quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

MVLN – Capítulo 4




POV Bella
Eu achei que a dor iria diminuir no dia seguinte, mesmo não tendo conseguido pregar o olho por um minuto se quer da noite. As palavras de Edward ainda ecoavam na minha mente, a dor do abandono, de imaginá-lo agora em alguma parte do mundo, vivendo sua vida tranquilamente.

Ele disse que seria como se nunca tivesse existido, será que ele realmente acreditou nisso? Ou foi só mais uma de suas mentiras? Ele tinha mentido, não tinha?
A confusão me deixava ainda mais indisposta. No momento em que tudo aconteceu, eu tinha certeza que ele estava apenas blefando, tentando me afastar, talvez para me proteger. Mas agora eu já não estava tão certa disso mais...
Me proteger estando longe, isso não fazia sentido algum. Nem mesmo na mente de um vampiro.
Eu não tinha forças, vontade ou coragem para me levantar dali. Meu pai vinha constantemente me chamar, ou trazer refeições para mim, mas eu também não tinha fome.
Todas as vezes que eu concluía que estava sendo estúpida e que a vida tinha que continuar, eu me deparava com aquele maldito álbum. E não, eu queria muito arremessa-lo pela janela, mas eu simplesmente não conseguia.
Eu não queria apagar minhas memórias com ele, mesmo que elas sejam as únicas coisas que eu tenha para recordar.
Tinha saudades de Pam, de Alex... Talvez se eles estivessem aqui, a dor fosse embora, nem que fosse apenas por um breve momento. Mas agora eles tinham seus problemas, suas próprias superações pela frente, eu não podia ser tão egoísta assim.
Os dias se passavam sem eu perceber. Algumas vezes me colocava na janela, vendo o movimento na rua, as pessoas vivendo sua vida sem nada para se preocupar, alheias ao meu sofrimento...
Mas isso também me despertava memórias, aquela maldita mata a minha frente, gritava que Edward não estava mais ali, que ele não me olhava mais dali, que não se escondia mais naquele lugar.
Será que em algum momento as coisas seriam normais novamente? Será que algum dia eu seria capaz de viver de novo? Ou o resto do meu tempo seria vegetando no meu quarto? Eu não sabia dizer.
Algum dia da semana, eu não sei dizer qual era, e nem me importava mais, acordei do meu breve cochilo inquieto com barulhos e vozes no andar de baixo. Parecia a voz da minha mãe, definitivamente eu estava ficando louca... Talvez fosse o tempo em clausura nesse quarto.
Fiquei quieta, eu não queria me mexer. Mas os barulhos só aumentavam, as pessoas subiam as escadas conversando. E eu me encolhi um pouco, desejando que não viessem me incomodar.
A porta do meu quarto foi aberta, na verdade escancarada. Mas eu também não queria discutir, apenas permaneci imóvel. E realmente era minha mãe quem estava ali com Charlie.
_ Eu não te disse Renée, ela só fica assim... – meu pai dizia desesperado.
_ Charlie... – minha mãe chiou suplicante. Eles conversavam como se eu não estivesse ali, como se não pudesse ouvi-los. Talvez esses dias de treinamento tivessem funcionado.
Tudo que eu ouvia eram sussurros baixos, e barulhos de um abre e fecha insuportável. Mas eu não me importava com isso, eu não me importava com mais nada, apenas queria continuar ali, bem quieta, até eu que acordasse do meu pesadelo pessoal.
_ Eu vou leva-la Charlie. É o único jeito mesmo. Ela precisa sair daqui. – minha mãe dizia ofegante.
_ Vou sentir falta dela aqui, ela era uma boa companhia. Mas é o melhor para ela... – meu pai respondeu tristonho.
E nesse momento eu percebi a proporção que as coisas estavam tomando. Minha vida estava fugindo ao meu controle mais uma vez. Mas dessa eu não ia permitir.
_ Eu não vou embora daqui. – eu disse me obrigando a ficar de pé e encara-los.
Pude ver um breve sorriso no rosto de ambos, talvez por eu finalmente ter demonstrado alguma coisa. Mas eu não iria embora de Forks... E se ele voltasse?
_ Bella, amor... É o melhor para você. – minha mãe disse calma.
_ Eu não vou. – respondi firme.
_ Mudar de ares querida. Esquecer os problemas... – ela continuou como se não tivesse me ouvido, e continuou a enfiar coisas dentro da mala sobre a cama.
_ Eu não vou. – falei um terço mais alto.
_ Ouça sua mãe Bella. É o melhor para você agora... – meu pai resolveu interferir.
_ Eu já falei que eu não vou. – eu disse empurrando a mala que começava a ficar cheia.
_ Bella eu sou sua mãe, e estou dizendo que você vai. – ela me olhou firmemente e eu sustentei o olhar por um tempo.
