– Alex? – ele estava armado e apontando para James.
– Vejam só o que temos aqui – disse James levantando.
– Vai embora, sai Alex, corre! – digo apavorada.
– Seu amiguinho? Agora sim ficou interessante! – disse ficando do meu lado e Alex dispara uma vez.
– Eu não estou brincando, sai de perto dela!
– Sabe, você deveria ouvir sua amiguinha! – disse puxando minha mão ensanguentada e lambendo a palma – você não sabe onde esta se metendo! – então Alex dispara duas vezes sobre James e as balas chicoteiam quebrando alguns espelhos.
– O... O que você é? – perguntou assustado por seus tiros não o machucar, sua expressão mudando para pesar ao perceber que não sairíamos com vida.
– Não faz isso, sou eu que você quer, deixe-o! – meu grito tomando o ambiente ao vê-lo seguir ate Alex rindo em deboche e quebrando a perna dele, ele simplesmente me ignorou.
– Eu sou o seu pior pesadelo! – disse e fincou os dentes em Alex.
– Não! – grito tentando levantar, mas a dor aguda e a vertigem me impediam, James arremessou Alex para perto de mim – porque fez isso? – digo tocando em Alex que estava desmaiado. Seu sangue jorrando do rasgo que o maldito fez, então o sinto puxar meus cabelos.
– Eu posso salvá-lo, mas para isso terá que implorar! Vamos ver o que o seu precioso Edward acha disso!
– Não!
– Grite! Chame por ele?
– Não! Maldito! – então as mãos de James já não estavam em mim, cai feito fruto podre sobre Alex, seu sangue se esvaindo, ouço um estrondo, Edward e James estavam lutando.
– Alex? Fala comigo? – seu corpo começou a sacudir, começou a gritar. Sinto um puxão em meus cabelos, James me ergue rápido de maism fincando seus dentes em meu pulso. Grito com a dor e sinto o vento passar por mim e uma dor aguda em minha perna.
Sobrando-me força apenas para remover um caco de vidro enorme que rasgou minha coxa. Minha cabeça pesando mais e mais, meu pulso doía muito, queimando muito, não conseguia me focar em nada, minha visão embasado, apenas ouvia os gritos de Alex e meus gritos acompanhando os dele. A queimação dominando meus braços, subindo por minha cabeça, a muito custo consegui ouvir Alice e Carlisle.
– Alex?
– Ele ficará bem, Bella! – disse Alice, eu acho.
– Alice?
– Eu to aqui, Bells! – disse segurando minha mão.
– Minha filmadora, ele te conhece, seu passado – digo tentando não gritar, mas isso ficava mais complicado a cada segundo – ta queimando... faz parar! – digo entre gritos.
– Temos que tirar, dele não há tempo, mas ela...
– Eu vi isso Edward, ela será a melhor!
– Eu não quero isso, ela não quis! – com dificuldade consegui identificar Edward.
– Edward?
– Eu estou aqui meu anjo! – sinto sua mão gélida em meu pescoço.
– Me perdoa, eu quebrei a promessa? – minha frase sendo quebrado por meus gritos – ta queimando muito.... – choraminguei.
– Não se preocupe Bella, não tenho que perdoar nada, eu vou fazer parar, prometo.
– Então vamos logo Edward, não resta muito tempo – sinto um aperto em minha coxa.
– Você ficará bem, meu amor – vejo-o puxar meu braço e morder onde James havia mordido, gritei sentindo seus dentes irem mais fundo que os de James. Uma pressão no meu pulso, as dores aumentavam a medida que a queimação diminuía.
– O sangue dela já esta puro... pare Edward... – meu anjo estava atado ao meu braço, levando meu sangue e minha consciência a cada segundo – vai matá-la filho... seja forte... – as vozes estavam lentas.
– Bella?
– Eu to com sono – acho que consegui dizer antes de apagar.
...
Aos pouco me senti emergir, senti ser impulsionada para a superfície, minhas mãos sentindo o ar, livre da água. Meus braços, minha cabeça, tronco e pernas, mas havia algo agarrado a ela e em meu pulso. Um bipe irritante dominando o ambiente. Forcei meus olhos e a luz me cegou por um tempo.
