sábado, 9 de agosto de 2014

CP - Capítulo 22

– Finalmente chegou! Edward já estava enlouquecendo aqui. – disse Rosalie ao ver Bella fechando a porta.

Edward caminha tentando esconder seu desespero, tocando o rosto de Bella e beijando-a. Seus olhos correndo por todo o corpo, buscando por algum ferimento. O medo que sentiu ao descer e Rosalie lhe contar que Bella havia saído para comprar o remédio de Elizabeth fez seu sangue gelar.

– Consegui o remédio! – disse para ambos, balançando a embalagem levemente. – eu não demorei tanto assim, demorei? – perguntou receosa.

Havia passado muito tempo dentro de seu carro pensando no que deveria fazer com aquele envelope, como agir sobre a clara ameaça contra Elizabeth. O temor ainda corria por suas veias, mas o medo inicial que a paralisou dentro do carro diante das fotos.

De saber que o pai de James estava próximo de sua boneca, que poderia causar qualquer mal a ela quando bem entendesse e que ainda não fez por que quem ele quer é ela...

Com essa linha de pensamento saiu do seu estupor, voltando à farmácia, comprando álcool em gel e um isqueiro na loja ao lado, ainda longe de casa ateou fogo as fotos, guardando apenas uma: a que ele estava com sua bonequinha, a que continha o endereço.

– Eu não quero remédio, mamãe! – dizia Elizabeth um pouco mais febril do que quando saiu.

– É rapidinho, pequena. – disse tomando a menina ao colo, abraçando forte e beijando a testa quente e úmida.

Rosalie preparou a dose do remédio, dando em uma seringa. Uma forma de Elizabeth tomar sem vomitar.

– Daqui a pouco passa – dizia embalando-a.

– Vai dormir conosco, hoje. Hm – disse Edward em um tom de brincadeira para alegrar a filha.

– Vamos? Eu estou cansada! – disse Bella.

– Boa noite, e se ela piorar de madruga, vocês me acordam? – pediu Rosalie.

– Não se preocupe, Rosalie. Vá descansar. – disse Edward.

Bella ainda pensava se contaria ou não, mas Elizabeth ao lado deles não conseguiria. Preparam-se um de cada vez para dormir, enquanto o outro cuidava da pequena que já estava sonolenta no meio da cama.

Saiu do banheiro e se aconchegou nos braços de Edward, mantendo também em seus braços, Elizabeth. As horas passavam e o sono não chegava para tranquilizar sua mente, passando a noite em claro.

....

– Na posição que esta é um alvo fácil para atiradores e sequestradores – disse Victoria passando pela porta envidraçada.

– Eu sou grandinho, não me abato... fácil – disse James, a ultima parte em um fio de voz ao ver a lingerie de Victoria.

– Vamos entrar? Ficar do lado de fora esta hora é perigoso. Não esta conseguindo dormir? – perguntou puxando-o pelo braço e trancando a porta.

– Não. Acho que me contagiou.

– Como?

– Você ficou rodando pela casa, olhar sempre vago e se instalou na minha casa...

– Eu posso só estar interessada em seduzi-lo, esta funcionando? – perguntou provocativa, erguendo a costura da camisola, levemente transparente. Na intenção de distraí-lo.

– Uma excelente distração deve admitir. Pelo pouco que eu fui informado, sei que esta acontecendo alguma coisa e que você não esta contando.

– Ossos do oficio, tigre. Não seria uma delegada criminalista se saísse por ai contando dos meus casos e suspeitos.

– Meu nome é James – disse um pouco irritado. – e você porque esta acordada?

– Estou pensando. E pensar em uma cama espaçosa como aquela é uma afronta – disse virando e sentando no amplo sofá.

– O que esta sabendo que não contou ao Edward? – disse James servindo uma dose de whisky para os dois.

– Percebeu tigrinho?

– Já disse que meu nome é James. O que não quis contar para Edward? – repetiu entregando o copo.

