sábado, 4 de maio de 2013

E - Capitulo - Epílogo

E - Capitulo - Epílogo: Plenitude


Anos depois!

POV Bella

Minhas pernas doíam, o estomago embrulhado pela viajem cansativa. Foi um alivio adentrar os portões da minha casa. Se não fosse o barrigão de Alice... nunca mais me indico para resolver esses assuntos. Deixei as malas no carro e Matt, nosso motorista, levou meu carro para a garagem. Entrei me arrastando. A casa parecia estar em silencio!

Retirei meus scarpins e segui descalça, o chão gelado me dava um “bem vinda de volta”. Segui e a sala continha rastros de uma tarde de vídeo game. Os controles ainda estavam espalhados pelos sofás e na mesinha de centro. Segui para a cozinha e graças a Greta, tudo estava sobre controle. Quando voltei pelo corredor pude ouvir um estrondo, suspirei olhando o relógio. Onze e meia da noite.

Entrei na sala de TV e cinema. Havia um amontoado de cobertores, embalagens de refrigerante e pipoca jogados no canto da enorme sala. Na tela grande passando o final de Pocahontas – O encontro de dois mundos. A parte em que ela se atirava sobre o John, não permitindo que seu pai decapitasse-o. Voltei meus olhos para o amontoado. Foi fácil achar as cabeleiras cobres.

Carlie ressonava com seu rostinho escondido na dobra do pescoço de Edward, sua mão atada à mão de margarida, que dormia sobre o peito do pai. Antony dormia atravessado, completamente esparramado sobre a barriga do pai e pernas de Carlie. Já Lilith dormia ao lado de Carlie e seu irmão Noah estava sentado silencioso ao lado de White – a caçula de James e Victoria, com rosto angelical, de olhos verdes claros e os cabelos vermelhos revoltos, idêntica à mãe. James é tão ciumento quando Edward com nossas filhas - bocejando, forçando os olhos a se manterem abertos.

– Tia Bella? – Chamou baixinho, os braços esticados querendo colo.

– Boa noite, tia! – Disse Noah assustado.

– O que estão fazendo acordados? – Pergunto me aproximando com cuidado.

– Eu to com a barriga doendo de tanto que comi e a Whi esta com medo, mas não quer chamar o tio Edward – Disse segurando firma a mão de minha branquinha.

– Não precisa ficar com medo amor! – Digo pegando-a no colo. – Vem, Noah. Vou dar um remédio pra sua dor. – White segurou firme em meu pescoço e caminhamos para a cozinha. – Só um pouco de sal de frutas, com gostinho de laranja. – Digo após preparar a caneca para ele. – E você princesa? Vamos dormir?

– Quero minha mamãe! – Disse tristonha, quase chorando.

– Então, eu chamo sua mamãe, mas que tal antes de chamar, vocês me contarem por que estão todos aqui?

– Não estamos todos. O Nathan e o Igor não vieram... - disse passando a mão em uma mecha do meu cabelo.

– Papai falo que tão com o Victor, lá em casa. – Disse White deitando em meu peito, se aconchegando e bocejando mais e mais.

– Papai diz que o tio Jake não deixa ele vir porque tio Edward quer cortar as bolas dele... – Disse rindo. Emmett já estava dizendo suas safadezas para Noah... meu irmão não tem jeito!

– Aqui tem tantas bolas. Tio Edward não precisa das bolas do Nathan, né, titia? – Disse White sem maldade alguma.

– É, meu amor. Seu tio não precisa fazer isso... – E realmente não precisa. Após tantas crises com os cuidados de Nathan com Carlie, Edward conseguiu o que queria. Os dois praticamente se odeiam, não há uma vez se quer, em que eles fiquem perto, que um não arranque um pedaço de pele do outro.

– Mamãe diz que o tio é exa... exa... – Tentou dizer.

– Exagerado, White. Mamãe também diz isso, tia Alice, tia Tanya, tia Irina, todo mundo... – Disse Noah. – Mas papai diz que ele está cuidando do futuro dela e que eu tenho que fazer o mesmo com todas vocês e pra bater no garoto que se aproximar da Lilith! – céus!

– Não pode fazer isso, querido.

– Só em quem fazer mal, quem a machucar... Aí você bate com força. – Disse Edward me assustando. – O que está fazendo segurando peso amor? – Resmungou, pegando White do meu colo. – Sabe que não pode! – Tentou não soar grosso.

– Vamos voltar com isso? Eu estou grávida, não doente! – Minha barriga começava a apontar, nada escandaloso, estava com quase quatro semanas, mas...

– Mas agora são três, não dois, será mais complicado.

– Isso é culpa sua. Quem manda ter filhos tão agitados? – Digo beijando seus lábios e passando discretamente minha mão por seu peito definido.

– Eca... – Fomos interrompidos pelos barulhos de nojo e vomito feitos por Noah. Sorri para meu sobrinho – Por favor, não repitam isso em minha frente! – Pediu. – Já chega, meus pais! – Disse sacudindo a cabeça, rimos com sua angustia. Quando voltei meus olhos para White, ela já dormia no colo de Edward.

– Bom... o que aconteceu para que todos se empanturrassem de doces e refrigerante e alguns ainda estejam acordados? – Pergunto para Edward, soando o mais séria possível.

– Bom... todo mundo resolveu ter uma noite de casal e como eu fui o único abandonado da historia, tirando Alice e Jasper... – Disse dando de ombros. – Por que não convidá-los para uma sessão de filmes Disney? – Não sei por que, mas não consegui acreditar, não em tudo...

– Sei... Vou fingir que acredito por que estou cansada e tenho uma sessão amanhã de manhã e ainda suportar as crises de Alice! Mal vejo a hora de Ludmila nascer... Por falar nisso, onde esta Julius e os três de Greta?

