A noite já havia adentrado a madrugada e Bella permanecia estática no mesmo local em que Rose a deixou. Sentindo o coração apertado pela raiva que enfrentou nas orbes verdes. Edward não aceitou vê-la, o fato de Emmett ter mostrado aversão a sua presença e os outros não se intrometerem apenas colaborou para que Edward mostrasse a magoa, não dando oportunidade dela dizer o que realmente aconteceu.
Como era de se esperar, essa situação afetou a toda família, principalmente Rosalie e Emmett. Ambos discutiram por telefone, já que Rose não aceitou olhar para ele após a discussão na casa Cullen. E ainda havia Elizabeth que a todo instante perguntava por Bella e pelo motivo de não estarem em casa. A menina foi poupada de ouvir as palavras do pai e tio ao ser levada para passeios com a tia.
– Bella, você precisa dormir! – disse Rose entrando no antigo quarto de Bella. – assim como se alimentar – disse ao ver a bandeja intacta no canto do quarto.
Bella mexeu, se encolhendo mais ao vidro da janela. Em sua mente as imagens persistiam, fechar os olhos, dormir sem o cheiro de Edward, saber que Elizabeth dormiria sem suas estórias estavam massacrando seu coração.
– Eu só queria entender porque ele fez isso? Porque eles fizeram... – sussurrou quando a amiga lhe abraçou.
– James é um imbecil – disse lembrando que após tudo ela ainda apareceu na casa dela procurando por Bella, de alguma forma ele soube que Bella não ficou na casa em dela, mas sim com Rose. – agora Edward...mas...
– Ele não acredita no meu amor, Rose... e depois de hoje...
– Você precisa ser forte, espere alguns dias e volte pra sua casa, converse com ele. De cabeça fria ele possa entender... – disse afagando o rosto molhado pelas lagrimas que não paravam de cair – venha dormir pelo menos – arrastou Bella ate a cama, deitando e embrulhando a amiga. Cantando ate que ela dormisse.
– Por favor, Edward? – tentou novamente, antes de desligar. Bella não sabia o que fazer, seu coração apertado. Cansada de esperar por Edward na casa deles.
Com muito medo e vergonha, pegou sua bolsa do sofá e partiu para a casa Cullen, sabia que pelo horário não teria problemas quanto à filha, Elizabeth ainda estaria no colégio e poderiam conversar sem afetar a menina. Ao estacionar, Jasper desceu as escadas da varanda, parando ao seu lado.
– Oi, Bella. Sei que precisam conversar, mas ainda não é o momento. Edward esta...
– Ele precisa me ouvir Jasper, eu não tenho nada com o James, ele me beijou a força...
– Eu imaginei que sim, mas ele esta irritado, alguma coisa acontece, algo a mais para que ele acredite que você estava...
Bella entendeu ao que Jasper se referia, seus medos e traumas causaram o distanciamento de Edward e com isso o fez acreditar que se distanciava por estar com outro, por estar o traindo...
– Não, Jasper! – disse chorosa correndo para a casa, entrando sem bater. Edward subia as escadas de pijama, cabelo bagunçado e uma blusa larga. – por favor, Edward. Você precisa me ouvir.
– Eu não quero ouvir mais das suas mentiras, o que quer aqui? Você já conseguiu o que queria, tem todo o tempo, não precisa fingir desinteresse, inventar desculpas para sair com seu amante.
– Eu só tenho você – disse tentando se aproximar.
– Não toque em mim. Quer mesmo que eu acredite? Eu vi vocês se beijarem...
– James forçou!
– James? Esse é o nome do seu amante? Avise-o que se ele forçou o beijo, ficou muito natural, incluindo sua mão no peito dele – esbravejou apontando o dedo em seu rosto, Bella que se encolheu com as palavras.
– Depois de tudo o que passamos, você ainda duvida do meu amor? Acredita que eu me entregaria a outro homem? – retrucou aos sussurros, em nenhum momento viu duvida nos olhos de Edward, apenas raiva e dor como antes.
Ambos lutavam contra o mar de sentimentos, Edward queria acreditar, queria esquecer o que viu, mas sempre que chegava a essa conclusão via as mãos de James na cintura da Bella, as mãos dela no peito dele. A forma fria que vinha sendo tratado, desde que voltou a faculdade.
