estilo desentupidor de pia.

Estava voltando pelo mesmo caminho quando Carlie resolve soltar seus sons e o casal se afastou como se tivessem levado um balde de água gelada. Fiquei tão vermelha quanto Greta. Demetri abriu um sorriso típico de macho e sem cerimônias passou sua mão pela cintura de Greta. Puxando-a e arrastando sua palma aberta pela barriga dela. Sorrindo safado deu um beijo na cabeça de Greta que olhou para todos os lados, menos para minha direção.

– Desculpe interromper, mas... – comecei entrando na cozinha – eu queria vê-los e apresentar minha bebê – digo inclinando Carlie.

Foi o que bastou para Greta voltasse os olhos para nós, sorriu maravilhada com minha filha. Passamos alguns minutos conversando, logo Edward voltou e por sua postura, era evidente que sabia sobre os dois. Passado um tempo, Edward me levou para conhecer o quarto de nossa princesa.

Parecia um sonho, um verdadeira quarto de princesa, pinturas tropicais espalhadas pelas paredes, moveis de cores claras e de madeira. O chão era de um piso que imitava uma cachoeira, não sei como conseguiram, mas ficou muito real. Quando voltamos para nosso quarto Edward me tomou nos braços. Chegamos em nossa cama e sorri realizada.

– Em fim estou aqui, somos só nós dois – digo puxando-o sobre meu corpo. Seu ronronar me excitou.

– Não provoca meu amor, eu não vou conseguir me controlar... resguardo lembra?

– Mas minha boca não... – sussurro girando-o na cama, ficando por cima e massageando seu membro.

E - Capitulo - 47

E - Capitulo - Fase 2 : Final e inicio


POV Bella

Meus olhos abriram para a escuridão. Minha consciência demorando a voltar. Como da outra vez, algo úmido e morno raspou por minha bochecha, algo gelado e muito úmido tocou meu pescoço, um choramingo animal rompeu o silencio do quarto. Cérbero? Estiquei a mão e sua língua deslizou por minha palma.

– Eu estou bem menino! – minha consciência voltou em um estalo doloroso. O quarto estava realmente escuro. Cérbero se aninhou em meus braços e pernas. Deitando em silencio.

Não foi preciso esperar muito para que o quarto fosse clareado, Mike entrava acompanhado de um capanga. Seu braço enfaixado. O capanga deixou uma bandeja no quarto, meus olhos lacrimejavam tentando se acostumar com a claridade. Cérbero rosnou para o capanga quando ele fez questão de tentar removê-lo do meu lado. Segurei-o colando ao meu peito, por medo de tentarem algo com ele.

– Deixe nos – ordenou Mike e seu capanga não demorou a atender sua ordem. – agora poderemos ficar bem, minha cisne. – disse com olhos brilhantes.

– O que quer dizer? – sussurrei.

Mike se aproximou com um sorriso macabro, tateando a cama como uma serpente. Sua mão asquerosa vindo para minha bochecha, onde fez um caricia. Aproximou seu rosto do meu. Comecei a tremer apavorada, o medo de que ele tentasse me violar novamente, crescia de forma acelerada. Aproximou sua boca do meu ouvido.

– Quero dizer...ele chegou perto de mais. – disse beijando meu pescoço – mas nunca nos encontraria na gruta bem abaixo do nariz dele, mas isso não voltará a acontecer... a esta hora... o Cullen esta morto.

Não.... é mentira.... – Edward não... – não consegui terminar de dizer, sua mão pesada fez meu corpo girar, junto com meu rosto, quando sua bofetada me acertou.

– Nunca mais ouse dizer o nome deste maldito entendeu? – rosnou sacudindo meus ombros. Os soluços e choro já estavam derramados.

Eu não conseguiria viver em um mundo sem Edward, eu preciso dele, nossa filha precisa dele... eu me recuso a acreditar nisso! Mike só esta me amedrontando, me desiludindo, afundei meu rosto no travesseiro. Meu corpo convulsionando com os tremores do soluço.

– Vou deixá-la descansar... – disse beijando minha cabeça. – cuide dela Cérbero. – disse brincando com o cachorro. Cérbero se enroscou em meu corpo, resmungando baixinho.

...

– Eu só quero tomar um pouco de sol... não farei nada... – pedi para Mike deslizando minha mão por minha enorme circunferência. Já havia passado algumas semanas.

Entre essas semanas descobri mais sobre como começou sua obsessão e sobre onde estávamos, como boa menina, fui permitida a andar pela casa, recebendo um novo quarto, Mike havia construído cômodos luxuosos para uma casa no meio da mata. Seus capangas circulavam por toda a casa e pelo perímetro, sei disso por ele me contar.

O pai e tio de Mike, trabalhavam para meu bisavô Joseph. Ele fez uma brincadeira ou algo próximo a isso, que ele me encontraria e me entregaria para Mike, para ser dele, para fundirmos as famílias, Mas o pai de Mike morreu após ser descoberto pelos mafiosos parentes de Edward.

Pelo que entendi, o pai dele tentou roubar Esme em uma das visitas, ele a queria como pagamento de uma divida. Tentando inutilmente roubá-la, tentativa que ao que parece, não chegou aos ouvidos de Esme. Isso aumentou o ódio deles e após saber que Edward havia me levado, que ele poderia saber meu paradeiro, fez com que articulassem sabotagens.

Desde o inicio, foi Mike, ele desde de pequeno aprendeu a mexer neste “mundo” aprendendo as manhãs de uma simples trapaça para um golpe de mestre, provocou todas as trapaças entre os Swan e Cullens, alimentando o ódio deles, ate o ponto em que ele não precisasse mais armar, deixando a cargo deles. O que foi bem sucedido por Edward e minha mãe.

Isso me deu tanto nojo, só me deixou ainda mais revoltada com toda essa situação, louca para que me encontrasse e Deus que me perdoe, mas que a morte batesse para Mike, nos livrando desse maldito, deixando-me livre e tranquila para viver com minha família e amigos, em um mundo sem nenhum deles, apenas. Eu, Edward, nossa filha. Um mundo onde Mike não existira para assombrar a felicidade dos meus sobrinhos e filhos...

– Talvez, amanhã.... – disse e seus olhos mudaram, brilhando de uma forma sombria, me encolhi na poltrona, minha cutucadora, chutando com ímpeto. - agora eu tenho outro planos... – disse e no outro segundo, estava me carregando para o quarto.

Meu corpo gelou, a muito que eu vinha evitando suas investidas, sempre conseguindo uma boa desculpa para afastá-lo e ele sempre acreditava em minhas desculpas, mas isso não me deixava tranquila, confiante que da próxima vez funcionaria. Isso só servia para me deixar ainda mais apavorada, ainda mais agora que pareço que vou explodir a qualquer momento.

– Mike... – tentei quando me deitou na cama e começou a remover sua blusa.

– Não aceitarei desculpas hoje minha cisne, será minha, por bem ou por mal. – disse abrindo a calça.

Sem mais delongas segurou-me, puxando meu vestido, rasgando as mangas no processo. Tentando me beijar a força, tentei empurrá-lo da melhor forma possível, sem deixar meu ventre desprotegido. Meu medo era por ele tentar algo contra meu bebê. Afundei minha unha em seu tórax na esperança de afastá-lo.

– Filha da puta! – rugiu segurando meu cabelo com força, socando minha cabeça na cabeceira da cama.

Um rosnado surgiu no quarto, Cérbero mordeu Mike, que praguejou e se afastou, rapidamente o cachorro estava sobre a cama, rosnou assustadoramente para Mike, ele levantou pegando uma arma sabe-se lá de onde. Sem me atar ao perigo de mexer em um cachorro que estava furioso, puxei Cérbero para minhas costas com muita dificuldade.

– Por favor... não faça nada conosco - Mike levantou rápido, a arma engatilhada, minha cabeça rodava um pouco, mas consegui me por entre ele e o cachorro. Minha bebê chutando forte, me causando um grande desconforto.

– Eu juro Isabella... – disse e senti uma queimação em meu braço, antes que eu ouvisse o barulho do tiro – juro que se levantar a mão pra mim, mais uma vez não será em seu braço que vou atirar – gritou encostando o cano quente em minha barriga exposta pelo vestido rasgado. Meu grito rompendo o súbito silencio após sua fala.