– Está com James. Joaquim, Luigi e Maria estão com os pais... Demetri pediu folga, viajaram sabe-se lá pra onde.

– Eu vou tomar um banho e encontro com vocês na sala de TV. – digo lhe dando um beijo rápido.

– Melhor não, amor, você precisa descansar e dormir no chão não é a melhor opção... eu fico com as crianças e você descansa. – minha alegria diminuiu consideravelmente. Ele não me queria? – Amanhã eu quero muito com você, é melhor estar descansada. – Disse com sua respiração acariciando meu rosto.

– Tudo bem... – Digo e dou um beijo neles. Vou até a sala de TV e dou um beijo em meus pequenos.

Antony é o retrato do pai. Completamente esparramado, mas mantinha a mão de margarida atada a sua. Carlie estava encolhida, seu braço sobre os irmãos. Abraçada a margarida. Em pensar que quando estão acordados são perfeitos diabinhos. Meus ruivinhos diabólicos. Os cobri, depois segui para os meus sobrinhos, Edward recolhia os “destroços” no canto da sala. Noah já removia o DVD e colocava um CD de canções instrumentais, baixinho, sabendo que isso manteria White dormindo por toda a noite.

Saí sem mais palavras e segui para meu quarto, não demonstrarei que sua rejeição me afetou tanto. O banho quente foi longo, relaxou meus músculos, vesti uma camisa de Edward e segui para a cama, mas não estava ajudando ter tanto espaço. Estava quase desistindo quando ouvi um ranger suave na porta, preferi fingir que estava dormindo.

– Mamãe? – Sussurrou Carlie ao mesmo tempo em que senti o colchão afundar.

Abri meus olhos e minha linda já estava puxando o cobertor, sorriu de leve e abri meus braços ajudando-a a se aconchegar. Dei um cheiro em seus cabelos, o cheirinho de bebê já não existia, apenas o cheirinho de framboesa ocupava seu corpinho. Ela havia arrumado os cachos revoltos em uma trança mal feita.

– Pesadelo amor? – Era difícil acreditar que faltava pouco para seus sete anos.

– Não... eu senti seu cheiro... tava com saudade. Quero te aproveitar enquanto os três não chegam... – Carlie estava carente... me senti uma mãe horrível.

– Desculpe, meu amor...

– Os gêmeos são irritantes. – Não usaria essa palavra, mas eles sabem como são.

– Essa noite somos só nos duas. – Sussurro beijando sua testa.

– Mesmo com tudo. – Essa simples frase afirmativa, mostrava muito do que minha linda estava guardando pra si. Afinal ela não tinha toda a atenção desde a chegada dos gêmeos. Apertei seu corpinho ao meu.

– Mamãe promete que vai dar um jeito nisso, ok?

– Tudo bem, mamãe. – Disse aconchegando seu rosto na dobra do meu pescoço.

– Te amo, minha princesa.

...

Acordei desorientada. O corpinho quente que estava abraçado ao meu durante toda a noite já não estava. No lugar havia outro menor. Margarida ressonava esparramada e atravessada na cama. Seu pezinho ao meu alcance. Dei um beijinho e me arrastei ao alcance de seu pescoço, lhe cobri de beijos. Suas mãozinhas varreram meu cabelo.

– Agora não, mamã, quero dumi. – Resmungou tentando me afastar. Sua forma de falar tão parecida com Edward me fez rir alto o que terminou de acordá-la. Resmungou, mas levantou e pulou sobre meu peito.

– Bom dia, minha lindinha.

– Bom dia, mamã. – Disse com a voz arrastada se aconchegando em meu colo, meu celular tocou disparado.

– Bom dia, Bella. Estamos com um problema. Uma das modelos para a campanha de noivas está mal. Não conseguimos encontrar outra e para piorar a produtora pediu para adiantarmos, preciso da sua ajudar, se eu contar para Alice ela surta e ganha minha sobrinha antes do tempo. – Rose disparou sem respirar.

– Vai com calma, Rose... Eu vou dar um jeito aqui. As crianças estão todas aqui, eu ainda tenho que terminar de acorda... – Digo levantando com minha pequena no colo

– Não dá tempo. Eu já mandei o Emm e o James buscar todos. Até as suas ficaram com Esme e Renée na mansão Cullen enquanto resolvemos tudo por aqui!

– Ok, eu chego em uma hora. – Digo desligando. – Vamos tomar um banho, minha linda? – Margarida apenas moveu a cabeça concordando.

Tomamos um banho caprichado, mas não demorado. Levei para seu quarto, ao lado de Carlie, pude ouvir sua voz misturada com a de Lilith, cheguei da porta e bati de leve.

– Bom dia, mamãe. – Disse Carlie vindo me abraçar.

– Bom dia, tia Bells!

– Bom dia, meus amores. Seu pai logo estará aqui. Vocês irão com ele para a casa da vovó Esme, a vó Renée também estará lá. – Elas sorriram de forma nada angelical.

– Tudo bem, mamãe. Nós já estamos nos arrumando. – Disse Carlie com um sorriso enorme. Pude ver que White ainda dormia.

– Cuidamos dela, tia Bells. – Disse Lilith sorrindo largo. – Pode deixar que vamos acordá-la. – Disse balançando uma muda de roupa de White.

Quando desci todos, todos mesmo, não faltou uma criança tomando café. Emmett e James já estavam ali na mesa. Edward não estava. Antony também não. Preferi não perguntar nada na frente das crianças, Emmett e James sorriram de forma estranha para mim.

– Como vão esse pestinhas? – Disse Emmett tocando minha barriga, sorri.

– Por enquanto está tudo bem... Nem enjoo. – Cantarolei.

...

