quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

DA - Capítulo 13

~ 13 ~

Robert

Busquei nos olhos de Linda sinais de sua possível rejeição, e a assisti respirar fundo, mordendo o lábio.

Pensar que há instantes eu mesmo estava maltratando seu lábio inferior entre meus dentes, quase me fez perder o restante de controle que ainda possuía.

Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, mas sabia que não era algo bom, afinal, todas as minhas ações sempre foram calculadas, da forma mais fria possível. Mas quando Linda entrou em meu campo de visão esta noite, foi como se eu tivesse saído dos eixos.

Sentir seu corpo tão perto do meu, como jamais esteve antes, me fez ter reações inesperadas, e meu plano de apenas cortejá-la de forma mais precisa, ruiu no exato momento em que não consegui manter meus lábios longe de sua pele macia. Bom, eu com certeza estava sendo bem preciso em minhas intenções, mas eu não sabia, ainda, se isso era ou não algo bom.

A espera pela permissão de Linda era angustiante, e estava acabando comigo. Foi então que seus olhos resvalaram até meus lábios, e depois buscaram meu olhar. De forma lenta e indecisa, ela aproximou seu rosto, mas sua expressão era de quem travava uma batalha interna. Senti seus lábios roçarem os meus levemente, e antes que Linda pudesse recuar, antes que eu mesmo pudesse me dar conta do que estava fazendo, tomei seus lábios com os meus. Um leve tremor perpassou meu corpo, um reflexo do que acontecia com Linda, e em resposta, eu apertei seus quadris com mais força, no mesmo instante em que seus lábios se entreabriram, e minha língua escorregou entre eles.

Linda suspirou, enrolando meus cabelos entre seus dedos afoitos. Sua língua meio tímida e incerta a princípio, acariciou a minha docemente, e o gosto dela era fabuloso.

Eu realmente desejava beijá-la, e havia certa urgência em mim. Talvez nós tivéssemos alguns espectadores, mas eu não me importei com isso ao deslizar uma de minhas mãos pela coxa de Linda, infiltrando-a sob seu vestido e sentindo a textura macia de sua pele. Um gemido de prazer escapou de seus lábios, e os meus próprios o abafaram, ao passo em que um som gutural saía de mim.

Não se tratava apenas de seduzi-la. Tratava-se do meu próprio prazer, e essa constatação apenas me fez ainda mais voraz. Os lábios de Linda eram macios e suaves contra os meus, e sua pele me causava sensações prazerosas. Eu precisava ter um pouco mais dela, de uma forma que não me era familiar.

Impulsionei meu corpo para frente, chocando-o com o de Linda ainda mais. Suas pernas vacilaram alguns passos para trás, enquanto nossas línguas batalhavam uma com a outra. As costas de Linda alcançaram uma parede, e apoiando minhas mãos ali, formei uma gaiola ao seu redor, migrando meus lábios para o pescoço de pele macia que tanto ansiava por ser tocado. O ar estava escasso, e respirar, nessa nova posição, era infinitamente mais fácil.

Senti o passeio afoito das mãos de Linda, que deslizavam por meus braços e ombros, e a sensação era de correntes de prazer embrenhando-se por meu corpo. Arquejos modulavam nossas respirações, e traziam gemidos baixos e entrecortados aos meus lábios e aos lábios de Linda. Suas mãos se enredaram por meus cabelos novamente, empurrando meu rosto para mais perto de sua pele macia. Permiti-me pensar no quanto aquela cena poderia parecer imprópria para o lugar onde estávamos, e um sorriso zombeteiro quase se apossou de meus lábios. No entanto, quando Linda murmurou meu nome entre um suspiro, a racionalidade me abandonou uma vez mais, e meus lábios traçaram um caminho de beijos úmidos que ia do pescoço até o queixo de Linda.