Minha mente pesando e a queimação em meu braço aumentando, meus ouvidos zumbiam, pude ouvir ao longe, Mike gritar alguém, segundos depois duas pessoas entravam no quarto, uma foi ate o cachorro, amarrando no canto do quarto, a outra estava me vestindo. Tento a percepção de ser uma mulher mudando minha roupa após amarrar algo em meu braço.

Quando voltei a minha plena consciência, estava deitada sobre Mike, ele me balançava em seu colo, Cérbero estava ao pé da cama, subindo nela assim que percebeu que despertei, meu braço direito estava enfaixado, ardia um pouco. Evitei mover...

– Você acordou meu amor? – disse de forma estranha. – me perdoa meu amor, você me perdoa não – disse de forma doce – você foi má, você me machucou e ninguém me machuca – rosnou – eu prometo que não vou te machucar mais – disse de forma mais terna possível, como se estivesse segurando uma criança de colo, enquanto me sacudia com um pouco mais de velocidade do que alguém que tenta ninar um bebê. – mas também tem que prometer ser uma boa menina e fazer tudo o que mandar! – disse autoritário.

Mike estava tendo algo que só poderia ser um surto psicótico. Ele estava transtornado, completamente incontrolável e nunca temi tanto por minha vida como agora. Eu não poderia continuar esperando por Edward. Minha filha não pode nascer comigo ainda aqui, eu não faço ideia de quanto tempo estou, mas sei que esta próximo. Sei que ela pode nascer a qualquer momento. E todo esse martírio com Mike poderia provocar meu parto.

– Eu vou cuidar de você, vou a cidade hoje comprar guloseimas o que acha? – perguntou com um sorriso distorcido. – vou comprar roupas para nosso bebê o que acha? Nosso filho esta próximo de nascer... temos que aquecê-lo, Forks é fria e aqui na mata é mais – então eu estou em Forks?!

Mike gritou algo em outra língua e dois capangas entraram no quarto. Ele ditou ordens em um dialeto desconhecido por mim, um dos capangas me pegou no colo e levou-me do quarto, enquanto vi o outro responder seja o que for que Mike dizia. Já eu fui deixada em um porão ou algo assim, havia muitos entulhos, caixotes com alguns alimentos e outros com coisas metálicas.

Um tempo se passou ate que a porta foi aberta, Mike desceu a pequena escada, sua roupa como a de mochileiros, dava pra ver as armas por baixo de seu suéter. Ele sorriu doce novamente, caminhou ate onde estava e dei alguns passos para trás. Seu sorriso desaparecendo. Caminhou rápido. Segurou meu rosto entre suas mãos e beijou minha testa.

– Se comporte. Voltarei logo, não tente nenhuma gracinha minha cisne. – disse e saiu novamente.

Joguei-me sobre os caixotes, eu preciso arrumar um jeito de sair daqui, não poderia mais confiar no tempo, deslizo minha mão por meu ventre, após sentir um chute potente. – mamãe vai dar um jeito tá, eu prometo. – digo sentindo um leve desconforto, minha barriga parecia mais pesada que nos outros dias. Talvez seja só a perda de sangue.

Fiquei um tempo pensando no que eu poderia fazer para fugir, como fugir e o principal como sobreviver na mata seu eu conseguisse fugir, enquanto pensava eu andava pelo longo porão, daqui eu conseguia ouvir os barulhos externos, algo que eu não consegui no quarto em que me deixou. Consegui ouvir o barulho típico de um rio.

– Isso! – exaltei maravilhada.

Um rio sempre desemboca no mar, e antes disso há possibilidades de que corte uma cidade... onde há cidades, há telefone, eu poderia ligar pra casa, poderia escapar desse martírio, eu só preciso pensar em como sair daqui. Comecei a revirar ainda em silencio alguns dos caixotes, se esse era o abastecimento deles, haveria algo perto de um quite de sobrevivência.

Encontrei algo parecido com sinalizadores, separei alguns rezando para que realmente fossem sinalizadores. Havia um caixa de papelão com bolsas, muitas bolsas, peguei a menor que tinha e coloquei os sinalizadores. Peguei alguns canivetes e facas que haviam em outro caixote. Subi a pequena escada par verificar a porta, estava trancada.

Desci e sem opções, me vi obriga a instiga-lo a vir ate o porão, pegue alguns caixotes vazios e coloquei nas lacunas que traziam luz. Peguei obejeto que parecia uma pá, quebrei a lâmpada e me habituei a escuridão, após um tempo onde eu já consegui distinguir tudo a minha volta, comecei a derrubar tudo o que encontrava.

Minha intenção era instiga-lo, deixa-lo preocupado com o que eu poderia estar fazendo, assim esse capando dos infernos desceria esquecendo de fechar a porta. Me escondi em baixo da escada, a madeira rangendo com seus passos pesados, sai o mais silenciosa possível. Ele estava de costas, ergui a pá com a força e velocidade que consegui acertando-o no meio das cosas.

Mas para meu desespero, minha força não foi o bastante, ele girou arrancando a pá de minhas mãos, batendo em meu rosto, me desequilibrei e levei minhas mãos ao caixote ao meu lado, derrubando tudo, consegui distinguir o som do metal tilintando no piso. Senti um puxão em minha blusa, consegui puxar um dos objetos metálicos, quando me girou para tentar deter-me, soquei o objeto com toda a força em sua cabeça.

Tombamos, meu corpo caindo sobre o dele, não pensei muito apenas puxei a mochila no canto da escada e corri o mais rápido possível para a casa, trancando a porta. Cérbero estava sentado em frente a porta e latiu quando me viu. Vasculhei pela casa e tudo estava trancado, ouvi a voz de outro capanga e corri para o meu quarto, mantendo Cérbero sempre por perto claro. Eles não me procurariam ali, consegui abri a grade de dentro da janela, quando sinto um puxão em meu cabelo.

Antes que eu pudesse reagir, Cérbero já havia pulado, atacando o outro capanga, vi quando erguei a arma para matá-lo, eu ainda estava com o objeto de metal, apenas arremessei em sua cabeça, acertando no meio da testa, a arma rolou pela cama, peguei a própria com muito medo atirei em um dos trincos, isso poderia chamar atenção dos outros, mas para meu alivio não apareceu nenhum.

Peguei alguns lençóis e amarrei o capanga, arrastando para fora do quarto, você não pode simplesmente sair pela frente do seu cativeiro, mas mesmo assim eu tentei, descarreguei a arma no trinco da porta, mas nada adiantou, não vez nem cócegas. Ouvi vozes e permaneci em silencio. Meu coração parecia que sairia pela boca quando reconhecia voz, eu nunca me esqueceria dela.

– LAURA? LAURA? SOCORRO? – não pensei dias vezes em gritar.

Pude ver pela janela que ela seguia para longe da casa, céus, se ela chegasse perto do ribeiro, ela não me ouviria nunca. Segui para o quarto e me esgoelei, sorri em delírio quando vi seus passos travarem, ele me procurava. Comecei a esmurrar a janela com o objeto de metal, sua atenção veio para ate onde estava, seus passos tornaram-se certeiro.

– Bella?

– Laura por Deus, me tire daqui! – implorei ao choro.

– Tem algum objeto duro e pesado? Isso esta praticamente lacrado! – sua voz abafada, passando pela pequena fresta no topo da janela, a única coisa que consegui quebrar após socar diversas vezes. – se afaste? – puxei Cérbero para o outro lado do quarto, foram diversas pancadas, mas Laura estava sendo mais eficaz do que as minhas.

Após alguns minutos havia um bom buraco na janela e madeiras rachadas. – você consegue passar? - perguntou pondo a cabeça para dentro – nossa! Nunca pensei que fosse um luxo aqui dentro, essa casa parece estar caindo aos pedaços.... – sussurrou perdendo a voz ao olhar minha barriga – o que eu preciso saber?

– Estou casada, fui sequestrada pelo inimigo do meu marido, que saiu e pode estar voltando a qualquer momento, ele nos matará se nos encontrar e eu estou muito perto de dar a luz e não quero que nasça sobe os olhos dele – disparei.

– Ok, venha que vou te levar ate a tribo e de lá iremos para Forks. Pegue os lençóis para cobrir aqui, assim não se cortará – disse e segui seus comandos.

– Primeiro o Cérbero – digo quando esticou as mãos para me ajudar.

– Cérbero?

– Meu cachorro adotivo!

– Isso pode ser tudo, mas não um cachorro – disse assustada quando ele se pôs em pé na janela.

