quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

MVLN - Capítulo 12


MVLN – Capítulo 12
Capítulo 12 - Pilares

Três semanas!


Foram três semanas esperando e procurando noticias de Jacob. Eu não conseguia falar com ele por dois dias, ate que ele me ligou, disse que ainda estava doente, que não poderia vir e quando disse que iria vê-lo, ele não permitiu, disse que era melhor não. Que viria falar comigo. Claro que não acreditei em suas palavras e permaneci insistindo, Charlie chegou a brigar comigo!



Nas primeiras semanas o telefone ate tocava, Billy sempre dizia que Jake estava dormindo, no banho, com os curandeiros, nunca me permitindo conversar com ele, isso estava me deixando furiosa. Qual o problema em ir ate ele, afinal se fosse pra me contagiar, já teria acontecido.


Minha mudança foi visível, Pamela não dizia nada, apenas ficando muda me observando. No colégio, ainda não dirigi a palavra para Mike, toda vez que o vejo tenho vontade de arrebentar a carinha de bebê dele, ele já percebeu e veio varias vezes me pedir desculpas e em todas o deixei sozinho. Minha raiva ainda esta alta, mandando em mim.


Eu não poderia pilotar por ai. Pamela logo entraria no sétimo mês, não poderia deixá-la sozinha e os ataques de ursos estavam aumentando. Meu único momento sozinha era as horas em que passo nessa porcaria de loja de camp, o horário que mais me esforço para não entrar na picape e voar para La Push.


– É serio cara, eles são enorme!


– Eu falei pra você não comer aquele cogumelo! Eram só ursos, você deixou alguma comida a mostra, simples. Não surta por isso! – pude ouvir quando levei mais alguns suplementos para eles.


– Então gata, esta sabendo de algo sobre esses ursos? – perguntou o mais alto, se inclinando para olhar em meus olhos.


– Lobos, eu disse lobos, um era preto e enorme! – disse o outro assustado, ele parecia tentar convencer o outro a não acampar.


– Meu pai é o xerife e seja o que for, urso ou lobo esta atacando, nada concentrado, mas seu amigo esta certo, se equipem e esperem um pouco – digo passando os enlatados.


– Ta ok, chefe Swan sempre esta certo! – disse sorrindo e pagando.


– Valeu gata Swan! – disse o outro dando uma piscadela, completamente feliz por se livrar de um acampamento.


– Só falta mais um casal – disse Mike ao meu lado – eu cuido deles, pode ir. Essa chuva vai atrapalhar bastante, sem movimento podemos fechar cedo. Me desculpe pelo que disse naquela noite. Eu... Não sou assim, me desculpe de verdade? – pediu com cara de cachorro.


Suspirei resignada, agora a merda já esta feita e desculpas não farão voltar ao normal! Acho que meus olhos expressaram mais do que deviam, Mike me olhou cabisbaixo – tudo bem Mike, agora já foi. Eu vou indo então!


– Ok, eu pedirei desculpas para o Jacob – disse quando me virei.


Entrei me jogando na picape, Jacob... Eu não aguentava mais ficar sem noticias, ainda não era 16hs, Alex ainda esta com Pamela e meu pai só chegaria depois das 20hs por causa desses ursos. Sem pestanejar peguei a estrada para La Push. Em poucos minutos já estava em frente à casa.


– Oi Billy, preciso ver o jake.


– Eu disse que lhe avisaria, ele não esta aqui, esta com os curandeiros – disse Billy, mas não acreditei em uma única palavra.


– Tudo bem, posso esperar aqui na varanda mesmo! – digo me sentando.


– É melhor você ir embora – disse rude, estranhei sua forma, mas permaneci onde estava.


Me arrumei, sentando da maneira mais confortável que tinha na sacada e esperei, Billy percebeu que não daria o braço a torcer e entrou. Apesar de suas fracas tentativas de girar o telefone fixo pré-histórico deles sem que eu ouvisse, eu consegui entender que ele estava chamando alguém ou o próprio jake pra me despachar ou talvez ligando para Charlie.


A chuva tornou-se mais forte, Billy em momento algum me convidou a entrar e também não quis, entrei em minha picape e permaneci esperando. Liguei o som em uma estação qualquer de noticias e fiquei esperando, após algumas dezenas de noticias políticas e policias que senti um baque em minha picape, Jacob esmurrou a porta.


