Capítulo 4 - Mães
And
everyday
There's
a brand new baby born
And
everyway
There's
enough to keep you warm
And
it's okay
And
I'm glad to say
That
I'm alive
And I
don't care much for words of doom
If
it's love you got, well I've got the room
It's
a simple thing
That
came to me when I found you
I'm
alive
I'm
alive
I
wanna take all that life has got to give
All I
need is someone to share it with
I've
got love
And
love is all I really need to live
(I’m Alive – Neil Diamond)
Peg
Dois anos.
Hoje faz dois anos que John nasceu e
mudou todas as coisas a meu respeito. Existe algo muito peculiar em ser mãe,
mas você não sente até que seu filho esteja em seus braços.
Você pode sonhar com ele
vividamente, mesmo sem nunca tê-lo visto, pode maravilhar-se com as possibilidades,
preocupar-se constantemente e de forma doentia, mesmo enquanto ele ainda está
seguro em seu ventre... Você sabe que o ama e que tudo o que está mudando em
sua vida vale a pena por causa disso, mesmo que você já fosse imensamente feliz
antes. Mesmo que o medo de não conseguir fazer as coisas direito seja tanto que
às vezes cegue sua felicidade.
Mas então acontece, toda espera,
toda ilusão acabam, e ele finalmente está em seus braços. Você abre os olhos e
o mundo é um lugar novo. Você é algo
inteiramente novo. Não importa o que aconteça a partir dali, você é mãe, sempre
será, isso nunca será apagado. E aquele ser com quem você vinha sonhando e que
já amava sem conhecer, é definitivamente real e não mais apenas uma ideia. Você
só entende isso de verdade naquele momento, quando pequenos olhos se voltam
para os seus e espelham todos os dias de um futuro que você quer, mais do que
tudo, ter.
Subitamente, todas as emoções já tão
difíceis de lidar se potencializam. Alegria, amor, medo e ansiedade passam a
girar como bolas de vidro, lisas e potencialmente quebráveis e cortantes,
dentro do seu estômago, subindo pela sua garganta e ardendo em seus olhos. E
você chora. O tempo todo. É um horror!
Talvez sejam os hormônios, talvez
seja apenas o fato de que tudo gira em torno de um novo eixo, de uma parte sua
que está fora de você, dependendo dos seus cuidados, mas estando totalmente
fora de seu controle ao mesmo tempo. Eu não sei. Mas é furiosamente dolorido e
prazeroso ao mesmo tempo. Ainda me lembro da primeira vez que aconteceu comigo,
logo na primeira semana.
Eu estava tentando amamentá-lo e
doía. Embora tivesse sido lindo ver a vida fluindo de mim e nutrindo meu bebê,
naquele momento eu estava sofrendo e tudo o que eu queria era que ele acabasse
logo, porque a minha pele estava sensível e eu estava com medo de que rachasse.
Meu filho estava se alimentando. De mim. E eu queria que ele parasse.
Eu sou uma mãe em potencial, como um
tipo de abelha rainha na minha espécie. Se não tivesse me tornado uma Alma
aculturada como me tornei, eventualmente meu destino seria dar a vida para que
milhares de seres como eu pudessem viver em meu lugar. É doloroso. Quase
brutal. Mas Almas são abnegadas. Mães são abnegadas. Ou pelo menos deveriam
ser. E lá estava eu, uma Alma, uma mãe, preocupada em evitar uma dor que
garantia a subsistência do meu filho.
Para alguém como eu, a sensação de
estar sendo egoísta é algo terrível. Aciona um gatilho doloroso de angústia e
culpa com o qual eu não podia lidar naquele momento. Não quando todas as minhas
emoções estavam andando com pequeninos pés ensaboados nas bordas de penhascos
imaginários.