Com poucos minutos cheguei ao prédio. Lauren caminhou em minha direção. Seu rosto nervoso, um pouco pálida. Sorri e logo seguimos juntas. Ela foi me explicando tudo o que aconteceu. Assim que o elevador abriu ela correu para a direção dos banheiros. Rose estava em pé a poucos passos. Seu nervosismo era quase um humano em carne e osso de tão forte.

– O que está acontecendo com Lauren e quem está morrendo? – Brinco para descontrair.

– Acho que ela está grávida.

– Já era hora.

– E eu que estou quase morrendo. A modelo principal furou. A substituta fez o mesmo, mas o principal: vocês se parecem. As mesmas medidas e mesma altura, temos duas opções, você nos salva ou teremos que recorrer a Alice, ela surtaria...

– Sim, ela surtaria, essa campanha estava marcada há meses...

– Então...

– Tudo bem. Eu tiro a foto, mas nada de beijo ou algo do tipo, meu marido é ciumento e só beijo ele...

– Pode deixar, cunhadinha linda, só beijará seu marido. – Disse de forma estranha. O que há com esse povo? Será foi à bebida do motel?

Segui para a sala de maquiagem com Rose ao meu lado. O vestido foi minha escolha. Alice havia desenhado vários modelos, mas fez questão que eu escolhesse. Afinal eu passaria a comandar essa campanha por sua gestação que estaria avançada nesta época. Após verificar toda a maquiagem, segui para o camarim. Rose já havia sumido, deixando-me por conta da produção, nem mesmo Lauren deu as caras.

– Para onde estamos indo, Carlos? As fotos seriam aqui no meu estúdio!

– O pessoal pediu para trocar a locação, senhora. Iremos a uma igreja de verdade, precisava ver... Chegaram com as autorizações, com tudo, um carro já está a nossa espera...

– E o modelo?

– Ele já esta indo. foi arrumado em outro carro. Sua equipe resolveu levá-lo para fazer os testes de luz.

– Tudo bem. Assim é bom, nos polpa tempo. – Digo quando abriu o elevador, seguimos para a limusine. – Para que uma limusine?

– Ai, patroinha... Obvio que é pra não amassar o vestido. Ele é perfeito, você ficou perfeita nele. Não queremos um amarrotado nessa divindade, não é? – Disse dando a maior pinta do dia.

O caminho foi demorado, já havia um transito no centro, teríamos que atravessar a cidade, tudo em uma catedral. Não precisava tanto, mas a produtora quis assim. Quando chegamos em frente foi como estar em outro mundo. Uma capa foi jogada sobre meu vestido, homens de terno e comunicadores surgiram de todos os lados.

Tentei entender o que acontecia enquanto era arrastada para dentro da catedral. Quando entramos os primeiros passos ate a antessala pude notar meus filhos, Margarida e Antony estavam vestidos de dama e pajem, eles conversavam entretidos, Alice e Rosalie estavam no canto, falando com eles.

Quando olhei do outro lado, estava Carlie vestida idêntica a mim, ate o cabelo, em sua mão enluva esta uma cesta, cesta a qual pude vislumbrar um brilho dourado, ela segurava com afinco, como se fosso o mais valioso dos tesouros. Seu rostinho virou para mim e sorriu abertamente, seus olhos brilhando.

– Mas... o que? – estava completamente confusa.

– Esta linda filha! – disse meu pai Samuel surgindo arrumado com um lindo terno negro.

– O que esta acontecendo pai?

– Esta acontecendo o que já deveria ter acontecido... – começou a dizer e meus filhos chegaram me abraçando, mas Alice os puxou rápido.

– Nada disso meus lindos, não pode sujar o vestido de princesa da mamãe! Depois vocês a abraçam... – disse sorrindo pra mim. – surpresa! – disse sorrindo abertamente.

– Isso é... – meus olhos começando a arder pelas emoções que me inundavam – eu...

– Shih! Não é pra chorar, é seu casamento! – Disse Alice secando as lagrimas que já molhavam meu rosto.

http://letras.mus.br/bruno-mars/1766085/traducao.html

Então uma melodia começou a tocar. Tão linda. Meus gêmeos foram devidamente posicionados em minha frente. White seguia na frente com uma pequena cesta com pétalas de Margaridas. A porta foi aberta justo quando uma voz masculina começou a cantar e meu peito disparou.

Meu pai segurou firme meu braço. Me deu um beijo na testa e seguimos. Meu corpo tremia. A catedral enorme estava totalmente ocupada. Não sabia que nossas famílias são tão enormes assim. Com passos vacilantes seguimos. Meus olhos procurando por Edward, quase corri para seus braços quando o vi no alta. Tão imponente, viril, com um sorriso que faltava rasgar a face. Um retrato do meu.

As lagrimas desciam sem qualquer permissão ou aviso. Sei que passei por muitos rostos familiares, pessoas que queriam minha felicidade, que ajudaram a concluí-las, mas eu não conseguia tirar meus olhos dele. O braço que antes me firmava, passou a me segurar. Pude ouvir meu resmungo e o riso de meu pai, mas não me atrevi a tirar meus olhos de Edward. Pude ouvir um coro de risos pela igreja, mas por sorte não foi por minha causa.

Antony havia puxada a irmã, que assim que viu o pai acelerou o passo, tão derretida por ele quanto eu. Voltei meus olhos para Edward, ele sorria a ponto de gargalhar e me deu uma piscadela. Pensei que meu coração pararia no mesmo momento de tantas vezes em que falhou as batidas, causando certa dor.

Estávamos no meio da Igreja quando senti o braço do meu pai soltar o meu e outro braço segurar firme. Meu pai Samuel me deu um beijo na testa e logo meu pai Charlie ocupou seu lugar ao meu lado. Eu não acreditei que eles fariam isso comigo. Meu corpo sacudiu com os soluços.