Por alguns segundos permaneci parada, estudando sua nova fisionomia. O véu negro sobre sua cabeça já não existia. Seus cabelos estavam com maquina 2, seu rosto mais proeminente, ainda mais másculo e selvagem. Sua pele parecia ainda mais morena, desci meus olhos e percebi que estava sem blusa, debaixo de uma torrente. Isso me fez descongelar, Jacob estava doente não poderia ficar na chuva.


– O que tem na cabeça de sair na chuva, ainda mais desprotegido? – brigo ao sair da picape.


– O que esta fazendo aqui?


– Se não percebeu eu vim te ver! – digo estendendo a mão para toca-lo e ele se afasta – você... você fez uma tatuagem? Essa não é a mesma dos....


– Ande logo Jacob – ouvi Sam em minhas costas.


– Você já viu que estou bem, pode voltar pra casa – disse rude, mas seus olhos... Ele não queria isso.


– Espera – segurei seu braço quando passou por mim. Sua pele estava em chamas – porque esta me tratando assim?


– Faz o que eu disse – disse seco.


– Então é isso? Eu agonizando por noticias suas e você com o Sam e o bando dele?


– O Sam não tem nada haver com isso...


– Não tem? Olhe pra você? Você cortou o cabelo, fez uma tatuagem, não me deu noticias. Tratando-me mal e esta se vestindo igual a eles!


– O que eu faço é problema meu, eles não tem culpa!


– E quem é o culpado por você estar assim? Eu não fui, nem teria como!


– Que culpar alguém? Culpe seus chupadores de sangue, seus amados Cullens – vacilei um passo, suas palavras foram piores que socos.


– Não sei do qu... – forcei as palavras a saírem, os pilares estavam rachando.


– Pare de fingir, de mentir! Não fale de mentiras comigo, quando você não faz outra coisa alem de proteger sanguessugas, é fácil pra alguem que tem um como amigo, que teve como namorado, só vai embora – trinquei meus dentes para não gritar com a dor em meu peito, forcei meus olhos para não chorar.


– Eu sou uma idiota – rosnei olhando pra ele – você não é diferente de ninguém! Só mais um que promete e não cumpre – seus olhos se arregalaram e no outro segundo já estava ao meu lado. Puxou minhas mãos agarradas ao meu peito, que se quer havia percebido fazer isso.


– Eu não devia falar assim com você, me desculpe, mas.... Essa é a única forma de manter minha promeça, eu vou mantê-la segura. Não podemos ficar juntos.


– Você prometeu que não me deixaria – a maldita suplica escapou. Me agarrei ao seu dorso quente, tomando consciência do frio que esta fazendo, minhas roupas encharcadas – eu sei que não progredi muito, mas...


– Eu não sou mais como antes Bella, eu não posso, eu não sou bom pra você! – me afastei ao reconhecer as palavras.


– Você? Você realmente disse isso, não sou eu é você? Eu expliquei tudo a você, eu disse que estava quebrada pra sempre, você insistiu pra isso – nossa patética discussão foi interrompida pelo bando – já entendi o recado, volta pro seu bando, não se preocupe comigo.


Voltei para a picape engolindo o choro, como eu sou estúpida! Pensar que ele seria diferente. Fiz o caminho sem perceber nada, estacionando de qualquer jeito. Não foi surpresa encontrar Charlie em casa, parecia querer espumar de raiva, seja o que for passou quando viu meu rosto.

– Como ele esta? – perguntou Pamela.


– Bem – minha voz estava morta novamente – passeando com Sam e a turma, vou tomar um banho e já desço pra fazer o jantar – digo subindo as escadas.


– Não precisa, tio Charlie comprou pizza, chocolate e comida saudável pra grávida, toma banho sem pressa – disse, mas o sem pressa era, pode chorar a vontade, manterei seu pai longe de alcance.


Fiz exatamente isso, chorei por tudo, por cada palavra que Jacob me disse, pela semelhança entre as palavras dele, após quase acabar com a água quente, sai do banho, cavouquei o fundo do guarda roupa por um conjunto de moletons velhos e pequenos, na verdade estão na medida certa, afinal, eram dos meus 13 anos, antes de me recusar a voltar aqui. Como eram gigantes na época, só ficaram pequenos na manga, pegando nos pulsos e tornozelos.