E então eu caí, direto e com gosto
no Vale do Choro Convulsivo, como Melanie brincou depois quando soube. Acho que
chorei por uma hora inteira talvez e, eventualmente, John começou a chorar
também, o que, obviamente, me fez sentir pior. Quando Ian entrou no quarto, eu
estava imersa numa onda de culpa sem sentido e num choro descontrolado que
fazia coro com o do bebê que eu tentava acalmar.
— O que aconteceu? — ele perguntou.
O pobre homem parecia tão assustado
que eu tive pena, mas eu mal conseguia falar para explicar o que estava
acontecendo. Então, ele começou a conjecturar.
— John está doente?
Balancei a cabeça negativamente,
tentando engolir as lágrimas e me controlar um pouco. Ian respirou aliviado.
— Ele está bem — disse com voz
trêmula, antes que ele começasse a pensar em outra coisa e ficasse mais
preocupado.
— Então é você que não está bem —
ele concluiu.
— Não... Sim... Eu estou! É só
que... Ah, eu me sinto péssima, mas está tudo bem comigo.
— Você está péssima, mas está bem? —
assombrou-se, um vinco se formando entre suas sobrancelhas e uma pitada de
divertimento escapando pelas frestas de sua preocupação. Ele também tinha um ar
tão cansado que mal parecia ele mesmo, os olhos azuis repletos de um misto de
sentimentos tão conflituosos quanto os meus.
— É — confirmei hesitante. — Só
estou me sentindo triste, mas estou feliz também — E com dor, mas eu não diria isso a ele! — Você entende?
— Sim... Eu acho. Mas acho que
devíamos checar com alguém que entendesse melhor, talvez... Não sei... Vou
chamar Estrela. E alguém experiente... Trudy. Isso! Vou chamar a Trudy também.
Acho que ela pode ajudar.
Ian começou o movimento de sair, mas
não parecia decidido como sempre. Voltou para perto de mim e me analisou, como
se soubesse — e ele sempre sabia — que não era de fato algo físico, algo que
Estrela pudesse resolver. Mas ele também não parecia crer que pudesse resolver
aquilo ele mesmo, e isso era um tanto quanto inédito. Ian era o tipo de pessoa
que via um problema à sua frente e não se encolhia assustado, simplesmente
cogitava uma solução e ia em busca dela. Apenas isso.
Eu estava tão acostumada com que as
coisas fossem dessa maneira, com Ian sendo sempre forte e cheio de iniciativa,
que quando ele parecia perdido eu me assustava um pouco. Foi então que percebi:
chorar por ser egoísta era uma das coisas mais egoístas que eu podia fazer
naquele momento.
Quer dizer, aquilo tudo era novidade
para ele também. Ian não tinha passado pela gravidez, pelas alterações
hormonais nem por nada daquilo de que eu podia me queixar, mas tinha sua
própria cota de coisas com que lidar. E eu acho que quando se é um homem
vivendo num mundo como este, pode-se chegar facilmente à conclusão de que ser
pai é algo impossível, senão inaceitável. Como você vai cuidar de um bebê? Como
vai protegê-lo? É Ian é um tipo muito protetor. Para dizer o mínimo.
E, então, ali estava ele: pai de
primeira viagem do filho recém-nascido de uma alienígena completamente
alterada, cercado de choro por todos os lados e sem nenhuma ideia do que fazer.
Bem, é preciso reconhecer que isso não é algo que alguém enfrente todos os
dias. Ou alguma vez na vida, para ser mais exata. E embora Ian fosse muito bom
em se adaptar às reescritas constantes das linhas de sua vida, resiliência
tinha limite, especialmente quando se estava há algumas noites sem dormir
direito.
Quando me pus na situação dele, tudo
me pareceu tão surreal que tive que rir. Eu estava banhada em lágrimas, com um
bebê berrando em meus braços e rindo. Ir de um extremo a outro em poucos
segundos: outro bônus de um corpo inundado por hormônios bagunçados.
