quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

MVC - Capítulo 10


– Eu nem acredito que eles já estão indo – digo chorosa abraçada em Edward.

– Eles também tem aula e logo as férias chegam – disse Charlie.


– O importante é que passaram um fim de semana incrível! – Edward me fez enxergar isso, foi incrível mesmo, seria muito melhor se ele tivesse passado conosco, mas isso não aconteceu!

Voltamos em silencio, Edward ficou um pouco mais comigo, mas logo foi embora. Novamente a casa se tornou silenciosa, sem os risos de Pamela, os gritos de Alex, sem os rangidos dos pés descalços de Pamela fugindo para se copular com Alex, isso realmente foi divertido. Eles destruíram a pureza da garagem e Charlie vinha tardiamente verificá-la no quarto.

Na segunda minha picape – finalmente posso chamá-la de picape – fez um incrível sucesso, todaperfeita, liguei e desliguei varias vezes sem acreditar que ela realmente estava silenciosa. A cor em um vermelho sangue e a lataria brilhando como nova. Alex é o Merlin dos carros.

– Carro novo Bella? – perguntou Mick

– Uma senhora após botox – brincou Ângela

– Com certeza, contratei o melhor cirurgião! – digo tocando a lataria.

– Nossa ela esta incrível mesmo! – disse Ben se aproximando de Ângela, Edward estava estacionando, então o pessoal entrou e eu fiquei encostada na picape esperando.

– Finalmente alguém lhe deu um carro! – não consegui frear a vontade de dar língua para o Emmett.

– Bom dia pra você também! Para todos – digo e os outros apenas acenaram e saíram.

– Não ligue para eles! – disse Edward me olhando com ternura.

– Eu sei que ele é um babaca! – digo o abraçando com ternura – senti sua falta porque não dormiu comigo?

– Queria ter certeza sobre os visitantes!

Seguimos uma rotina nos próximos meses, Edward e eu quase não nos desgrudávamos, seja dentro ou fora do colégio e meu pai não foi um problema com isso, nossos toques eram intensos, mas nada que chegasse perto dos que tivemos na noite do baile.

– Então, hoje vamos jogar beisebol, quer ir? – convidou Alice

– Ah, não sabia que jogam!

– Esse é um passatempo americano – disse Edward.

– Todos gostam!

– Não sei se é uma boa pra mim, jogar com vocês...

– Você não vai jogar, vai olhar!

– Tudo bem.

– Oba, hoje as 17h! – seguimos para casa e Edward iria me busca, então adiantei tudo e esperei por Charlie que chegou com Billy e Jacob.

– Vai sair? – perguntou Charlie ao me ver arrumada.

– Depende de você, Edward me convidou para jogar beisebol!

– Ele sabe do seu talento com jogos com bola?

– Hum, não.

– Quando?

– Hoje.

– Terá uma tempestade feia – olhei irritada para Jacob – é o que dizem os jornais!

– Então pai?

– Sabe onde será?

– Não, Edward vem me buscar.

– Tudo bem, então.

– Eu já fiz peixe com batatas, carne grelhada e arroz de forno.

As 16:50 Edward estacionou um monstro em forma de carro, era um jipe imenso, lógico que Billy seguiu meu pai quando ele abriu a porta, peguei minha capa e boné e segui pela porta – tchau rapazes – digo indo para o lado de Edward.

– Espero que não joguem de baixo dessa chuva!

– Não se preocupe senhor Swan, não tomaremos essa chuva e eu cuidarei bem dela – bufei e puxei Edward.

Precisei de ajuda para subir no jipe em forma de monstro. Eram muitos cintos, só consegui conectar um, foi preciso a ajuda de Edward, minha sorte foi a chuva ter piorado após entrarmos. Assim ninguém perceberiam a demora das mãos de Edward em meu pescoço e braços, seu nariz deslizando por meu colo e seus lábios tocando levemente os meus.

– Respire Bella – sussurrou em meu ouvido junto ao ultimo trinco conectando e deu partida, não conseguimos manter um dialogo após entrarmos na mata fechada, se não fosse todas as conexões, certamente eu já teria vazado pela janela. Edward estaciona um tempo depois e continuo com a sensação de quiques. Com maestria ele remove todas as conexões, faço sinal para ele me tirar de lá. Minhas pernas travadas nele e estremeço ao senti-lo me colar ao jipe.

– O que foi?

– Só... Me acostumando com a real forma do mundo.

– Quer uma ajuda? – diz beijando o meu pescoço.

– Hm, hmrm – digo gemendo, seus olhos se fixaram nos meus, seus lábios devoraram os meus sem cuidado algum, meus dedos se afundaram em seus cabelos sedosos – edw...ard – ao sentir seu volume e por instinto movo meu quadril de encontro ao seu. Então passo a ter uma estatua me segurando e me afasta delicadamente.