_ Vocês não podem me obrigar. – eu gritei e comecei a jogar tudo que estava dentro da mala no chão. – Eu não sou uma boneca de pano que vocês podem arrastar para onde acharem melhor...
_ Bella... – minha mãe tentava dizer, mas eu já estava fora de controle.
Comecei a arremessar tudo que via pela frente no chão. Eu apenas queria colocar para fora, tudo que estava engasgado e me fazendo mal.
_ Por que todo mundo acha que pode decidir as coisas por mim? Eu não sou mais uma criança, eu nunca fui um fantoche... Eu tenho sentimentos, eu quero fazer minhas escolhas... – eu gritava e chorava freneticamente. – Parem de tentar dizer e fazer o que é melhor para mim. EU ESTOU POUCO ME LICHANDO PARA O QUE É MELHOR, VOCÊS OUVIRAM? EU NÃO ME IMPORTO...
Meu quarto estava destruído, tudo de pernas para o ar. Mas eu ainda não tinha terminado... Meus pais me olhavam assustados, mas em momento algum tentaram me impedir.
_ Chega de tentar me proteger. CHEGA. – assim que eu berrei a última parte, minhas pernas me traíram, e perderam um pouco o controle, eu cambaleei para trás, tentado me equilibrar. Pisei justamente no piso falso do meu quarto, fazendo a tábua se soltar.
E lá estavam elas. Todas as lembranças dele, com mãos tremulas as puxo. Cada uma delas, o CD, as passagens, “será como se eu nunca tivesse existido” o que é isso? Alguma brincadeira de mal gosto? Além de me abandonar, roubar as lembranças palpáveis que tinha dele, ainda fez isso, me transformando em uma masoquista involuntariamente?! Isso é torturante, porque entrar no meu quarto e esconder nossas lembranças...?
A dor aumentava a cada segundo, eu não sabia se me sentia feliz por ter todas a li ou me sentia pior, por ter o melhor da minha vida esfregado em minha cara pela senhora ausência, Eu só fiz amá-lo, mais nada. Senti os braços em minha volta, sabia que eles estavam conversando, mas minha mente me privava disso. Meu ódio e raiva por todo esse sofrimento estava superando a dor. Ele fez isso de propósito. Ele me queria angustiada, louca por não encontrar nada dele, por ser apenas uma humana estúpida que passou pela vida dele, deles...
Tudo estava tremendo em minha volta, um estrondo atingindo meus tímpanos, algo crescia em meu peito, ouço meu grito como um telespectador, mentiroso. Não enxergava nada – eu odeio te amar - sinto braços me apertando, mesmo no estupor da dor, a consciência me permitiam a mínima concentração para entender que meus pais me circulavam e me abraçavam apertado. As lagrimas derramavam rapidamente por meu rosto e pude contemplar nossa foto, nosso beijo antes do acidente... Antes dela aparecer.
Ele estaria com ela agora, junto da parceira dele. Eu só... só fui uma distração. “é muito fácil se distrair Bê! Por isso eu tomo cuidado, nessas distrações podem durar meses, anos pra vocês” a voz de Alex soou impecável em minha mente, melhor do que se ele estivesse ao meu lado – Apenas uma distração, nada mais que isso!
– Filha por Deus se acalme – consegui ouvir Renée claramente – me de o meu bebê Charlie! – disse me puxando do colo dele – prepare um chá, sei lá, tem alguma coisa que a acalme nessa casa? – me apertei mais a ela e chorei, chorei como jamais pensei que poderia.
Após um tempo que não consigo estipular, voltei a mim, havia dormido. Meus pais estavam ao meu lado, estava deitada sobre meu pai, minha mãe tombada sobre nos, ambos mantinham a mão atada a mim. Me permiti olhar e degustar dessa cena, meus pais juntos, cuidando de mim, mamãe dormindo de mau jeito, seus olhos estavam com olheiras fundas, cabelo amarrado de qualquer forma, me ergui um pouco e olhei meu pai, seu rosto também estava uma desordem, alem do seu inseparável bigode, estava com uma barba rala, qual o tempo exato que estou imersa em minha dor? Eu estou afundando meus pais comigo. Eu não quero isso!
Ergui-me com cuidado para não acordá-los, eles deveriam ter passado horas insones. Vi as fotos jogadas em minha mesa, olhei pela ultima vez cada uma, rasguei a nossa em sua casa e joguei todas no lixo. Voltei meu olhar para meus pais, eles estavam mais próximos assim, meu pai passava o braço por sobre Renée, mesmo dormindo ele era consciente dela. Eles já sofreram muito, ele já sofreu muito para que eu os faça passar por mais uma provação! Não mostrarei meu sofrimento, não mais...
