quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

MVC - Capítulo 13


Quando despertei, vi minha mãe dormindo na poltrona, Edward sentado ao lado da “minha cama”, Pamela dormindo no colo do meu pai que também dormia – Oi?


– Ficará calma? – Edward me olhava serio.

– Sim, desculpe? Quanto tempo eu dormi?

– Desta vez um dia, mas estamos a duas semanas aqui! Você demorou a melhorar!

Como ela esta? – digo olhando Pan

– Agora que você acordou, ela esta mais tranquila! – Edward pareceu pensar em me dizer algo, mas parou – seu pai esta acordando, ele quer falar com você – disse levantando e o segurei, sentindo meu pulso latejar. Acho que deixei meu medo ou minha dor transparecer ele voltou a se sentar – vou fingir que estou dormindo – sorri acenando positivamente.

Fiquei alisando sua madeixas cobres, enquanto via meu pai levantar e arrumar Pamela no sofá e caminhar para o outro lado cama, olhando irritado para Edward. Meus olhos começaram a queimar por causa das lagrimas que se acumulavam e despencavam por minha face, meu pai não falou nada, apenas secou cada uma e segurou forte minha mão.

– Me perdoe? – pedi com a voz embargada pelo choro na garganta.

– Shiu... se acalme, não há o que perdoar, você sabia que eu não a deixaria sair, por isso disse aquilo tudo. Tratamento de choque! – disse com um sorriso leve e afagando minha bochecha.

– Eu me senti e me sinto tão mal por ter dito todas aquelas atrocidades! Eu...

– Não precisa dizer nada, só descanse, sua mãe já viu a casa de vocês, ela esta muito empolgada com a escolha, só fala de como ela esta louca para você ver o seu quarto!

– Como?

– Ela e o Phil vão morar em Jacksonville!

– Eu não vou, vou voltar para Forks com vocês! – digo alisando os cabelos de Edward e apertando a mão de Charlie e ele resmungou algo inaudível por mim.

– Depois conversamos sobre isso, sua mãe que quer contar todos os detalhes! - disse sorrindo levemente.

Nos próximos dias meus pais estavam empenhados a me remover da ideia de voltar para Forks, claro que cada um tinha um motivo diferente: minha mãe por medo de que me prendesse a fincasse raízes na cidade que ela detesta. Meu pai por causa de sua recente aversão a Edward, Charlie não escondia sua raiva de Edward e só não dizia nada por respeito a Carlisle que continuou cuidando de mim e por mim, ele sabia que eu estouraria com ele.

A conversa com ela foi tranquila, ela sabe me enxergar melhor do que ninguém, sabia que não adiantaria insistir - eu não abriria mão de Edward - comigo após eu tomar uma decisão. Demorei tanto a encontrar alguém que despertasse em mim tudo o que ele me cause.nao consigo me imaginar sem ele, o amo com tamanha intensidade que chega a doer é quase incoerente.

Pamela foi outra situação. Meu peito se contorcia ao ver as manchas negras em torno de seus olhos, os olhos sem vida, a fala morta, o andar pesado de um corpo com a alma quebrada. Me sentindo a pior das criaturas, só conseguia chorar e pedir perdão. Sempre estarei em divida com ela, nossa amizade nunca voltará a ser a mesma. Não tínhamos segredos e agora... fiz o homem que ama se distanciar!

Me lembro de tudo que Alice me disse, do quão difíceis são as primeiras décadas, mesmo que ele volte décadas depois, poderá ser tarde de mais para eles. As férias de verão haviam começado aqui em Phoenix, então os pais de Pamela resolveram permitir que ela fosse comigo para Forks, já que seria um lugar neutro com poucas lembranças, recebi alta duas semanas depois.

Pamela e Alice se encarregaram de cuidar de mim, deixando Charlie livre do transtorno de ter que cuidar de uma filha adolescente acidentada, no embaraçoso momento do banho. Elas se davam melhor a cada dia o que me deixou feliz. Pamela foi forte, usando uma mascara impenetrável durante todo dia para esconder de todos o seu sofrimento, sua dor.

Mas durante o sono, não há mascara que não se dissolva, ela não gritava, mas se encolhia e chorava a plenos pulmões, todas as noites a carregava para minha cama e dormíamos coladas, a abraçava forte, tentando juntar e ser digna de sua amizade. Quando Carlisle liberou minha ida ao colégio fiquei preocupada com o tempo que Pamela ficaria sozinha.