Observei a expressão de Ian oscilar
gradualmente entre preocupação, ultraje e divertimento. Ele me conhecia bem o
suficiente, sabia que o centro da tempestade já tinha se dispersado, então
simplesmente pegou John dos meus braços e disse:
— Eu até diria que esse choro todo
molhou nosso filho, mas pelo cheiro acho que é outra coisa.
Oh,
céus!, pensei. Eu sequer tinha percebido que esse era o motivo do choro de
John. Acho que havia algo de seriamente errado comigo naquele dia.
— Deixe que eu troco — pedi.
— Não, você está cansada. Ou...
er... não sei bem o que você está. Será que pode me dizer o que foi aquilo?
Aquelas duas pessoas paradas ali não
éramos nós. Ian era seguro e calmo e eu não tinha ataques de choro aleatórios.
Eu não tinha ataques de choro. Fim. Conversar e contar a ele a verdade me
parecia a melhor maneira de nos fazer sentir um pouco mais próximos do nosso
normal, então eu contei.
— Ah, Peg! — disse Ian me abraçando.
John já tinha se acalmado e adormecido naquele momento e nós dois estávamos
deitados lado a lado, concentrados um no outro, como gostávamos de fazer. Já
fazia alguns dias que não conseguíamos ficar assim, e eu estava aproveitando.
— Eu sei, eu sei. Não estou me
comportando como eu mesma. Desculpe. É só que não consegui evitar. Isso tudo
pode ser bem enlouquecedor às vezes.
— Na verdade, você está se
comportando exatamente como você mesma. Salvo a crise de choro, é bem do seu
feitio achar que se preocupar um pouco consigo é uma tragédia — disse ele,
sorrindo de um jeito insultantemente bonito e meio complacente. Ele me olhou
daquele seu jeito amoroso de sempre e me beijou com carinho. — Você, literalmente,
não é desse mundo, Peregrina. É o ser menos egoísta que eu já conheci, e ainda
assim é capaz de achar que não está sendo abnegada o suficiente. Eu não entendo
tanto assim dessas coisas de mulheres, mas acho que isso deve ser normal. Tudo
o que temos que fazer é perguntar a Estrela o que fazer para melhorar sua dor
e, se ela não souber, eu tenho certeza de que Trudy pode ajudar.
— Não chame Estrela — eu disse. —
Ela tem passado todo o tempo que pode aqui comigo e está cansada. Logan
precisou praticamente arrastá-la para que dormisse um pouco. E eu não quero
incomodar Trudy. As pessoas já estão suficientemente incomodadas com as vezes
que John chora durante a noite e as acorda.
— Isso aconteceu uma vez, não foram vezes. E ele é um bebezinho recém-nascido, pelo amor de Deus! Gente
fala — alguns pelos cotovelos —, cachorros latem e bebês choram em horas
impróprias. É como as coisas são. Não é como se as pessoas tivessem que acordar
cedo para trabalhar o dia todo aqui, certo?
— Mas Lacey...
— Lacey. Não Trudy. Nem ninguém, na
verdade. Só Lacey, que é quem menos trabalha por aqui e não perde uma
oportunidade de nos atacar. Você tem que viver com o fato de que ela nos odeia,
mas, até aí... Bom, ela odeia todo mundo com exceção de Candy e da megera da
Maggie. De resto, todos têm se desdobrado em cuidados com John e você. E Trudy
é nossa amiga. Ela adora você.
Era verdade. Todos estavam sendo tão
solícitos e carinhosos, que quando John não fosse mais tão novinho, eu até
podia imaginar naquele momento que seu berço seria levado de quarto em quarto,
algo que se confirmaria depois. Um bebê trazia vida e uma nova alegria para
esse lugar outrora triste. E eu era muito grata por isso, pelo amor que as
pessoas dedicavam a ele. Fosse como fosse, este sempre seria o lar dele.
