quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

MVC - Capítulo 11


Meu peito convulsionava, minha mente borrada pelas lagrimas e quase perco o controle da picape quando Edward se apoia na lateral, pedindo passagem. Com a direção em suas mãos apenas chorei como nunca antes, o olhar do meu pai me acompanharia para sempre – Deu certo, ele acreditou e esta nos seguindo – disse Edward.



– Por um preço alto – sussurro.


– Calma amor, tudo ficara bem!


– Não Edward, aquelas palavras... – tentei conter o choro – minha mãe disse aquelas mesmas palavras, ele nunca vai me perdoar!


– Ele vai Bella, ele é seu pai! – uma pancada na picape a faz tremer e meu grito foi abafado por suas mãos – é o Emmett, Alice esta nos seguindo - quando chegamos a casa Cullen, Esme me leva para um quarto escuro e troca minhas roupas, me leva para sala e me encolho nos braços de Edward quando vejo Carlisle entrar com Laurent ao lado.


– Calma, não farei nada! Eu só vim avisar que James é um sádico. Ele sempre tem o que quer e não se importa de usar todas as armas – dito isso ele vai embora.


Seguimos para a garagem, eles se dividiam nos carros. Rosálie vestia meu casaco a contragosto, eles já haviam traçado planos e fui levada para a Mercedes. Edward me beijou com intensidade e então Jasper arrancou. No caminho tentei ligar para minha mãe, tranquilizá-la, mas ela não atendia, deixei alguns recados. Chegamos de madrugada em Phoenix, nos hospedamos em um hotel de beira de estrada.


Jasper deixou minhas bolsas no quarto, tomei um banho tentando me acalmar e quando voltei para a cama Alice me esperava, mas antes que eu perguntasse algo um sono incomum me dominou, sabia que era Jasper, mas não consegui forças para pedir que pareasse. No outro dia, despertei a tarde, conhecia bem aquela luminosidade poente do Phoenix.


Alice entrou com uma bandeja farta, mas não conseguia comer nada, eu só queria Edward, pedir perdão ao meu pai e voltar pra casa. Alice só me permitiu ir a sala após tomar o café, e jogou sujo, dizendo que Edward ficaria chateado com ela por eles não cuidar direito de mim. Seus olhos se tornaram vagos por uns segundo e depois chamou Jasper.


– Ele mudou, ele não esta mais seguindo os outros! – minutos mais tarde o meu celular toca.


– Edward?


– Bella? Desculpe por tudo isso, vamos encontrá-lo. Eu não vou deixar que ele faça algum mal!


– Eu confio em você.


– Você é minha vida Bella, minha luz...


– Então venha me buscar.


– Eu irei! – nos despedimos e ele pediu para conversar com Jasper, fiquei pensando um pouco...


– Alice?


– Sim Bella.


– Porque não me transformam de uma vez? Assim o tal James me deixa em paz!


– Bella isso não é pra ser decidido por coerção. Se tornar um vampiro é algo que carregará para toda eternidade!


– Eu sei e é isso que eu quero, quero ser igual ao Edward, eu não me vejo sem ele, então qual a importância em esperar pra me transformar ou ele não tem certeza que me quer?


– Meu irmão te ama Bella, não duvide disso!


– Então? Você mesma viu! Porque esperarmos....


– Bella...


– Como é a transformação?


– Não sei se posso te contar isso, é melhor não contar.


– Ele disse pra guardar suas visões, não lhe proibiu de contar nada. Você é ou não minha amiga? – seus olhos me estudaram e segundos depois suspirou rendida.


– Ele quer evitar privá-la da sua vida, você será congelada no tempo Bella, é jovem de mais para entender o grau de responsabilidade sobre essa escolha. Você verá todos que ama morrerem enquanto esta congelada em sua juventude. Não poderá ter filhos, não poderá conviver com as pessoas que ama, com sua família. Só terá sede por décadas até que consiga controlar para sentir as outras sensações.


– Dói muito?


– Sim, quando o veneno entra em seu sistema, você ficara alguns dias agonizando. Já imaginou como Edward reagiria vendo você gritar para que a matem, que parem com a dor.


– Qual a sensação?


– Eu não me lembro da minha transformação!


– Não?


– Eu acordei assim.


– Não sabe quem a transformou?


– Na verdade não me lembro de nada, mas pelo que Jasper me disse dói muito, é como ser queimada viva – disse com os olhos distantes – agora é melhor descansar! Já falei de mais!


Novamente Jasper me faz dormir, acordei com o sol nascendo, pude ouvir o barulho baixo da TV que provinha da sala, caminhei tranquilamente e me joguei no sofá, Jasper entrava com o serviço de quarto, arrumou a mesa do café. Sentei e comecei a comer algumas frutas, Alice estava sentada passando pelos canais rapidamente e então o controle caiu de sua mão, Jasper sentou ao seu lado e falava baixo, entregando uma folha e lápis de desenhar para ela. Alice não olhava a folha, sua mão firme, segurava o lápis com maestria e criava um desenho parecido com uma sala de balé.


– James tomou uma decisão, ele esta nesse lugar!


– Então ele foi pra uma sala de balé?


– Como Bella?


– Isso é uma sala de balé...


– Conhece esse lugar? – perguntou me cortando.


– O instituto que eu estudava tinha um símbolo parecido com esse!


– Você estudou onde? Fica aqui em Phoenix? – apenas confirmei com um aceno. Alice levantou e começou a guardar minhas coisas, Jasper estava no telefone.


– O que foi?


– Vamos embora, Jasper já avisou Edward e todos estão vindo, jass pague nossa estadia por favor. Bella vá se arrumar, tomar um banho. Te esperamos lá em baixo – disse puxando algumas bolsas.


me arrumei rapido, escovei o cabelo e dente. Desci pelo pequeno elevador quando meu celular tocou, era Pamela – oi Pan eu...