Nós dois respiramos fundo, talvez buscando algum controle. Eu me consenti o direito de abrir os olhos, e fitar a expressão de prazer no rosto de Linda. Como se sentisse que eu a obervava, seus olhos também se abriram, e estavam ainda mais negros do que eu poderia conceber. Suas pupilas dilataram-se quase ao ponto de preencher toda a íris, e aquele olhar era quente de uma forma quase obscena.

― Mais? ― inquiri roucamente, mordiscando o lábio inferir de Linda demoradamente.

As mãos dela em meu rosto me fizeram uma leve carícia, antes de sua voz trêmula fazer-se ouvir.

― Sim... M-mais.

Gentilmente, eu suguei o lábio de Linda, me deliciando com seu gosto adocicado, antes de finalmente entrelaçar minha língua à sua, e minhas mãos em seus cabelos macios. Aquele beijo era bom, e me fazia ansiar por mais. Eu queria Linda, não apenas para cumprir a cláusula do testamento de Frederick, mas também para dar e receber prazer. Ela me excitava, e eu não me faria de rogado se fosse para tê-la inteiramente para mim.

***

― Você não precisa mesmo ir à empresa amanhã, Linda. Tire o dia de folga, já é tarde, e eu quero que você descanse.

Ela corou, escorregando seus olhos para as mãos, que brincavam com seus dedos longos e delicados de forma ininteligível.

― Eu vou trabalhar, Robert ― disse-me por fim.

Balancei a cabeça de um lado para o outro, incredulamente. Como ela conseguia ser tão teimosa? Não seria o pacote perfeito? Uma noite dançante, alguns beijos sôfregos com o chefe, e um dia inteiro para não fazer exatamente nada!

Eu percebi que estava sorrindo, sorrindo apenas não, rindo, quando Linda içou seus olhos surpresos para mim, estreitando-os e instalando um leve vinco entre as sobrancelhas.

― O que é tão engraçado? ― inquiriu duvidosamente.

Observei-a por alguns instantes mais, perguntando-me o que estaria se passando por sua cabeça. Será que ela voltaria a me repelir, porque ela não demonstrou porcentagem alguma de toda a paixão quase palpável na danceteria, durante todo o caminho até aqui.

Em resposta à sua pergunta, meneei a cabeça calmamente, numa expressão que lhe dizia “Não é nada importante...”. Passos lânguidos me levaram até Linda, que permanecia de pé, no passeio em frente ao seu prédio. A tensão que emanava dela era quase um escudo, que poderia me repelir, se eu não estivesse tão determinado a provar-lhe os lábios uma vez mais.

Minha mão esquerda deslizou pela cintura fina de Linda, e a direita segurou seus cabelos, trazendo seu rosto para mais perto do meu. Tomei seus lábios nos meus, e o corpo de Linda, antes tenso, começou a enternecer entre os meus braços, tomado pelo prazer que eu lhe proporcionava.

― Seu beijo é tão doce ― murmurei apreciativamente numa voz rouca. ― É simplesmente delicioso.

Um gemido arrastado rasgou a garganta de Linda, quando prendi seu lábio inferior entre meus dentes.

― Robert... ― ela chamou num sussurro débil. ― Eu não... quer dizer... você... nós não deveríamos... não poderíamos...

Suas palavras desconexas foram mortas pela pressão dos meus lábios contra os seus.

― Você não vai se martirizar pelo que houve ― adverti-a prendendo seu olhar ao meu. Os olhos de Linda refletiam uma paixão contida e incertezas. Talvez até mesmo insegurança, o que me fez rir internamente. Ela não fazia ideia de como me afetava, e isso era bom. Muito bom. ― Também não vou deixar que me condene pelo que houve.

― Eu jamais faria isso! ― Apressou-se em se defender. ― Assumo minhas responsabilidades, não é sua culpa, quer dizer...

― Shiiii! ― eu a interrompi pousando meu dedo indicador sobre seus lábios. ― Você não precisa se armar, não estamos em guerra. Simplesmente aconteceu, não há culpados, aqui...

