Uma mínima parte estava
consciente de Charlie beijando minha testa, pondo minha mão sobre a de Edward
que mantinha o sorriso glorioso no rosto. Sua outra mão percorreu meu rosto,
seus olhos percorreram meu corpo. Repetiu o ato de Charlie antes de nos guiar
para o altar, onde o reverendo nos esperava.
Caso me pedisse para repetir o
que foi dito pelo reverendo, eu erraria cada mínima vírgula. Toda minha atenção
estava em Edward, em nossas mãos unidas, em seu olhar que caia sobre mim, em
nossos sorrisos durante todo o discurso e sermão.
Para minha extraordinária
sorte, Edward não criou todo um elaborado voto de casamento. Eu não encontrava
minha capacidade de falar, apenas gritaria de alegria. Sua mão percorreu o
largo bolso de seu palito. Tirando uma pequena caixa e removendo duas grossas
alianças.
Seus olhos fixos em minha mão
enquanto começava a deslizar a aliança em meu dedo, recitando os votos com um
sorriso vitorioso nos lábios – ...para
todo o sempre – ouvi o riso de nossos amigos contagiados pelo tom de
Edward.
Sua alegria se tornando a
minha, transformando minha voz em um eco dos seus sentimentos, com mãos
tremulas recitei todo voto, enlaçando nossos dedos ao finalizar com suas
palavras – ...para todo o sempre.
Com o livro aberto assinei
como Isabella Marie Swan Masen. Edward repetiu os movimentos em seus cabelos ao
ver minha assinatura, o sorriso nos lábios durante todo o tempo em que nossas
testemunhas assinavam.
Nossos olhares não se
desgrudaram, uma mínima parte ouvia o reverendo finalizar a cerimônia. E assim
que foi permitido eu já me encontrava abrigada nos braços do meu marido, tendo
meus lábios tomados pelos seus em um beijo ardente e apaixonado.
Esquecendo completamente de
onde estávamos, como estávamos e apenas explodimos em felicidade. Com a
plenitude de nossos sentimentos e certezas. Sendo erguida em seus braços,
enquanto apertava os meus por seu pescoço.
Os assovios estrondosos de
Emmett e a salva de palmas nos fez retornar a cerimônia. senti meus pés tocarem
o chão novamente e afundei meu rosto no peito do meu marido.
Meu marido!
Nunca imaginei sentir tal
prazer por apenas uma palavra, e se quer Havia dito em voz alta.
– Eu te amo, minha
vida – sussurrou antes de nos guiar para a fila de comprimentos.
Alice removeu o véu e a
presilha de meus cabelos, sorrindo para nos e abrindo passagem para os outros
convidados nos felicitarem. Em momento algum ficamos sem nos tocar, quando
finalmente recebemos as felicitações do ultimo convidado, no caso o próprio reverente
que se despediu, pois estava com outro casamento para celebrar, é que
finalmente ficamos alguns segundos sozinhos.
– Esta feliz? – perguntou
após eu me perder admirando a aliança.
– Certamente não
existe pessoa mais feliz no mundo do que eu.
– Do que nos. –
disse beijando a aliança em meu dedo. –
gostou? – perguntou girando-a.
– É linda, nunca
vi igual.
Realmente nunca havia visto
nenhuma aliança se quer parecida com a nossa. Tenho certeza de que aquilo era
outro diamante. Certamente. Grossa e larga a aliança ocupava boa parte do meu
dedo. Lindamente entalhada nela havia o desenho do infinito em outro tipo de
pedra. Em um tom vermelho.
Evitei imaginar que estivesse
carregando outro pequeno tesouro em meu dedo. Mas era difícil ignorar uma aliança
de diamante cravejada de rubi. Sem esquecer o pequeno detalhe internos, nossos
nomes marcados na aliança.
– Extremamente
exagerado, senhor meu marido. – sussurrei sorrindo.
– Tudo para minha
esposa – disse tomando meus lábios.