Desci para o teatro de filha inteira e comi um pedaço de pizza com um copo gigante de coca-cola. Os olhares de Charlie já estavam me incomodando, ele me estudava, esperando a Bella da primeira semana. Isso não voltaria a acontecer, eu não sofreria por eles, não mais. Após o jantar fiz uma hora na sala para acalmá-lo, conversei com Pamela.


– Tio Charlie ainda esta lá em baixo, você quer me contar o que houve? – perguntou sem jeito, mas extremamente curiosa.


– Não aconteceu nada, ele só... Me deu o fora – digo com um sorriso amargurado.


– Como assim, aquela fofura batalhou tanto pra fazer isso? Tem alguma coisa errada nisso Bells...


– Não tem, ele é do bando agora! Esta com Sam.


– Mesmo assim... – disse deitando em minha cama e me puxando para seu colo, aceitei de imediato.


– Ele sabe sobre os... Cullens, ele me acusou de protegê-los - então minha ficha caiu – oh meu Deus Pan! Ele falou sobre o Alex, ele disse que era fácil por eu ser amiga de um! – Pamela me olhou espantada, o medo por Alex estampado em sua face.


– O que houve? – perguntou Alex entrando por minha janela e quase me matando de susto.


– Amor – chiou Pamela com as mãos estendidas para ele. Ela se mexeu rápido e agora meu afilhado esta requebrando em sua barriga. Mesmo longe era visível os chutes.


– Fica calmo bebê – isso só piorou, ele parecia reconhecer a voz do pai e portanto, quanto mais Alex falasse mais ele chutaria.


– Você não esta ajudando, é melhor cantar, quem sabe ele acalma – digo dando de ombros, com meus olhos fixos em Pamela que tentava disfarçar as caretas de dor.


– Minhas costelas não são o melhor alojamento, filho! – disse se esticando – ele tá enorme, to começando a achar que não terei passagem.


– Calma, logo ele para, vamos fazer o que a Bê disse? – ele a acomodou na cama dela e começou a cantar, Pamela sorriu me mostrando que o bebê estava se acalmando.


Cheguei perto da minha janela e fiquei encostada, esperando Pamela dormir para que eu pudesse conversar com Alex sem alterá-la. A canção também estava me acalmando, mas não a ponto de me fazer dormir. Eu não quero dormir, sei que assim que fechar os olhos, será para afundar em um pesadelo.


Puxei um cobertor e me apoiei na janela, com uma perna pendurada. Fiquei olhando para uma coruja na copa da arvore em frente a minha janela, se eu me esticasse poderia tocá-la e também beijar o chão. Alex puxou a cadeira de balanço ate perto da janela, de uma forma que pudéssemos conversar próximos, mas sem que alguém pudesse vê-lo, mas duvido que vissem com a penumbra que esta o quarto e esperou ate que eu falasse.


– Eu... tive uma discussão com Jacob... Você esteve em La Push nos períodos em que a Pan esteve por lá? – Alex me olhou sem entender.


– Não, os... outros tem uma espécie de tratado com eles, não podemos entrar nas terras deles, eles não me explicaram, mas tem haver com os Blacks, mas porque a pergunta? – olhei para Pamela – ela esta dormindo, estou prestando atenção nos batimentos.


– Ele falou comigo como se soubesse sobre você, sobre você ser um vampiro.


– Seria impossível Bê, eu nunca pus os pés em La Push! Principalmente agora, as pessoas se machucam com mais frequência na praia, não é o melhor lugar pra mim. Como ele foi?


– Como qualquer cara quando não quer uma garota, a frase do “não foi você, sou eu” ou o pior, “a culpa é sua” – digo dando de ombros, Alex removeu as lagrimas em minha bochecha e juro que ouvi um rosnado, havia algo entre as arvores do outro lado da rua, em frente a casa. Forcei minhas orbes, mas nada..


– Talvez seja uma fase, coisa de adolescente, quantas vezes eu e a Pamela brigamos? – ele levantou e me embrulhou no cobertor e voltou comigo para a cadeira de balanço – logo tudo volta ao normal, aposto que amanhã mesmo ele estará aqui, louco pra falar com você e te pedir desculpas!


– Alex?


– Sim?


– O que estava na campina?


– Nada com o que se deva preocupar!


– Você esta seguro pra poder andar por ai e voltar inteiro para a Pamela?