– Vai menino – digo levantando sua traseira, Cérbero pulou rapidamente.

Passei a bolsa logo depois. Sentei-me na janela de costas e Laura foi me ajudando a sair, puxando-me para fora. Meu peito latejava de alivio por pisar fora daquele lugar, sorrimos pelo reencontro, abracei Laura com desespero e felicidade.

– Céus... o que passou minha pimentinha... – retrucou alisando meu rosto, certamente inchado pela pancada.

Então a minha realidade rompeu, um tiro soou perto de mais, ouvi um barulho no quarto, quando olhamos, havia um capanga entrando. Laura passou o braço por minhas costas e me arrastou ate um trilha perto do rio, nos escondemos entre as matas, Cérbero bem a nossa frente. Minha barriga ficando ainda mais pesada.

Todo o nosso percurso foi feito em pavor de sermos alcançadas, enquanto os tiros permaneciam. Eu já estava muito suada, minhas pernas doíam. Laura também estava cansada, afinal ela estava firmando meu corpo, mais do que eu mesma. Cérbero foi um bom garoto e mesmo com todo o inferno na mata, ele permaneceu calmo, caminhando um pouco a nossa frente, como se os tiros não fossem nada.

Vamos parar um pouco Laura... falta muito? – pergunto me escorando em uma das arvores. Senti uma fisgada no meu baixo ventre.

– Precisamos passar pela clareira... o outro caminho esta na reta dos tiros. – disse apontando para onde ocorria o pandemônio. – pela clareira, só teremos uma reta para descer, não posso te levar para a tribo, é perigoso de mais para você e para os índios... – sorriu fraco, removendo o suor da minha testa – você esta bem, digo, esta sentindo algo em relação ao bebê?

– Não se preocupe... eu estou bem e minha cutucadora esta bem...

– Fala com tanta convicção que será uma menina, se for um menino? – disse sorrindo enquanto recomeçávamos a andar.

– Não, digamos e eu tenho meus motivos para acreditar que terei uma menina, linda como o pai, só terá meus olhos, cabelos de cobre, pele branquinha, forte como Edward! – sorri feito idiota.

Sua barrica esta pontuda e caída, tem certeza que não esta sentindo nada diferente? – se eu dissesse sobre a pontada de leve no ventre ela surtaria. Apena movi a cabeça em negação.

Nossa caminhada continuou por muito tempo, quando estávamos perto da tal clareira, onde Laura apontou. A tal fisgada veio forte, fazendo-me encolher sobre meu ventre. Laura não percebeu por estar removendo galhos para que eu pudesse passar, sem maiores dificuldades.

Mas eu não poderia deixa-la no escuro, cada passo fazia a dor aumentar, os tiros já haviam cessado, eu sei que Edward esta junto e a esta altura, ele deveria estar a minha procura, eu o quero aqui quando minha menina nascer... aguentei apenas cortar o caminho da campina, linda, com flores de diversas cores e espécie.

– Eu não aguento mais Laura. Minha filha vai nascer... – digo e sinto um liquido escorrer por minha perna.

– Merda Bella.... – disse assustada me ajudando a sentar, após abrir uma manta pequena no chão.

– Vai ate ele. Laura! Sei que Edward esta lá, ele começou o tiroteio, trago-a pra mim, por favor? – digo me contorcendo ao sentir minha pequena girar em meu ventre.

Laura removeu seu casaco, embrulhando ele e a bolsa com sinalizadores, após remover três dos vários que peguei, me entregou um canivete. Acomodou-me de forma confortável, ajudou-me a rasgar a meia calça, e a remover minha calcinha. Cérbero se pôs ao meu lado. Prestando atenção como se entendesse o que acontecia.

– Eu vou Bella, mas... pelo que entendi, correrei risco. Não queria deixá-la sozinha, mas sei que só ficara bem na frente do seu marido... tente não gritar muito... aqui – me estendeu um sinalizador e um isqueiro – se alguém tentar algo contra vocês acenda rápido.

– Tudo bem... vou fazer isso!

Sorriu de leve e seguiu de volta pelo caminho que fizemos. O sol iluminava toda a clareira, as dores só aumentavam. O tempo entre uma contração e outra estava menor, me contorci sentindo meu corpo se expandir para que minha menina nascesse. Consegui trincar o dente e prender meus gritos a cada bendita contração.

*agora de o pay*

Cérbero moveu-se ao meu lado, seu atenção voltada para o lado da campina, um contração arrancou meu ar quando vi uma cabeça castanha surgir, movi apavorada ao reconhecer os traços, mesmo não sendo loiro como Mike, notava-se de longe, de quem ele herdou todos os traços.

Minhas mãos tatearam por meu lado, consegui ligar o isqueiro. Desesperei-me quando o vi correr ao perceber o que eu estava fazendo. Consegui acender o sinalizador, segurei Cérbero com uma mão quando vi que ele avançaria no tio de Mike. Quando chegou perto o bastante para chutar minha mão o sinalizador já havia disparado.

– Maldita! – rosnou – vai pagar por ter causado a morte do meu sobrinho, aquele Cullen não terá você e nem essa cria de merda – disse apontando a arma.

Uma dor diferente rasgou-me, minha filha estava nascendo, saindo do meu corpo, meu grito ecoou pela mata, junto com o disparo. Por algumas frações de segundo pensei que havia morrido, meu corpo aqueceu, meu peito queimou, mas não era por um tiro. Meu peito aqueceu pelo choro estridentemente agudo que rompeu a careira.

Voltei meus olhos em busca do meu bebê, da minha menina. Um corpo flácido caia sobre meu ombro e me desesperei, para meu alivio Cérbero puxou o corpo, rapidamente curvei meu corpo em direção ao meio das minhas pernas. Minha menina chorava a plenos pulmões.

Sei será clichê de mais, mas... não há palavras que descreva o que estou sentindo... tão pequenina, minha cutucadora, era um misto de placenta e sangue, parecia carequinha, mas sei que teria muito cabelo cobre embaixo de toda placenta. Assim que moldei seu corpinho em meu peito, encostando nossos rostos, seu chorinho foi diminuindo.

Segurei literalmente o meu mundo nos braços. Sorria entre lagrimas, o tempo não havia parado, mas foi o que eu senti. Ainda hipnotizada por seu rostinho gorducho e delicado. Ouvi passos esmagando galhos e flores e voltei meus olhos assustados. A visão que tive foi como estar no paraíso.

Edward caminha como um predador. Seus olhos passaram do cadáver ao meu lado para os meus, meu coração falhou varias batidas quando senti seu olhar sobre mim e suspirei em deleite ao ver seu sorriso torto nascer em seu rosto imperial. Seus olhos seguiram para a pequena em meu colo e vi a pequena fagulha negra em seu olhar desaparecer. Tudo isso aconteceu em poucos segundos.

– Meu amor – ouvi sua voz me deixou lívida. Senti que finalmente podia respirar, seus lábios cobriram os meus delicadamente e minha cutucadora mostrou para o que veio e nos estapeou com seus bracinhos agitados.

– Nossa menina Edward... - cantarolei. Senti que mexiam em mim. Laura se aproximou para pegar minha filha e não permiti. – segurei-a...

Edward pegou nossa princesa, o cuidado em que a depositou em seu colo, seus mares verdes estavam profundos, límpidos, puros como deveriam ser. Sua mão enorme segurava a palma da nossa cutucadora como se ela fosse um cristal. Pude ver uma manchinha vermelha, tão vermelha que nem mesmo a placenta no braço acobertou, toquei de leve, mas ela não choramingou.

– Desculpe quebrar o clima, sei que os recém nascidos conseguem sobreviver por muitas horas, sem alimento e cobertores, mas estamos em Forks. Na mata com mosquitos assustadores, não queremos outra mancha alem desta de nascença não é papais? – disse Laura estendendo seu casaco. Edward entregou nossa princesa par ela cuidar.

Estiquei meus braços para Edward, seu calor me domando. Tive o vislumbre de Eric olhando assustado e intrigado para Cérbero. De Laura sorrindo para minha bebê, que estava embrulhada nos braços do meu pai Samuel. Senti os lábios quentes do meu homem, do pai da minha filha sobre os meus. Quando seus lábios se afastaram pude ver alguns homens e mulheres em formação logo atrás.

– Durma minha Bella. Eu cuidarei de vocês miúda. – sussurrou em meu ouvido.