Victoria respirou fundo antes de contar – seu pai esteve na escola da filha do Edward, assim como na faculdade, ele esteve muito perto de você. Ele esta aprendendo a rotina da Bella e a sua.

– A única rotina que eu tenho é relacionada sobre a faculdade, fora dela sou de lua. – disse amargo – e como ele chegou até a criança?

– Ele esta recendo ajuda de pessoas aparentemente livres de suspeita... ao menos para leigos.

– E para você?

– Certamente seu pai esta seduzindo a professora da menina. Edward deixou claro que a criança deveria ficar ao lado da professora até que um responsável chegasse para buscar...

– E o que pretende fazer?

– Eu tive uma conversa com o delegado que esta me ajudando, não se preocupe que ela já foi convidada a comparecer a delegacia.

– Convidada?

– Eu sou uma pessoa e delegada um tanto quanto excêntrica, isso me ajudou muito.

– Ela terá tempo para fugir ou avisá-lo até amanhã...

Victoria virou o conteúdo do copo, se sentia um pouco ofendida pela aparente descrença de James em sua capacidade.

– Eu não cheguei onde estou por meu rostinho bonito e longas pernas, James – disse alisando a própria coxa e dizendo o nome com um gemido.

James se surpreendeu com a resposta automática de seu corpo. Sua boca salivando ao ver a pela clara exposta, e seu membro saltitando ao ouvi-la gemendo seu nome. E sem conseguir disfarçar o quanto foi afetado, apenas sentou de forma ereta, abrindo um pouco as pernas para aliviar o incomodo de sua ereção. E claro, para disfarçá-la.

– Tenho guardas vigiando a casa dela e uma ordem de quebra de sigilo telefônico. Eu já havia feito isso antes de vir para cá. Uma para a casa do Edward, para a sua, para a diretora e os professores da menina...

– E não conseguiu encontrar nada da professora?

– Nada, nenhum numero desconhecido, ela não é de ligar para ninguém que não seja os pais ou algo da escola... acho que ele esta indo ou realmente esta na casa dela, mas não pude entrar sem uma ordem, ela estava muito cuidadosa.

– E quando conseguirá a ordem?

– Eu estou esperando, meus superiores não haviam liberado antes que o horário terminasse. – disse irritada – quero acabar com isso o quanto antes, por aquele verme nas grades...

– Essa cidade deve ser um tédio para você...

– Longe disso. Ela tem exatamente o que eu procuro, mas não posso usufruir enquanto o caso não for encerrado – disse maliciosa.

James desviou os olhos ao sentir a pele arrepiar, lembrando-se de ter se sentido assim quando beijou Bella. Temeu o que aconteceria se a tocasse. Victoria se ergue sem preocupar-se em cobrir o corpo exposto pela forma que seguia até ele.

Mesmo não tendo os olhos no caminhar dela, sentia a pele arrepiando e vibrando, deixou seu copo vazio sobre a mesa de centro por precaução, evitando que ela percebesse o quanto estava tremendo.

Seus olhos seguindo pela pele desnuda, subindo pelas coxas firmes, vendo superficialmente o tecido vermelho da pequena calcinha que ela usava. Victoria parou a sua frente, tocando em sua nuca e sorriu ao sentir a pele úmida, encaixou os fios entre seus dedos e puxou devagar para trás.

– Assim que eu resolver este caso, tigre albino. Você não me escapa. – disse tocando os lábios entre abertos de James.

Que mantinha os olhos entre a pele exposta dos seios pelo decote em meia taça da camisola e os olhos selvagens de Victoria. Lutou para lembrar o quanto ela foi desagradável nos últimos dias, mas seus olhos e corpo só estavam registrando o fato de que demorou muito a ver quanto ela é gostosa, em como parecia adequado ela estar com as mãos em sua nuca ou em qualquer outro lugar.

