As palavras decididas e aos meus ouvidos
amargas de Bella removeram meus sentidos por alguns estantes, seus passos se
distanciando.
Sendo apenas capaz de ver seu rosto pela
mente de Alice. Bella caminhava cansada, mas decidida em direção a porta, seus
olhos seguiram para a sala. Tanya se mexeu desconfortável ao Bella olhá-la com
raiva.
– Não é uma boa hora, Tanya. – pedi ao
ver sua decisão de conversar com Bella.
– Ela esta confundindo nossa ligação e
silencio não é a resposta adequada. – respondeu ao mesmo tempo em que Bella
chamava por Emmett.
Por mais irritante e perigoso que Emmett
possa parecer com seu tamanho, era nítido a segurança que ele passava para
Bella.
Talvez seu desprendimento com sua
segurança e a forma neutra que a tratava aguçavam esse sentimento por ele.
Não é agradável ver que meu irmão
respondão, exagerado em muitos aspectos, às vezes na ausência de educação para
com as mulheres consiga a confiança da mulher que eu amo, enquanto eu me
esforço para que ela ao menos olhe em meu rosto sem remorso.
Ouvi as mentes dos amigos de Carlisle se
aproximando, assim como a visão de Alice sobre Charles e Makenna vindo ao
termino da tarde.
Ergui-me seguindo para o corredor, vendo
Bella entrar no carro de Emmett e partir para La Push, para Jacob. E um gosto
amargo do veneno se espalhou por minha boca.
– Este vidro é difícil de conseguir e não
temos tempo para concertos – Rosalie disse das escadas.
Voltei meus olhos para o vidro e meus
dedos estavam afundando no vidro, que pela pressão começava a estalar.
Desci ao seu lado para a sala, onde Esme
recepcionava Liam, Shiobhan e Maggie.
O tempo que levamos para explicar aos
três nossa situação e o risco que corríamos, foi o tempo para Carlisle e Emmett
voltarem.
Carlisle deixou a cargo deles a escolha
de permanecer ao nosso lado, em uma possível morte ou não se envolverem e
agradeci ao ouvi-los confirmar que permaneceriam e lutariam conosco.
– Apenas me resta acreditar que não teremos
muitas baixas, ficaremos bem – entoou e Carlisle sorriu.
Shiobhan sabia que a luta seria
inevitável, mas se esforçaria com o pensamento de estarmos bem, com este
pensamento entoado, nos restava acreditar.
Uma obra de seu dom, apesar de que ela
não o trata como um dom, mas sim como pensamento positivo.
Mais ligações foram feitas e Alice via a
todo o momento novos amigos lutando ao nosso lado, a cada momento a partir de
hoje, um nômade e ou clã se juntaria a nos.
Ate mesmo as amazonas, que de forma
alguma se afastavam de sua floresta no Brasil. As três viriam.
Ter zafrina com seu dom seria
imprescindível. Sem Alec para nos imobilizar e tendo zafrina com sem dom de
ilusão conseguiríamos incapacitar Jane e os volturis não teriam como exterminar
todos nos.
Ficaria a certeza de baixas, de ambos os
lados. Mas desta vez teríamos sobreviventes.
Começamos a treinar de forma correta
para lutar contra os recém criados com ajuda de Jasper e contra os Volturi com
ajuda de Carlisle e Aleazar.
Em dado momento Alex e Pamela se
juntaram, vindo com Seth. Suas linhas de pensamento invadiram minha mente e
soco de Emmett me acertou, me arremessando do outro lado da clareira.
– Qual é Edward?
– Bella esta em perigo, ela foi para Seattle
com Paul. – Pamela entrou na clareira segundo depois de sua voz nos
alcançar.
– Parece que ela tem pistas sobre Victoria e
o bebê. – ouvi Seth que surgiu ao meu lado.
– Não – o grito de Alice invadiu minha
mente assim como sua visão.
– Tente, Alice?
– Eu não consigo, esta mudando! Ela vai
morrer. Eles morreram...
– Dá pra dividir?
– Eu vou trazer os dois.
– Não, Edward! – disse após uma imagem
fosca de um recém criado atacando Pamela. Ela
não pode ir com você – os recém
criados estão vindo, não temos muito tempo. Precisamos nos dividir, alguns
atrás da Bella e Victoria, o restante para a luta.
– Eu vou atrás da Bella. Você fica Pamela – digo
olhando para Alex que compreendeu o sentido em minhas palavras.