― Estou apenas tentando entender o que aconteceu. Talvez... talvez você pense que eu sou uma oportunista, e que estou tentando me aproveitar de você! ― Linda me fitou com os olhos arregalados, em horror. Seria cômico, se a hipótese não a perturbasse tanto, roubando-lhe o brilho do olhar e toda a cor de seu rosto. ― E-esse não é o caso, eu juro que não!... Mas você não vai acreditar em mim, não vai! Meu Deus! O que eu fiz? O que eu fiz?...

Num movimento desesperado, ela se desvencilhou de meus braços, que ainda a cercavam, e caminhou freneticamente de um lado para o outro. As mãos subiram até seus cabelos, puxando-os, enquanto seus saltos batiam insistentemente na calçada.

― Linda... ― eu a chamei, mas ela não parou sua autotortura. Num aperto firme, eu prendi seus braços entre minhas mãos, e a trouxe para mais perto de mim. Meus olhos fixos nos seus, enquanto eu assistia a vermelhidão ali se instaurando. ― Você não é uma oportunista, e essa linha de pensamento é ridícula.

― Mas eu beijei você! ― ela me lembrou, quase em indignação. ― Eu o beijei, quando você é o meu chefe!

― Acho que já pedi para que você esqueça isso, não?

― Eu não posso simplesmente me esquecer de que você é a pessoa que paga meu salário!

Eu trinquei os dentes. Encarei Linda demoradamente, sentindo a cólera fervilhar em minhas veias. Qual era o problema dela, afinal? Por que não conseguia simplesmente se deixar levar? Ela tinha que trazer essas malditas ponderações à tona? Droga!

― Na verdade eu era o homem que a desejava, até você pronunciar essas últimas palavras, e voltar a implantar um abismo entre nós. O que me faz pensar, Linda: por que você adora reprimir o desejo que sente por mim, mesmo quando eu me mostro tão interessado?

― Esse é o problema ― apontou, como se aquilo fosse óbvio. ― Isso é o que você deseja agora, mas como vai ser amanhã, quando você não estiver mais interessado? ― eu abri minha boca para dizer algo, mas Linda foi mais rápida, interrompendo-me. ― Não diga nada! Isso... isso que estou fazendo não é certo! Estou colocando você contra a parede, estou sendo injusta! Apenas... esqueça! Esqueça tudo o que eu disse!

Linda apertou os olhos com força, suspirando, e aparentemente frustrada consigo mesma. Bem, eu entendia esse sentimento, afinal, também me sentia frustrado! Por um mísero instante, pensei que depois dessa noite, tudo se resolveria, mas Linda tinha como hobby favorito contrariar minhas perspectivas.

― Pare de pensar tanto sobre isso ― pedi. Ela não poderia simplesmente ficar alimentando suas dúvidas. Isso não era atraente, e me fazia lembrar do por quê eu sempre ter fugido de relacionamentos fixos. Nada melhor do que não precisar lidar com tantas ponderações acerca do futuro. ― Apenas faça o que deseja fazer Linda, e me avise quando eu significar algo além “do cara que paga seu salário”.

Os olhos de Linda se abriram depressa, e denotavam surpresa. Ela tentou balbuciar algo, mas já era tarde. Eu já lhe dava às costas, pronto para partir.

***

― Bom, dia, querido. Eu gostaria de lembrá-lo da minha existência, no caso de você ter se esquecido dela! ― a voz aveludada soou do outro lado da linha, transbordando uma dose generosa do bom e velho escárnio.

― Você nunca me dá tempo o bastante para que eu possa esquecê-la! ― devolvi num tom que espelhava o seu.

― Robert Alexander Blackwell, eu estou falando a sério! Sabe há quanto tempo nós não nos falamos?

― Dirijo uma empresa, sou um homem ocupado, e isso não é um crime!

― Sim, isso é um crime! ― a voz do outro lado da linha retorquiu prontamente. ― Às vezes é como se essa maldita empresa importasse mais do que tudo para você! Ela desfila no topo de prioridades da sua vida, Robert, isso está nos afastando, como não percebe?