Quando Victoria libertou seus cabelos e se afastou foi automático, puxou o braço que estava ao seu alcance, chocando o corpo dela contra o seu, sentando-a em seu colo. Movimento inesperado para Victoria que não esboçou reação, até sentir as mãos grandes em sua coxa.

– Pensa que vai me provocar e sair ilesa? Somos adultos aqui.

– Eu não estou provocando, apenas avisei que não vai escapar quando eu encerrar o meu trabalho.

– Eu não faço parte do seu trabalho – disse arrastando os dedos até ultrapassar o tecido da calcinha, sentindo a pele arrepiada dela, vibrando com seu toque.

Seu cérebro deixou de comandar nesse momento e o que falou mais alto foi seu desejo. Retribuiu o carinho na nuca, puxando-a para um beijo, enquanto deslizava sua mão pela fenda úmida e quente.

Victoria gemeu, perdendo o ar quando sentiu o dedo áspero lhe tocar o clitóris. E James se aproveitou para introduzir sua língua em um beijo quente, sem pressa, fazendo os mesmos movimentos que seus dedos, cada vez mais encharcados.

Victoria perdeu o controle, deixando de lado sua convicção em não misturar trabalho com o pessoal e se entregou aos beijos e caricias. Removendo a camiseta e afrouxando a calça e tomando o membro rígido entre seus dedos, massageando com calma antes de se inclinar e deslizar a língua pela glande extremamente avantajada, assim como todo o membro que sua mão não contornava.

James relaxou sentindo a boca quente contornar e abrigar seu membro, segurando firme os cabelos ruivos, precisava sentir mais e como não alcançaria sua fenda quente, fez o que pode com a pele ao seu alcance e cabelos.

Completamente fascinado com a visão de Victoria, corada, com uma linda expressão de prazer com seu pau na boca, puxou-a com certa violência para não gozar diante a visão, segurando seu membro com um pouco de força e respirando fundo, não gozaria assim, tão rápido como um adolescente que não controla seu orgasmo.

Puxou o corpo de encontro ao seu e a arrastou até o quarto, tempo curto, mas o suficiente para trazer Victoria ao seu estado normal. Já estavam dentro do quarto de James.

Respirou fundo, tentando acalmar as batidas do coração, medindo se valeria apena faltar com a ética do seu trabalho, medindo os problemas que teria quando isso chegasse a algum superior, assim como enlouquecia para estar com ele. Para senti-lo e ver James voltar com o membro envolto pela camisinha, serviu apenas para confundi-la mais.

Ter ou não seu histórico impecável manchado por uma transa que poderia esperar alguns pares de semanas?

– Não. Nós podemos esperar por isso. Esta me distraindo, tigre! – disse erguendo a mão para pará-lo.

Não esperando por uma reação de James, girou abrindo a porta. James foi mais rápido e a segurou, forçando-a a voltar para o quarto e fechando a porta em seguida, colando-a de cara com a porta, colando o corpo nu ao dela, erguendo a camisola.

Victoria gemeu ao sentir o membro tocando sua bunda. James desceu uma mão pelo tecido, separando de seu corpo, infiltrando os dedos por suas carnes, abaixando o tecido.

– Porque deixar para depois o que pode ser feito agora? Eu não vou passar a noite com bolas azuis por algo que queremos. – disse removendo a camisola com dificuldade, já que Victoria se recusava a libertar o tecido.

– Não posso por meu emprego em risco – disse deitando em seu ombro.

– Não se preocupe – retrucou mordiscando o pescoço exposto, agachando o corpo para seu membro tocar a entrada molhada dela – será nosso segredo – disse apertando os seios fartos e penetrando-a em um único movimento.

Victoria trincou os dentes, inclinando a cabeça de propósito para bater na porta, completamente irritada por não conseguir controlar suas emoções e tesão. Mandando as favas o bom senso e retribuindo a cada vibração do corpo másculo colado ao seu.