Então, mais tarde naquele dia,
Trudy, Estrela e Sunny vieram conversar comigo. Eu estava tremendamente
constrangida, sentindo-me uma criança imatura e despreparada. Nem uma semana
havia se passado e eu já estava tendo uma crise, como se as dezenas de livros
sobre maternidade que eu li não fizessem a menor diferença.
— Ah, querida! — riu Trudy. — Você
não pode estudar para ser mãe. É para isso que existem as amigas.
Eu simplesmente não conseguia
acreditar que estivesse me comportando daquela maneira. Fazia com que eu me
sentisse incrivelmente frágil e dependente. E embora eu tivesse tido minha cota
de ambas as sensações, primeiro quando cheguei aqui com Mel, e depois mais
tarde me adaptando ao corpo de Pet, aquilo simplesmente não era confortável.
Mas então alguma coisa aconteceu.
Em algum ponto ao longo da conversa,
não éramos mais três Almas e uma humana, éramos apenas mulheres que dividiam
histórias. Trudy nos contou coisas sobre sua filha Rose, que tinha morrido há
muito tempo, antes da invasão, de leucemia. Nós evitávamos falar sobre ela,
porque sempre deixava Trudy e Geoffrey tristes, além disso, fazia com que eu me
lembrasse de Walt. Eu sequer conseguia imaginar o que seria passar por tudo
aquilo com uma filha e não queria pensar que coisas ruins pudessem acontecer.
Entretanto, naquele dia, a doença, a
perda e a saudade não eram o que mais importava. Naquele dia, Rose era vida e
lembranças boas, e os grandes olhos escuros, iguais aos de Sunny que foram o
porquê da ligação entre elas ter nascido. John era uma alegria que nos unia
ainda mais, e Lindsay era um sonho bom que logo estaria aqui. Para todas nós, todo
aquele amor de repente parecia apenas... natural. Como algo que sempre tinha estado
ali.
Foi quando eu aprendi que mães são
sempre mães e que não importa quanta dor você possa sentir, o amor sempre vale
mais. Foi quando eu entendi que todas passam pelas mesmas dúvidas, pelas mesmas
incertezas, e pelo mesmo medo paralisante de que não seja permitido à balança
da vida permanecer muito tempo pendendo para a felicidade absoluta de ter seu
filho ao seu lado, mas que essa felicidade sempre arranja um jeito de enganar a
balança, mesmo quando não parece possível.
Pude ver isso quando Trudy falava de
Rose com alegria e amor, ou quando ela acariciava os cabelos de Sunny de um
jeito despreocupado enquanto contava suas histórias, trazendo-a quase
inconscientemente para dentro de seu coração ferido que se reconstruía um pouco
quando minha alma-irmã sorria para ela.
Foi o que eu vi novamente quando,
meses depois, Estrela teve suas próprias dúvidas e as dividiu conosco, mesmo
que estivesse, assim como eu tinha estado, envergonhada de que os outros
pensassem que ela não conseguia cuidar da própria filha ou fazer as coisas do
jeito que diziam que era certo. No fim, cada uma de nós encontrava sua maneira
e descobria a mesma coisa: medo faz parte da caminhada e você nunca vai achar
que encontrou o caminho, mas continua mesmo assim, porque é o que precisa
fazer.
Então nós fizemos o que tínhamos que
fazer e vivemos devagar, descobrindo os passos à medida que eles estavam sob
nossos pés. Ian e eu, Estrela e Logan, meus amigos e minha família. A família que
eu escolhi e que me escolheu e que agora se preocupava em decorar paredes de
pedra com balões e papel colorido.
Era meio ridículo de tão lindo.
Você pode viver uma dezena de vidas
em todos os planetas conhecidos, que nada te prepara para a avalanche de
sentimentos que te invadem quando vê uma caverna decorada com motivos infantis.
— Ei, Peg, você gostou? — disse
Jamie, correndo em minha direção. — Foi Kate que fez.
— Ficou lindo! — respondi, abraçando
Kate e depois Jamie.