O seu ciúme e ego ferido o impediam de ver que as mãos na cintura, apertavam de forma exagerada, que as mãos no peito eram fracas tentativas de soco, de afastamento. Que os lábios estavam sendo esmagados e mordidos. Que nada daquilo era amor ou desejo, não da parte da Bella.
– Edward?
– Sai daqui.
– Mamãe? Mamãe! – Elizabeth reconheceu o carro da Bella, exigindo entrar quando Emmett começou a dar a volta para levá-la embora.
– Oi minha bonequinha!
– Porque viajou mamãe? Papai disse que você ia demorar, tão legal que já chegou – dizia Elizabeth sem se dar conta do clima do ambiente, Bella mantinha os olhos fixos em Edward que não lhe olhava.
– Então a gente já pode ir pra casa, né papai?
Edward apenas removeu Elizabeth do colo de Bella sem cuidado, subindo com a filha e deixando Bella para trás. Elizabeth gritava pela mãe, seus olhos correram em automático pela sala vendo a família Cullen olhando-a, Alice, Jasper e Esme com pena, Emmett com raiva.
Seus dedos correram pela aliança que começava pesar, parecia inútil ficar com esse peso morto nos dedos, era isso que se tornou ao menos para Edward, a ponto de remover a menina que era como filha para Bella como se não fosse adequado estar ao lado da criança, Isabella pensou enquanto saia da casa.
Sua mente confusa, a dor crescia e as lagrimas pediam passagem, antes que percebesse estava estacionando em uma praia afastada em La Push, pelo horário não havia tantos banhistas, sentou em uma pedra.
O choro saiu novamente, forte. Os olhos nublando vez e outra, mas sempre na direção da aliança em sua mão. Lutava para manter-se coerente, pensar no que fazer, falar, tudo para que Edward entendesse o que aconteceu.
– Finalmente te encontrei. – a voz fez seu corpo estremecer.
James estava parado a sua frente, olhar para sua forma despreocupada fez algo estalar em Bella, antes que se pudesse perceber já estava socando James, suas mãos pequenas não conseguiam ter a força que afetasse James.
Enquanto o jovem professor, apenas segurava com delicadeza a cintura fina de Bella para que ela não desequilibrasse nas pedras.
– Você não tinha o direito, eu sou casada seu desgraçado – gritou esmurrando, perdendo a força e chorando.
Durante todo o tempo, James ficou em silencio, segurando-a com força entre seus braços.
– Não tenho, mas fiz. Eu não consegui chegar a tempo de impedir esse casamento, mas isso não me faz desistir de você. – disse em seu ouvido.
– Me solta.
– Não.
Bella olhou com raiva para ele que a olhava da forma de antes, causando um frio em sua espinha, os olhos brilhantes, com um tom sombrio lhe tiravam a paz.
– Fique longe de mim! – gritou se esquivando e fugindo pela areia preta ate seu carro.
– Você é minha, Bella. É melhor se acostumar. – disse James olhando a forma como ela corria.
Seguiu a passos lentos em sua direção, vendo de longe uma mulher se aproximar e o corpo de Bella curvar em choque. Carmem se aproximou ao reconhecer o carro de Bella. Já sabia sobre o corrido, morar em uma cidade pequena significava que maus entendidos se tornavam boatos e fofocas com mais agilidade.
– Mais uma vez você prova que é o sangue daquela vagabunda que fala mais alto. Pelo menos matou seu pai antes que ele visse o que você é, uma copia de sua mãe. Duas vagabundas.
– Pare com isso! sabe que eu não causei a morte deles, você não sabe o que eu sinto, eu amo o meu marido, pare de me culpar...
– Eu não preciso lhe culpar, você não disfarça o que é, trai seu marido e vem passear com um dos amantes na praia. Vai copiar a mãezinha destruindo a vida dos dois, como ela fez?
– Do que você esta falando.
– Da piranha que você é!
– Cale a boca senhora. Eu não admito que trate Isabella desta forma. – James se aproximou ouvindo a ultima frase, segurou o braço de Carmem com força – não sei o que é de Isabella, mas a tratando desta forma boa coisa não é. Peça desculpas e suma daqui – disse sacudindo-a.
– Vejo que já começou o seu plano, mais um patife. Só pode estar no sangue – disse se afastando – cuidado rapaz, não será a primeira que vidas são destruídas por vadias como essa. – sua voz pingando veneno. – mantenha distancia – disse massageando o braço.