– Estou começando a achar que você é o perigo aqui!

– Demorou a cair a ficha em – digo rindo sem ar.

– Vamos antes que eu faça o que não devo! – diz nos movendo.

– Pode fazer, eu deixo – minha boca diz sem meu comando e Edward solta uma gargalhada estrondosa. Mas um pouco adentramos uma clareira imensa, passamos por uma queda d’água linda que seria o pano de fundo para o jogo. Alice veio saltitante para nosso lado e sorrindo para Edward, os outros já estavam se aquecendo por assim dizer.

– Aquele barulho foi você filho? – perguntou Esme.

– Bella foi divertida.

– Parecia um urso engasgado! – disse Emmett.

– Ta na hora – disse Alice e logo o estrondo característico de um travejamento dominou o ambiente.

– Sinistro né? – perguntou Emmett – ainda não viu nada!

– Um pouco! – digo e logo a primeira discussão se faz, foi ponto de Edward e Emmett insistia que foi falta.

– Se tentar me induzir ao erro ficará fora na próxima Emm! – disse Esme seria.

– Nossa falou igual a minha mãe!

– Tecnicamente eles são os meus filhos.

– Você não se importa por eu estar tirando a tranquilidade deles, a sua?

– Edward é meu primogênito e foi transformado muito cedo, sempre fui preocupada com ele, muito solitário e ate alguns meses acreditava que realmente havia sido precipitada sua transformação, mas hoje tenho a certeza que só faltava encontrar alguém que ele verdadeiramente amasse - uma bola foi arremessa forte por Rosálie e Edward some da clareira quando ele volta olha para Alice e vem para o meu lado, seu rosto em uma careta assustadora.

– Eu não vi, foi de ultima hora – disse Alice

– Quanto tempo? – perguntou me pegando no colo

– É melhor ficarem aqui, será mais seguro. Vão sentir o cheiro dela e só você não conseguirá – disse Carlisle.

– O que?

– Solte o cabelo – disse serio – fique atrás de mim e não fale nada.

– Dois minutos – disse Alice e compreendi que vampiros entrariam na clareira. Puxei o gorro do meu casaco e coloquei o boné por cima. Todo fizeram uma espécie de barreira em minha frente e então eles entraram.

Não consegui manter meus olhos distantes, eram três, um branco alto, seus traços fortes, seu rosto bem desenhado e assustadoramente imponente, seus olhos em sangue fresco, bem reluzentes. O segundo era um negro que vinha na frente da formação, um pouco mais baixo, traços firmes e seus cabelos em um emaranhado de dragues, seus olhos acompanhando o mesmo tom do primeiro. E logo ao lado a mulher, uma vampira com pele clara feito marfim, cabelos em um tom diferente de vermelho, feito labaredas, traços delicados e firmes ao mesmo tempo, acompanhado de um corpo escultural e com o mesmo tom de olhos dos outros, os três tiam formas rudes e estavam descalços. Edward apertou-me mais a si e vi o olhar do primeiro vampiro em mim.

– Escutamos vocês e resolvemos conhecê-los! Gostaríamos de jogar se for possível? –perguntou o de dragues – eu sou Laurent e estes são James e Victoria.

– Prazer, sou Carlisle e esta é minha esposa Esme, meus filhos Emmett, Jasper, Rosálie, Alice, Edward e Bella – o tal James ainda mantinha os olhos em mim – podem participar, alguns de nos já estavam de saída – nisso Edward me gira e Alice vem conosco, mas um vento forte bate em mim, arrancando o boné e o gorro.

– Trouxeram lanche? – perguntou o tal James e logo todos estavam agachados em minha volta, formando uma barreira, prontos para atacar.

– Ela é da família! – disse Carlisle com uma voz horripilante, os olhos vermelhos sanguinários não desgrudavam dos meus.

– Calma – disse Laurent – não queremos problema, James não atacará a humana. James? –chamou e ele continuava com os olhos em mim. Edward me levou rápido para o jipe, Alice e Emmett conectaram meus cintos rapidamente com Edward já colocando o jipe em movimento pela mata fechada, vejo que estava indo para a direção contraria da minha casa – para onde estamos indo? – ele não me respondeu,seus lábios se moviam rápido como se falasse com Alice – Edward? – grito e só então ganho sua atenção – para onde esta me levando?

– Precisamos nos afastar, ele é um rastreador. Não posso deixá-lo chegar perto de você e ele só vai parar depois que conseguir o que quer!

– Eu não posso deixar meu pai sozinho!