― Não querendo desapontá-la, mas minha carga horária na empresa não foi exatamente o que nos afastou, minha cara! ― desdenhei.

― Talvez ― ela considerou. ― Sua estimada empresa não nos afastou, mas ela é o seu pretexto para nos manter afastados! Consegue admitir isso, pelo menos?

Eu não respondi a essa pergunta. Não fazia sentido. Estreitar laços não era algo que eu gostasse de fazer, e se mostrou extremamente supérfluo para alguém como eu. Ao menos eu tinha algo pelo que agradecer a Frederick: ele fez de mim um homem com baixa porcentagem de humanidade, e isso me pouparia de todas aquelas tolices românticas de corações quebrados!

― O que você quer exatamente? ― inquiri de forma ríspida. ― Não tenho muito tempo...

― Almoço, às 13 horas em ponto.

― Não posso, já disse que não tenho tempo...

― Eu disse almoço, Rob. Às 13 horas, pontualmente. Passo aí para buscá-lo, vamos juntos. Até mais tarde.

― Espere, eu não...

Tarde demais. A linha já estava muda, e eu bati meus punhos cerrados sobre a mesa, despejando no móvel toda minha frustração.

Como acordado, ou melhor dizendo: como ditado por Elizabeth, fomos almoçar juntos, no mesmo restaurante onde eu costumava ir no intervalo do expediente. A diferença é que hoje, especialmente, eu não pretendia ter intervalo algum. Precisava apenas analisar alguns contratos, mas isso não era da vontade de Elizabeth, e ela conseguia ser tão insuportavelmente obstinada quanto eu, quando ansiava por algo.

Ela e eu herdamos isso de Frederick, porque nossa mãe sempre foi abnegada e complacente demais para algo assim. Sua felicidade era terceirizada, gerada da felicidade que ela produzia nas pessoas ao seu redor, sendo de forma direta ou indireta. Isso me lembrava um pouco Linda, por uma razão que eu não conseguia identificar, e acabei sorrindo infantilmente a despeito de mim mesmo.

― Suponho que esse sorriso aberto e tão raro não seja por minha causa... ― Elizabeth comentou com o menu aberto à sua frente, enquanto juntava suas sobrancelhas claras sobre seus olhos azuis, demonstrando afinco na busca por algo para comer.

― Não posso me dar o direito de ficar feliz por ver minha irmã favorita?

Ela içou seus olhos para mim, com um brilho de perspicácia dançando neles. Sustentei seu olhar firmemente, estudando aquela imensidão azulada, e me dando conta de que não deve ter sido difícil para Michael se encantar por Elizabeth.

― Sou sua única irmã ― ela me lembrou.

― E seria a minha favorita ainda que eu tivesse outras mil!

Ela me lançou um sorriso contido, mas não pôde se controlar por muito tempo. Seus lábios pintados de vermelho moldaram um sorriso brilhante, exibindo uma linda fileira de dentes brancos. O mesmo sorriso de quando ela era apenas uma garotinha, e que me desarmava, fazendo-me ceder a todas as suas vontades, mesmo quando isso significava ter que simular que tomava chá em suas minúsculas xícaras cor de rosa, feitas de plástico. Ou mesmo tocar suas canções de ninar ao piano, durante todo o tempo em que ficava em casa durante as férias.

Mas aquilo fazia parte do passado. Nossa família, se é que posso chamar o que tínhamos assim, acabou se desmantelando. Frederick nunca foi um exemplo de pai, e mesmo que tivesse sido, ele estava morto, agora, assim como Matthew e Alexandra. Elizabeth estava casada com Michael, e eles tinham a pequena Sofie. Juntos, eles formavam a família Smith, e eu ainda era um Blackwell. Não havia espaço para uma subsistência, nesses termos.

Num movimento abrupto, Elizabeth esticou sua mão sobre a mesa, segurando a minha fortemente.