Carmem ainda vigiou Bella a distancia, sua atenção em cada passo de James. A certeza e o ódio sobre a sobrinha cresciam com essa aproximação. Servindo a penas para dar forças a sua vingança. Precisando para Bella, custe o que custasse.
Bella tremia encolhida na porta de seu carro, buscava forças para encontrar as chaves em seu bolso, mas não conseguia. As palavras iam e vinham em sua mente. Ela sabia que havia muito mais no que foi dito, só não conseguia compreender.
– Se acalme, Bella. Quem é essa mulher? Porque permitiu que ela lhe ofendesse?
– Ela é minha tia. Eu só quero ir embora, James. Por favor, me dê licença... – dizia tentando abrir seu carro.
– Eu não vou deixá-la dirigir, não depois do que aconteceu aqui, você esta gelada e tremula – disse tocando o rosto de Bella.
– Você já me causou problemas de mais, só vai embora.
James não esperou por permissão, removeu as chaves da mão dela, guardou no bolso e enlaçou a cintura de Bella, erguendo-a do chão. Bella ate que tentou se afastar, mas não conseguiu.
Sua cabeça latejava sem parar, só queria descansar, dormir e que quando acordasse tudo estaria normal, em sua casa com Edward e sua bonequinha. James estava adorando tê-la ao seu lado.
Durante o caminho ate Forks Bella adormeceu de cansaço, após tanto choro. James levou direto para a casa de Rosalie, já sabia o caminho por ter seguido Bella uma vez. Ao estacionar Bella permaneceu dormindo, James não se fez de rogado e a segurou de forma intima em seu colo, segurando-a em um braço bateu na porta com o outro, parando ao ouvir gritos do outro lado.
Rosalie abriu a porta com a expressão raivosa, a batida na porta foi uma pausa na discussão que se tornava cada vez mais grave entre ela e Emmett. Sua rosto empalideceu ao ver Bella nos braços de James.
– O que aconteceu com ela? O que você esta fazendo com ela?
– Me deixa entrar e te explico!
– E você ainda queria negar? – Emmett sibilou – eu não vou ficar mais aqui!
– Essa é a sua decisão Emmett, vocês estão acusando minha irmã como se ela fosse um monstro. – disse puxando James com Isabella no colo para dentro da casa – posso relevar tudo o que me disse e o que disse sobre Bella, mas continuar dessa forma e se sair por essa porta, será o fim.
Emmett já estava furioso, ver James entrar com Bella nos braços apenas serviu para aguçar sua raiva, sem realmente medir as consequencias, voltou os olhos para Bella, achando-a pálida e depois para James, saindo de imediato.
Rosalie engoliu o choro, e voltou sua atenção para Bella. Tomou o celular no bolso e com um olhar mostrou o caminho para James. Após confirmar a vinda do Dr. Carter, Rosalie voltou sua atenção para James.
– O que você fazia com ela? – James explicou resumidamente o que aconteceu e apesar de Rosalie tentar disfarçar o nervoso ao reconhecer Carmem, não lhe disse nada sobre a mulher. James apenas disfarçou, analisando formas de conseguir toda informação sobre essa mulher.
– Já pode ir embora, agora.
– Eu não vou, não enquanto ela não acordar.
– Você não acha que já “ajudou” demais?
James apenas sorriu de forma convencida, sentando em uma cadeira no canto do quarto, apoiou os pés na grande almofada e pôs as mãos na cabeça se inclinando.
– Não tenho culpa por ser decidido e aquele cara um babaca.
Rosalie fitou a pose de James pasma, em sua mente varias formas de jogá-lo pela janela e escadas surgia em sua frente. Mas a campainha tocando lhe impediu de efetuar o plano. Dr. Carter entrou quando Bella começava a despertar.
Após começar os exames entre resmungos de Bella, o resultado foi estresse, que Bella na verdade teve um desmaio, pois a pressão ainda não estava normalizada. Em todo o momento Bella não havia notado a presença de James na porta de seu quarto. Em sua mente as imagens da discussão e as duvidas sobre as frases, sabia que ali havia muitas respostas para todo seu tormento.
– O que você ainda esta fazendo aqui? – chiou ao notar a presença do loiro na porta.
...
– Obrigada, James. Não sei o que aconteceria se não me ajudasse a voltar pra casa – imitou a forma que Bella fala e entrou no quarto.