– Vocês querem me matar? – Minha voz não passava de um sussurro, meu corpo mole. Flashes e mais flashes disparavam em nossa volta.

– Cada um á levaria um pouco. – Disse meu pai Samuel.

– Se preferir levamos os dois. – Disse Charlie e balancei a cabeça com vigor.

– Acho que desmaiarei se não tiver meus pilares juntos. – Consegui dizer um pouco mais audível.

Meus pais seguraram meus braços, cada um de um lado e seguimos até o altar. Edward desceu alguns degraus e se pôs em nossa frente, foi com meu corpo convulsionando pelo choro que os dois seguraram minha mão e entregaram para Edward. Beijaram minha fronte de cada lado e seguiram para o altar.

– Eu te amo, minha miúda. – Disse rosando seus lábios sobre os meus. Edward sorria abertamente, seus olhos brilhando ainda mais.

Assim que nos colocamos em frente ao altar a musica foi finalizada. Se me perguntassem sobre as palavras que o padre dizia, eu nunca saberei responder. Eu estava em outro plano, como se estivesse levitando. Tão leve e feliz que não conseguia fazer outra coisa a não ser olhar para Edward, para nossas mãos unidas, para nossa filha que mantinha-se atada a perna do pai.

– Porque tá chorando, mamãe. Chora, não! – Ela dizia séria para nós e eu só fazia secar minhas lagrimas.

– Mamãe só esta feliz, amor. Chorando de alegria, depois a gente conversa mais tá? – Digo rápido para que ela não voltasse a interromper o padre.

Então após mais algumas palavras do padre – que eu não consegui prestar atenção – uma melodia suave de piano tomou o ambiente. Voltamos nossa atenção para a entrada. Carlie adentrava com a cesta firme em suas delicadas mãozinhas. Sorria abertamente, nos olhando.

Demos um beijo em seu rostinho, após ela entregar as alianças para o padre benzer. Edward estava tão emocionado quanto eu. Algo que só consegui enxergar quando sua voz estrangulada pelo choro preso soou por meus ouvidos. Sua mão tremula como as minhas, lentamente enquanto repetia as palavras citadas pelo padre, ia deslizando a aliança por meu dedo anular.

Em nossas juras mudamos apenas o “ate que a morte nos separe” para um “por toda nossa vida e além dela”. Não foi criativo, mas extremamente sincero. Não cheguei a saber se o padre havia dito sobre pode beijar a noiva, mas no próximo segundo Edward tomava meus lábios.

Seus lábios quentes de encontro aos meus, sem pudor algum enredei minhas mãos por sua nuca, apertando-o ao meu corpo. Sua língua passou lentamente por meu lábio inferior e senti meu corpo estremecer. Quando ficamos sem ar, seus lábios deslizaram por meu rosto e queixo. Nos abraçamos e me perdi naquele momento, me sentindo nas nuvens com seus braços em minha volta.

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– Eu amei a surpresa. – Digo entre suspiros enquanto dançávamos nossa primeira dança. – Me enganaram direitinho.

– Confesso que fiquei com medo que não aceitasse e desse pra traz quando percebesse a emboscada. – Disse rindo beijando meu pescoço.

– Foi a mais perfeita embosca que já caí. E pretendo continuar por toda eternidade. – Digo deslizando meus dedos por seu rosto, por seu pescoço. – De quem partiu a ideia?

– Eu. Senti-me mal, afinal casamos as escondidas. – Começou a dizer perto do meu rosto, sua respiração me aquecendo e seu hálito causando sensações inadequadas para o local em que estávamos. – Todos casando... Pensei em você vendo todas de noiva... Sendo levadas pelos pais, as festas, luas de mel... – Disse beijando meu rosto.

– Eu amei a surpresa. Apesar de nunca ter parado para pensar por esse lado, mesmo com nosso inicio, eu nunca tive medo de ter errado. Nunca tive medo de você, de você me ferir. – Digo roçando nossos lábios. – Em nossa primeira noite, quando estava apavora com tudo... Você soube como me convencer que eu estava correta. Que estava tomando a melhor decisão da minha vida. – Digo mordiscando seus lábios.

– Desculpe interromper, mas está na hora do buque. – Disse Alice.

– E da liga! – Gritou Emmett me fazendo corar horrores.

Sem pensar duas vezes, Edward enredou sua mão pelo vestido, deslizando a liga por minha coxa, onde apertou descaradamente. Os assovios e risinhos maliciosos, deixando claro que todos sabiam o que Edward estava fazendo. Me fez sentar e sem mais delongas arrancou a liga com os dentes, seus olhos famintos me hipnotizando, ainda com olhares conectados ele piscou com a liga da boca e jogou para os solteiros.

– Sua vez miúda! – Sussurrou sobre meus lábios, enquanto me ajudava a levantar.

Assim que todos estavam satisfeitos, que a pista de dança foi aberta pelos Djs, Edward me arrastou, trocamos de roupa as escondidas. Esme esperava em uma antessala com nossos filhos. Seguimos até eles. Me sentei pegando Margarida em meu colo. Carlie já me abraçava e Antony correu para pai.

– To com sono mamãe. – Disse bocejando e tentando desfazer o penteado.

– Eu os trouxe para se despedirem. – Começou Esme e meus três olharam para ela.

– Quero dormir com minha mamãe. – Disse Margarida enlaçando meu pescoço.

– Mas hoje não será possível, meu amor. – Começou Edward colocando Antony no chão e pegando Margarida do meu colo.

– Porque não papai? – Disse bicuda.

– Lembra-se de quando o vô Samuel casou?

– Sim... Ele não foi ver a gente por um tempão.