– Sim, não se preocupe, sempre estarei protegendo vocês...


– Não prometa, não quero me decepcionar com você... – digo me aconchegando em seu colo.


– Certo ou errado eu nunca me afastaria de vocês, “somos três mais somos um” – sussurrou sorrindo ao beijar minha testa – durma, não vou deixar que os pesadelos te atormentem!


Quando abri meu olhos, Pamela voltava do banho, sorriu pra mim e começou a se arrumar, marchei para o banheiro. Quando sai pude escutar a voz de Charlie. Ele parecia irritado, me curvei um pouco e escutei a conversa.


– Não me interessa Billy – uma pausa – não me importa, ele correu atrás dela ate conseguir o que queria, ele não pode e não vai tratá-la dessa forma... – outra pausa e longa – seu filho tem ate amanhã pra conversar direito com minha filha, se ele não aparecer vou busca-lo com minha 12, entendeu? – disse e socou o telefone no gancho.


O que é uma doze mesmo? São tantas armas, mas nunca vi essa, talvez seja bem destrutiva, já que não sabia dessa. Meu pai me conhece bem! Preferi ignorar isso e ignorar o fato do meu pai estar cuidando da minha vida ou não vida amorosa em vez de deixar que eu me vire e voltei para o quarto, terminando de me arrumar. Tomamos café com Charlie me estudando, esperando que eu desabe, no colégio foi suportável. Todos ainda estavam no clima dos chutes do meu afilhado.


A tarde Pamela me ocupou com a decoração para o quarto, a minha cama seria desmontada para a colocarmos o berço, já que a dela é bicama. Ela trocou a roupa de cama, enquanto eu desmontava a minha cama. Deixamos tudo no canto para meu pai descer com ela, mas nossos planos foram por água a baixo, ele teve que ficar de plantão.


Alex chegou salvando a pátria, ele parecia preocupado, sua testa fincada, mesmo tentando disfarçar ao nos ajudar com a arrumação. Eles decidiram sair, Pamela foi se arrumar e ele ficou ao meu lado, queria me contar algo, mas sem Pamela por perto. Parei com o jantar do Charlie e me voltei para ele.


– Fala logo.


– Er... eu tive um encontro diferente hoje. Talvez seja um grande erro, mas... – ele se aproximou como se estive preocupado que alguém ouvisse – eu conversei com Jacob, só tenha a mente aberta - eu não consegui entender a dele, mas confirmei com a cabeça.


Permanecemos em um duelo de olhares, era notório que havia muito mais que isso, mas seja o que for, ele não poderia falar ou preferiu que Jacob me contasse. Bufei e voltei a preparar a carne assada com batatas. Pamela gritou um estou pronta e ele subiu, seja pra onde for, seria pela floresta que eles passariam, ate que pudessem voltar a civilização, sem que ele fosse reconhecido.


Deixei tudo assando e segui para um banho, agora sem nada para me ocupar as conversas voltavam para me amedrontar, eu não queria pensar, peguei um dos livros da Pamela e segui para a cozinha, o titulo era “O Segredo de Cibele” de Juliet Marillier.


– De fato, eu vivo num castelo – repliquei eu, sentindo-me na obrigação de mencioná-lo. – Mas não há nenhum príncipe por lá, o telhado tem buracos e os assoalhos estão desmoronando. Como Murat. de certa maneira é uma joia, único.*


Minha leitura foi interrompida por batidas na porta. Levantei e verifiquei pelo olho mágico. Jacob esta na porta, olhando para todos os lados. Abri a porta sem muita vontade. Ele sorriu sem jeito e foi entrando sem que eu o convidasse.


– Faltou algum insulto? – pergunto soando mais áspera do que imaginei, ele mexia no nariz, incomodado com algum cheiro olhou para a casa, veio ate a porta onde ainda estou parada e a fecha, me puxando, me desvencilhei de seus braços e segui para a cozinha.


– Me desculpe? Eu não queria dizer aquilo, não tenho o direito, mas eu não sou mais o mesmo... –disse mexendo no nariz, segui para as janelas da cozinha e as abriu.


– É visível isso – digo desligando o fogo, a carne já estava assada.


– Não é só por isso, eu preciso andar com os rapazes, eles me ajudaram com isso.... – ajudar com o que? Roubando meu amigo e namorado e deixando um idiota aprendiz de ogro no lugar? Ele pareceu capitar meus pensamentos – eles não têm culpa, eu... você lembra do passeio na praia, quando te contei sobre as lendas?