Entorpecida pelas caricias e habilidade de James, os minutos correram, James não dava sinal de que chegaria ao ápice, enquanto provocava-lhe vários, completamente em seu controle.

Ele sabia, assim como ela que assim que terminasse, não voltaria a acontecer até que o caso fosse resolvido, ele via nos olhos dela. Então buscou todo seu autocontrole provocando vários orgasmos em Victoria. E só quando o sol começou a aparecer, assim como seu cansaço que se permitiu chegar ao fim.

Gozando como nunca antes, ainda permaneceu mirando o rosto suado, corado, feliz de Victoria que tinha um pequeno sorriso de satisfação nos lábios inchados, assim como os olhos sonolentos.

Naquele momento, James teve certeza que precisa dela ao seu lado, queria aquela imagem todas as manhãs. Desconectou seus corpos, mas permaneceu com ela, tomando os seios fartos em sua boca, novamente. Girando o corpo, removendo a camisinha de qualquer modo, jogando pelo chão e dormiu assim.

Lambendo o seio farto, segurando firme a coxa torneada enquanto a mão pequena de Victoria o mantinha atado a ela.

....

Quando começou a clarear, Bella volta os olhos para filha, dando um beijo e gira para olhar o rosto do homem que tanto ama.

Ele ficaria enfurecido e magoado por seu silencio, mas imagina que ele entenderia sua ação quando soubesse o perigo que a filha corria. Depositou um beijo na pele exposta do tórax de Edward e levantou devagar, arrumando tudo com calma e saiu do quarto sem olhar para trás.

Caminhando lenta até o quarto da amiga, Rosalie dormia pesadamente e após pensar um pouco, Bella achou melhor assim. Anotando em uma folha de prontuário de Rosalie para que não levasse sua filha ao colégio e não permitisse que ninguém levasse.

– Bella? – a voz rouca de sono a assustou. Rosalie olhava-a sentada na cama, coçando os olhos. – Elizabeth...?

– Ela já esta sem febre.

– O que aconteceu?

– Preciso que faça um favor pra mim.

– O que – perguntou mais alerta.

– Não leve Elizabeth para o colégio, se Edward disser que levará, diga que fará isso, mas não leve.

– Porque, o que esta acontecendo, Bella?

– Esta acontecendo isso. – disse entregando a foto.

– Céus e Edward?

– Eu não contei.

– Ele precisa saber.

– E saberá, mas não agora. – disse girando a foto para mostrar o recado.

– Você não pode fazer isso, Bella. Não pode ir sozinha...

– Eu sei Rosalie, eu sei. Mas se eu não for ele vai atrás da Elizabeth.

– Isso é uma armadilha. – disse entre dentes

– Eu sei que é! – respondeu no mesmo tom – E por isso você ficará com essa foto. Quando for seis em ponto você avisa ao delegado.

– E ao Edward?

– Não. Ele não. Escuta o que estou te falando, Rosalie. Ele quer a mim, quer me atingir de alguma forma e se ele tiver qualquer um de vocês... ponha-se no meu lugar?

– Tudo bem – disse abraçando a amiga com força.

– Tome, esse é o delegado, ela vai saber o que fazer. – disse entregando o cartão que viu com Edward.

Desceu as escadas as pressas após passar em frente ao seu quarto e quase ficar por ali. Mas estava cansada de viver sobre ameaças, com medo do que fariam com ela, com sua família. Estava farta.

Com o carro no ponto morto seguiu até sair do alcance da janela de casa, ligando o motor e seguiu com cuidado até virar a esquina, em seguida aproveitou-se de ser praticamente madrugada para correr, vendo pelo retrovisor que estava sendo seguida.

Mas Bella conhecia o suficiente do trafego para saber quais lugares poderia entrar e desta forma fez um verdadeiro zigue-zague entre pistas e algumas rodovias, acelerando muito quando possível, deixando o automóvel perseguidor para traz, ao menos em sua mente.