Desci e preparei um café para nós, deixei a porta do quarto aberta para que eles sentissem o cheiro e descessem. Assim que me sentei eles desceram, Charlie parecia vermelho, Renée sorriu para mim e me deu um beijo na cabeça e se sentou, Charlie fez o mesmo, mas seus olhos me sondavam, estava esperando a compota transbordar. Comemos em silencio. Eu devo estar temível, para que Renée faça uma refeição sem falar nada.
Procurei me manter neutra, olhei para meu celular e havia algumas chamadas perdidas. Angela, Jessica, Mike e... O numero de Alex. Havia se passado uma semana, pelo menos o tempo estava passando rápido enquanto estou presa nesse mar. Estava cedo e poderia ir para o colégio, mas não sei se suportaria o olhar de todos, será que consigo? Tomei um banho e procurei disfarçar minhas olheiras, me vesti rápido e desci para encontrá-los na sala.
– Bebê, fica mais um pouco, vá amanhã? – disse Renée me abraçando.
– Eu já perdi muitas aulas! Não quero estragar meu histórico! – digo sem me importar muito.
Segui para a picape e segui sem pressa, todos estavam distraídos com suas vidas e conversas banais, mas claro que todos pararam ao me verem descer, travei olhando a vaga costumeira deles. Vazia. Engoli um soluço, absorvi as lagrimas e segui para a sala. Angela caminhou para meu lado e deu um leve aperto em minha mão e seguiu em silencio ao meu lado.
– Bella? Ah, tudo bem? Quer alguma ajuda? – perguntou Mike chegando perto de mais.
– Não há necessidade.
– Eu posso te ensinar a matéria que foi dada enquanto você, bem...
– Obrigada, Ângela irá me explicar de toda forma. Tchau – seguimos para a biblioteca, pelo visto seria o lugar mais seguro, Angela me passou o caderno e me ajudou com as matérias dadas em inglês e historia, matérias que entendo melhor.
Foi sufocante todas a aulas, me senti como um rato de laboratório, todos me olhavam como se esperassem algum show ou algo do tipo, evitei os olhares de penas de alguns e conversas de outros. O intervalo foi o pior, eu não consegui mover meus olhos para longe da mesa vazia deles, meu peito martelou, se contorcendo e enguli o choro mais uma vez. Tento manter meus olhos longe, Ben e Angela me distraiam com alguma matéria atrasada, foi quando ela soltou seu veneno.
– Tão estúpida! Achar que era importante pra ele. Demorou ate de mais pra levar esse chute! – cuspiu Lauren.
– Isso foi cruel ate pra você Lauren! – ouvi Jessica.
– Bem feito pra ela, agora esta ai chorando por ele e com certeza ele já está com outra! – meu corpo vibrou com a dor, mesmo sendo verdade tudo aquilo que ela disse, era a minha verdade, ninguém tinha o direito de zombar dela. Me ergui e puxei seu cabelo, fazendo-a voltar – me solta sua maluca.
– Nunca. Mais. Fale.sobre.mim! – ela tentou me empurrar.
– Você não é ninguém, sempre se achando superior e agora esta ai, sozinha, largada pra trás como uma cadelinha caída da mudança, ah é, você nem foi com a mudança! – minha mão bateu forte em seu rosto, vi perfeitamente seu corpo tombar, um corte fora a fora por sua bochecha, rente ao nariz.
– Briga, briga, briga! – começaram a gritar a nossa volta. Ela me olhava com ódio, vi a marca dos nos dos meus dedos fechado em seu rosto. Um soco forte que a deixou desnorteada sem conseguir se levantar.
– Isso é só uma amostra do que terá se tornar a mexer comigo! – digo assim que o silencio se instaura no salão. Eu queria que aquilo soasse como um aviso para todos, eu não precisava da pena de ninguém, e não permitiria que ninguém debochasse do meu sofrimento.
– Não costumamos ameaçar os outros senhorita Swan – ouço o diretor em minhas costas.
– Não costumo ser ofendida por ninguém senhor – digo com asco.
– Para minha sala senhorita, agora!– diz autoritário.
– Com todo prazer – digo saindo assim que pego minha bolsa. Não demorou muito para que Charlie e Renée passassem pela sala junto dos pais da Lauren e ela com o rosto já arrumado.
– Desculpe por chamá-los, mas infelizmente tive que presenciar uma cena nada agradável. Quero que me expliquem o que aconteceu? – disse o diretor com a voz firme, olhando para a vaca e depois para mim. Obvio que a tal começou com sua falsa candura, mostrando o quanto ela pode ser fingida.
– Desculpe diretor, mas minha filha não costuma agir assim. Alguma coisa esta jovem disse para que minha filha tenha agido tão impulsivamente!