Tentei entender o que havia acontecido e onde estou, havia vários aparelhos ligados ao meu lado. Algo agarrado ao meu nariz, agulhas enfiadas em meu braço, ergo meu outro braço e ele estava enfaixado por todo a extensão do pulso onde James me mordeu. James, Alex, ferimentos, tudo veio de uma vez! O bipe dispara.
– Shiuu, calma Bella! – virei ao reconhecer a voz de Edward e resmungo pela dor.
– Edward?
– Se acalme!
– Alex, onde ele esta? Eu preciso saber se ele esta bem.
– Ele sobreviveu.
– Onde ele esta?
– Eu vou lhe explicar, mas por favor não me interrompa, tenho que ser rápido – movi a cabeça concordando – Alex não, não é mais humano. Me desculpe por não mantê-los seguros?
– Espera... onde ele esta? O que eu digo para a Pamela?... eu destruí a vida deles... – digo em prantos, o meu egoísmo destruiu a vida dos meus amigos, mesmo com toda a idade que Edward tem é difícil pra ele se acostumar, Alex então...
– Não Bella, ele não vê dessa forma, ele esta feliz que esteja bem...
– Mas Pamela não verá dessa forma quando o homem que ela ama não voltar a tocá-la! – me desespero aumentando.
– Ele é um recém nascido agora Bella, ele não pode voltar a conviver com vocês, ele esta longe agora. Ele esta com meus tios no Canadá.
– Céus, o que eu faço?
– Olhe para mim – sinto suas mãos gélidas em volta do meu rosto – você não precisa mostrar que sabe, pela pancada na cabeça é aceitável que não se recorde do acidente. Nos ... forjamos um acidente. Para todos os efitos você foi perseguida e encurralada por uma gangue, Alex matou alguns antes que... antes de ser morto, os outros tocaram fogo no instituto e fugiram com alguns corpos, isso aconteceu quando você foi me encontrarm no hotel que me hospedei com Carlisle e Alice.
– Tudo bem – eu não conseguia parar de chorar – e James?
– Nos cuidamos dele, mas a mulher fugiu, Victoria escapou antes que conseguíssemos algo.
– Porque não me deixou ser transformada?
– Bella...
– Alice já tinha visto, era só deixar o veneno agir...
– Bella você quase morreu.
– Você me salvou... – ficamos cortando a fala do outro.
– Eu quase matei você. Eu a coloquei em perigo.
– Não! Você sempre me salva.
– Eu te faço mal Bella, você sempre corre risco ao meu lado, eu não te faço bem, a ninguém! Eu não quero isso, você precisa ter um futuro, precisa de paz!
– Não! Você é o meu futuro, eu te amo Edward.
– Esse é o problema, você não deveria me amar, eu não deveria te amar, eu deveria manter distancia!
– Não, você não pode me dizer isso! Não pode fazer isso! Não comigo, não pode me... deixar, nunca... Não faz isso – meu peito doendo com essa hipótese, o aparelho apitando freneticamente.
– Calma, eu deveria, mas não consigo!
– Não me deixa, me promete?
– Sempre, enquanto estiver segura e feliz!
– Você é minha felicidade! – Edward me dá um beijo na testa e depois encosta seus lábios devagar sobre os meus e então a porta se abre.
– Bella? Bê? – disse Pamela chorosa, seu rosto apagado, seus olhos sem vida, vermelhos e inchados pelo choro, olheiras funda e muito escuras, parecia mais magra. A visão do mau que causei a minha amiga vez meu coração falhar algumas vezes e as dores aumentarem.
– Vou chamar a enfermeira – ouço Edward dizer e sair do quarto.
– Me perdoa... – consigo dizer com muita dificuldade - eu destruí a sua vida – digo ouvindo o aparelho disparar.
– Bella se acalma! Você não destruiu nada – dizia chorosa – fique quieta e se acalme, eu não quero perder você também! – disse e ouvi entrarem no quarto.
– Saiam todos!
– Me perdoe Pamela? Me perdoem? – meu corpo começou a pesar e me senti ser puxada para o fundo, me perdendo no submerso.
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