domingo, 23 de junho de 2013

MVE - Capítulo 4

POV Bella

Novamente me vejo chegando a Seattle. Ale vinha aconchegado em meu colo, os olhos bem abertos, atento a tudo, sua mão enluvada sobre meu colo. Laura vinha logo atrás empurrando o carrinho de malas. Assim que passamos pelo portão, vi Alice, ela estava afastada, mas por ser baixinha e eu estar olhando baixo...
logo depois pude ver meu pai caminhar em nossa direção.

– Oi?! – digo quando ele se aproxima, dando uma nada discreta conferida em Ale. – Como foi a viagem? – disse me olhando e depois para Laura.

– Boa, obrigada!

– É bom te ver pai! Como foi por aqui?

– Deu pro gasto! – disse me dando um leve e rápido abraço, depois se ocupou do carrinho com as malas.

– Oi Bells! – ouvi Jake, meu sorriso cresceu assim que ouvi sua voz. Ele estava ainda mais alto.

– Céus! Pare de crescer! – digo ao sentir seus braços quentes – é bom estar de volta – digo sugando seu perfume almiscarado.

– Senti sua falta.

– Também! – no outro segundo seus lábios cobriram os meus, um beijo quente e gostoso, segundos depois Ale protestou fazendo coro com o resmungo de Charlie. Quebramos o beijo e voltamos nossos olhos para Ale, seu rostinho brilhava com uma leve camada de suor – terá que manter distancia dele Jake – digo baixo e rindo.

– Tão pequeno e já é do contra?! – disse pondo seus braços em meus ombros.

Voltamos nossa atenção para o caminho até o salão e sinto meu peito disparar novamente, desta vez sem meu consentimento. Edward estava a alguns metros com Alice ao lado. Pude ler um “senti sua falta” em seus lábios de marfim. Seus olhos âmbares brilhavam ainda mais. Precisei de uma força enorme para distanciar meus olhos dos seus.

Reprimi um suspiro quando Alice segurou Edward pela mão e se aproximou. Ela parou hesitante em minha frente e meneei a cabeça para que soubesse que poderia me abraçar. No outro segundo seus minúsculos braços rodearam meu corpo, seu perfume de rosas silvestres me atingiu, seu sorriso de ponta a ponta me desarmou e me vi retribuindo, mesmo quando ele se aproximou, movendo apenas a cabeça e sorrindo de lado, daquele jeito.

– Oi! – sussurrei.

– Fico feliz em vê-los de novo.

– Gostou da França? – começou Alice.

– Sim, Chamonix é encantadora! – digo sem conter um sorriso.

– Espero que tenha trazido fotos! Eu ainda não conheci – disse sorrindo abertamente.

– Disso eu me encarreguei! – disse Laura – Sua filha é muito caseira, isso é culpa sua! – disse de forma acusativa. Charlie apenas sorriu de canto de boca, dando de ombros.

– Podemos acompanhá-los?

– Eu já estou fazendo isso! – disse Jake me abraçando mais forte.

– Vamos logo atrás de vocês! – disse Alice puxando Edward.

– Quanta testosterona! – ouvi Laura sussurrar e Charlie rir.

– E eu que tenho que suportar!

...

_ Ok Jake! Você já conseguiu, agora dê o fora daqui! Bella e Laura precisam descansar e você não vai entrar no quarto da minha filha. – disse Charlie da porta mesmo, dispensando sem dó – você pode voltar outra hora Alice.

– Nos vemos na escola Bella! – disse Alice me dando um beijo e ouvi um som referente a nojo que só poderia vir de Jacob.

– Tchau Bella, nos vemos no colégio! – disse Edward acenando discretamente e olhou raivoso para Jacob.

– Ok! Agora vamos Bella! Quero mostrar as mudanças que eu fiz na casa! – disse Laura pegando Ale dos meus braços.

A casa realmente estava diferente. Desde o Hall de entrada, a porta estava em um tom de cinza escuro, a segunda porta com tela estava em um tom mais claro contrastando com a tela neutra. O cabide saiu e deu espaço para vários porta-casacos pregados à parede.

A casa estava em um tom claro de verde, bem fraquinho, quando vi a sala, os porta retratos sobre a lareira me chamaram atenção, havia muitas novas fotos minhas, mas uma em especial estava lá, causando uma dor necessária em meu peito. A primeira e única foto de Pamela humana segurando um Ale sujinho de sangue, ela sorria maravilhada para ele.