– Trás o meu filho, Edward. Trás minha amiga?
– respondeu segurando Pamela pelo ombro quando ela fez menção de vir ao meu
lado.
– Temos que agir agora! – retrucou para
Alex.
– Eu vou com você, Edward. – Seth se
pronunciou, tocando meu ombro – conseguiremos
as coordenadas com Paul.
– Vamos acabar rápido! – disse zafrina
com seu sotaque.
Não esperei por mais, zafrina seria
o suficiente para exterminar os recém criados, minhas preocupações são quanto
as visões de Alice. Para a segurança da minha mente que nada daquilo aconteça
com Bella.
Seth se transformou, mostrando o caminho
seguido por ambos, em dado momento consegui sentir o cheiro de Bella. A ligação
mental voltou e pude ver por Seth tudo o que acontecia. Jacob vinha a nosso
encontro, enquanto Sam e os outros lobos montavam guarda pela reserva e
cuidavam dos novos transformados.
– Espero que esteja feliz sanguessuga,
enquanto seus amiguinhos se aproximam mais garotos se transformam.
O pensamento hostil de Jacob chegou e
sua raiva era imensa que apenas Sam o controlava.
Uma linha de pensamento, ainda mais
hostil surgiu na mente de ambos os lobos, Jacob surgiu ao nosso lado, enquanto
Leah mostrava os recém criados cortando o rio, se aproximando de uma das
clareiras, vi outros lobos chegarem a clareira, onde minha família e amigos já
estavam a espera.
Liam e Maggie não gostaram da
aproximação, mas as amazonas e Shibhan não mostraram preocupação quanto aos
lobos.
Em dado momento a ligação foi quebrada,
assim como meu dom, há limites para o dom dos lobos.
Mas houve um porem, Jacob restabeleceu sua
ligação direta com Sam, reforçando a ligação de Seth.
– Pode tentar ignorar o quanto quiser, Black.
Você é um Alfa e seu sangue não deixa esquecer, herdeiro de Ephraim.
Um rosnado escapou, mas ele também
entendia isso e sabia que não conseguiria domar seu lobo Alfa que aos poucos
exigia sua matilha. Seu respeito por Sam era única causa de seu silencio.
– Eles estão por
aqui!
– Eu poderia espancar Paul por alguns
segundos? – pedi, só para ter certeza sobre não destruir o tratado.
– Nada disso,
sanguessuga. Eu sempre quis socar sua cara, mas por causa do tratado fiquei n’água.
Eu faço essa honra –
virou o rosto, rosnando um pouco.
A noite já havia caído quando alcançamos
Seattle, o cheiro de ambos estava espalhado pela cidade, mas com os lobos
conseguimos alcançar rápido o galpão.
O
cheiro de carne podre estava no lugar, imagens de Victoria arremessando Bella
surgiu em minha mente.
Sua ânsia de vingança de matar Bella cegou
Victoria para nossa aproximação, Paul lutava com Riley que, apesar da cara
deformada ainda tinha forças para rebater as pancadas de Paul.
– Tá esperando o
que para chegarem, mulherzinhas?
– Se acontecer
algo com Bella, Paul...
– Então é melhor
apressar o trote.
Eu não esperei por mais e disparei,
atravessando o galpão sem delicadeza, esmagando o braço de Victoria que
segurava o pescoço de Bella.
Seu corpo frágil caiu em meus braços
como se fosse uma boneca de pano, as marcas roxas dos dedos de Victoria em
torno de seu pescoço.
Havia batimento, mas baixo. Seu coração
estava fraco.
O veneno pastava grosso em minha boca,
meus caninos já a mostra e meu corpo curvado sobre seu corpo.
– Ela vai te odiar, aqueles bastardos estarão
mortos quando ela acordar! – o pensamento invadiu minha mente, assim como
as imagens.
Ale no colo de uma jovem, meus olhos
voltaram para Bella. Tão idênticas... apenas o cabelo as diferenciavam. Mais
uma imagem invadiu minha mente antes que o barulho dos membros de Victoria
serem arrancados.
– Dá a
autorização, jake? Todos sabem que você é o Alfa por direito, ela não vai
sobreviver desse jeito. – ouvi Seth.
– Esta tão mal assim, Edward? – Jacob
falou ao meu lado, em sua forma humana.
– Sim, Jacob. Há outro problema, Victoria
deixou o bebê com uma humana, no alto das montanhas, sem proteção... – as
palavras lutavam para sair.