A forma despreocupada em que James falava e andava por seu quarto a incomodava, Bella pensava em formas de tirá-lo da casa o quanto antes, ele estar ali seria um grande problema.
– Já me ajudou, agradeço. Não há motivos para permanecer aqui...
– Você desmaiou, fiquei preocupado, alem disse o namoradinho da sua amiga é outro imbecil, não deixaria as duas sozinhas. Agora que sei que esta bem, eu vou embora, mas volto. – disse convencido não dando oportunidade para Bella dizer algo a mais.
Enquanto isso na sala, Esme e Elizabeth conversavam com Rosalie. Rose não fez questão de apresentações, apenas puxou James pelo braço e o empurrou porta a fora.
– Quem era tia Rose? – Elizabeth ecoou a pergunta que Esme queria fazer para a loira.
– Um senhor que ajudou sua mamãe quando ela passou mal! Vamos vê-la?
– Claro! – gritou Elizabeth indo para o colo de Rosalie.
Quando entraram no quarto, Bella apenas sorriu esticando os braços para Elizabeth que já se jogava sobre ela.
– Que saudade, minha bonequinha! – dizia cheirando os cabelos e pescoço da menina que fazia o mesmo com ela.
– Vamos pra casa, mamãe?
O silencio permaneceu por segundos, a incerteza sobre seu futuro a feria, mas era preciso dar uma resposta para a pequena, sorriu afetada para a menina.
– Eu estou doentinha, meu amor e a tia Rose vai ficar cuidando de mim.
– Mas eu e o papai cuidamos! Eu fico quietinha, prometo. A tia rose pode ficar lá em casa com a gente?
Bella não sabia como responder essa, correu os olhos para Rosalie que se preparava para responder, mas quem tomou partido foi Esme.
– Hoje a noite ela vai, meu amor. Vamos pra casa buscar suas coisas enquanto a tia rose ajuda sua mãe.
– Esme...
– Eu sei o que estou fazendo, Bella. Não vou permitir que minha neta seja afetada por vocês.
Os olhos sempre ternos de Esme, exalavam a decisão tomada, ela não voltaria atrás e faria o que fosse necessário. Desta forma Bella se levantou, indo tomar um banho enquanto Esme voltou para casa com Elizabeth, a menina não parava de tagarelar e perguntar sobre o que poderia fazer para cuidar da mãe e pra não atrapalhar. Ao entrar encontrou Alice na sala lendo uma revista qualquer.
– Edward já chegou, Alice?
– Agora a pouco, mãe. Esta trancado com Jasper no escritório.
– E Emmett?
– Socando o saco de areia na garagem...
– Pode ajudar Elizabeth? Arrume os matérias escolares, ela vai pra casa hoje. – Alice se erguei surpresa, viu que Esme falava serio. Então deixou a revista sobre a bancada e foi ate a sobrinha que sorria mostrando quantos dentinhos fossem possíveis em um grande sorriso.
Seguiu para o escritório, mas seu coração de mãe a fez voltar e seguir para a garagem, encontrando Emmett encolhido, os braços abraçados nas pernas e a cabeça abaixada, Emmett sempre se sentava desta forma quando criança, querendo esconder o choro. Sempre dizendo que estava com dor ou sono.
Com passos calmos seguiu ate o filho, infiltrando os dedos pelos cabelos curtos, ele engoliu um soluço. Sentou no chão ao lado dele e reparou as marcas vermelhas nas dobras dos dedos, ele havia socado sem proteção.
– Eu não vou julgá-lo, filho...
– Eu sei... eu briguei com a Rosalie. Eu vi aquele amante da Bella lá... com ela no colo.
– Vocês sempre tiveram esse senso, essa proteção uns com os outros. Inclusive em excesso. Por acaso parou para pensar em tudo o que Bella passou para estar com seu irmão? Que agora casada, ela faria isso? Para quê?
– Mãe, ele estava lá! Com ela no colo.
– Vocês estiveram fora, Emmett. Bella passou mal, aconteceu alguma coisa da qual ambas não quiseram dizer. Para de intervir ou tomar as dores do seu irmão. Edward é um homem casado e precisa entender como cuidar do próprio casamento, sem intervenções e você precisa aprender a separar as coisas. Não será criticando Bella que conseguirá algo.
– E a senhora, o que pensa disso?