A forma como a palavra foi degustada por seus
lábios fez meu coração disparar novamente, o brilho nos olhos dourados e o
sorriso contagiante poderiam causar dor em um humano. Como se sentisse no topo
do mundo. O que me fez imitar suas feições.
Edward me amava com tal
intensidade que acredito nunca haver amor maior que o nosso. Antes que
pudéssemos nos envolver em nossa bolha, Alice surgiu ao nosso lado pigarreando
e tomando o buque de minha mão.
– Esta na hora da
dança dos noivos! – ordenou.
– Nos não pudemos
pular essa parte? – pedi suplicante para Edward, ignorando-a completamente.
– Bella...
– Nem pensar,
Isabella! – Alice cortou o que Edward diria, tomando a frente e me puxando – todos merecem ver e dançar com você,
depois do Edward você ainda vai dançar com Charlie e todos os Cullens.
Os dedos gelados de Edward
apertaram minha mão antes que enlaçasse minha cintura. Deixando Alice sem
opções alem de me liberar e caminhamos para a pequena pista de dança com os
primeiros acordes da valsa.
Respirei profundamente
sentindo seus lábios sobre os meus, sorriu me encorajando. Eu sentia os olhares
e como esperados éramos o centro da atenção, suavemente seus pés tocaram os
meus, forçando-os sobre os seus, piscou sorrindo e nos guiou com maestria.
Em determinado momento meu pai
interrompeu nossa dança e Edward removeu meus pés sobre os seus, beijou minha
testa e nos deixou sozinhos na pista. Charlie sorriu, mas não me olhou nos
olhos.
– Pai?
Charlie suspirou, vi tristeza
em suas orbes, assim como algumas lagrimas se acumulando.
– Desculpe. Esse é
o seu dia, é importante para você e eu... eu não vou me desculpar pelo que
disse antes já que não me arrependo, só não me exclua de sua vida. –
suspirou novamente – acho que nunca vou
gostar desse garoto...
– Precisa aprender
a perdoar, pai...
– Talvez seja
melhor esperar alguns longos anos, assim quando resolver me fazer avô, daqui a
longos anos – repetiu em tom de deboche – voltaremos a discutir.
– Estamos
evoluindo! Já consegue ver Edward como o pai dos seus netos? – brinquei
para esconder a tristeza que me abateu.
Eu nunca poderia lhe dar um
neto, por um mínimo momento me vi grávida, com uma pequena copia de Edward nos
braços, a visão de um bebê sorridente, chamando Charlie de vovô fez romper
algumas lagrimas.
Isso nunca aconteceria.
Seus dedos removeram minhas lagrimas – quero que sempre lembre que seu velho vai estar aqui, sempre.
– Eu sei, pai. – digo
abraçando-o. – eu te amo.
– Eu também,
filha. Sempre vou te amo, criança.
A musica finou e desta vez foi
Emmett que surgiu.
– Com licença,
Charlie. Pretendo abusar da noiva enquanto o maridão não aparece – disse
batendo no peito enquanto acenava para a direção de Edward que dançava com
Rosalie.
Após dançar com todos os
Cullen, incluindo Jasper que foi receptivo novamente ao estar próximo eu tive
meu momento com Ale. Assim que despertou chorou e só quis meu colo, como se já
sentisse que nos veríamos por um longo tempo.
Uma musica suave tocava e no
ritmo dela o embalei, estava um verdadeiro príncipe com um macacão imitando um
terninho. Seus olhos abertos atentos aos meus, seus dedinhos brincavam com o
colar, sentei em um dos largos bancos de madeira quando voltou a bocejar.
Um toque suave e gelado
despertou minha atenção, Edward sentou ao meu lado, afagando a cabeleira de Ale
que fechou os olhos vencido pelo sono. Sorriu tocando seus lábios ao meu.
– Esta cansada?
– Um pouco. Não
estava acreditando que falavam a serio sobre a dança.
– Eu...
– Que tal me
passarem o moleque? – Jacob interrompeu o que Edward diria. – Ele pode pegar manha de colo – disse
de forma debochada com a voz afeminada.
– Continue me
imitando e ficará do lado de fora – Cindy retrucou e fez perder dois tons.