– Eu não...
– Eu não sei o que fazer...
– Seu pai é medico
cara. Ela tá respirando e do jeito que é birrenta, duvido que morra sem saber
daquele moleque primeiro. – Paul disse ainda
focado na pira em que queimava o corpo de Victoria.
– Seth vai com você atrás do pirralho e da
mulher que tá com ele, eu vou cuidar da Bella, enquanto Carlisle não chega.
– Eu cuido das pistas. – disse Paul.
Meu peito se contraia só em pensar na
possibilidade de me afastar de Bella. Mas o menino... e aquela garota...
– Tome, ligue para Carlisle, vamos Seth. –
digo entregando meu celular para Paul e depositando o corpo de Bella no colo de
Jacob.
Minhas mãos relutavam em se afastar,
desejando fincar os pés ali e não a soltar enquanto não voltar a ver aqueles
mares de chocolate brilhando novamente.
Depositei
um beijo casto em seus lábios antes de me afastar, preferi correr o mais rápido
que pude, pois não teria forças para me afastar caso sentisse seu cheiro de
morango, ouvir seu coração fraco.
– Ela ficará
bem, Edward. A Bella é forte!
– Obrigado, Seth.
– Vamos
encontrá-los antes que ela acorde.
Meus pés flutuavam sobre o terreno que
deixava de ser asfaltado, tornando terra, galhos e em fim, neve.
Parei em um dos picos, uma grande parte
da Reserva Olimpic circulava Seattle, Victoria em momento algum deixou em sua
mente uma imagem da montanha, apenas o bebê, a humana e neve, muito neve.
Fechando os olhos para me concentrar
melhor, busquei por barulhos, choros, pedidos de socorro. Nada. Então o vento.
Com ele uma fragrância, tão dominante
quanto a de Bella, mas com um diferencial, esse que não me afetou como quando a
conheci.
E
o cheiro de Ale.
– Na outra montanha, Seth!
Não me dei ao trabalho de desviar,
apenas corri, tomando o impulso antes de saltar, Seth se aproveitou e pulou em
minhas costas, após enviar imagens do que fazia.
Jacob se transformou, mandando imagens
de Bella, ainda desacordada, mas o coração um pouco mais forte.
Ela lutava para viver.
Mais uma prova da hierarquia Quileute de
Jacob surgiu novamente, todo o bando invadiu a mente de Seth.
– Qual é o seu problema, animal? – Jared
rosnou na mente de Seth.
– Dê
travas a ele, Cullen. Seth não pensa
antes de agir. – ouvi Sam.
– Moleque idiota, ele poderia te matar! – Leah rosnou, libertando alguns
xingamentos para o irmão.
– Como se eles não soubessem que você não me
fará mal algum.
Apenas ignorei as conversar seguintes,
enquanto pousava no centro de uma rua, por sorte, pouco iluminada, Seth desceu
de minhas costas no mesmo instantes e seguimos para a outra montanha.
Pelo caminho consegui sentir os rastros
de Victoria, o cheiro da humana e o de Ale. Um coração batia fraco, enquanto o
do bebê galopava, um choro sofrido, com pausas, ele estava mal.
– Rápido Seth.
Quando finalmente alcancei, havia apenas
um monte vermelho, feito pelo casaco, a humana estava desmaiada, hipotermia.
Jogados em uma gruta de difícil acesso.
– Se transforme, Seth. Eles precisam do seu
calor, antes de seguirmos.
Pedi, quebrando uma parte da rocha,
pulando em seguida, tomando a humana desprotegida nos braços, mesmo desmaiada
ela mantinha os braços em volta de Ale, que chorava, os lábios começando a
ficar roxo.
– Mantenha ele no meio, aqueça o rosto, mãos
e pulso. Alise as costas, precisamos cuidar para o sangue não voltar depressa
para o coração.
Após alguns minutos o choro sofrido de Ale
finou, pegue todos ao colo.
– Isso tá esquisito, cara! – brincou.
– Precisamos descer, sair da neve. Será
melhor para eles.
Quase a margem da estrada que parei,
ajudando Seth a acomodar a jovem sobre seu colo, deixamos Ale sobre suas pernas
esticadas, assim manteria ambos aquecidos.
– Edward, ela parece muito com a Bella! –
disse removendo o cabelo do rosto da jovem.