– Penso que tudo foi um mal entendido, o brilho que vejo nos olhos dela, nos olhos do seu irmão, isso é amor! Tudo aconteceu da forma que ela disse, não poderia ser ao contrario. – disse beijando o filho e se erguendo, indo ate Edward.
– Pronto vovó, vamos pra mamãe?
– Ir para onde? – exigiu Edward.
Ainda trajava as roupas usadas no hospital. A pele úmida pelo suor da raiva que sentiu ao ouvir Emmett enquanto socava o saco. Jasper precisou acalmá-lo, repassar a noticia de Alice sobre Bella ter passado mal.
– Vá assistir TV com sua tia querida, preciso falar com seu pai.
– Não demora, vovó!
– O que quer falar?
– Bella passou mal essa tarde...
– Ouvi os gritos de Emmett.
– Eu não vou deixar que destrua sua vida novamente, Edward! Pare de agir como um moleque. Isabella te ama, qualquer um pode ver isso. – um sorriso de escárnio escapou pelos lábios dele. – que você ficasse furioso na hora, acabasse brigando com esse homem, tudo bem. É ate aceitável, mas após tanto tempo persistir nisso?
– Aquele homem estava na casa dela!
– Aquele homem socorreu a sua esposa, pare de agir como se fossem namorados, isso não é um briguinha idiota, você se casaram. Por Deus, Edward. Não é seu primeiro relacionamento para agir dessa forma estúpida.
– Toda vez que fecho os olhos vejo as mãos dele nela, na minha mulher.
– E já se imaginou no lugar dela? Uma mulher desconhecida te beijar...
– Eu não aceitaria ninguém alem dela.
– Mas veja o seu tamanho para o dela, acha que ela teria chances de escapar de um beijo roubado? Pare de agir dessa forma, Edward. Bella já fez muito por você, por nossa Elizabeth. Não perca a mulher que ama por um erro idiota, por orgulho ferido. Todos tem uma cota de complacência e a da Bella com você, deve estar no final! – disse de forma dura para o filho.
Seguiu ate o filho, tomando o rosto entre suas mãos e beijou-lhe a face. – estou levando Elizabeth para ficar com Bella na casa de vocês. Pense bem no que quer para sua vida, mas não esquece que Bella já pertence a Elizabeth e nada que faça mudará isso. Não vou permitir que suas decisões afetem minha neta. – disse e saiu, seguindo para a sala onde Elizabeth aguardava eufórica.
Edward permaneceu no escritório pensando em tudo o que já viveu com Bella, do medo de se entregar ao que sentia, de quase perdê-la no acidente, de quase perdê-la para outro homem. A alegria de esperá-la no altar, de sentir seu amor e toque quando a fez sua, ficou mergulhado em lembranças e sentimentos por muito tempo, ate sentir um toque suave em sua testa que o fez abrir os olhos.
O escritório já estava escuro, Alice se mantinha a sua frente. Um pequeno sorriso nos lábios. Sentou no sofá, encolhendo as pernas sobre o estofado e esperou...
– Você foi a única que ainda não disse nada...
– Não quero dizer, essa é uma decisão sua, é o seu casamento. Como sua irmã posso te abraçar enquanto chora. Só você sabe o que fazer, quem vai conviver com as consequências é você. Já esta tarde, vem jantar?
Edward beijou a irmã na testa e levantou – não, vou pra casa. – disse e Alice não escondeu o sorriso.
Sem querer falar com mais ninguém, Edward saiu sem ser visto pela família. Quando chegou não encontrou a filha e Bella no primeiro andar, seguiu em silencio pelo corredor, encontrando Bella e Elizabeth no quarto, assistindo a um filme infantil, completamente alheias a sua presença.
Seguiu para o banheiro de hospedes e se lavou com calma, pensando em como falar com Bella, em como não reagir de forma errônea ao que quer que ela responda e se preparando para uma negativa ao sentir o gosto amargo do arrependimento, se sentia mal pela crise de ciúmes.
Voltou embrulhado em um roupão para o quarto, o filme ainda rolava enquanto as duas já se encontravam abraçadas, dormindo profundamente. Seguiu com cuidado para o closet, colocando sua calça de moletom e engatinhando pela cama, deitando ao lado de Bella.
Correu as pontas dos dedos sobre o braço dela, com lentidão, sorrindo ao ver os fios dourados arrepiarem por onde tocava, cobriu a mão dela que enlaçava a da filha com a sua, sugando o cheiro doce de seu cabelo.