– Só foi uma semana, Margarida! – Disse Carlie cansada, apoiando a cabeça em meu ombro. Margarida fez apenas lhe dar língua. – Garota insuportável! – Resmungou no final e preferi não brigar por sua forma de tratar a irmã e fingi que não ouvi.

– Então... Eu e sua mãe vamos viajar por dois dias. Enquanto isso vocês ficam com os vovôs e as tias.

– Mas eu quero ficar com vocês. – Começou a ficar irritada.

– Meu amor, seus pais precisam... – Tentou Esme enquanto Margarida descia do colo do Edward e corria pra mim.

– Não precisam, né mamãe, fica comigo? – Começou a chorar, era birra e sono. Suspirei ao ver que voltaria com sua chantagem emocional. Arrumei seu corpinho no meu colo, deitando como um bebê de poucos meses.

– Você pode ouvir a mamãe? – Perguntei baixinho enquanto a embalava. – Mamãe vai sair com o papai essa noite e a noite de amanhã. – Seu soluço rompeu. – Você gosta do seu papai? – Ela só mexeu a cabeça. – Gosta de passear sozinha com ele? – Ela moveu novamente. – Mamãe também gosta. Faz um tempão que a mamãe não passeia sozinha com o papai. – Seu choro havia terminado, sua mãozinha veio para meu rosto.

– Ce volta logo, mamãe? – Perguntou baixinho.

– Eu volto, meu amor. Mamãe sempre volta. – Digo dando um beijo em seu rostinho molhado pelo choro, funguei seu pescoço. Seu bocejo soprando em meu ouvido, me afastei, só um pouco vendo seus olhos piscando pelo sono.

Após embalá-la por um tempo, entreguei-a para Esme. Antony já estava no colo do avô, Carlie abraçava Edward, que a pegou no colo, apertando-a nos braços. Ele diziam algo baixinho. Deu-lhe um beijo na testa e a colocou no chão novamente. Veio em minha direção, também lhe abracei lhe dando um beijo na bochecha corada.

– Então... Para onde estamos indo?

– Logo saberá. – Disse após subirmos um prédio, indo ao heliporto.

O caminho foi rápido, o que me alegrou. Afinal ainda não estou acostumada com esses voos que Edward me fazia passar. A luz da propriedade me deixou ver o nosso destino. Uma grande área verde, iluminada em um circulo. O pasto extenso, o vento das hélices faziam a grama se deitar, beijando o chão. Assim que descemos fui recebida por Cérbero.

– Ei, campeão! – Digo deslizando minha mão por seu pelo brilhante. – Parece que está maior! Ai, Edward! Temos que levá-lo para a casa, nem que tenhamos que comprar uma maior! – Digo indignada por ainda não termos levado ele.

– Do jeito que fazemos filhos. – Começou vindo fazer um carinho na cabeça de Cérbero. – Certamente teremos que comprar outra casa, muito maior. – Completou me dando um beijo e me levando para o a sede da propriedade.

Após passarmos pelos poucos empregados acordados, foi impossível não passar no canil e ver os filhotes de Cérbero. Edward realmente não brincou quando disse que o faria ser o cão reprodutor. A ala com seus filhotes estava maior. Muito maior do que a ultima vez que estive aqui.

...

– Que tal um banho? – Sussurrou colando seu corpo ao meu, senti seu membro duro em minha bunda.

– Com maior prazer. – Digo removendo sua gravada, minha mão invadindo sua blusa e o puxei pela nuca, arrastando para o banheiro tão familiar.

Não tive muito tempo de absorver o que aconteceu, mas no outro segundo eu estava colada a parede. Seus lábios sugando meu seio e minha blusa rasgada no chão, junto com os farrapos do meu sutiã. Conseguia ouvir ao longe o som que parecia ser de suas roupas sendo removidas com brusquidão, mas era difícil saber quando nossas respirações e os sons de nossos lábios se chocando com ardor estavam alto em meu ouvido.

– Se prepare, Isabella, agora não temos criança alguma para nos preocupar e quero ouvir cada gemido. – Disse sugando meu lóbulo.

Não me poupei e movi meu quadril gemendo alto ao sentir seu membro duro e livre de qualquer empecilho vibrar em minha intimidade. Sem mais delongas removeu todos os tecidos do meu corpo. Desci minha mão por seu membro, tocando de leve, mas levando com certa dificuldade minha mão por suas bolas.

Seus rosnados me deixando surda. Meu grito rompeu ao sentir seu membro se afundar sem cuidado algum. Edward segurou meu rosto com força, unindo nossos olhares, enquanto estocava com urgência. Seus olhos me mostrando que ele queria ir com calma, mas o leão que rugia em seu peito, me exigia com força e potencia. Apenas sorri, gemendo cada segundo mais forte que antes.

Afundei meus dedos por seus cachos cobre e por sua nuca, enquanto me esforçava para acompanhar seu ritmo. Obvio que não demoramos a nos aproximar da borda. Em poucos segundo já gozava desfalecendo em seus braços ao mesmo tempo em que seus jatos me inundaram.

– Em pensar que esse é só o inicio da nossa lua de mel! – Suspirei enquanto me levava para debaixo do chuveiro.

...

– Tem certeza, meu amor? – Perguntou pela enésima vez.

– Sim, Edward. Eu quero fazer isso sozinha. Eu... devo isso. – Digo retirando o cinto. – Antony e Margarida?

– Sim mamãe? – Disseram em coro.

– Não quero brigas. Se os trigêmeos acordarem, ficarão uma semana sem desenho. – Digo firme e ambos arregalam os olhos e acenam confirmando que entenderam. Fingi não ver Carlie esconder o riso com a mão e Edward fungar.