– Uma das enfermeiras tiraram, isso foi minutos antes... depois que vocês foram, ela me trouxe. – disse Charlie dando de ombros.

– Que bom! Alexander terá uma foto da mãe.

– É! Pelo menos isso – digo limpando as lágrimas – por enquanto! – sussurro.

– Vamos veja o restante, modifiquei tudo, menos os quartos – disse olhando para Charlie e rindo, olhei para ambos sem entender a troca de olhar.

– Tudo bem!

Voltei para a escada e onde deveria ser a cozinha havia se transformado, curiosa desci e me voltei na direção, onde deveria ter alguns armários havia uma enorme mesa, eu tinha uma biblioteca agora! Não havia mais a janela panorâmica, havia uma estante enorme no lugar, computadores de ultima geração. Mesas equipadas tanto para adultos quanto para crianças, Charlie teria sua própria escrivaninha, não ficaria perdido na mesa da cozinha.

Percebi novos cômodos, onde antes era a aérea de serviço, estava a cozinha, bem maior aliás, uma área de serviço grande e mais uma pequena área antes da porta para o jardim dos fundos, eu olhava admirada por meu pai ter aceito tudo dos senhores Lefréve.

– Eu também achei um exagero! – resmungou Charlie.

– Você ainda me atrapalhou, a decoração era pra ser ainda melhor!

– E esse quarto em branco? – pergunto entrando no cômodo que antes não existia.

– Bom, esse pode ser um quarto de bagunça para seu pai ou podemos fazer um quarto de brinquedo para Alexander quando ele ficar maior, podem colocar um escorregador! Meu quarto fica sobre esse cômodo e quando eu for embora, transformamos no quarto dele! – disse dando de ombros.

– Legal! Vamos lá em cima então. – digo voltando para as escadas, meu pai já subia na frente com algumas malas.

A primeira coisa que reparei foi a não porta do banheiro, as espingardas e garruchas antigas do meu pai estava penduras, quase coladas ao teto, nem mesmo eu conseguiria alcança-las.

– O que houve com o banheiro?

– Isso saberá por último! As armas só estão temporariamente aqui, assim que Alexander engatinhar a tiramos daí! Eu tentei convencer seu pai a mudar o quarto e o máximo que consegui foi à pintura!

– Pra que? Eu só uso a cama mesmo! – resmungou.

Havia um banheiro separado, duas vezes maior que o nosso antigo, o quarto de Laura é lindo, nem parece que esta dentro da minha casa, o do meu pai realmente está a mesma coisa, a diferença era na parede azul claro e no banheiro, não foi preciso ser um gênio para saber, a porta do banheiro havia mudado de lugar, agora aquele banheiro era meu.

E estava todo modificado, havia uma pequena banheira ao lado de uma super ducha, a pia em mármore escuro contrastando com uma pia alta e prata. O piso de pedra, mas não era escorregadio, a decoração do quarto continuou a mesma, Alexander permaneceria comigo.

– Desisti de deixar Alexander comigo... depois de ver como você é grudada com ele! – disse pondo-o no berço.

– É... eu quero ele comigo!

– Que bom, então descanse, amanhã você tem aula. – disse Charlie deixando a porta aberta e saindo.

...

– Acredito que eu já tenha mostrado que sou devidamente responsável para cuidar de uma criança! A pirralha aqui é você! – disse Laura me empurrando porta a fora, Charlie havia passado por nós, desistindo de tentar por fim a nossa inútil discussão.

A verdade é que eu não queria ir para a escola, eu só queria continuar na bolha em que eu estive, longe de todos os problemas, mas isso também me deixaria longe das soluções. Eu sou apena uma covarde, uma covarde que sabe que encontrará com seu temor.

Contrariada segui para a picape, quando cheguei, novamente todos os olhares se voltaram para mim, sabia que não era por minha chevet 1986, mas sim por eu estar de volta, por ele ainda continuar aqui. Seu volvo reluzia a duas vagas da minha. Desci sem olhar muito para a direção do carro e de algumas pessoas.

Mas só foram alguns passos para que Mike, Eric, Angela e Jessica se aproximassem, sorri o mais suave e verdadeiro para todos. Fui escoltada para classe entre perguntas e mais perguntas.