― Sinto saudades de você. Nós sentimos! Sabe disso perfeitamente bem, Rob...

― Elizabeth...

― Está vendo? ― ela me interrompeu, pirrônica. ― Sou sempre Elizabeth, agora, nunca Lizzy! Ainda sou a mesma, Rob. As coisas não foram fáceis para nenhum de nós dois. Quando crianças, papai limitou nosso convívio, é verdade, mas o que acha que está fazendo, agora? ― eu encarei minha irmã seriamente, lembrando-me de seus braços pequenos ao meu redor, anos atrás, pedindo-me para não deixá-la, quando eu sabia que não a estava deixando. Era Frederick quem me arrancava de perto das pessoas que eu amava. ― Eu entendo que queira resguardar sua privacidade e, se fosse apenas por mim, juro que não o importunaria tanto, Rob, mas eu tenho uma filha! Uma filha que te adora, e mesmo que eu respeite suas decisões, não vou permitir que se torne um lobo solitário! Sofie precisa de uma família, e ela vai ter uma família! No próximo sábado vamos comemorar o aniversário dela, e não me importo em ter que amofiná-lo até que eu consiga sua palavra de que...

― À que horas devo estar na sua casa?

― ... irá comparecer, porque... ― Elizabeth deteve sua enxurrada de palavras, com seus olhos agora perplexos, analisando-me com total atenção. ― O que disse? ― ela testou incerta.

― Eu disse “à que horas devo estar na sua casa”? ― repeti.

Ela piscou aturdida algumas vezes. Os cílios negros, o que deveria ser obra de algum rímel, chocando-se repetidas vezes, enquanto ela parecia absorver o que eu dizia.

― Às 17h?

― Às 17h me parece bom ― anuí.

― Então... você vai? ― insistiu. ― Fácil, assim? Não vai protestar, fazer um discurso exacerbado sobre como você é um homem repleto de compromissos? ― inquiriu incredulamente.

― Sei que você é um tanto quanto cética quanto à existência de sentimentos nobres em mim, mas eu amo minha sobrinha, mesmo que isso implique no fato de ela ser sua filha...

― Achei que eu fosse sua irmã favorita! ― replicou zombeteira.

― Favoritismo e amor não andam juntos, você sabe!... Mas como eu dizia, eu não irei desapontar minha única sobrinha!

― Ótimo! ― Elizabeth exultou com um sorriso pueril brincando em seus lábios. ― Vai ser algo simples e íntimo, apenas com a família.

Simples, íntimo, apenas com a família? Isso era providencial. Talvez essa fosse a oportunidade perfeita para promover interação entre possíveis membros da família. Ou uma possível membro, em especial.

― Eu irei, sim, mas levarei alguém comigo.

O sorriso de Elizabeth morreu, e sua expressão tornou-se fria.

― Eu disse que será algo íntimo, Robert... não quero estranhos em minha casa, nesse dia!

― Elizabeth, eu nunca levo ninguém à sua casa, preciso de algum crédito!

― Mas, Rob...

― Você me quer lá, não quer? ― Ela mordeu o lábio apreensivamente, mas acabou assentindo num meneio de cabeça. ― E você me terá! ― assegurei. ― Mas eu preciso de alguma distração extra! ― pisquei sugestivamente para Elizabeth, e ela respirou fundo, buscando por seu autocontrole.

― Espero que não seja alguém que consiga ser pior que Britney! ― advertiu-me. ― Porque eu juro, Robert Alexander Blackwell, que não serei nem um pouco simpática com quem quer que seja.

― Você não seria tão indelicada, irmãzinha ― apontei num meio sorriso escarninho.

― Não queira testar sua teoria, irmãozinho... ― devolveu.

Meu sorriso se ampliou, enquanto Elizabeth mantinha sua expressão desafiadora.

― Gosto de correr riscos, Elizabeth. Eles tornam a vida mais interessante!

E prazerosa, sobre tudo.

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