Os dois estavam muito animados. Acho
que todos estávamos. Eu podia ver as pessoas sorrindo e seus semblantes
relaxados preenchiam a praça central. Era um mundo novo agora, erguido a partir
da união que John, de certa forma, simbolizava. E dentre as tradições humanas
que tinham ficado para trás, estávamos resgatando algumas que agora seriam só
nossas. Estávamos construindo novas lembranças para o nosso novo mundo.
Decidimos isso quando os bebês chegaram e vínhamos tentando manter com cada
pessoa.
Estrela se aproximou trazendo John
e, logo atrás dela, Kyle trazia Lindsay. Quando completaram o primeiro ano eram
muito pequenos para entender o que era uma festa, mas desta vez eles soltaram
gritinhos de empolgação e começaram a espernear no colo dos dois, tentando se
soltar. John, mais velho e um pouco mais firme nas próprias pernas, correu e
passou por baixo da grande mesa improvisada, indo direto até os balões que Jeb
terminava de encher.
Ele pegou alguns e correu de volta
para mim, tirando o mais bonito e colorido do bando e me oferecendo.
— Mamãe, “pa voxê”. Vem lá de “xima tamém”.
Ele estava se referindo ao céu. Ian
dizia a ele que eu tinha vindo de lá, e John tinha verdadeira fascinação pela
ideia. Ele simplesmente amava qualquer coisa que tivesse a ver com as alturas,
como balões que voam com o vento, por exemplo, mas às vezes se confundia com as
palavras “ir” e “vir”.
Lindsay também tinha descido do colo
de Kyle e estava correndo alvoroçada, os dois jogavam balões um para o outro
sob a “supervisão” entusiasmada dos filhos de Lucina, enquanto eu olhava para o
meu presente que “vinha lá de cima”: aquele balão colorido que eu segurava com
carinho, impedindo de voar com o vento para todo canto. Eu teria que segurar
meu filho também, quando ele quisesse voar.
Eu
amava esse mundo só nosso, mas sentia que iria para sempre me ressentir do fato
de que meu filho não teria um mundo inteiro para si, o mundo que ele quisesse
ter quando pudesse voar. Não enquanto quisesse ficar conosco. Nenhum de nós
fazia ideia de como seria a vida lá fora para os novos humanos, esses cujos
pais Almas não permitiriam que fossem hospedeiros, bebês como John e Lindsay,
mas sabíamos que nós, sua família, jamais poderíamos sair daqui.
Eu queria que ele voasse, é claro
que queria! Faria qualquer coisa para que ele vivesse feliz, inclusive
libertá-lo, inclusive viver longe dele. Mas ele era meu filho. Meu. Como eu
poderia suportar que ele partisse?
Não havia nada mais irritante em se
ser humana do que os paradoxos perturbadores que cercam a experiência. Às vezes
eu queria apenas não pensar nessas coisas e viver exclusivamente no presente,
bem aqui onde meu filho é só um bebê que só sai de perto de mim para ir para o
colo das pessoas que amo. Exatamente aqui, onde sou tão feliz.
Trudy vivia me dizendo que as coisas
nunca mudam, mães são sempre a mesma coisa, não importa que estejamos em um
mundo totalmente diferente. E ela tinha razão. Eu sempre desejaria poder dar
mais a ele do que ele tinha, e sempre me preocuparia que não fosse o suficiente.
Eu seria sempre a mãe dele, por tudo quanto isso significava: o amor infinito,
o medo eterno e intrínseco de que ele não fosse feliz... Tudo.
Na balança desconhecida que
equilibra nossas emoções, no entanto, eu podia dizer que a felicidade pesava
mais. A vida não era perfeita. Provavelmente nunca seria. Mas eu não precisava
de uma vida perfeita enquanto tivesse a minha, enquanto tivesse este mundo e
estas pessoas. Porque essa era uma vida em que balões coloridos podiam ir e vir
do céu.
Mesmo que fosse apenas por agora.
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