Só então rumou para o endereço, chegando alguns minutos antes e ao mesmo tempo suspirou, sabia que Rosalie não falharia e entre a conversa com o assassino de seus pais e a chegada da policia seria por sua conta, precisaria estender a conversa.

Com o pânico nas veias verificou o pequeno canivete em seu bolso traseiro, firmando a chave do carro do outro lado e seguiu até o hotel indicado, o local pequeno, neutro como a maioria dos hotéis de beira de estrada.

Insuspeito, livre para os planos de John James. Apenas há alguns passos do quarto indicado foi que Bella viu quem a esperava. Carmem estava de pé no batente da porta. Seus passos congelaram, apavorada.

Ainda pior do que imaginava, não era apenas um assassino possivelmente tentando sumir com uma testemunha, mas sua tia, a que sempre mostrou ódio por ela existir esta com ele.

Suas pernas fraquejavam, não conseguia mover o corpo. Tudo o que pedia era para sair viva, em uma fracassada tentativa de controlar o medo se esforçava para voltar a caminhar, mas Carmem foi mais rápida.

Com um sorriso perturbador nos lábios, seguiu ao lado da sobrinha, segurando Bella pelo braço e levando para o quarto. Quem olhasse a cena imaginaria o encontro de amigas, de pessoas que se gostam, quando a verdade era que Carmem afundava as unhas em torno do pulso de Bella quando estavam próximas a porta.

– Finalmente, Isabella.

– O que a senhora faz aqui?

– Imaginou que fosse James? Ah querida, não se preocupe! Ele virá ate você, mas eu não perderia a oportunidade de vê-la pagar por ter matado Charlie.

– Eu não matei! Você esta do lado dele, esse James matou meus pais.

– Você o matou, Isabella. Você não devia ter nascido. Renée não devia ter tocado em Charlie. – sua face ardeu.

Bella não soube como, mas já estava com a face vermelha pela bofetada que recebera. Carmem a encurralara antes que pudesse se recompor.

– Renée, você e toda a raça Higginbotham deveriam sumir do planeta, para tudo ficar completo só falta aquele medico aparecer, os dois mortos. O melhor de tudo foi você não ter uma cria. Aquela menininha não... sua maldita! – praguejou ao se distanciar de Bella após o tapa devolvido.

– Fale o quiser de mim, mas não usa minha filha nos seus jogos sórdidos! – gritou.

Bella não reconhecia esse lado agressivo, nunca ergue a voz, nunca briga. Mas esta era uma situação diferente, estava ali para proteger sua família, proteger sua filha e não permitiria que Carmem tentasse fazer com Elizabeth o que fez com ela. Nunca.

Com essa meta, e toda raiva que sentiu, apenas percebeu retribuir a bofetada quando a tia cambaleou para longe a praguejando. Carmem olhou para Isabella com mais ódio, eu sorriso zombeteiro surgiu nos lábios e caminhou até sua bolsa. Bella estranhou a atitude de Carmem e esperou pelo pior, que ela fosse sacar uma arma e já se preparava caminhando sorrateira em direção da porta.

– Quanto empenho... principalmente pela filha de um homem que não se importa com você. – disse esticando o envelope pardo – tome, vejo com seus olhos como sua vidinha é perfeita. Pegue agora. – rosnou jogando o envelope para Bella.

– Eu não verei nada.

– Por quê? Esta com medo de ver que foi usada, como a vagabunda da sua mãe fez com meu Charlie?

– Mamãe não usou meu pai, eles se amavam. Eu sei que Edward me ama e você não vai me envenenar.

– Não se faça de inocente, maldita – disse retirando fotos do envelope e literalmente esfregando no rosto de Bella, jogando-a sobre a cama e espalhando varias imagens de Edward e Victoria, algumas com James na casa dele.

– Mesmo que fossem fotos deles nus, vindo de você eu nunca acreditarei. Porque tanto empenho em me envenenar contra Edward? E onde esta aquele assassino? O que querem comigo?