Edward riu descaradamente. – vamos
colocá-lo no seu quarto Edward. Soube que tem um excelente isolamento acústico.
Desta vez eu senti meu rosto
esquentar, apenas desviei minha atenção ao pequeno bebê em meus braços.
Beijando sua testa e sua mãozinha antes de me erguer e entregá-lo para os
braços de Jacob.
Voltei meus olhos para Edward
que sorria completamente feliz, corri meus dedos por seu pescoço, dedilhando em
sua nuca, seus olhos fecharam e suspirou inclinando seu corpo de encontro ao
meu. Toques lentos, mas que fizeram meu corpo acender e gemi em sua boca.
– Vamos Bella? –
ao ouvir a voz de Alice os dedos gelados pressionaram minha cintura.
– Para onde? – sussurrei
sem me afastar de Edward.
– Precisa jogar o
buque e se trocar, esta quase na hora do voo.
Sem opções seguimos para um
pequeno palco, Alice me devolveu o buque, esperei de costas, Edward sorriu
movendo os dedos pelos fios cobres e por um instante esqueci o que deveria
fazer.
– Amor? Jogue o
buque.
– Oh, claro.
Contei até três e libertei o
buque, para minha surpresa usei força demais, fazendo voar para longe das
poucas solteiras aglomeradas em baixo do palco. Tendo tempo para ver os últimos
segundos da trajetória do buque e sorri. Completamente alheia ao que acontecia,
Laura pulou assustada ao receber o buque em sua face, sendo amparada por
Charlie.
Seus olhos arregalados
voltaram em nossa direção. Apenas sorri ao ver seu constrangimento.
– Agora é a nossa
vez, Edward! – Emmett gritou roubando a atenção e empurrando alguns
solteiros a nossa frente.
Fui impedida de ver as
próximas reações de Laura e Charlie, os dedos de Edward circularam minha
cintura, descendo descaradamente sobre o tecido ao deixar-me de lado. Ajoelhado
em minha frente, Edward subiu o tecido do vestido, removendo meu salto e
infiltrando seus dedos por minha perna, antes de juntar o tecido e me oferecer.
Minhas unhas agarraram o
tecido e respirei arduamente quando sem pudor algum afundou o rosto dentro do
meu vestido. Seus dedos tocando minha pele, descendo a liga emprestada,
beijando minha coxa e dobra do joelho.
Suas mãos firmaram meu corpo
quando estremeci. Seus dentes rasparam minha perna erguendo-a para que todos
pudessem apreciar seus dentes na liga enquanto a fazia escorregar pelo meu pé.
Com uma piscadela jogou a liga com certa violência e para meu total espanto não
foi para Emmett e sim para Tyler.
Seus dedos tocaram novamente
minha pele, auxiliando meus pés de volta ao salto. Se pôs de pé sorrindo. Assim
que uma nova onda de fotos finou, seguimos para a casa Cullen.
– Onde vão? –
Cindy e Alice surgiram ao nosso lado.
– Nos trocar.
– Nos ajudamos a
Bella.
– Não, Edward irá
me ajudar.
– Nos queríamos
nos despedir.
– Não se preocupe,
Alice. Todos terão a oportunidade, mas neste momento vou com minha esposa.
Sem sermos novamente
interrompidos seguimos para o quarto de Edward onde minhas coisas estavam.
Procurei por Ale, mas já não estava, suspirei de alivio ao dizer que ele estava
com Pamela e Alex. Sobre a cama estava um vestido de tecido leve e reconheci a
embalagem da lingerie.
Comecei a remover os enfeites
que alcancei em meu cabelo – pode me
ajudar aqui?
Em poucos segundo vi as
pequenas flores que enfeitavam meu cabelo flutuarem em uma pequena dança até
caírem sobre a cama e nossos pés. Desfez a trança e suspirei ao sentir meu
cabelo liberto.
Eu estava nervosa e não sabia
como agir...