Margarida e Antony estão tão briguentos que chega a ser insuportável deixá-los no mesmo ambiente. A terrível idade dos porquês. Os porque ele pode isso e eu não; porque deixou ele fazer isso; porque ela pode comer isso; porque, porque e porque... E quando não entendiam as explicações, algo que acontecia em 99% dos casos, começavam a choradeira de Margarida e a gritaria e pancadaria de Antony. Os trigêmeos mal haviam completado um ano.

Dei uma ultima olhada para David, Benjamin e Renesmee. Os três dormiam a ponto de babar, sorri olhando seus rostinhos delicados. David e Benjamin tinham meu tom de pele e cabelo, mas os olhos eram de Edward, tão verdes e límpidos que fascinavam a todos. Renesmee assim como Carlie, tinha meus olhos, mas todo o resto era do Edward.

Dei um selinho em Edward e sai do carro. Conferi o endereço dado por meu pai Samuel e segui pela calçada estranhamente limpa para a época do ano no Brasil. Um vendedor ambulante estava a alguns metros da entrada, comprei um lindo buque de copos de leite e uma vela, então voltei minha caminhada para o grande e bem cuidado portão.

O caminho foi um pouco longo. Não sabia que era tão longo. Com ajuda do responsável pela área em que eu estava, consegui me situar. Após aquela experiência no casamento das minhas primas, me senti tentada em voltar e fazer o que eu deveria ter feito no dia de seu enterro. Minhas mãos estavam tremulas, deslizaram pelo mármore gelado e um pouco empoeirado.

– Desculpe a demora mamãe... – Soltei sobre a respiração. – Eu sei que sou uma desnaturada. – Digo depositando o pequeno jarro com as flores sobre um pequeno canto perto de sua foto na lapide. Meus dedos deslizando pela fotografia.

Sentei-me na borda do meio fio que circulava sua sepultura. Não sei bem o que dizer, afinal eu nunca fiquei sem o que falar com minha mãe, sempre disse tudo o que eu senti, o quanto ela é importante em minha vida, o quanto a amo. Minha vontade de lhe dar um abraço, não vinha do fato de não ter lhe abraçado quando tive oportunidade porque eu sempre a abracei, sempre gritei aos quatro ventos o quanto a amo, o quanto amo o meu pai, nunca guardei o que sinto por eles.

Nesse momento, só sinto a vontade de aspirar seu cheiro, desejando que ela pudesse ver os netos crescerem, de poder mimá-los tanto quanto ela me mimou. E vê-la sorrindo mais uma vez, uma brisa gélida passou por meu rosto, movimentando meus cabelos soltos, foi o mínimo para sentir as lagrimas que começavam a secar em meu rosto. Então o sol surge por entre as nuvens carregadas das tempestades de verão.

– Eu sei... voltarei para eles. Ta hora de um recordar e viver. – Digo sorrindo de leve e levantando, acendi uma vela e depositei no outro lado de sua lapide, longe o bastante para que não alcançasse as flores.

Com passos leves, voltei para o carro. Edward me estudou, deslizando as costas da mão por meu rosto. Sorri para que entendesse que estou bem. Olhei pelo retrovisor que os trigêmeos estavam dormindo, Antony jogava em seu Iphone universe 15*, enquanto Carlie ajudava Margarida a fazer penteados em uma das Barbies que trouxe em sua maleta de brinquedos.

Seguimos nosso caminho, as ruas se tornando mais finas, o chão deixando de ser de um asfalto novo para um remendado e ate com pequenos buracos. Flashes da minha infância passavam por minha mente. Não demorou para chegarmos a pequena, mas encantadora casa.

– Chegamos. – Digo removendo meu cinto e descendo para abrir para eles.

Antony desceu e já foi varrendo o ambiente com o olhar, sua bermuda tactel e camiseta dançando com o vento da manhã. Carlie ajudava Edward a remover os bebês enquanto eu ajudava Margarida. Seus olhos ficando grandes a medida que olhava a casa. Carlie se aproximou ajudando o pai a empurrar o carrinho triplo.

– Vamos ficar aqui, mamãe? – Perguntou Margarida.

– Sim meu amor.

– Mas essa casa é velha. – Suas palavras deram pequenas espetadas em meu peito. Preparava-me para dizer algo quando a voz firme e exigente de Edward soou ao meu lado.

– Falar desta forma machuca sua mãe, Margarida. Esta casa velha ou não, foi onde sua mãe cresceu. Onde seu avô Samuel cuidou dela.

– A primeira família que eu tive. Um lugar que me preparou para toda a felicidade que eu teria com vocês. – Digo olhando para cada pedaço da casa.

– Desculpa, mamãe. Eu pensei que ficaríamos em um lugar enorme como antes. – Disse corando e escondendo o rosto em meu pescoço.

– Tudo bem, amor. Ela só esta precisando de uma cor por fora. Mamãe já veio antes ver por dentro. – Digo a pondo no chão após beijar seu rostinho.

As reações foram diferentes. Antony correu por cada canto, seu olhar minucioso por cada cômodo. Carlie olhava encantada para cada mínimo pedaço de parede ou móvel, Edward mantinha o mesmo olhar dela. Olhei para Margarida e ela olhava com o dedo na boca, ela ainda esta triste por ter dito aquilo. O medo de me machucar estava nela.

Senti o abraço de Edward me envolver, inclinei meu rosto em busca de seus lábios. Era bom poder estar aqui e mostrar o quanto fui feliz com a família que me criou, que apesar dos pesares, suas decisões me deixaram segura e amada. Enredei meus dedos por seus indomáveis cabelos, os fios cobres já continham alguns grisalhos – em minoria, sendo vistos apenas de perto, e perto assim, somente eu me aproximo – lhe dando o charme a mais.