Quando cheguei à sala senti meu ar sumir, na cadeira que antes eu dividia com Angela, estava ele, ouvi o risinho da mesma e seguiu para a mesa ao lado, sentando com Ben, já que ele era o par de Edward.

Sem muitas opções segui e sentei sem falar nada, xingando mentalmente por seu perfume estar forte demais. Tentem manter uma distancia entre nós, joguei meu cabelo para manter um véu mogno, para que eu não ficasse tentada a olhar para seu rosto. Apesar de tudo, eu continuo reagindo a Edward Cullen.

– Oi Bella. – sua voz chegou rouca e baixa aos meus ouvidos, seu hálito me acertando, movendo meus cabelos.

– Oi – com certo esforça respondo sem olha-lo.

– Esta viagem lhe fez bem... Está ainda mais linda. – disse com a voz rouca, uma voz que fez coisas em minha barriga.

– Pare com isso – sibilei baixo e cometi o erro de olhá-lo.

Seus olhos estavam dourados, lindos, seus lábios pareciam vermelhos, ele estava me deslumbrando. Estava me desarmando, eu estava me tornando uma mariposa que seguia para a luz, para uma morte súbita.

– Eu só quero conversar com você – dizia se inclinando – só quero uma chance... – disse e senti sua mão gélida tocar a minha sobre a mesa.

– Pare de usar o que é para me seduzir, só... pare com isso! Isso não vai mudar nada – pedi sem conseguir me afastar.

– Se o casal já terminou o flerte, abram seus livros na pagina 53! – disse o senhor Mason batendo meu livro com força na mesa.

O restante do dia consegui fugir de Edward, mantive-me atenta as perguntas de Jessica e Angela sobre as França, sobre os Lefréve. Terrivelmente eu tinha todas as aulas com ele e sentia seu olhar me queimar. Até mesmo educação física tínhamos juntos. Onde quer que eu olhasse lá estava ele. Cheguei a pensar que ele entraria no vestiário.

Assim que o sinal para a saída apitou, não pensei duas vezes antes de correr para minha picape. Suspirei em contentamento de ter conseguido entrar sem que sofresse alguma abordagem.

No meio do caminho decidi seguir para La Push, eu precisava do meu Jake. Afinal, temos muito para conversar. Acho que cheguei a ver um movimento quando a picape já passava a divisa da estrada, pelo retrovisou tive a impressão de ter visto um brilho acobreado no topo de uma arvore.

Quando estava perto da estrada que leva a casa de Jake, pude ver alguns dos garotos em suas formas de lobo, eles não tinham medo de ficar tão expostos assim, senti algo bater em minha picape, pelo retrovisor vi meu lobo se sacudir, Jake voltava a sua forma humana, então diminui a velocidade e logo ele abria a porta e entrava na picape ainda em movimento.

– Oi gata? – disse estendendo o corpo volumoso sobre a lateral do meu.

– Está em ronda?

– Agora não, troquei com um dos garotos, assim que te vi.

– Que bom! Eu quero conversar um pouco.

– Conversar? Eu quero um pouco mais que isso.

...

– Então?

– É foi isso! Eles só querem ter certeza, depois que a Laura tiver a certeza para os Lefréve, ela volta para a França e tudo volta ao normal – concluo após fazer um resumo dos meus dias por Chamonix.

– E não se rendeu por algum francês?

– Acho que já tenho problemas demais... – digo me aconchegando em seus braços escaldantes, a maresia vinha gélida. – é sua vez de me contar as novidades... o que aconteceu por aqui?

– Ainda tem alguns sanguessugas rondando por aqui, a ruiva sumiu... – disse e senti seu ombro sacudir. – acho que ela vai esperar um pouco antes de aparecer de novo, agora com a sanguessuga vidente...

– Espero que ela não apareça nunca mais. Não custa sonhar!

– Não se preocupe com ela, ela não passará por nós!

– E como vai à escola? – ouvi seu resmungo – não me vá dizer que parou? – digo virando para olhá-lo – não é porque agora, é literalmente monstruoso de forte que deixará a massa cinzenta de lado! Bíceps não me encantam pela eternidade – digo a última parte rindo!

– Antes fosse isso! Aqueles velhos não deixam. Estamos tendo aulas extras com Emily e com Leah!

– A filha do Harry?

– É! Ela... ela é do bando agora.

– As mulheres também se transformam?

– Não sabíamos disso, até agora – disse fazendo uma careta.