Os cabelos dourados e ondulados que ate
o momento encobriam o rosto, escorregaram pelos dedos de Seth, deixando a mostra
o rosto em forma de coração, um sorriso escapou ao constatar que esta era uma
versão mais jovem de minha Bella.
Talvez fosse um pouco mais assustador
para todos quando ela abrisse os grandes olhos castanhos chocolates dos Swans...
oh!
– Acho que Charlie terá uma grande surpresa.
– Olhos dos Swans, certo?
– Tão certo quanto amo a irmã dela.
– Aquele xerife fajuto. Andou ciscando e não deixa
a gente fazer o mesmo!
Quando o coração da jovem voltou a bater
forte seguimos para Forks, Pamela e Alex nos alcançando no caminho.
– Como esta meu filho? – pediu já
removendo o garoto dos braços de Seth que não se importou com a falta de
cuidados.
– Puta merda! – Alex gritou ao olhar para
a jovem – olha isso Pamela? Se eu não
tivesse visto Bella agora...
– Deus pai! É idêntica. Só o cabelo...
– A pele normal...
– Ao menos essa versão da Bella gosta de sol!
– Como ela esta?
Alex me enviou varias imagens de Bella,
Carlisle cuidando das costelas. Do pescoço. Sobre a desculpa que contaríamos
para Charlie, para a policia. Estavam apenas esperando nossa chegada para
começarmos o plano.
– Temos mais
vampiros, Seth. Volte para a reserva e conte para o Sam.
– Tudo bem! – disse me
entregando a garota.
– Vou correr
antes que ela acorde ou volte a congelar!
A construção da casa surgiu a minha
frente, mas Alice, Emmett e Rosalie se pôs a nossa frente. Imagens de uma visão
de Alice surgiu. Makenna perderia o controle com Ale e Esme seria afetada pelo
sangue da jovem.
– Eu também não
consegui acreditar... – eu pensei em perguntar sobre Jasper – ele não será afeta... o
problema é que eu não consigo ver o que acontece depois, o futuro dela some,
como os dos lobos, e apenas Jacob esta aqui.
Um
sorriso surgiu em meus lábios, não foi certo de minha parte agir dessa forma,
mas se ela for o imprinting de Jacob, eu teria mais chances de ter minha Bella.
– Edward? – Carlisle surgiu
de braços abertos para segurar a jovem.
Esme e Makenna estavam no jardim dos
fundos com Kate e Zafrina. Seguimos para a biblioteca, agora equipada para
cuidar do bebê e da jovem, depositei-a sobre a maca e segui para meu quarto,
onde Bella dormia.
Jacob estava encostado ao batente da
porta de vidro. Apenas acenou e retribui.
– Se a recém
criada não mudar para a alimentação de vocês, na melhor das hipóteses, ela vai
embora com os outros... – Jacob respondeu enviando imagens da luta com os
recém criados.
Foi simples, fácil. Zafrina cegou todos
os recém criados, enquanto os outros os esquartejavam, Bree permaneceu
escondida durante toda a luta, era praticamente uma criança, ao menos estava
assustada como uma. Sem um único conhecimento do que era e as consequências dos
atos.
– Ela não foi
informada antes de se transformar...
– A bruxinha não
sabia e não atacou ninguém.
– Não é muito
aceitável compará-la com Alice, pela clarividência e seria melhor não chamá-la
de bruxinha, apesar de agir como uma às vezes – sussurrei a
ultima parte.
– Eu ainda
consigo ouvir. –
respondeu neutra – e terá retorno.
– Eu vou ajudar
Sam com os novatos, depois eu volto. Ela parece que não vai acordar tão cedo. E
para todos os efeitos eu nem estive por perto quando tudo aconteceu... volto
com o Charlie.
Avisou antes de pular por minha porta, pousando
como lobo na floresta em frente. Ele tentou por muito tempo, mas estava
incomodado.
Seu lobo pedia passagem e não era por
causa dos vários vampiros na sala. Ele só não queria descobrir o motivo. Não
enquanto Bella estiver fraca.
O celular de Bella começou a apitar,
removi do bolso com zíper, Laura. Não poderíamos comunicar, não enquanto a
garota não acorda. Deixei tocar. Desliguei o telefone.
Uma parte do tecido de sua blusa erguido
deixava a gaze em torno de seu tronco a mostra. Não quebrou, mas precisaria
ficar imobilizada por um tempo.
Uma forma de lembrá-la de não se mexer.
O pescoço com marcas roxas, seria difícil explicar isso ao Charlie.