– Não esqueçam do Cérbero, ele é nosso. – sussurrei sem saber se Edward ouviria, minhas pálpebras estavam pesadas, então apenas afundei meu nariz em seu peito que estava amostra pela blusa rasgada, me entregando ao cansaço.

E - Capitulo - 46

E - Capitulo -Fase 2: Esse pesadelo não acaba nunca?


POV Edward

Antes...

– Joseph? – o nome saiu estrangulado por minha garganta. Ele estava velho, muito velho, mas seu porte mostrava que a idade não era forte o bastante para verga-lo. – maldito! Onde esta Isabella? – grito seguindo ate ele.

– Edward não! – ouvi Samuel gritar.

Agora...

Não sei de onde veio ou como aconteceu, mas no outro segundo Charlie estava em minha frente, tombando sobre meu corpo, segurei seu corpo, flácido em meus braços, minha mão sendo umedecida por seu sangue. Ouvi uma praga ser gritada e quando ergui meus olhos, Joseph estava caído, um buraco foi aberto em seu crânio.

Ainda tentava entender o que havia acontecido quando Renée surgiu, chorando apavorada, em uma das mãos uma arma calibre 12, minha mãe passou armada. Dando fim a todos que tentaram contra nos três. Ainda absorto a tudo o que estava acontecendo, enquanto os gritos de Renée se tornavam cada vez mais audíveis e dolorosos para meu ouvido, voltei meus olhos para Charlie.

– Vai... Edward... traga... Bella... – sussurrou.

Minha mãe e meu tio gritavam ordens em italiano. Voltei minhas mãos ensanguentadas para a pistola, que antes havia sido deixada de lado. Renée estava apavorada, tentando estancar o sangue, homens do meu tio a ajudavam, levando Charlie.

– Venha Edward – gritou minha mãe.

Ela, meu tio e eu, invadimos rapidamente a casa, tio Aro não pensou duas vezes antes de cuspir sobre o crânio rachado de Joseph. Para minha surpresa a casa não parecia um cativeiro. Era uma casa humilde, muito humilde, mas mobiliada e arejada. Varri os cômodos com meu tio, não havia rastros de minha miúda.

Eu não estava acreditando que ele havia conseguido, percorremos a parte de trás da casa, correndo pelas estradas, alguns homens do meu tio passavam de moto por nos, trouxeram uma para que eu pudesse seguir, não pensei duas vezes e parti com eles. Não sei quanto tempo, por quanto quilômetros corremos, mas não havia rastros, nenhum indicio de onde eles seguiram.

Minha vontade era de me jogar do precipício que havia a nossa frente, uma pedreira abandonada. Não houve uma pedra que não fosse arrancada, uma copa de arvore sem ser vistoriada. Nada, nenhum sinal, nenhuma marca. Um barulho se quer. Novamente fraquejei. Caindo de joelhos na terra seca.

– ISABELLA? – meu grito não foi o bastante para expor minha dor. Minha visão ficando embasada e não era pelo choro, meu braço latejava com intensidade.

– Vamos voltar Edward, eles já devem estar longe... – ouvi Renata em minhas costas. – essa bala precisa ser removida. Estancar o sangue – disse tocando meu ombro.

– Não... vamos olhar tudo, cada pedaço, buraco, gruta, caverna, o que servir de esconderijo.... – não é possível... – esse maldito não pode ter ido longe, ela esta grávida, não podem estar longe...

– Edward? A senhorinha Volturi esta na linha, quer parlare com tu! – disse um dos homens do tio.

– Oi mãe?

– Volte aqui Edward, Bella deixou uma carta. Endereçada a você. – isso me deu forças.

Voltei para a casa sem ver o caminho, Alec empilhava os corpos com ajuda de Demetri e Santiago. Segui para dentro, em busca de minha mãe. Demetri me guiou pelos cômodos. Minha mãe estava sentada na armação de uma cama. O quarto onde Bella esteve, tudo estava revirado, manchas de sangue no chão.

Havia algumas mudas de roupas empilhadas sobre uma mesinha ao lado da cama. Roupas da Bella. Riscos nas paredes perto do resto do que já foi uma cabeceira de cama, pois estava toda perfurada pelos tiros. Marcas de quem contava os dias estava espalhadas, um pequeno cômodo ao lado mostrava o cubículo que servia de banheiro para minha Bella.

Minha mãe estica a mão com um papel dobrado, manchado com um pouco de sangue que estava em sua mão.

Minhas mãos tremulas seguiram para o papel. A coragem me faltava, eu imagino o que possa ter e isso me torturava, me rasgava as entranhas. Eu queria saber como ela esta, mas também não queria, não suportaria ler que me odeia por deixá-la tanto tempo a mercê deste maldito, de ler que me odeia por ser um imprestável. Que se quer consegue encontrá-la.

– Sem martírio Edward – sussurra minha mãe e me puxa para seu lado – eu estou aqui meu filho... ficará tudo bem, vamos encontrá-la. Agora leia, tenho certeza que ela conta sobre minha neta – pediu aos sussurros com um sorriso suave.

Desdobrei o papel, com muito medo, tremendo de mais, minha mãe passou seu braço por minhas costas, afagando meus ombros. Respirei fundo algumas. Com o coração sangrando comecei a ler as linhas tortas.

Espero que se não me encontrado, que pelo menos tenha encontrado esta carta. Sei que esta preocupado meu amor, mesmo sem noticias, eu sei que me procura. Que me ama tanto quanto eu te amo. E por saber exatamente o marido que tenho, vou detalhar exatamente o que acontece comigo. Quando fui ao banheiro na festa da Alice, ouvi gemidos, pensei que alguém havia se machucado, era a Lauren, ela parecia realmente machucada, por favor amor, procure saber sobre ela. Mike me pegou antes que eu pudesse correr. Eu não sei que lugar é esse, mas esse não foi o primeiro lugar que ele me trouxe. Ele me deu algum remédio, misturado na comida, claro, assim eu não desconfiaria. Ele não é normal Edward. Ele tem surtos, o brilho podre e vazio, não esta mais lá, foi apagado por algo ainda pior. Olhar para ele, é como olhar para o próprio Demônio. Ele muda de humor constantemente, me faz ameaças, me amedronta sempre que pode, me manteve amarrada e acorrentada a cama nas primeiras semanas. Mas tudo se amenizou a algumas semanas. Isso por nossa obra meu amor,meu milagre, o nosso milagre, eu queria esta ai, ao seu lado, poder contar que estou GRAVIDA, que nossa filha cresce em meu ventre, forte como você. Queria que estivesse ao meu lado quando a senti mexer pela primeira vez. Eu amenizo meu tormento imaginando sua mão sobre minha barriga. Eu sou péssima de contas meu amor, então não sei exatamente de quanto tempo estou, vivíamos como coelhos.... Eu estava apavorada quando descobri, pensei que ele tentaria me matar ou fazer alguma coisa comigo para que eu perdesse nossa menina. Não fique preocupado amor, mas a forma que ele descobriu foi apavorante, ele tentou me violentar, estava preste a conseguir, mas nossa menina mostrou que é determinada como você, chutou-me com tanto ímpeto que o fez parar. Ele surtou, ele pensa que nossa filha é dele, me trata a pão de ló, mas tenho muito medo Edward. Medo de você demorar mais meses, nossa filha não pode nascer longe de você. Ela será igual a você, Mike terá outro surto, eu sei disso, se ele a ver, ele verá seu rosto nela. Não deixe isso acontecer, eu quero você, meu amor. Encontre-me Edward. Ele vive falando de me levar a um novo lar, que esta sendo preparado, ele pode me levar a qualquer momento, ele diz que me conhece, disse que você me tomou dele e que nesta casa, ninguém me encontrará . Eu sei que me encontrará, eu confio em você. Eu te amo, nos te amos, quero que você seja o primeiro a ver nossa filha, a segurá-la, então... só não demore.

Com todo meu coração.

Senhora Cullen

No final minhas lagrimas e dores não permitiam enxergar nada a minha frente. Saber da guerra psicológica que Bella passa nas mãos desse maldito me destruía, eu sou um miserável. Como eu posso ficar tanto tempo sem elas, como eu posso permitir que elas passassem tanto tempo nas mãos dele. puxei uma das mudas com seu cheiro, o cheiro da minha mulher.

– Se acalme filho – minha mãe sussurrava, abraçando-me, afagando minha cabeça.