– Carlie? Margarida? – Ouvimos Antony gritar e seguimos. Carlie enlaçou Margarida pela mão e foram na frente.

Eu segui com calma, empurrando o carrinho. Pelo som, eu já imaginava onde Antony estava e o que queria mostrar. Deixei os trigêmeos na cama infantil no que antes foi o quarto dos meus pais e depois segui as vozes pelo quintal. Na pequena varanda era possível ver os casacos dos quatros amassados, jogados de qualquer jeito, assim como os calçados. Carlie tentava escalar o pé de manga, enquanto Margarida e Antony balançavam do outro lado.

Edward olhava tudo um pouco afastado, seus olhos acompanhando nossa primogênita, vigiando cada movimento. Confesso que não gostei de vê-la escalando e quase morri quando a vi escorregar, antes que entendesse o que acontecia, já havia ultrapassado Edward.

– Desça já daí, Carlie! Vai se machucar! – Gritei louca de medo que caísse.

– Fala serio, mãe! Eu to cansada de fazer isso no sitio do vovô Carlisle! – Disse sentando em um dos lugares em que me sentava quando pequena.

– Agora sabe o que sua mãe sentia quando fazia isso! – Disse Edward debochando. – Tenho certeza que foram essas mesmas palavras que ela gritou para você naquela foto. – Completou circundando minha cintura.

– Quer, papai? – Perguntou Carlie já lambuzada com a manga rosa, removendo muitas e apoiando em sua blusa. Apenas sorri para a cena.

...

– Eu queria agora, mamãe! – Pedia Margarida.

– Agora não, amor. Se comer agora vai passar mal no passeio.

– Parece tão gostoso.

– Rabanadas são deliciosas, sempre Margarida. Agora vai amolar o Tony e o papai! – Disse Carlie o mais direta possível. Mandei-lhe um olhar de advertência e ela logo emendou. – Quanto mais demorarmos aqui, mais vamos demorar a sair e eu não vou sair fedendo a fritura!

– Chata! – Gritou saindo da cozinha.

– A senhora viu que eu tentei.

– Ela só esta carente, amor.

– Grande coisa. Eu tive que aturá-la. Ela que ature os trigêmeos! – Disse dando de ombros. Essas férias no Brasil realmente prometem.

Deixei os gêmeos por conta de Edward que espalhou objetos natalinos. Havíamos passado apenas dois dias e já estavam familiarizados com a casa. Nem mesmo Margarida voltou a reclamar. Os trigêmeos adoraram o fato de poderem ficar de frauda e camisetinha. Eles pareciam os mais a vontade com o clima quente.

As risadas ganharam a casa e segui até a janela com Renesmee ainda mamando. Edward estava dando um banho de mangueira nos dois e Carlie corria de lá, seus passos no chão de madeira ecoando pela casa. Em poucos segundos entrou vermelha no quarto, seu riso chamando atenção de David e Benjamin. Sorri por sua alegria. Foi até sua mala e separou um biquíni para ela e depois uma roupa para Tony. Ele deixava a irmã escolher, mas Margarida nunca permitiu isso.

Terminei de amamentar Renesmee e a vesti. Assim como os dois pequenos, após quase uma hora de preparativos, estávamos todos vestidos para um fim de tarde na praia. O sol já estava bem fraco, então não teria que me preocupar tanto, mas isso não significa que não os cobri de protetor solar. O caminho era curto, mas Edward me convenceu de irmos de carro. Com certa dificuldade encontramos uma vaga, nem me dei ao trabalho de olhar para Edward e dizer com o olhar “eu te avisei”. Apenas desci, retirando os trigêmeos, enquanto Edward ajudava Margarida e Carlie ajudava Antony. Seguimos com alguns brinquedos em uma mini maletinha, a bolsa dos trigêmeos.

A pequena rampa, meio coberta por areia me permitiu seguir com o carrinho simples até a praia. Edward entrou primeiro com Margarida que soltou gritinhos que chamaram atenção dos três. Carlie e Antony se mantiveram do lado de fora, indo perto da espuma das ondas e voltando, brincando com os pequenos buracos deixados pelos poucos caranguejos que se escondiam ali.

Isso logo chamou a atenção de Margarida. Eles deixavam apenas que a espuma lavasse seus pés e corriam para onde eu estava. Então os dois ficaram em minha frente a alguns passos e Edward entrou com Carlie. Eles foram até um pouco mais fundo do que ele foi com Margarida. Logo voltaram e os três ficaram brincando na área, tentavam fazer uma piscina, enquanto Edward sentou em minhas costas, moldando seu corpo gelado e molhado no meu.

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Sua mão deslizando por minha coxa, subindo e tocando na lateral do biquíni. Sua barba por fazer raspando por meu ombro, um beijo cálido sendo espalhado. Sua mão apertou minha coxa e reprimi um gemido. Seu beijo subindo, agora mordia e chupava a pele exposta. Sua mão invadindo minha calcinha.

– Edward, não... – Sussurrei quando forçou minha perna a se afastar.

– Fique calma, amor. O carrinho está cobrindo a visão, minha outra perna está erguida para cobrir o outro lado. E os três estão mais interessados em morder os brinquedos do que em nós. E Carlie está distraindo os irmãos com a piscininha. – A cada palavra era um movimento em meu clitóris. – Agora resta você fazer uma cara de pôquer. – Disse dando um tapa em meu centro.

Essa tortura permaneceu por poucos segundos, segurei firme na barra de ferro do carinho quando senti meu orgasmo perto, Edward sorria em meu ouvido. Foi impossível não deixar que algum som fosse propagado, mas por algum milagre, não saiu tão alto assim, mas o suficiente para que eu me envergonhasse. Afinal meus trigêmeos me olhavam atentos, preferi nem olhar para os lados.