Meus pensamentos foram
cortados ao sentir seus dedos pelo tecido e aos poucos senti os botões serem
abertos, sua palma aberta tocou-me as costas, deixando a pele arrepiada e meu
corpo quente de desejo. Deslizou segurando firme em minha cintura.
– Quer ir até o
banheiro ou...
– Não será
preciso. – digo puxando a renda para fora do meu ombro. – só.. continue me ajudando. – pedi
sentindo meu rosto queimar em conjunto com o resto do meu corpo.
Lentamente vi o tecido
escorregar por meu corpo, assim como as anáguas que desciam após uma pequena
luta contra os dedos ágeis.
Eu queria olhá-lo, saber como
estava reagindo e antes que perdesse a coragem me virei e... céus! Permaneci
bestificada com a visão. Seus olhos negros fixos em meu ventre, sua boca
entreaberta, seu braços e peito desnudos e me perdi com a bela visão.
Suas mãos contornaram minha cintura.
– Eu vou
enlouquecer – sussurrou rouco.
Com as costas da mão subiu
toques por meu ventre, entre meus seios, onde brincou com o colar.
– Por favor... eu
quero ter essa visão. – lambeu os lábios e me fez gemer com esse simples
gesto. – Isabella. Se não fosse todos os
convidados, nossas famílias lá fora eu a faria minha agora. Quando... quando eu
a possuir quero que esteja apenas com este colar.
Corri meus dedos por seu
peitoral quando seus lábios cobriram os meus em um beijo lento e ardente. Meus
seios rígidos de desejo e pelo contato com seu peito desnudo e gelado.
– Precisamos mesmo
viajar? – supliquei.
– Para onde vamos
será seguro. E quente. – disse afastando seu corpo do meu.
– Aqui ainda pode
ficar mais quente.
– Não me provoque.
Não imagina o esforço que faço para não possuí-la neste instante.
Suspirei vendo-o se afastar e
pegar uma camiseta em seu guarda-roupa e seguir para a pequena cadeira perto da
porta de vidro. Inclinei-me sobre a cama, tomando vestido e colocando-o sobre o
olhar atento de Edward.
Guardei o colar com cuidado na
caixa e a enrolei em uma pequena toalha de rosto no meio da nécessaire. Troquei
o salto por outro menor, enquanto removia os brincos e os coloquei com cuidado
sobre a cama de Edward antes de descermos.
Quando passamos para o segundo
andar, Jasper e Patrick subiram para levar as malas, fomos recebidos por uma
chuva de arroz da qual Edward me protegeu, mas não o impediu de ser
bombardeado. Principalmente por Emmett e Jacob.
Havia me despedidos de quase
todos, mas havia duas pessoas as quais eu não havia conseguido me despedir
adequadamente. E eu nunca assumiria em voz alta que não estou preparada para
abrir mão da minha mãe e de Phil.
Era difícil pensar sobre isso e evitei o máximo
que pude, mas eu não saberia se eu voltaria a ter uma conversa com ambos e isso
doía, muito. Ver seus olhos marejados me roubou as forças, apenas apertei-a em
meus braços. Senti o bolo crescer em minha garganta e não pude impedir o soluço
ou poderia me sufocar.
– Eu te amo, mãe.
Muito!
– Eu também, bebê.
Sempre!
– Cuidem-se
direitinho, por favor – digo estendendo minha mão para Phil que apenas nos
observava.
– Nos vamos
sobreviver, Bê! Seja feliz, minha menina.
– Obrigada por
também ser meu pai. – digo olhando em seus olhos e desta vez foi ele quem
chorou nos apertando.
– Agora chega de
choro, não é exatamente para uma forca que esta indo. – disse rindo e
bagunçando meus cabelos.
– E por favor,
quero netos com urgência! – minha mãe exigiu e outro soluço rompeu e forcei
um sorriso para ambos – mas vá até
aquele velho, chorão. – dizia apontando para Charlie.
Completamente afastado de
todos, meu pai chutava algumas pedras sem realmente ver o que fazia. Segui a
passos despreocupados, buscando uma calma que eu não tinha.
– Oi.
– Já esta tudo
pronto?