– Bella? Bella?


– Calma Pamela, eu não estou...


– Bella...? – seu grito foi abafado.


– Sabe, o colégio de Forks deveria ser mais seguro com os arquivos dos alunos e foi adorável, saber sobre sua irmãzinha – James estava com Pamela.


– O que você fez com a Pamela? Deixe ela em paz!


– Olhe como fala comigo, eu posso... – um grito da Pan se faz presente.


– Não toque nela!


– Isso só depende de você!


– O que você quer?


– Vá para sua casa, lá eu penso em te dar as coordenadas, mas lembre-se: se algum dos seus vampirinhos te seguir... Sua amiguinha morre – diz desligando em seguida, o elevador se abre e vejo Alice e Jasper caminhando para o hall, eles ainda não haviam me visto, segui agachada atrás de um carrinho de malas que estava seguindo para a saída. Quando fiquei exposta ao sol, corri com toda a velocidade que meu corpo e coordenação permitia.


Entrei no primeiro ônibus que encontrei, o destino conspirava ao meu favor ou contra mim, pois assim que desci do primeiro ônibus, parou outro que passava em frente a minha casa. Entrei rápido e na havia ninguém, tudo em seus devidos lugares e nenhum sinal de Phil e Renée. Fiz uma carta para Edward, as lagrimas manchando deixando minha caligrafia ainda mais podre, então o telefone toca.


– Eu já fiz o que queria, onde esta a Pamela?


– Gostei de ver, muito esperta e rápida para uma humana. Lembra da sua escola de balé? Venha para cá, estamos te esperando! – disse e desligou. Mentalizei Alice e coloquei a carta em um dos jarros de caquito da varanda. Corri cegamente para o institudo, minhas pernas doloridas, o sol poente iluminando forte - o asfalto, fazendo as janelas e vidros refletirem me cegando algumas vezes - em uma despedida. Quando passei pelo hall de entrada, tudo estava fechado e apagado. Abro a porta da sala em que passei muitas das minhas segundas, quartas e sextas-feiras.


Se alguém me contasse a alguns meses atrás, tudo o que aconteceria comigo, certamente ira rir dessa pessoa! Jamais imaginei isso para mim, não leve a mal, eu só não conseguia imaginar alguém que realmente goste de mim, sem ser minha família. Então o encontrei, Edward, minha vida é completa com ele.


Mas como sou a pessoa mais azarada possível, é completamente razoável que essa felicidade estivesse com os dias contados. Quando vi seus olhos vermelhos feito sangue, tive a certeza que seria o meu fim, mas não imaginei que ele seria tão perverso, não que eu estivesse esperando algum escrúpulo de um vampiro que se alimenta de sangue humano. Esperava apenas que meus amigos não fossem envolvidos nisso.


Estive incontáveis vezes de frente com a morte, mas esta era diferente. Não poderia pedir por Edward, nem gritar. Mesmo se fosse possível, eu não pediria por ajuda! Não quero viver com medo e se morrer os manterá vivos e seguros? Aceito de veia aberta!


– Pamela?


– Be? OMG Isabella! – seu grito ecoando do armário a minha frente. Corri para removê-la e me deparei com uma TV, na tela um vídeo das minhas primeiras aulas de moto, Alex me ensinava cada engrenagem da minha maquina, Pamela e Renée gritavam histéricas a cada ronco do motor.


– Desce dessa coisa Isabella! – resmungava Renée.


– Eu não aguento vê-la nessa maquina mortífera! – gritava Pamela.


– Vocês são frescas, eu não vou morrer por pilotar uma moto! Só se eu correr de mais... –sussurrei para Phil que vinha para meu lado, focando a câmera em meu rosto.


– Vai lá Bells, mostra do que é capaz garota! – a voz de Phil se fazendo presente. O alívio por ela não estar realmente ali, trouxe lagrimas aos meus olhos.


– Você é bem atrevida e corajosa em! – viro ao ouvir sua voz – não esta decepcionada por minha mentirinha né? – disse se aproximando com minha filmadora – peguei no seu quarto, espero que não se incomode! Edward gostará de saber o que fizemos. Eu realmente fiquei impressionado com eles, percebi que é muito amiga dela, Alice não?


– A conheci?


– Oh sim – disse cheirando meu cabelo – seu cheiro só fica atrás do dela, um perfume floral maravilhoso, foi difícil esconder que a conhecia, na verdade eu a queria muito, eu a provaria, mas infelizmente não pude, outro vampiro atrapalhou – dizia descendo seus dedos gélidos e asquerosos em meu rosto e pescoço – e saber que o tal vampirinho te quer... Parece-me agradável ficar com você, já que ele tem algo meu!


Peguei o exprei de pimenta e borrifei em seu rosto e corri, quando toquei na maçaneta o senti puxar meu casaco. Jogou-me do outro lado, deslizei por um tempo ate bater em uma das pilastras e sentir uma dor aguda em minha nuca. Sentia escorrer algo quente em minha roupa, meu sangue escorria por minhas costas e pescoço.


– Adorei minha escolha de palco, da uma nova dinâmica ao jogo! – dizia caminhando em minha direção – pena que o Edward não esta aqui! – disse se agachando e tocando minha canela –chame por ele?


– Não!


Chame! – disse raivoso e socou minha perna, quebrando meu osso e meu grito ecoando pela sala silenciosa.


– Solta ela! – viro apavorada ao reconhecer a voz.


– Alex?

ç                      è

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentem e façam uma Autora Feliz!!!

Visitas ao Amigas Fanfics

Entre a Luz e as Sombras

Entre a luz e a sombras. Confira já.