Edward removeu seus dedos do meu centro, mantive meus olhos nos três na piscininha, mas ainda tive o vislumbre dos dedos úmidos de Edward e ouvi quando chupou os dedos.

– Minha ideia de passarmos as festas de fim de ano por aqui foram perfeitas. Se estivéssemos com nossas famílias, nunca conseguiria fazê-la gozar antes da meia noite! – Mordiscou minha orelha.

Com essa frase levantou e seguiu até nossos filhos. Já passava das seis horas, então arrumamos tudo e voltamos para casa. Esse seria nosso primeiro ano sozinho, não conseguimos passar nosso primeiro ano com Carlie sozinhos. Com tudo o que aconteceu, nossas famílias se acharam no direito de estarem sempre conosco. Então sempre revezávamos, um ano com os Swans, outro com os Cullens e outro com os Guimarães.

A comida já estava pronta Ficaríamos assistindo a programação brasileira, os campeonatos, para ver qual emissora ganhava na ala infantil, foi o bastante para entreter Margarida e Antony para que não voltassem a brigar. Carlie e Edward davam banho nos trigêmeos, enquanto eu comecei a arrumar a pequena mesa com frutas e sucos; e a outra com os talheres para a ceia, que aconteceria mias cedo, para não cansá-los.

– Eu estou adorando, mamãe... É tão legal estar comemorando o natal sem toda aquela neve chata. – Disse Carlie ajudando Antony com seu suco.

Margarida estava no colo de Edward, se empanturrando de rabanada, como desejava desde a manhã. Era quase dez da noite. Não conseguimos esperar até mais tarde. Sem os primos, eles cansaram mais rápido. Antony sugava um copo duplo de milkshake que eu preparei.

Após longos e maravilhosos minutos entre brincadeiras e cantorias, o sono se fez presente para meus gêmeos. Carlie se mantinha firme, mas Margarida começava a cochilar enquanto tentava terminar de comer seu nono pedaço de rabanada, pelo menos o nono que eu vi. Antony já dormia esparramado no sofá.

Peguei Margarida de seu colo e levei para o quarto, tirei sua roupinha e coloquei o pijama fresquinho. Após toda a higiene a levei para a cama. Edward entrou com Tony no banheiro. Carlie também mudava a roupa. Esperando para entrar no banheiro.

– Mamãe? – Chamou Margarida.

– Sim, amor. – Respondo a arrumando na cama.

– Nos acorde cedinho? Eu quero ver os presentes.

– Sim, amor, eu vou chamar!

– Mãe? – Chamou Carlie desta vez. Olhei e ela já estava se arrastando para sua cama. – Vamos passar a virada de ano aqui? Eu queria passar na praia como os brasileiros fazem. Deve ser divertido...

– Claro, meu amor. – Disse Edward. – Boa noite, minha miudinha.

Segui lhe dando um beijo, assim como os outros, conferindo as fraudas e cobertores. Olhei da porta e apaguei as luzes, voltei minha atenção para Edward, saindo do quarto e seguindo em paz pelo pequeno corredor, apagando algumas luzes.

– Eu nunca imaginei que aquele bebezinho de grandes olhos chocolates... – Suspirou me abraçando forte, afundando seu rosto na dobra do meu pescoço – ... se tornaria tão essencial em minha vida. – Disse colando sua testa na minha. Enquanto apoiava meus pés sobre os seus.

– Destinos tão diferentes, mas estávamos entrelaçados. Muito antes do meu nascimento. – Digo puxando seus lábios para um beijo que demonstrasse todo o meu amor e desejo. Senti a pulsação de seu membro em minha barriga.

– Entrelaçados... Gostei disso! – Disse apertando minha bunda, me pegando no colo e me arrastando para o primeiro quarto.



Fim.?

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=> O lance do Iphone, foi eu que inventei ok, mas quem sabe eu não esteja dando uma de Alice
=> vejam as traduções das musicas, tem muito haver com nosso casal!
=> caso eu venha a fazer um bônus, irei postar como uma shotfic! OK?
*

Bem, foi isso, esse casamente teve a colaboração de Therose, minha Anjo da guarda que confidenciou sobre presenciar um casamento com os pais adotivo e biológico levando a noiva uma parte do caminho, mas como eu gosto de ser do contra, eu preferi que os dois a levassem!

**Muito obrigada pelas grandes ideias que me deu Therose**
*
Mais uma vez, um grande beijo, muito obrigada por me acompanharem neste jornada, espero os comentários.
________
Notas da Ju: Gente, adorei betar esse capítulo final. Confesso que me senti caindo de paraquedas numa história divina. Só digo uma coisa desse casal fogoso: são um casal de coelhos, isso, sim.
Se depender deles, eles repovoam o mundo. Rsrsrsrs. Mas principalmente são uma família linda, cute-cute, dessas que dá vontade de fazer parte. Amei cada pedacinho desse capítulo divido, envolvente, picante, divertido e tudo mais de elogios que posso dizer. Adooorei a sacada do casamento surpresa. Ai, como gostaria de uma surpresa dessa. Se bem que acho que cairia durinha da silva e teriam que chamar o SAMU. Rsrsrsrs. Parabéns, Letícia, você é de dar inveja em Lora Leigh (você pode até achar que é fã dela, mas quando ela tiver a oportunidade de ler suas histórias, a admiração será reciproca). Guria, tu manda bem demais nos lemons e hentais. Quem amou essa fic, confiram as outras histórias da Lê. Ela tem uma sacada muito boa e sensual do desenvolvimento do enredo. Não fica artificial em momento algum. Fica super cativante. Adooooro.
E bem, parabéns também a vocês leitores que souberam deixar seus reviews para a Lê. Isso é um ato de carinho. Agora, que tal recomendarem essa fic? A história merece, não é?


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