Minha cabeça começou a latejar, a dor aumentando de pouco a pouco, tornando quase insuportável, mas fiquei feliz, isso me atrapalhava a pensar, a lembrar de quão imbecil e imprestável eu sou. Meu braço também pulsava. Senti tocar em meu braço, mas não ergue minha cabeça do colo de minha mãe. Onde permaneci com o rosto escondido, abraçado a blusa da minha miúda e chorando como uma criança amedrontada.

– Faça amor – ouvi minha mãe sussurrar.

Sua voz soando longe e ate dolorosa aos meus ouvidos. Senti minha blusa ser rasgada, em seguida um picada, demorei a perceber que meu pai removia a bala de meu braço e começava a suturar. Minha cabeça pesando inesperadamente. Em poucos segundos perdia a consciência, mas tempo suficiente para saber que não era só uma simples anestesia que havia me aplicado.

...

Minha cabeça pesada, estava apoiada em algo quente e confortável. Com certa preguiça abri os olhos, minhas pupilas arderam desfocadas, como se eu tivesse passado dias sem usá-las. Demorou para as lembranças me matarem novamente, mas a compreensão invadiu minha mente, alma e coração, fazendo o vazio voltar. Ainda mais forte.

– Shiu... se acalme meu menino – sussurrava minha mãe.

Não consegui olha-la, me senti horrível, insignificante, ate estrume tem mais valor do que eu, meu choro voltou a romper, enquanto permaneci me xingando mentalmente. Todo esse tempo, entre choros e xingamentos mentais, eu permaneci recebendo afagos e palavras confortadoras de minha mãe.

– Quanto tempo eu dormi? – pedi esfregando meus olhos.

– Pedi para seu pai mantê-lo sedado por três dias...

– Porque fez isso mãe?! – digo levantando rápido e senti uma dor aguda em meu braço.

– Não se mova rápido Edward! Vai arrebentar os pontos – chiou me puxando. – e eu fiz para que descansasse, já estamos sobre muita pressão para que você tornasse tudo ainda mais difícil. Emmett esta mal pela irmã, pela rose, ela passou mal durante o parto, os gêmeos precisam ficar internados, ainda há Charlie internado na UTI com o tiro que recebeu, por sorte não perfurou nenhum órgão importante, mas passou perto, muito perto.

– Por isso eu precisava estar atento mãe, agora aquele maldito tem muito tempo de vantagem...

– Edward. Eu não sou nenhuma inútil, estou com seu tio e nossos conhecidos, estamos passando um pente fino pelo País. Seu tio viajou hoje de manhã, ele voltou para Volterra levando Santiago, Alec e Renata. Ele cuidara de tudo por Volterra e seus homens cuidaram do pente fino.

– Desculpe mãe, mas eu não aguento mais.... eu preciso dela, preciso da minha miúda aqui – de novo as lagrimas romperam e escondi o rosto em seu colo, tapando minhas lagrimas.

Os próximos dias foram de recuperação para todos, minha mãe mostrou que todos os meus defeitos e manias foram herdados dela. Mantive-me recolhido com minha dor ate que meus pontos secassem, ainda contamos com Eric, ele havia conseguido a transferência para a faculdade daqui, perderia alguns semestres, estava sempre conosco e com Renée, meu pai cuidava pessoalmente de Charlie, que mostrava melhorava rapidamente e dos bebês do Rosalie.

Esta já havia recebido alta, mas os bebês permaneceriam por mais alguns dias na incubadora. Não tive coragem de olhar os bebês e ninguém me perguntou ou mencionou em minha frente, os homens do meu tio faziam a varredura e acompanhei tudo do escritório de Heidi, cada cidade por menor que seja, estava sendo vistoriada, cada pedra sendo erguida, apesar de não ser tão enorme como muitos países, E.U.A. ainda é grande, o que nos tomou tempo, mais tempo do que gostaria.

Pelas contas... Bella estaria em seu oitavo mês, perto de mais do nascimento. Eu lia e relia sua carta, louco pelo ódio que crescia em meu peito, por eu mesmo. Por não ser capaz de cumprir um pedido seu, de deixá-las tão expostas. Foi em uma destas crises de consciência que Heidi surgiu, esbaforida.

– Conseguimos Edward! – disse sorrindo, jogando alguns papeis em minha frente – tivemos que ser cautelosos por se tratar de Washington, mas conseguimos, eles estão em algum canto da Reserva Olimpic, entre Forks e La Push!

– Então vamos logo, não temos o que esperar, quero minha esposa e filha comigo o quanto antes – digo levantando e pegando algumas pistolas que havia limpado e carregado, minutos antes.

Preparamos uma caçada, pois era isso pra mim, eu matarei Mike, não hesitarei. Nos preparamos e seguimos em meu jato particular para Seatlle, Eric fez questão de nos acompanhar, assim como Samuel. Alguns homens já estariam equipados, nos esperando. O trajeto foi feito em mais absoluto silencio, por minha parte claro, eu podia ouvir ao fundo, Alistair impor ordens para cada um, onde cada um teria seu posto. Quando chegamos, um chuva torrencial rompia por Forks, meu celular tocou freneticamente.

– O que houve? – peguei sem ver quem se tratava.

– Sou eu, Jacob...

– O que você quer Black? – digo rude.

– Eu sou de La Push, Edward. Eu vivi minha infância por essa Reserva, apesar de haver passado quase uma década, ainda me lembro de cada trilha, cada caverna... estou em um dos seus jatos, em pouco tempo chegarei a Seatlle, sigam para La Push, procurem o Velho Ateara. Ele acomodara todos ate que eu chegue, explique a situação e terá uma patrulha melhor que esses que te acompanham. Somos filhos da terra.

– Não me faça promessas Black, não gosto de ser decepcionado.

– Encontraremos ela, Edward, nem que seja a ultima coisa que eu faça. Eu devo isso a você, eu devo isso a Bella, é o mínimo que posso fazer após tudo.

Fizemos exatamente o que o Black avisou, o caminho ate La Push, foi fácil encontrar o tal velho Ateara. Sua pele azeitonada, cabelos tão brancos quanto à flor em seu jardim. Uma enorme tatuagem adornava seu braço, parecia dos lobos uivando. Seus olhos astutos seguiram para eu e meus homens.

– O que desejam? – disse um rapaz jovem, muito parecido, tenho a certeza que este seria o senhor na juventude.

– Procuro o senhor Ateara.

– Quem é você – perguntou o velho.

– Sou Edward e venho em nome de Jacob Black. – o nome do Black pareceu fazer milagre com o senhor, sua carranca sumiu, dando lugar a um sorriso branco e saudoso.

Rapidamente fomos acomodados em sua pequena casa, o velho Ateara começou a nos explicar como é a terra da reserva e toda a área em volta, sobre a vegetação, o que teríamos que fazer para passar sem perturbar a paz dos animais. Alguns conhecidos, jovens invadiram a casa, assim que Jacob chegou, eram amigos de infância.

– Não se preocupe, se este espírito maligno estiver sobre nossa terra, encontraremos... – sua fala foi interrompida por gritos entusiasmados, os jovens gritavam concordâncias e uivavam.

– Acho melhor os jovens não se envolverem nisso, será perigo, esse “ser” não esta sozinho, a muitos com ele, armados para uma chacina. – digo realmente para preocupá-los.

Preparamos-nos com mapas de todos os lados da região. Em pouco tempo já sabíamos as coordenadas para cada saída rápida, cada rio, cada trilha. Negociei com o velho e foi aceito que eles nos guiariam, mas assim que tivéssemos próximo do cativeiro, todos sem exceção, e isso incluía o Black, voltariam para a reserva La Push.

Em pouco tempo já estávamos na mata fechada, nenhum barulho alem do canto de pássaros e nossos passos foram ouvidos. Em tal ponto nos dividimos em grupos, cada um com comunicadores e celulares com sinal de satélite, cada um tinha um rastreador colado ao corpo, assim evitaríamos surpresas.

Percorremos mais do que tínhamos pensado, mas a noite começava a cair e tivemos que acampar, voltar seria burrice e uma perda maior de tempo, alguns tomaram postos par vigiar ataques de animais e nos que permanecemos no chão tomamos os cuidados para não chamarmos atenção de nenhum predador.