– Ele quer você, seu pai não será atacado, cuidaremos dele!

– Não, me leva para casa!

– NÃO!

– ME LEVA AGORA!

– Bella entenda...

– Entenda você – eu chorava – meu pai esta indefeso!

– Minha família cuidará dele!

– Eu não posso simplesmente sumir!

– Bella não discutiremos isso, vamos embora.

– Eu não posso sumir e nem você, meu pai sabe que não sou assim e ira deduzir que fugimos

– Não voltará!

– Edward... – que raiva – eu vou para casa...

– Não

– CALA A BOCA E ME ESCUTA! – grito raivosa – eu vou pra casa, faço um teatro e finjo que vou embora, ele acredita. Esse lunático houve e me segue.

– Ela tem um bom ponto Edward – disse Alice.

– Não Bella

– Eu não vou abandonar o meu pai – grito chorando.

– Edward?

– Eu não vou me afastar dela – ele grita para Alice

– É só por um tempo...

– Por favor? – implorei tentando arrancar os cintos.

– Emmett – gritou e logo as suas mãos gélidas seguravam as minhas como armadilhas para urso, tento me acalmar e raciocinar.

– Olha? Você me leva, eu faço um teatro e o rastreador ouve tudo, ele acredita e nos segui, eu vou pra algum lugar com Alice enquanto vocês caçam ele, depois que passar um tempo e meu pai perceber que você não tem nada haver com isso, você vem me busca!

– Ela é diabólica – diz Emmett.

– Guarde suas visões para você? – perguntou e Alice confirmou.

– Eu e Jasper cuidaremos dela

– Isabella? – disse meu nome com a voz carregada de ira – você esta proibida de se afastar de Alice, você não fará nada suicida, entendeu? Se eu te perder eu não vou me perdoar nunca e nem a você! – apenas acenei, então ele curvou rápido e logo estávamos em frente a minha casa, Edward tira os cintos e me remove do jipe com um abraço. Me cola ao jipe e me beija, um beijo sofrido, esbaforido e muito quente.

– Eu te amo Bella, você é minha vida!

– Ficaremos bem meu amor – digo segurando em seu rosto – eu te amo! Sempre vou te amar, agora não ouça ou melhor não acredite em nada que eu falar quando passar por aquela porta – me deu um beijo gostoso e se afastou. Segui reto com Edward as minhas costas, minhas certeza quase se finaram quando vi o carro dos Blacks ainda estacionado em frente à garagem – não esqueça que eu te amo – digo segurando a maçaneta e abro e fecho batendo a porta com toda força – EU DISSE NÃO, VAI EMBORA! – grito correndo para meu quarto, onde Alice e Edward já terminavam de arrumar minhas malas, das quais Charlie só veria uma.

– Bells? O que aconteceu?

– O que eu faço, ele não vai me deixar sair fácil!

– Você precisa fazer isso, você tem 10 minutos para fazer do seu jeito, estou te esperando na picape – disse me dando um beijo e sumiu pela janela. Sai do quarto e Charlie estava grudado a porta.

– Onde pensa que vai? – perguntou surpreso.

– Eu vou embora! Eu não posso ficar mais um minuto aqui!

– Porque isso? O que o Cullen fez, você tinha dito que o ama!

– Por isso mesmo.

– Você não esta fazendo lógica, esfrie a cabeça, amanhã conversamos – disse enquanto eu removia minhas coisas dos armários do banheiro.

– Eu vou com a picape para casa, eu ligo para a mamãe no caminho, eu sei onde fica a chave – digo descendo as escadas e o abrute de cadeira de rodas me olhava desconfiado.

– Bella você sempre foi adulta em suas decisões e agora age assim!

– Bella você... – começou Billy.

– CALA ESSA PORRA DE BOCA, NÃO SE META NA MINHA VIDA SEU VELHO CHATO!

– Isabella – grita Charlie – não importa o que aconteceu, você não tem o direito de tratá-lo assim!

– É disso que estou cansada! Dessa maldita cidade onde todos se intrometem na vida alheia! Acham que por seus avós cresceram juntos, por terem visto uns aos outros crescerem tem o direito de se intrometem e julgarem – tentei carregar minha palavra de ódio e nojo – eu não quero isso para mim – as próximas seriam as mais dolorosas – você ama essa cidade, essa gente idiota com suas crenças estúpidas, não eu! Eu não quero me prender nisso! – digo e vejo Charlie congelar, seu braço soltou o meu tamanho choque e descrença que passou por seu rosto, seus olhos vermelhos pelas lagrimas presas. Minha punhalada fazendo a da mamãe atravessar seu peito – adeus –digo abrindo rápido a porta.

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