– Elas são tão
idênticas, Charlie fez um belo trabalho! Ela vai acordar daqui a minutos, ajude
Carlisle, enquanto eu maquio os hematomas da Bella. – Alice se pôs ao
lado de Bella, abrindo uma maleta e removendo vários equipamentos.
– Ela não vai...
– Não, só a
garota... Charlie não sabe sobre ela...
– Foi o que
imaginei, ele é correto para permitir que um filho cresça sem reconhecimento e
sua presença. Ainda mais por Bella.
Com a certeza que Bella não acordaria
agora sai para a biblioteca, onde a jovem começava a despertar. Os olhos
piscavam frenéticos, tentava se acostumar a luz.
– Eu posso ler a
mente dela –
as palavras escaparam antes que eu pudesse freá-las.
Ela pode ouvir, mas a confusão em sua
mente não permitiu que entendesse o que eu disse. Carlisle sorriu para mim e
depois para a jovem que se ergueu, mesmo quando ele pediu para não fazer.
– O bebê? Onde
ele esta? Aquela criatura... – pediu apavorada.
– Calma, o bebê
esta bem. Fique calma.
– A sua pele,
não toque em mim! Onde ele esta?
– Jasper? – chamei em um
tom baixo.
Com o dom de Jasper em seu corpo, ela
foi capaz de acreditar no que Carlisle dizia.
– Eu vou te
contar o que aconteceu, mas precisa ficar calma e depois você me conta como
parou onde lhe encontraram – Carlisle disse de forma pausada, pedindo
com gestos que ela volte a sentar na maca.
Os olhos chocolates varreram a
biblioteca e pararam sobre os meus, preferi manter o silencio, enquanto me
estudava. Sem pudor.
Isso é mal de família ou os tempos
mudaram á esse ponto?
– Este é Edward,
meu filho. Ele e a namorada foram atrás do bebê – em sua mente
ela automaticamente nos classificou como os pais do bebê, mas não disse nada.
Ate que...
– Não havia como
me encontrarem com vida... – suas mãos foram para um bisturi ao lado
e atirou em Carlisle.
Sua intenção era a perna, para que ele
levasse a mão, sua linha de pensamento era rápida, ela já estava virando o
bisturi na palma de Carlisle. Onde o bisturi estalou, virando pequenos pedaços.
– Eu sabia. Você
é um deles! O que querem comigo? Ele é só um bebê. – sua forma de
falar parecia com Bella.
Mesmo com a voz um pouco mais grave e
não soando com toda a raiva que ela lutava para expressar, ela ainda parecia
muito com Bella. Era uma versão menos feroz da minha Bella. Como se uma
aparentasse doçura e fosse perigosa e a outra muito perigosa, mas doce.
– Deixe-me
tentar, pai. Acho que consigo lidar...
– Você também é?
– Não
exatamente, pode ver por nossos olhos. Nos alimentamos de animais, ursos, leão
da montanha, em grande maioria de cervos. – digo sem realmente olhá-la. Mas
permitindo que ela olhasse em meus olhos.
– Então se
diferenciam assim, bonzinhos com olhos dourados, maus com olhos vermelhos?
– Não... nos
alimentamos de sangue animal porque não gostamos do que somos – sua sobrancelha
enrugou – não foi nossa escolha ser
isso, fomos obrigados como aconteceu com meu pai e para o resto da família foi
por estarmos morrendo...
– Família? – disse com ar de
deboche.
– Família. Nossa
família se ama e não gostaríamos de destruir outras, mas muitos de nos se
alimentam de sangue humano, mas não são de fato maus... – minhas palavras eram medidas tanto
para não assustar ela como para não ofender os amigos de Carlisle que mesmo
tendo suas famílias e clãs não deixaram de se alimentar de humanos.
– Porque aquela
estripadora me pegou? Mesmo falando sobre manter o nadador calado, ela sempre
me ameaçava, dizia algo como “vou matar as duas, malditas versões”?
– Nos explicamos
o que somos, gostaria de ouvir o que aconteceu com você antes de responder essa
pergunta.
– Tudo bem, você
tem um voto. Ainda não tentou rasgar meu pescoço... eu estava voltando pra casa
nessa madrugada, tinha acompanhado uma amiga até perto de La Push, ela ficaria
na casa de amigos da família. Quando estava voltando para a casa da minha
madrinha em Seattle essa criatura arrancou o capo do meu carro e me tirou dele
com cadeira e tudo. Acho que me confundiu com alguém porque a cara dela não foi
legal, apesar de ter sido a mais suave que me ofereceu – sussurrou essa
parte lembrando de tudo. – bom, entre me
ameaçar e me arremessar de um lado ao outro, ela exigiu que eu cuidasse do
bebê. Ele estava sujo, chorando muito, e...