– Ele já esta vinda e quando ele chegar vai implorar pra morrer. Porque ele veio cobrar a divida que sua mãe não pagou. – rebateu sombria e Bella sentiu o corpo gelar.

Um relógio apitou ao longe, correu os olhos pelo cômodo em busca do relógio, os ponteiros marcavam 6:10hs. Não poderia esperar mais, não com o que via nos olhos da tia, com o monstro a caminho.

Ergueu a perna dando uma joelhada na perna de Carmem e correu, abrindo a porta e já arrancando a chave do carro e disparando o alarme, entrando e trancando a porta.

Suas mãos tremiam, dificultando o encaixe da chave. O desespero aumentou ao ver Carmem caminhando em sua direção com uma arma escondida parcialmente pelo casaco, finalmente a chave encaixou e girou, o ronco suave do motor trouxe alegria e esperança.

Deu uma pequena ré, girando o volante com força e seguindo para fora do estacionamento, o carro tremeu, Carmem disparou duas vezes. Sua intenção fora acertar nas rodas, mas apenas conseguiu acertar a lateral do carro.

Bella se encolheu, queria seguir para a delegacia. Buscava lembrar o endereço mais seu medo a impedia de lembrar, seu desespero crescia ao reconhecer um carro seguindo-a. o vidro escuro a impedindo de ver quem era, mas imaginava ser Carmem.

Isso a distraiu, se preocupando apenas em driblar os carros a sua frente, desfiando e ganhar distancia o quanto antes. O sol já nascera e o fluxo de carros apenas crescia, dificultando sua passagem, viu a faculdade, passando direto por medo de Carmem disparar e outras pessoas receberem os tiros que seriam para ela.

Disparava olhares ao retrovisor, vendo o carro de sua tia se afastar, com os olhos na estrada tateava a bolsa no banco, lutando para encontrar o celular. Puxando-a ao seu colo e firmou com a perna.

Apertou 3 discando para Rosalie, mas a ligação não foi completada, voltou os olhos rapidamente para o aparelho e quase chorou ao ver “sem sinal” na tela. Reconhecendo algumas ruas lembrou-se do endereço da delegacia e curvou, mas foi fechada por uma picape velha.

O freio chiou, mas bateu a lateral do carro na lateral da picape, seus olhos seguiram rapidamente ao condutor, os fios dourados reluziram quando saiu rápido do carro, mas para Bella foi tudo lento. Seu sangue pulsando em sua veia ao velo caminhar com a arma em punho, apontada para ela.

Não teve oportunidade de olhar para o lado, assim que o motor roncou, John James atirou na roda traseira e dianteira, abrindo o carro e arrancando do banco.

– Vai a algum lugar, lindinha? – disse olhando-a de cima a baixo.

Ouviu outro carro parar, foi girada. Sendo colada ao corpo dele e viu Carmem se aproximar com um sorriso nos lábios.

– Ela me chutou para fugir, precisa de uma lição – disse Carmem erguendo o revolver.

– Ela não vai receber essa lição Carmem. Tenho uma divida para ser paga – disse deslizando a pistola com silencioso pelo ventre de Bella que se encolheu. – obrigada por ajudar, querida.

– Os Swans já atrapalharam de mais sua família, ela tem que pagar!

– Calma, ovelha negra. Depois que eu terminar, você dá o que ela merece.

– Quando você terminar eu não vou poder fazer nada.

– Ela tem as pernas, querida, devolva a altura! Agora vamos – disse virando-se.

A todo o momento e a cada nova ameaça Bella se desesperava mais, completamente confusa com a troca de segredos. Mas não era burra a ponto de não entender o que era o pagamento de divida, preferia a morte.

Tentou levar Bella até o carro em que Carmem estava, era adaptado para qualquer estrada e conseguiria seguir com Bella. Já Bella não conseguia se livrar do braço de ferro, os carros que naquela rua era mínimos, não conseguiam ver o que acontecia, os carros largos e altos impediam.