– Só esperando o
carro – dito isso, Jasper passou por nos com o carro de Carlisle.
Voltei minha atenção para Charlie – ele já contou para onde vão?
– Não, só disse
que é quente.
– Provavelmente
algum paraíso tropical. – resmungou alguma ofensa antes de bufar e me puxar
para seus braços.
– Vai ser estranho
sem você.
– Consegue
sobreviver a Laura e a Cindy? Alguém precisa proteger o Ale. – brinquei para
descontrair.
– Aquele menino
precisa de uma presença masculina na vida dele. Vou me encarregar disso!
– Só respire
fundo, pai e não contrarie. É mais fácil.
– Sim, não
contrariar, anotado.
– Te amo –
digo beijando sua face molhada, enxuguei suas lagrimas e me acompanhou até o
carro e para meu total espanto estendeu a mão para Edward.
– Se acontecer
algo a Bella, eu te caço até no inferno. – ameaçou antes de me abraçar mais
uma vez e nos voltou às costas.
– Pode me dizer
para onde vamos? – perguntei quando já estávamos no carro.
– Um lugar quente
e seguro – disse antes de dar
partida.
Apenas desisti de arrancar a
verdade e fechei o cinto esperando o destino.
...
Uma corente quente passou por
meu corpo e meus olhos abriram rápido. A claridade me cegou por segundos. Um
rosto de anjo cobriu o meu e lábios gelados tomaram os meus, sua boca e língua
trouxeram alivio para meu corpo e outro tipo de calor.
– Esta acordada,
agora?
– Completamente.
– Precisamos
levantar, senhora Masen. Todos já estão desembarcando.
Suspirei descrente de que
dormi durante toda a viagem. Não sabia onde estávamos, mas já era noite ou
ainda não havia amanhecido. Olhei atenta por todo o aeroporto, algumas palavras
eu reconheci, mas não era exatamente o espanhol, as pessoas usavam roupas
leves, abraçadas e algumas se beijavam sem vergonha alguma. Só então vi algumas
pequenas bandeiras brasileiras.
– Estamos no
Brasil? – não reconheci a alegria em minha voz, mas eu estava surpresa e
feliz por ter essa oportunidade.
– Sim. Vamos? –
disse parando o carrinho com nossas malas.
Assim que passamos pelo portão
o ar quente lambeu meu rosto, taxistas já estavam postos, e Edward sinalizou
para o mais próximo. Disse algumas frases no que só poderia ser um português
fluente. Sem entender nenhuma das frases apenas virei para a janela, vendo a
cidade extremamente ilumina em alguns pontos e a ausência em outros, as pessoas
vestindo pouca roupa.
A brisa suave tocando meu
rosto, trazendo a maresia. Ao longe pude observar o cristo redentor iluminado
em tons verdes.
– Bella? –
Edward já estava em pé, a porta aberta a minha espera. Disse algo ao motorista
quando sai e o abracei. Ambos caminharam levando nossa bagagem. Deixando sobre
um píer, em frente a um luxuoso iate.
– Não ficaremos no
Rio?
– Não. Mas prometo
que lhe mostro a noite carioca. – disse após colocar as malas e vir me
buscar, sorri quando tomou-me em seu braços.
Prendi meus cabelos no topo da
cabeça, as gotículas que eram arremessadas pela velocidade do iate, lavavam meu
rosto e me refrescava. Enquanto sentei o mais próximo dele que guiava atento.
A cidade se tornava minúscula
até que em certo ponto sumiu. E eu já estava ficando impaciente.
– Já estamos
chegando?
– Falta pouco.
– Para onde
estamos indo? – meus olhos buscavam entender o que tinha a diante, a lua
iluminava o topo do que poderiam ser ilhas, eu não sabia muito sobre o Brasil,
então não consegui distinguir nada.
– Há algumas
décadas Carlisle havia comprado uma ilha para Esme. Nos a chamamos de ilha
Esme, mas com o passar das décadas e com a legislação brasileira mudando com
frequência. Essas terras, assim como a ilha Esme tornou-se parte de Angra dos
reis.
– Nossa!