A cena seguinte foi cortante, Victoria
já havia matado outras pessoas,o sangue delas escorrendo pelo galpão, os corpos
mutilados... entreguei um lenço para ela.
– Eu já entendi
seu ponto, para que veja que estou falando a verdade vou explicar uma coisa.
Alguns de nos temos dons extras, eu por exemplo. Leio mentes. E já vi mais do
que o necessário na sua, sinto muito por ter passado por tudo aquilo. Victoria
era maquiavélica, vingativa. Foi por isso que ela foi atrás de você, ela
confundiu seu cheiro com o da minha... namorada. Bella quase morreu ano passado
por causa do parceiro dela, eu o matei e ela quis se vingar tentando matar a
minha...
– Mas o que eu
tenho a ver com sua namorada, eu não sou vampira!
– Bom... Bella
não é vampira –
como vocês transam? – a pergunta
girou em sua mente – eu vi a força da
estripadora... essa garota é louca! – movi desconfortável com sua linha de
pensamentos que se tornavam mais gritantes a cada segundo – ohh merda, ele disse que...
– Tá ouvindo
tudo? –
meneei confirmando – foi mal. Mas é
loucura tudo isso...
Agora era a parte delicada, não sabia se
deveria falar com ela ou com Bella primeiro, ou talvez Charlie...
– O que eu tenho
a ver com sua namorada?
– Carlisle
conversará com você agora.
– Eu queria
fazer algumas perguntas, se não se importar. Qual o seu nome?
– Cindy Carter
– Só um
sobrenome?
– Eu não tenho
pai –
respondeu desviando os olhos.
– Temos duvidas,
aceitaria que removesse uma amostra do seu sangue?
– Dá pra para de
enrolação ou eu vou embora.
Ate
o gênio, pelo visto.
– Você e a Bella
são muito parecidas, apenas o cabelo a voz e a forma de agir diferencia...
– Acha que
podemos ser irmãs? – pela
visão de Carlisle e por Jasper vi que ela esta feliz com essa hipótese.
Lembranças incoerentes envolvendo
conversas com a mãe sobre seu pai invadiam sua mente, a mãe nunca quis contar,
ela havia tentado de varias formas.
– Acreditamos
que sim.
– Essa Bella?
Esta aqui?
– Ela esta
descansando, foi ferida...
– Posso vê-la?
– Alice? – pedi.
– Ela não vai
acordar agora e já terminei com a maquiagem.
– Primeiro quero
tirar uma amostra do seu sangue, Cindy
– Já tirou o
dela?
– O que mais tem
nessa casa é amostra do sangue dela.
– Ela é
encrenqueira? –
perguntou rindo.
– Acho que
Charlie pensa assim... – respondeu rindo. Enquanto aplicava a seringa na
veia.
– Charlie é o
meu possível pai?
– Temos que lhe
informa de uma condição que sofremos, como vampiros, Cindy. Nos vampiros temos
uma cantante. Quando o sangue de tal humano se torna forte para nossos
instintos, como se ele cantasse nos convidando a prová-lo.
– Parece coisa
de desenho animado –
riu.
– Poderia ser...
mas quando somos novos nessa vida é
difícil, quando temos experiência conseguimos controlar, como acontece com
Bella e comigo. Antes eu apenas resistia, mas passei um dia inteiro acreditando
que ela havia morrido, desde então o cheiro do sangue dela não me afeta.
Começava a entender onde eu queria
chegar – eu sou a cantante de algum
vampiro da sua família?
– Sim, minha mãe
Esme, ela é alguns anos mais nova que eu nessa vida, mas ama a todos como filhos
e se quer se alterou quando pedimos para sair e entrarmos com você. Ela jamais
faria mal a você.
– Onde ela esta?
– Na sala, se
acostumando com seu cheiro.
Automaticamente, cheirou suas roupas.
– Eca! Porque eu
to fedendo a cachorro? Eu não gosto de cachorro, sua mãe tem um péssimo gosto!
–
dizia batendo o casaco tentando remover pelos e contive uma gargalhada.
– Vamos ate
Bella?
Espero que eles
sejam minha família.
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