Vendo apenas o rosto sorridente de Carmem, sendo assim não tinham motivos para parar e ver o que acontecia, enquanto com a porta aberta, John James tentava forçar Bella a entrar e ela apenas jogava as pernas nas laterais, nas portas, puxava tentando fechar. Puxou o canivete do bolso e tentou acertar John James e recebeu um soco no estomago de volta.

– Desgraçada! – gritou verificando o corte no bíceps.

Irritado com Bella, ele apenas apertou os seios dela fazendo-a se encolher ainda mais de dor, se aproveitando para jogá-la dentro do carro e apontando a arma para a cabeça dela.

– Não tente fugir, eu atiro sem pensar uma vez.

– Solte-a, agora! – a voz grossa e conhecida foi o paraíso para Bella – Porque esta fazendo isso? Deixe Bella em paz, pai.

– Olha o meu garoto! – disse segurando Bella pelos cabelos – lembrou que sou seu papai? Volta pra sua escola que eu vou resolver um probleminha.

– Solte-a, Bella não lhe fez nada. Pelo contrario, você matou os pais dela. – disse erguendo uma arma.

– Sei o que esta tentando fazer garoto – disse e atirou no carro de James, furando dois pneus. – a policia não vai me pegar.

Jogou Bella novamente para o carro e dois disparos Bella se encolheu ao ouvir a lataria do carro vibrar com o tiro.

– O que você fez Carmem! – John James gritou soltando Bella e indo ate Carmem.

Seus olhos seguiram para James, caído na beira da estrada, correu ate ele. James mantinha a mão sobre o abdômen, uma mancha de sangue crescia sob sua mão, Bella segurou o rosto contorcido em uma careta de dor.

– Esta sangrando muito James, eu acho que pegou algum órgão. Precisamos chamar uma ambulância – dizia tremendo.

James ergueu a mão livre de sangue ate a abertura da blusa de Bella, infiltrando a mão dentro da blusa, dentro do sutiã, assustando-a ao tocá-la intimamente. Antes que ela se afastasse segurou-a com a mão suja de sangue, então ela sentiu. Algo gélido e pequeno se acomodou na curva inferior de seu seio, seguro entre as peles.

– Rastrea...dor – disse com dificuldade – fuja.

Um novo disparo – E você?

– Vai Bella, por Deus – disse em um só fôlego, desmaiando em seguida.

Engolindo o choro Bella se ergueu tremula e forçou a perna a funcionar, mal havia começado a correr e ouviu um disparo, sua perna latejou. Fraquejou no caminhar e rapidamente estava no chão.

John James já estava com as mãos sobre ela a arrastando de volta ao carro, vendo James desmaiado.

– Você é um monstro. Vai deixar seu próprio filho morrer? Eu não sou nada e ele é seu filho, seu sangue. – gritava recomeçando a chutar a lataria para não ser arremessada dentro do carro. Ignorando a mancha vermelha em sua perna que ardia.

Alguns condutores seguiram devagar na estrada, mas um simples engatilhar do revolver fazia os condutores acelerarem e sumirem da rua. Sentindo a bochecha esquentar com o tapa recebido caiu sobre o estofado, vendo de relance o perfil de sua tia, caia sobre a lataria do carro de James, afogando-se no próprio sangue.

John James, girou a direção rápido, disparando por outra rua, muito estreita para o grande carro de vidro escuro, caindo em outra estrada larga e muito movimentada, Bella sentia a cabeça pesada, alguns pontos de sua visão brilhavam pelo tapa recebido, passou a mão pelo rosto, sua mão avermelhada pelo sangue de James em seu rosto.

Passou a mão discretamente pelo seio e sentiu o rastreador, olhou para a porta, mas estava travada, se segurava no acento e apoio de teto ao ser chacoalhada, pelo carro a mais de cem. Esforçava-se para pensar em algo, mas só havia duvidas, perguntas.