– Não é o que o constamos em sua transferência senhora Dwyer – permaneci quieta, olhando fixamente para Lauren que mantinha um sorriso vitorioso nos lábios – não aceitaremos nenhuma outra afronta e como castigo permanecerá por uma semana após o horário para auxiliar na limpeza da escola.
Me ergui e segui para a porta – Onde pensa que vai senhorita Swan? – olhei para ele sem expressão.
– O senhor já terminou sua amostra de “sou o poderoso dessa porra” para o meu pai, não tenho mais nada pra fazer aqui! – digo saindo. Deixando-os estáticos com meu comportamento. Eu não aceitaria mais nada, vindo de ninguém...
Terminei meus horários e vi a bisca saindo, me escondi e a puxei para uma parte afastado do colégio, tapando sua boca, soquei-lhe o baixo ventre por cima da roupa, nada que deixasse marcas como prova – nunca mais se meta comigo Lauren ou da próxima vez será muito pior – digo jogando-a no chão – posso parecer inofensiva, mas você não me conhece! – digo pisando em sua mão – entendeu?
– Sim! – voltei rápido para o vestiário sem ser vista por ninguém e me vesti para começar a limpeza.
Internamente fiquei grata por esse castigo, tive algo para me ocupar durante uma semana, vinha cedo para o colégio para estudar as matérias perdidas, estudava com Angela e Ben ao meu lado, após o colégio permanecia ate ás 16h ajudando na limpeza e reorganizando a biblioteca, depois só tinha tempo para fazer o jantar de Charlie e estudar. Renée percebeu que eu não voltaria a me afundar em meu quarto e voltou para Jacksonville. Aparentemente eu estava bem, mas meu sono nunca foi o mesmo.
Pesadelos constantes destruíam meu sono, sempre o mesmo, sempre acordando suada e aos gritos! Sempre cansada mais e mais, mesmo assim eu não conseguia dormir uma noite completa. Ele sempre invadia e atormentava meus sonhos. É difícil, mas vejo que terei de me acostumar com isso. Era algo que não passaria tão cedo, mesmo após tudo, ele ainda estava gravado em minha retina, tatuado em minha pele.
Não voltei a ter problemas com Lauren, que sempre fugia da minha presença, mas evitei sentar com os outros após quase chorar tamanha raiva que sentia com as demonstrações de pena. Eu não preciso da pena de ninguém, não suporto que me olhem assim. Evitei conversas, não suportava o falatório fútil de todos e o exagerado cuidado de Mike comigo. Entro em casa, ouvido a voz do meu pai, o que ele esta fazendo em casa a essa hora? Ele parecia serio de mais ao telefone e preferi entrar em silencio.
– Não sei Renée... Isso pode ser de mais pra ela... Eu sei que seria bom por esse lado, mas Bella ainda... Só ficará se vocês contarem... Só espere um pouco... Talvez mais um mês?... Entendo, mas... Ok, eu aviso pra ela – Charlie desliga o celular e me olho assustado? – oi Bells, não ouvi você chegar!
– Era a mamãe?
– Sim, precisamos conversar, senta ai.
– O que ouve com ela?
– Ela esta bem, mas esta com uma visitante temporária – permaneci calada esperando – a Pamela esta com ela por um tempo...
– O que ouve com a Pan? – digo um pouco alarmada.
– Ela esta bem agora, mas...
– Fale logo pai! – esbravejei.
– Ela fugiu para a casa da sua mãe e esta pedindo para ser emancipada.
– Esta certo que ela nunca se deu bem com os pais, mas da ultima vez que estive lá parecia tudo calmo!
– Lembra-se dela ter passado mal nas ultimas semanas? – acenei – bom... Foi descoberto que ela esta grávida – fico, petrificada. Eles sempre se cuidaram, eu sei por que infelizmente fui testemunha das visitas a ginecologista, ao extermínio de camisinhas usadas – os pais dela... Não aceitaram – voltei meus olhos para Charlie – eles queriam o... Aborto – QUE? FILHA DA PUTA! MALDITOS! Sua mão puxa a minha – se acalme Bells.
– Como ela esta?
– Ela esta segura com sua mãe, Phil contratou um advogado, eles estão lutando por uma emancipação para que ela seja dona de si e crie a criança, ela quer o bebê – dizia com a testa enrugada.
– Um bebê... Do Alex? Eu preciso vê-la – digo levantando.
– É ótimo ver um sorriso em seu rosto Bells, mas ela não poderá sair de Jacksonville agora e nem você viajar – disse muito serio.
– Como não? É a minha amiga, grávida!
– Não interessa! Você ficara aqui e fará por merecer – ESTÁ DE PALHAÇADA? – não faça essa cara – ARRRGHHHH, fui para o meu quarto antes que eu jogasse algo na cabeça dele, não acredito nisso! É a minha amiga porra, preciso vê-la!
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