– As lendas dos... espíritos? - seu rosto se iluminou – eu não me lembro direito, você foi bem assustador ... – tento disfarça, quando nem lembro se era mesmo espíritos, acho que ainda tenho aquele livro! Ele pareceu perceber minha fracassada tentativa de mentir.


– Da pra perceber... eu não posso te contar, não é permitido, apesar de já ter contado tudo a você, naquele dia.


– Seja o que for, não dá pra ser usado como desculpa pra me tratar daquela forma.


– Eu sei – disse se aproximando – você estava tão determinada, eu estava tão irritado com as coisas que descobri – disse olhando para as escadas – eu não tive intenção, eu não queria te magoar – disse segurando pousando suas mãos por meu rosto, tão quentes.


– Mas magoou...


– Isso foi o mesmo que me ferir – sussurrou perto dos meus lábios. Olhei para seus olhos, pareciam sinceros, suspirei vencida – eu não quero ficar longe de você.


– Não tem que ficar, acima de tudo é meu amigo, lembra? – ele sorriu antes de me beijar, retribui ao beijo.


Jacob contornou meu corpo com cuidado, prendendo suas mãos na base das minhas costas e nuca, me unindo a ele, precisei me esticar para que ele não ficasse tão curvado. Seus lábios ferviam tocando delicadamente os meus, sua língua contornou meu lábio inferior e arfei com a temperatura. Muito quente e com isso invadiu, tocando em cada parte, demoradamente, quando nossas línguas se tocaram, gememos juntos.

– Ainda melhor – sussurrou mordendo meu lábio inferior, sua voz em um sorriso – pena que não posso ficar – disse nos separando.


– Porque?


– Eu sai escondido.


– Pensei que tivesse sido coagido pela 12 do meu pai – digo rindo.


– Ele realmente falou serio, a 12 poderia ser fatal, dependendo de onde ele mirar – disse rindo e beijando meu pescoço – pensa em tudo o que eu disse? Tente lembrar?


– Porque não me diz de uma vez?


– Eu não posso, não é permitido, mas se você descobrisse... não teríamos problema, mas enquanto isso, não poderei me aproximar.


– Vem pra cá?


– Como?


– Morar aqui comigo?


– É realmente tentador, mas isso não acaba assim. Isso me acompanharia pra onde quer que eu fosse – seu rosto se contorceu em dor.


– Mesmo se... fugíssemos? Pelo menos por um tempo?


– Você faria mesmo isso? – perguntou me abraçando.


– Sim – digo me apertando ao seu dorço.


Jake me ergue sobre a mesa, me apoia nela e me abraça, forte. Encosta sua testa na minha, segurando novamente meu rosto e apoio minhas mãos em seus pulsos, nos beijamos novamente. Desta vez Jake foi diferente, existia ânsia, desejo, sua forma de me segurar foi possessiva, segurei em sua nuca e tentei retribuir a altura, sua mão apertou minha coxa na mesma hora em que alguém limpava a garganta.


– Estão se entendendo bem ate de mais Jacob? – nos separamos rápidos, assustado. Senti meu rosto queimar.


– Desculpe chefe, eu... me empolguei, desculpe? – pedia sem olhar para Charlie.


– Só contenha seus hormônios Black, estou novo para ter netos – disse me olhando e desejei um buraco pra me afundar.


– Eu já estava de saída – cumprimentou Charlie – pensa no que te falei? – disse e me deu um selinho, envergonhado com a presença de Charlie.


– Eu te acompanho ate a porta – digo tentando fugir do momento, Jake sorriu e seguiu rápido pela mata ao lado, não me lembro dele ser tão rápido assim! Quando voltei para a cozinha Charlie já estava se servindo de carne e arroz, me olhou com a sobrancelha erguida – só jante quieto – digo arrumando o meu prato.


– E a Pamela?


– Estou aqui tio, quis deixar o casalzinho conversando – disse Pamela descendo as escadas e assim jantamos em silencio, apesar dos olhares de Charlie e Pamela para comigo. As palavras de Jake ainda martelavam em minha mente, eu não conseguia me lembrar da conversa, mas sei que o livro sobre os Quileutes estava guardado. Eu faria uso dele.
ç                      è

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