– Em muitas ilhas
é proibida a construção, mas Carlisle conseguiu permanecer com a casa e na
ilha. Temos um contrato com a secretaria de meio ambiente. A ilha Esme é um
refugio para muitas espécies que são vistoriadas de tempos em tempos e como não
agredimos o meio ambiente... veja, estamos chegando.
Um ponto de luz era minha
única referencia, aos poucos esse ponto crescia e para meu total espanto uma
mansão surgiu a nossa frente. A luz nada mais era que um corredor de velas que
iluminavam pequenos degraus de madeira por entre a areia e uma pequena faixa de
grama até alcançar uma enorme porta de vidro.
Seus braços me circularam,
levando-me ao colo para dentro da casa. Enquanto eu apenas sorria vendo a
beleza da decoração e simplicidade do ambiente. Removi meus saltos a tempo de
ser erguida por Edward.
Atravessamos todo a areia e a
casa desta forma, uma porta branca foi chutada por seus pés, uma linda cama metálica
e de dossel a nossa frente, delicadamente depositou uma mala ao pequeno baú,
também em metal, antes de curvar e me permitir usar minhas pernas.
– Vou buscar as
outras malas.
Meus dedos deslizaram no
tecido suave do dossel, apenas olhei seu rosto de anjo acenando positivamente,
vendo seu dorso largo se afastar. Respirei fundo. A cama reluzia, um pequeno
roseiral em metal fazia a armação da cabeceira. O colchão macio e roupa de cama
perfumada.
Tudo devidamente preparado
para uma noite de núpcias, pensar nessas palavras trouxeram emoções fortes em
meu coração que disparou.
– Bella?
Ergui meus olhos para Edward
que já depositava a ultima mala no canto do quarto. Sorriu nervoso.
– Quer tomar um
banho de mar ou alguns minutos humanos?
– Uma ducha seria perfeita,
se me acompanhar...
Edward apenas acenou e
estendeu a mão. Escorreguei meus dedos por sua palma, segurando firme em sua
mão seguimos para o banheiro, Edward depositou seu relógio sobre a grande e
larga pia em mármore verde escuro. Virei em sua direção, vendo seus dedos ágeis
abrirem os botões de sua blusa com rapidez.
Ainda com o coração martelando
em minha caixa torácica, levei meus dedos ao botão de sua calça. Abrindo o
cinto, desabotoando e descendo o zíper. Todo meu corpo convulsionou quando o
tecido do meu vestido desceu e seus dedos tomaram o feixe do meu sutiã.
Gememos juntos quando voltamos
a selar nossos lábios, minhas mãos forçavam a calça para baixo ao mesmo tempo em
que suas mãos abaixavam as alças, removendo o tecido de meus braços. Removi
qualquer pudor e vergonha que poderia me impedir e deslizei minha mão por suas
carnes firmes, voltando para seu abdômen e descendo pelos cachos até o cós da
cueca, sua mão cobriu a minha e gemi entorpecida porque desta vez não afastou
meu toque, pelo contrario, apertou minha mão entre a sua, fazendo sua ereção pulsar
em minha palma.
Meus pés perderam o chão e
cuidadosamente o tecido da minha calcinha foi removido do meu corpo, caminhei
em seu colo até a ducha, seus toques suaves em meu corpo, os beijos molhados,
toda a intimidade que trocamos em um simples banho fez meu corpo se acender em
um calor abrasador.
Eu sabia como isso poderia ser
resolvido, ele também, mas não seria no banho. Não me dei ao trabalho de me
secar, apenas fechei a ducha, saindo de seus braços e seguindo de volta ao
quarto. Encontrando o colar e lutando com o feixe.
Edward estava parado na porta
do banheiro, uma toalha cobrindo sua masculinidade, com uma segurança
desconhecida caminhei até estar a uma passo de alcança-lo. Tomando a toalha de
suas mãos.
– Por favor... eu
preciso de você, agora. – supliquei em um sussurro vendo seus olhos
famintos percorrerem meu corpo antes que desse fim a distancia entre nossos
corpos.