– Coitada! Viver com todos na cabeça dela! – Jake fez um som de reprovação – o que?

– Ela certamente arrancaria sua cabeça se falar isso perto dela, ela não é nenhuma coitada, pelo contrario, sempre que surge uma oportunidade de nos massacrar, ela não pensa duas vezes!

– Porque ela faria isso?

– O lance com o Sam!

– Tudo bem que ele foi um canalha a trocando pela prima, mas você e os garotos não são culpados por isso.

– Não é tão simples assim... acho que se fosse só isso, bom... ela gritaria, espancaria eles e pronto...

– Mas?

– Mas é outra coisa de lobo. – ergui uma sobrancelha, virando e me mostrando atenta ao assunto – bom... é algo que até então era raro. Alguns lobos sofrem imprinting, é uma espécie de amor à primeira vista, quer dizer, nossos genes lobo escolhem nossas parceiras, a fêmea mais adequada para dar filhos fortes! – disse fazendo aspas no fêmea e fazendo careta.

– Como assim?

– É complicado, eu vi pelo Sam como funciona, nós estamos presos aqui pela gravidade certo? Quando um lobo sofre imprinting, é a garota que o prende ao solo, ela se torna o centro. Isso aconteceu com Sam, quando ele viu Emily, não importou seus princípios, sua palavra ou o que sentia por Leah.

– Acho que entendi, isso deve ser horrível! Ficar preso a uma pessoa porque seus genes a escolheram e não o coração...

– Leah luta para não mostrar isso, mas eu deixei escapar essa linha de pensamento, o que a levou a pensar da mesma forma, ela se sente pior com essa coisa de lobo, por pensar que se eles não tivessem se transformado, se não existisse imprinting, eles estariam juntos!

– Porque a Emily não negou, saiu fora?

– Essa é uma missão impossível Bells! Não há escolha para o lobo e a imprinted, a escolhida se torna tão ligada ao imprinting quanto o lobo!

Eles até poderiam não ter todos os problemas de um vampiro, mas sofriam tanto quanto um! Jake também é um lobo, ele também poderia ter um imprinting? Será que temos essa ligação?

– Jake? Você já... teve o seu?

– Não! Por enquanto foi só com Sam, mas acredito que eu não terei!

– Porque acha isso?

– Eu só vejo você Bella, sinto o mesmo que eu sentiria se tivesse sofrido um imprinting, se não for isso, passa muito perto, eu não vejo nenhuma garota que não seja você.

– E como pode ter certeza que não sofreu por mim? Ou que sofrerá por outra garota? Há um padrão?

– Eu não sei Bells! Só sei que mesmo que eu tivesse, algo que duvido, por você ter uma importância incomparável em minha vida, eu não conseguiria viver sem ter você ao meu lado. Meu lobo terá que se aquietar! Eu mando em mim, não ele! – a certeza em suas palavras me trouxeram um alivio!

Alívio por não termos esse tipo de ligação, afinal eu não queria ele preso por algo de lobo, quero ele comigo, sendo meu amigo, meu sol, meu namorado por sua escolha.



Notas finais do capítulo
Então? tudo isso e só esta no inicio... eu gosto de como eles são abertos, como será que ela vai lidar com essa do Imprinting? Só lendo pra saber....

Eu já deixei avisado no grupo e agora aviso aqui: Estou escrevendo, ainda, o capitulo de Entre você e o mar, a questão é que por problemas pessoas, eu estou com pouco tempo para escrever.
Eu não gosto de esperar, por tanto, tambem não acho justo fazê-los esperar por muito tempo para ter uma atualização, o que infelizmente vem acontecendo com a fic.
Eu gosto de ter tempo para explorar cada personagem e trama, indas e vindas de situações...
Eu resolvi que vou dividir a fic em duas ou três temporadas, irei fazer mais alguns capitulos antes de concluir esta primeira temporada.
Eu sei, eu publiquei aquele clipe e tudo, acreditem que farei tudo o que quero para essa fic, mas farei em off. Só postarei quando eu á tiver completa.
Todas as minhas fics seráo escritas em off, já tenho minhas betas oficiais que cuidarão delas e de mim.
Espero que me entendam e respeitem minha decisão, será ate melhor postá-las completas, sem esperas.

Ficando apenas com MVE no ar, qualquer duvida, mandem MPs ok?

Edwina Billo

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