Novamente foi desperto com um toque suave, Elizabeth estava desperta, deitada sobre o pai com um grande sorriso, Edward olhou para seu braço e Bella dormia com o rosto próximo ao seu peito, a mão espalmada em seu coração.
– Papai? Vamos fazer um café pra mamãe? – pediu a menina aos sussurros.
Após se erguerem sem acordar Bella, desceu com a menina no colo, encontrando Rosalie na cozinha que lançou-lhe um olhar raivoso. Deu um beijo na menina.
– Mais uma daquela, Edward e você já era. – ameaçou em um tom baixo quando a menina foi ate a pia pegar sua caneca.
– Obrigada, tia rose – disse a menina tomando seu chocolate.
– Sempre, princesa.
Enquanto Elizabeth tomava seu chocolate, Edward começou a arrumar a bandeja, a menina ajudando com as frutas enquanto terminava com o suco.
– Ah mamãe, não tem graça! A gente ia levar pra você na cama – disse a menina ao ver Bella aparecer na cozinha, correu para ela que a pegou no colo, beijando, mas com os olhos em Edward.
Seu coração disparando, o medo de uma nova discussão surgia, mas sabia que isso teria que acontecer, o comportamento de Edward exigia isso. Sorriu para a filha e seguiu para a mesa, tomando a menina no colo e comeram em conversar criadas pela menina.
– Filha,vai assistir TV no quarto? O papai precisa conversa com sua mãe.
Bella permaneceu em silencio, sorriu para a filha que subiu as escadas com calma, indo para o quarto e então voltou os olhos para Edward. Este suava a olhos vistos, a mão que tremia levemente ficou escondida em seu colo, tudo enquanto media as palavras, o semblante serio de Bella não ajudava seu raciocínio.
– Eu... eu me arrependo de tudo o que eu disse, o ciúme e o medo de te perder me cegou – começou sem olhar para ela – eu fui infantil, estúpido. Mas eu te amo, Bella. – disse finalmente olhando – eu te amo, se puder desculpar tudo o que eu fiz, o que eu disse...
– Você tem noção de tudo o que me falou? Você simplesmente me virou as costas, eu fui atrás de você e você me expulsou, não uma, mas duas vezes, você agiu como se Elizabeth fosse uma peça, como se ela só pudesse ser minha filha quando fosse conveniente...
–Eu me sinto horrível por isso. – Bella levantou, indo para o lado dele.
–Edward, eu conversei ontem com Elizabeth, algumas de suas perguntas me fizeram pensar em algo – respirou fundo, tomando o rosto dele entre suas mãos – quero que você pense o que eu sou em sua vida. Se realmente me ama ou só me vê como a mulher que salvou sua filha, se o que sente é posse, gratidão ou amor...
–Eu te amo, Bella. Sei que agi errado, mas sei que te amo. – se ergueu, enlaçando a cintura delgada, tocando a pele por dentro da blusa. Fazendo-a tremer.
–Pensa nisso, Edward. Se nos primeiros dias nosso casamento já esta em crise...
–Não termina essa frase, Bella. Eu te amo e vou mostrar que isso não voltará a acontecer...
Bella acenou, preferindo não discutir mais sobre o assunto e deixar o tempo mostrar qual o caminho, Edward tocou o lábio inferior dela com a ponta do dedão, sentindo o calor e o desejo subir por seu corpo, tomou-a em um beijo calmo, apertando-a ao seu corpo.
– Vou levar Elizabeth para passear, vamos a pracinha. Quer vir? – perguntou quebrando o beijo e se afastando.
Neste momento Edward percebeu o quão grave seria as consequências de seu ataque de ciúmes, teria muito o que fazer e provar para que Bella voltasse ao normal.
sábado, 9 de agosto de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Visitas ao Amigas Fanfics
106,651
Entre a Luz e as Sombras
Entre a luz e a sombras. Confira já.
-
Entre a luz e a sombras. Confira já.
-
Eu vejo que muitas autoras após terem toda a parte escrita da estória pronta, há a duvida sobre a capa. Algumas preferem pedir pronta, ou...
-
Eu ainda digeria a burrada que eu fiz, não conseguia acreditar que cheguei a delirar que ele estava me beijando... Que... Eu acabei retr...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentem e façam uma Autora Feliz!!!