A noite passou congelante, a fogueira foi apagada assim que terminamos de cozinhar a comida enlatada, que teve a embalagem embalada a vácuo quando terminamos. Precisei forçar minha mente a descansar, imaginando que amanhã há esta hora eu já poderia estar com minha miúda e minha filha comigo. Isso fez o efeito contrario por um tempo, mas joguei outra manta térmica sobre meu corpo e consegui dormir.

Quando o dia amanheceu, eu já estava em pé, terminando de desarmar a barraca com ajuda do Eric. Alistair pulou feito um felino em nossa frente. Acordando os outros, com pequenos chutes e os que insistiam a dormir, acordou com o cano gélido da sua pistola na cara. Seguimos com nossa caminhada, a tarde já começava a romper, estávamos perto de outro grupo. Meu celular vibrou em meu bolso.

– O que houve?

– Encontramos Edward. Estamos posicionados, a sua espera. Venha o quanto antes, já mandamos os Quileutes de volta. – disse Heidi ouvir isso foi como estar despertando de um pesadelo. Minha Bella... eu terei minha miúda de volta.

Despachei todos os Quileutes, assim como o Black, Eric insistiu e não tive como negar. Ele tinha um instinto de proteção sobre Isabella, tão forte quanto o meu e me peguei tento certo ciúme dele, afinal ele conviveu com ela por toda infância e adolescência, eles poderiam... eles poderiam ter algo, ter se envolvido amorosamente.

– O que foi? – perguntou e percebi que o encarava por muito tempo – fica calmo cara, vamos encontrá-la e acabaremos com esse psicopata. – disse com um sorriso perverso. Acenei em confirmação e Samuel tocou nosso ombro.

O caminho foi feito, sem que eu visse onde pisava, o que estava a minha volta, minha mente pulsava por Isabella, por tê-la em meus braços o quanto antes. Estávamos perto, foi quando o vi. Aquele maldito voltava com uma mochila volumosa nas costas e brincava com suas pistolas, seus olhos estavam atentos a uma parte da floresta. Vários homens ao seu lado.

Segui seus olhos e borbulhei com minha ideia ao ver o urso deitado, certamente hibernando. Segundos depois ouvi uma risada vinda de Eric e uma fumaça fedorenta passar em nossa frente, Eric jogava um bombinha perto do urso. Os homens estavam com Mike em sua mira e seus capangas tinham meus homens em suas miras.

O sinal para a nova chacina foi dado quando o urso desperto pela bombinha, urrou furioso. Tudo ocorreu rápido novamente, para meu alivio Samuel seguiu com Eric, um cuidaria do outro, e eu mantive atirando em tudo o que reluzia no pulso, os homens Volturis são excelentes e exterminaram os do Newton em poucos segundos, e mais Volturis surgiam entre a mata.

Exterminando os poucos que ainda restavam, mas como foi perfeitamente entendido por eles, Newton é meu. O urso permaneceu perto, destruindo os que se aproximavam, fiz o miserável do Newton gastar todas as suas balas comigo, como não restava um homem vivo, em pé, ao seu lado o urso seguiu para sua direção.

Com apenas um sinal, todos se posicionaram em silencio ao meu lado, dei apenas um tiro, em seu pé, para que seu grito rompesse, meus olhos focados nos seus, ali eu vi o reconhecimento, pela morte iminente e por todo o pavor. Por minha visão periférica pude ver o urso seguir veloz, feito touro bravo ate ele.

– Maldito – gritou me encarando, enquanto o urso se põs de pé, a garra de uma das patas perfurou seu tronco, gritou em agonia, a outra foi rasgando de um lado ao outro de seu ombro, decapitando-o.

– Vamos Edward, a cabana e logo atrás daqueles arbustos. – disse Heidi ao meu lado. Atirando um dardo com tranquilizante no urso, para que ele não seguisse ate nos.

Sem pensar duas vezes, corri ate o local, com tudo isso minha miúda poderia estar ferida. Completamente apavorada com os tiros, afinal alguns de nos não usaram silencioso. A casa era bem cuidada, pelo menos o que pude ver da fachada, toda cercada, destruímos tudo, e conseguimos entrar.

– Isabella? Isabella? – gritei arrombando todas as portas que encontrei – Isabella? – meu desespero voltando por não receber resposta, não é possível que esse tormento não acabaria.

– Aqui Edward – disse Heidi e segui ate ela – ela estava aqui, veja a janela foi quebrada de fora pra dentro, ela teve ajuda para escapar! Esta sentindo esse cheiro de cachorro? – perguntou alguns segundos depois. Havia uma vasilha com água e outra com ração, ambas haviam a inscrição Cérbero.

– Estou sim, mas isso é um rio!

– Eric? – ouvi uma mulher gritar apavorada.

Quando voltei para a frente da casa, Eric estava abraçado com uma mulher morena, alguns centímetros menor que ele, ambos choravam, ela estava vestida como uma pesquisadora. Seus olhos amendoados seguiram ate os meus, um sorriso de alivio surgiu por sua face.

– Você é o Edward? Sua filha esta nascendo! – disse estendendo a mão.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

E - Capitulo 45

E - Capitulo - Fase 2: Meu milagre


POV Bella

Escuridão. Uma simples palavra, mas que descrevia minha vida no ultimo mês. Sim, já completou um mês e alguns dias que estou sobre a posse de Mike. Apenas sei disso por conseguir marcar um canto da parede os dias que passam, graças a alimentação. Algo que ainda demorou dias para que eu ingerisse.

Minha desconfiança sobre ele me dopar permaneceu por muito tempo, ate que eu desmaiasse e ele me obrigasse a ingerir uma sopa grossa, que não parou em meu estomago. Segurei o riso ao vomitar o pouco que havia comido em seu pé. Os primeiros dias eu vivi a base de água, única coisa que ficava em meu estomago por mais tempo.

Escutei passos e segui ate a fresta da janela, parcialmente coberta por taboas grossas e bem pregada. Mike estava voltando, segui ate a porta abrindo passagem para que Cérbero saísse e voltei rápido para a cama, uma vertigem me atingiu, deitei escondendo o rosto, o latido de Cérbero tomou o local por alguns segundos. Pude ouvir sua voz carinhosa com o animal. Pelo menos o cachorro ele tratava bem...

Ouvi a chave girar no trinco e tentei normalizar minha respiração. Talvez eu tivesse sorte, como das outras vezes e ele deixasse a comida e voltasse para suas maldades. Ouvi seus passos perto da cama, tocou minha cabeça e contive um tremor e sorri internamente com isto.

– Deste jeito terei de chamar um medico minha linda! – tocou meu ombro – talvez a tal Emily o que acha? Ela poderia nos fazer companhia. – meu corpo tremeu com isto, eu nunca desejaria algo assim para Emily.

Movi devagar para que não percebesse que estava fingindo, girei ficando deitada de frente para ele. Sorriu com olhos alegres, estava com varias sacolas, estava bem arrumado, puxou um embrulho de uma delas e me entregou, como sabia que me amarraria se não mostrasse contentamento com o embrulho, desfiz o laço com rapidez.

– Caso sinta falto da sua casa, digo, da antiga casa! – disse apertando meu tornozelo machucado.

Contive um gemido de dor e uma praga em alto e bom som para ele. Abri a caixa, que não via há quase um ano e xinguei-me internamente ao ficar tão contente com um bombom. Afinal é um presente do Newton, mas é um serenata...

– Coma. – exigiu.

Tentei ignorar sua presença e abri um dos vários serenatas que havia na caixa. Ele permaneceu me olhando enquanto devorava o primeiro bombom. Após ver que faria suas vontades, saiu do quarto e me deixou em paz. Voltei meus olhos para a fresta onde o raio do sol passava, eu queria tanto estar lá fora...

Como será que Edward esta? Se ao menos eu tivesse como tranquilizá-lo... de mostrar que apesar de tudo eu estou bem... fechei a caixa e coloquei no móvel ao lado. Puxei uma das outras sacolas, eram roupas limpas e novas. Caminhei com certa dificuldade para frente do raio de sol. Sentei-me no chão de piso frio. Meu tornozelo pulsava com a dor.

Toquei me lembrando do dia que o consegui. Foi no dia seguinte a Mike permitir que eu andasse pelo quarto. Ele parou de trancar a porta quando saia, mas avisou sobre Cérbero. Após ouvir tantas vezes os latidos do cachorro, ele parecia tão calma e carinhoso, que decidi arriscar.