Como James sabia que seria preciso um rastreador? Como ele a encontrou, primeiramente? E por Deus o que seu pai queria que ela pagasse? Que raio de divida seria essa? Ele seria encontrado, sairia vivo? Elizabeth e Edward estariam seguros?

Se para isso precisasse morrer, partiria em paz.

Voltou os olhos para John James, dirigindo atento a estrada, mas uma das mãos que seguravam o volante continha a arma com o silencioso, afastou-se dele, colando as costas a porta do carro. Chamando a atenção dele, que segurou firme a arma.

– Pra onde esta me levando? – perguntou receosa.

Estava sendo levada para o que só poderia ser o inferno, após ver tudo o que fez a cúmplice e ao próprio filho, não se iludiria acreditando que seria bem tratada, estava completamente consciente de que receberia um tratamento pior, mas antes seria tortura.

Se não havia como escapar, ao menos poderia saber os motivos que a levaram a passar por isso e tudo o que viria.

– Fica quieta, se não fosse tão irritante nada disso teria acontecido. – disse esticando a mão e puxando-a para seu lado.

– Eu... eu não tenho dinheiro, minha família é de médicos.... – John James gargalhou apertando a coxa dela enquanto Bella tentava remover a mão asquerosa sobre sua pele.

– Dinheiro eu tenho de sobra “Lolita”, eu teria sido cuidadoso com sua mãe, mas você. Será um prazer te ouvir gritar. – disse e rosnou.

Os olhos frios correram ao retrovisor, notando os vários carros que vinham em sua perseguição.

– O que meu filho te deu? – gritou puxando-a pelos cabelos, fazendo Bella cair sobre o banco.

– Nada! James não me deu nada!

– Deu sim ou os caras não me encontrariam – retrucou acelerando mais enquanto desferia tapas em Bella que cobria o rosto e tentava se livrar da mão pesada.

Por mais que acelerasse os carros persistiam em segui-lo. Estava furioso, empurrou Bella e passou a guiar com as duas mãos, sem medo cortava pelo acostamento com carretas indo e vindo.

– Você vai nos matar! – gritou ao vê-lo cortar pela contra mão, duelando com uma Scaner enquanto um caminhão cegonha se destacava antes da curva.

O carro atravessou o encostamento, lixando a lateral no ferro de segurança, após os dois a estrada estava limpa para John James, sua janela aberta deixou que ambos escutassem os freios e uma batida, Bella olhou apavorada para ele que continha um sorriso nos lábios.

Acelerou nas curvas perigosas, quase as tornando uma reta. Bella olhava o encostamento, os vales e o rio que crescia pela depressão. Tinha a certeza que não sairiam daquela estrada vivos, o carro balançava nas curvas.

Não importa o eu acontecesse em uma batida, o corro cairia pela ribanceira. O chiado de uma moto chamou a atenção de ambos. Bella girou vendo uma cabeleira ruiva brilhar sob sol.

Estava perto de alcançá-los, forçando a mente Bella reconheceu Victoria. Usando uma jaqueta de motocicleta maior que ela, assim como o capacete, encolheu ao ouvir os disparos, John James atirava para desequilibrá-la.

– Não! – gritou sacudindo-o que fez seu revolver com silencioso cair no asfalto.

Mas isso serviu apenas para forçar Victoria a desacelerar para não passar sobre o revolver. Completamente furioso, girou a direção freando bruscamente. Parando o carro a centímetros das barras de proteção.

– Essa vadia vai me atrapalhar – gritou arrancando Bella pelos cabelos. – Se eu não consigo ninguém toca em você e eu acabo com sua linhagem, ajoelha! – exigiu jogando ao chão após passarem da barra.

Bella via o rio serpenteando entre as pedras, nunca sobreviveria se caísse. Mas John James não tinha intenção de jogá-la, teve a certeza quando ouviu outro gatilho armado e alguns passos.

Prendeu a respiração, fechou os olhos e ouviu o disparo.

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