Para meu alivio Esme se ofereceu para ficar com ela durante a manhã, então ela passou a ficar na casa dos Cullens, ela ia com minha caminhonete de manhã e Edward me levava para o colégio, íamos direto para sua casa e eu voltava com a Pan. Obvio que rolaram fofocas sobre o que aconteceu, mas todos paravam assim que me viam, evitavam falar algo em minha frente após eu ter socado a Lauren no primeiro dia da minha volta. Com todos me ajudando consegui recuperar as notas antes da férias.

E com isso infelizmente Pamela teve que voltar para Phoenix, as aulas por lá começariam, eu não queria deixá-la sozinha, porque agora nem Renée ela teria! Eu nos afastei, nos separei e para sempre. Com todos esses problemas, Alice e ninguém ousou me importunar com assuntos fúteis como o baile dos alunos. Despertei do meus devaneios ao ver Jacob quase ao meu lado, estava sentada na varanda esperando por Edward.

– Oi Bella?

– Oi Jacob! Meu pai não esta.

– Tudo bem, eu vim falar com você, na verdade meu pai me pediu... – disse sentando ao meu lado na escada, seu rosto ficando serio – você esta bem?

– Sim, é só a perna quebrada e o coração dilacerado com o luto – digo sem olhá-lo. Me diga?

– Ele esta preocupado com você, com seu namorado, vocês voltaram?

– Sim. E isso não é problema do seu pai, ele deveria cuidar das suas irmãs.

– Eu não entendo direito o motivo disso, mas ele pediu pra dizer que “vamos ficar de olho”

– Sei que ele é seu pai, mas ele deveria ter vergonha na cara e nunca mais se atrever a tomar conta da minha vida, eu não me arrependo de nada que disse pra ele da ultima vez. Sei que isso não é culpa sua Jacob, só esta sendo um garoto de recado, mas quero que assim como seu pai, você também entenda que eu não admito que se metam em minha vida, que atrapalhem minhas decisões. Eu sou dona da minha vida e do meu destino, o caminho que eu escolho, não é da conta de ninguém.

– Nunca me passou pela cabeça.

– Ok, só leve minhas palavras – digo e vejo Edward caminhar ate nos.

– Tudo bem – me segura quando eu tendo levantar e perco o equilíbrio.

– Boa noite? Jacob? – cumprimentou Edward.

Seguimos par seu carro, ele me levou a um pequeno campo, com um riacho e uma gruta, iluminada por algumas velas, não muito longe da cidade. Nada na minha será ou voltará a ficar como era antes, minha vida é Edward. Viver ao seu lado, mesmo não sendo digna, não voltarei a ter a amizade e companheirismo de antes com a Pamela e Alex. Terei de conviver com essa culpa, nunca mais serei digna da confiança e amizade da Pan.

– No que esta pensando? – pergunto Edward alisando meu rosto, estava sentada em seu colo, ele sentado escorado na parede da gruta, uma lua cheia tomando o céu, iluminando mais que as velas, uma manta em minha volta. Beijou minha face, sobre onde uma lagrima escorria.

– Que se nada disso tivesse acontecido, se Alex não tivesse me visto e me seguido, talvez estaríamos no baile agora, com os outros, dançaríamos algumas musicas – digo omitindo alguns pensamentos, me virei um pouco, a luz da lua da um brilho diferente a sua pele, brilha com uma grafite, sem os arco-íris, apenas um tom, um brilho– estaria tentando convencê-lo a me transformar, teríamos um longa e irritante discussão, o melhor que conseguiríamos seria um impasse, este... – a dor dominou meu corpo e ele me apertou ao seu – este poderia ser o inicio do nosso felizes para sempre! Eu não te mereço, não mereço meus amigos, não depois de destruir a felicidade deles.

– Não diga isso meu amor! Você não teve culpa. Assim como removi o veneno de você, poderíamos ter removido o de Alex. Isabella? Alexander estava muito ferido, se tirássemos o veneno do corpo dele, ele morreria. Tenho a certeza que se Pamela pudesse escolher entre não transformá-lo e ele morrer ou transformá-lo e o perder para sempre, ela não hesitaria.

– Amar é dar sem esperar o receber! – sussurro.

– Amar é doar e viver de dor, se for preciso – disse me beijando levemente – com o tempo, tudo se torna aceitável! – o abracei forte.

Mas no agora a dor predomina, destruindo o Belo!

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