Mas não passei muito longe, alguns passos nos corredores ao lado e dei de frente com Cérbero, um cachorro enorme e preto, seu pelo reluzia de tão lindo e bem cuidado, não conheço as raças, mas ele certamente era uma mistura. Um mutante. Rosnou mostrando os vários dentes enormes e bem cuidados, caminhou para minha frente, eu não me movi um centímetro, paralisada com o medo, entendi os motivos de Mike de me ameaçar caso eu causasse a morte do animal.

Cérbero é um animal imponente. Lindo que amedronta a qualquer um por simplesmente lhe encarar. Chegou perto o suficiente para cheiras minhas roupas, circulou-me o corpo, batendo o rabo em minha perna. voltou-me a frente, latiu uma vez e sentou nas patas traseiras, as orelhas pontudas e moles ficaram em pé.

Eu quase desfaleci quando vi que ele não me morderia, muito pelo contrario, parecia esperar um afago meu, com mãos tremulas, toquei sua cabeça e sorri por vê-lo curvar a cabeça em busca de mais contato para o carinho. Abusando da sorte, me sentei e ri pela primeira vez em muito tempo, quando ele deitou sua cabeça enorme em meu colo.

Eu estava sonolenta demais aquele dia e adormeci fazendo carinho em Cérbero. Acordei gritando com a dor em meu tornozelo, onde Mike apertava o grilhão novamente. Ele estava alucinado, xingando e brigando comigo, que Cérbero poderia ter me matado. Que voltaria a ficar amarrada por desrespeitar suas ordens.

Passar um tempo com Cérbero me acalmava, assim como parecia acalmar o monstrinho, mas fazia da porta do meu quarto, onde o cachorro ficava assim que Mike se ausentava e saia assim que ouvia os passos dele á voltar. Minhas roupas me apertavam um pouco. Mas não comentaria, é estranho eu estar sendo tão bem alimentada pelo meu raptor...

Ele vive dizendo sobre “nossa casa”, que ainda não era hora de irmos, que nos atrapalhariam, ele não precisava dizer com todas as letras, mas eu sabia que Edward estava me buscando, que caçava Mike com determinação, movido pelo amor que temos e pelo ódio, só me restava saber se meu Ed ainda existia em seu peito ou se o Edward das feridas voltou com força total.

Minha pele começava a esquentar com os raios, levantei devagar, mas algo me assustou. Permaneci em pé, congelada com minha mão espalmada no ventre. Não havia espelho no pequeno cômodo. Afastei a blusa, deslizei minha mão por meu ventre, eu não estava gorda... eu estou... lagrimas gordas desciam em abundancia por minha face ao sentir a pequena batida, um mínimo movimento, que talvez eu não percebesse se não estivesse tão atenta.

#ouçam#

Meu bebê, meu filho, digo filha, Alice disse que seria uma menina e ela nunca erra! Nossa princesa Edward! Com muito esforço contive minhas gargalhadas de alegria por sentir minha menina, nossa filha, levantei, seguindo para a cama, após admirar o volume firme em meu ventre, permanecendo abraçada a minha barriga por muito tempo, absorvendo a felicidade.

Mas nada dura para sempre, Mike entrou trazendo meu jantar e tentei disfarçar removendo minhas mãos da barriga e puxando o mais discretamente a roupa para longe da minha pele, o medo do que ele poderia fazer quando descobrisse que carrego uma bebê de Edward me dominou.

– Como esta meu amor? – disse sentando na ponta da cama – ainda não viu as outras sacolas? – disse com os olhos crispados, raivosos. – trouxe roupas pra você e você não tomou um banho e as usou? – rosnou jogando uma bolsa em mim. – vá Isabella, e volte limpa e bem vestida.

Com medo que me agredisse corri para o banheiro. Não é exatamente um banheiro, é um quadrado pequeno, com um chuveiro de um lado e um sanitário do outro lado. Apoiei a sacola na porta e removi minhas roupas velhas e sujas, a água gelado tirou todo o calor que existia em meu corpo, não demorei muito, usando com rapidez, mas limpando meu corpo e cabelo corretamente.

Na sacola havia um vestido soltinho, algo que me acalmou, quanto mais roupa assim, melhor para esconder minha gestação. Penteei o cabelo e sai do banheiro. Meu corpo tornou-se imóvel, o pavor me dominou quando vi a imagem em minha cama. Mike estava apenas de cueca esfregando seu membro.

Seus olhos estavam com o brilho alucinado novamente, bateu na beira da cama e sorriu, permaneci imóvel. Ele levantou arrancando a toalha do meu ombro e me puxou para seus braços. Tentei me desvencilhar, Mike me pegou no colo e jogou na cama. Sua mão asquerosa tentava puxar meu vestido para cima e a outra tentava rasgar minha calcinha, me debati, as tentativas de me livrar de suas mãos não funcionavam.

– Para...

– Você será minha cisne, já esperei demais, meu amor – disse puxando minhas mãos e prendendo sobre minha cabeça, colou seu corpo ao meu, sua boca tentava cobrir a minha e meu grito de pavor ao sentir o elástico da calcinha romper, foi abafado quando cobriu meus lábios.

Um movimento forte em meu ventre fez Mike paralisar, estava transtornada, apavora, ele me encara, com sua mão asquerosa sobre meu sexo, subiu a mão e puxou meu vestido, me deixando exposta, espalmou minha barriga, tocando toda a curvatura do ventre, sua mão afrouxou o aperto em meus pulsos.

Tentei me cobrir, mas não permitiu, permaneceu olhando o volume em meu ventre, seus olhos modificavam, ele estava ficando mais alucinado, uma risada histeria começava a romper por seu peito. Olhava-me estranho e tive medo quando beijou meu ventre. Puxou meu vestido me cobrindo e suspirei de alivio. Puxou-me para seu colo, de forma que eu não poderia me opor.

– Eu te amo minha linda – disse sorrindo – agora seremos uma família! Uma família precisa de uma casa lindo, boa! – disse tocando minha barriga – nosso filho!

Mike estava fora de controle, tão transtornado que transformava a realidade, a ponto de dizer que minha filha com Edward é dele. Isso manteria meu bebê seguro, me manteria segura, pelo menos ate que ela nascesse, linda como o pai. Chorei silenciosa, rezando para que Edward me encontre antes que esteja com a gestação tão avançada assim!

...

Os dias foram passando novamente, tornando-se semanas, Mike estava mais alucinado, mas graças aos céus não voltou a me tocar, a tentar me violar, eu estava com uma barriga volumosa, não me atei a tempo, mas deveria estar com quase seis meses... por ai.

– Como faremos em Cérbero? Eu vou cuidar de você, assim que Edward nos encontrar, nos cuidaremos de você! – digo afagando a cabeça do animal, após dobrar a carta.

Pode parecer estúpido e desnecessário, mas esta manhã após sentir meu bebê mover, girando todo o corpinho, me vi impelida a escrever, não foi difícil encontrar o papel. Deixaria embaixo do meu colchão, Mike repetia a torto e a direito que nos mudarias, se eu seria levada a outro cativeiro nada mais justo do que deixar alguma pista ou prova, sei lá.

Coloquei tudo o que passei nestes meses, tudo o que Mike falou sobre esse novo lar. Sobre minha gestação, sobre minha menina, sei que esta demorando, mas continuo confiando em Edward, sei que ele nunca me abandonaria, nunca. Levantei colocando a carta embaixo do colchão.

Algo zuniu no quarto, estalando na cômoda perto de mim, fumaça saia do buraco e o barulho de tiro rompei, milésimos depois, quando virei o rosto Cérbero já estava ao meu lado, seus pelos ouriçados, velozmente girou para a porta rosnando ameaçadoramente, outros disparos ocorreram, deitei puxando o grande cão para meus braços, meu grito rompeu antes que eu pudesse me silenciar.

Mike baleado no ombro me puxava para fora do quarto. Homens encapuzados me seguram com foca e jogam uma capa preta sobre minha cabeça. Cérbero permaneceu ao meu lado e quando tentaram arrancá-lo pude ouvir quando mordeu quem tentou tirá-lo e seu choramingo ao ser machucado, chutei e acertei quem o machucou.

Novamente um pano úmido foi posto em meu nariz, mesmo sobre o pano. Meus sentidos foram diminuindo ate que desmaiei.

POV Edward

– Edward filho? Levante, precisa se alimentar! – disse minha mãe.

Meus olhos arderam, minhas costas estalaram quando levantei do sofá, minha mãe arrumava uma bandeja com lasanha e suco de laranja. Levantei seguindo para o banheiro, meu corpo doía por dormir no minúsculo sofá! Olhar-me no espelho é algo difícil nos últimos meses.

O nojo que tenho de mim mesmo é grande de mais para suportar olhar-me, mas minha barba estava incomodando e estar despertando a pena dos outros não me ajudava em nada. Abri uma das embalagens de barbeador e encarei meu reflexo. Gemi em frustração ao ver a imagem de um homem derrotado em minha frente.

Barba grossa, cabelos grandes de mais, olhos vazios, sem vida. Olheiras fundas e negras. Eu estava magro, isso era visível a qualquer um. Comecei a fazer minha barba, fiz minha higiene e voltei para sala. Estranhei encontrar com um dos amigos da faculdade de Isabella.

– Senhor Cullen, sou Tyler Crowley, precisamos conversar, é sobre a Bella e uma amiga minha... – meus sentidos se tornaram aguçados, o jovem caminhou para minha frente, estendendo a mão para um aperto.

– Espero que não esteja de brincadeira garoto, pois não vou tolerar nenhuma.

– Não senhor... – disse e olhou em volta – podemos conversar a sós?

Não respondi, apenas segui para o escritório. Dei passagem, Tyler permaneceu alguns minutos parado, desconfiado e estava me irritado. Peguei-o pelo ombro e soquei na cadeira.

– Fale o que tem pra dizer ou saia fora - rosnei.

– Des...desculpe senhor... eu só... estou preocupado, a garota que amo esta envolvida nisso, mesmo sem querer, ela corre mais riscos do que Isabella, por isso estou assustado...

– O que você quer dizer?

– Preciso que ela fique bem...

– Fale logo – rosnei socando a mesa.

– O nome dela é Lauren, ela... – se aproximou e com o rosto temeroso – ela cuidava de um velho, ela estava muito mal senhor, é um milagre que ela tenha sobrevivido. Eu não pude levá-la ao hospital, o medo de que eles a procurasse e matasse, me acovardou...

Não foi preciso que ele explicasse mais, eu já entendia o que aconteceu, Lauren não era um nome desconhecido, lembro-me de Isabella comentar sobre essa colega. Então ela era a informante, ela sabe sobre eles, a fonte.

– Leve-me ate ela agora! – digo seguindo para a porta, arrastando-o pela camisa.

Demetri, Santiago e Renata, a guarda costa principal do meu tio nos acompanhou, Tyler explicou que Lauren não estava em sua casa, mas na casa de sua avó, achavam que Mike poderia procurá-la com ele. O caminho foi curto, com Santiago no volante. A casa era bem pequena, com cheiro de interior, meio escondida entre as diversas plantas e arvores. Seguimos para a entrada e um disparo raspou o chão perto de nos.

– Sou eu vovó! – gritou Tyler erguendo as mãos.

Uma senhora que nos lembrou a “vovó zona” esta com pistolas automáticas, nos olhava por seus óculos antigos. Uma senhora muito excêntrica. Tyler nos apresentou e só então a senhora tornou-se uma típica vovó, nos guiou para o quarto onde Lauren estava. Quando a vi, pude entender as reações de Tyler.

Lauren estava com escoriações, machucados que começavam a cicatrizar. Um dos braços estavam engessado. Ela estava limpando um ferimento na perna. Seus olhos assustados se voltaram para nos. Seus olhos transbordavam lagrimas gordas e soluçava assustada, olhando-me como se eu fosse o próprio Demônio.

– Fique calma! – começou Tyler – ele entendeu, só quer falar com você.

– Você prometeu, você disse que não contaria, que não me entregaria – gritava assustada, se encolhendo na cama.

– Fique calma Lauren. Não estou aqui para lhe fazer mal, só quero saber o que exatamente você tem haver com o sequestro da minha esposa. – digo da forma mais suave que meus nervos em frangalhos conseguia.

– Não me mate por favor? Eu não queria, eu não tive escolha, ele me mataria – dizia soluçando.

– Vamos fazer o seguinte querida, conte tudo o que sabe, tudo o que lembra e a manterei segura, contará tudo? - disse Renata.

– Prometem que Tyler e sua avó estarão seguros? – pedia apertando-o.

– Fique tranquila, só quero minha esposa de volta e Mike morto – seu corpo chicoteou ao ouvir o nome.

– Isso é tudo o que desejo – disse com sofreguidão.

...

Minha cabeça martelava, ouvir os relatos de Lauren, saber tudo o que ela passou, só me destruiu ainda mais, o medo por Isabella, pelo nosso filho em seu ventre... filho, filha isso sim, eu não conseguiria ficar assim por muito tempo. Quero minhas miúdas! E graças a Lauren e um detalhe do seu tormento nos deu a pista que precisávamos.

– Então Edward? – perguntou Alice quando entrei na sala.

– Só vim buscar algumas coisas Alice, vou sair. Jasper? Segure-a aqui, mesmo que tenha que amarrá-la na cama.

– Eu vou junto Edward, eu sei vão ate a Bella, eu quero ir junto! – pedia aos gritos.

Segui para o escritório, onde contei os detalhes para meu tio e seus fornecedores, rapidamente, enquanto preparávamos nossas armas e munições. Seguiríamos em poucos carros, nosso destino? Um pequeno sitio, na estrada de Tulsa, Oklahoma. É lá que aqueles malditos estão. Eu vou destruir todos. Eu vou buscar minhas miúdas.

– Emmett? Onde pensa que vai? – perguntou Rosalie com sua enorme barriga.

Deveria ter mais do que dois ali. Ver seu enorme barriga, fez algo romper em mim. Quero minha Bella. Perder sua gestação... os enjoos, chutes. As crises, eu quero isso e aquele maldito esta usurpando o que é meu. Isso não ficara assim, não terá justiça e sim vingança. Esmagarei aquele maldito com minhas próprias mãos. A moda antiga, quando a honra era lavada com balas na testa, mas farei disto algo muito pior.

– Vamos buscar minha irmã. – respondeu, mas Rosalie nos olhava assustado, algumas armas não poderiam ser escondidas no casaco.

– Eu vejo poucas armas, mas sei que há varias com vocês, vocês não vão simplesmente buscar a Bella, vocês estão indo pra uma guerra! Uma carnificina.

– Certamente não estamos indo jogar bilhar com eles menina! – disse meu tio Aro. – estão indo resgatar uma integrante da família. Não costumo ser caridoso com quem meche com minha família.

– Você não vai Emmett!

– É a minha irmã Rosalie, sogrinha leva ela, precisa descansar meu amor.

– Eu sou a mãe dos seus filhos Emmett...

– Resolva logo Swan, estamos indo. – digo dando as costas para a cena que me matava.

– Rosalie entrou em trabalho de parto – disse Charlie aflito desligando o celular.

– Fique tranquilo Charlie, gestação de gêmeos é assim mesmo, nascem antes do tempo, mesmo – disse Samuel. Ele limpava uma arma de uso das forças armadas.

Com jatos particulares e um reforço já em Oklahoma, foi fácil e rápido chegar ao local. Meu corpo congelou, me tornando pedra por segundos. Não era um sitio, era uma casinha escondida entre a vegetação de menos de um hectare. A copa das grandes arvores e as plantas majestosas na frente impediam de ter uma vislumbre maior, mas o que vi já era o suficiente.

Meus olhos varreram a janela, procurando minha miúda. Bella... antes que eu percebesse minhas pernas já corriam ate a casa, mas alguém me puxou e algo raspou minha blusa. Antes que eu pudesse entender tiros eram trocados. Muitos homens bem armados surgiam pela mata, fechando nosso caminho, nos afastando, mas ninguém me impediria de entrar naquele lugar e destruir Mike, buscar minha vida.

Bella é minha vida, isso é incontestável, fundamental e eu vou lutar por minha vida. Segui sem pensar em mais nada pela caminho, disparando em quem eu visse. Senti algo queimar em meu braço. Olhei rápido e vi o sangue escorrendo por meu braço, quando voltei meus olhos para a entrada, foi como ver o inferno.

– Joseph? – o nome saiu estrangulado por minha garganta. Ele estava velho, muito velho, mas seu porte mostrava que a idade não era forte o bastante para verga-lo. – maldito! Onde esta Isabella? – grito seguindo ate ele.

– Edward não! – ouvi Samuel gritar.

continua....

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