sexta-feira, 3 de abril de 2015

MVA - Capitulo - 14

Fase 2: Eu não vi os meses passarem?

Não me recordo de quantas horas passaram, mas terminava meu terceiro banho e Edward não voltava, a lua já percorrera um bom caminho no céu estrelado que ainda mantinha o tom escuro de azul.
Sai do banheiro nua e decida a permanecer assim. Removi tudo que havia de excesso sobre a cama, deitando sobre o lençol fino após abrir as janelas e receber a brisa fresca no quarto.
Mas isso não foi o bastante e revirei sobre o colchão algumas vezes antes de finalmente conseguir cair na inconsciência. Meus olhos abriram para um quarto semi iluminado, minha mão molhada de suor, após afastar os fios úmidos do meu rosto. Bufei ao ver um lençol cobrir meu corpo, chutei afastando o tecido e um rosnado me assustou.
– Se cubra, Isabella.
Edward estava do outro lado do quarto, parecia querer se fundir com a parede, seus olhos dourados brilhavam com intensidade, era quase perturbador olhá-los.
– Eu estou morrendo de calor... você disse que seria quente, mas não imaginei que seria tanto...
– Isabella...
– Vem cá? – estendi minha mão – por favor?
Esperei pacientemente com a mão estendida até que ele “cansou” e veio ao meu encontro. Seus olhos em minha pele exposta, mordi meu lábio para evitar um gemido ao ver a curva feita por sua língua sobre seus lábios.
Algumas vezes foram o bastante para me viciar em seu corpo, em tudo o que me provoca e uma pequena parte de minha mente lutava para encontrar uma solução para destruir essa distancia que ele insistia em por entre nos.
Assim que sentou me ergui, sentando em seu colo, contornando seu corpo frio. Suas mãos não tomaram meu corpo, pude vê-las caídas ao seu lado. Seus olhos fixos em um ponto longe de mim. Toquei seu queixo.
– Eu te amo, Edward.
– Eu te amo mais.
– Vamos tentar mais uma vez?
– Eu não posso arriscar... você é... perturbadoramente viciante – o frescor de sua respiração em meu rosto foi um alento.
– Eu confio em você, a minha vida é sua. Sei que não me fará mal – sussurrei tomando seus lábios.
Sentindo seu corpo tremer pelo caminho dos meus dedos. Inclinei-me beijando suas pálpebras fechadas, seus lábios cobriram meu queixo exatamente onde havia a marca da mordida, tomando meus lábios nos seus de forma lenta, despertando cada partícula do meu corpo.
O calor e umidade especificas surgiram e gemi saudando-as, descendo meus dedos por sua camisa, me auxiliou, deixando-me livre para tocar seu corpo. Removi sua calça o mais rápidos que minhas mãos tremulas puderam, subindo novamente por seu corpo, agora tão nu quanto o meu. Encaminhando-o de encontro a mim.
Seus olhos viraram nas orbes antes de seu corpo relaxar, iniciamos uma dança lenta. Espalmei minhas mãos por seu peito a procura de mais, sentindo meu corpo responder com entusiasmo e desespero.
– Isabella – sussurrou com a voz rouca, trazendo as novas e bem vindas sensações ao meu corpo.
...
– Você é uma pequena víbora  sussurrou beijando meu pescoço.
Virei olhando-o com cautela, o som brilhava com intensidade lá fora, iluminando o quarto, deixando a visão do anjo em minha frente mais bela do que o normal. Seus cabelos ainda mais desgrenhados.
Não contive o sorriso, deitando sobre seu corpo. Sorrimos cúmplices, sentindo sua mão deslizar por minhas costelas, firmes em meu quadril para nos unir novamente.
– Só estava lutando por isso. Para ter o que é meu – sua gargalhada ecoou pelo quarto enquanto ele sentava e me ajudava a circular seu corpo com minhas pernas.
...
O sol desaparecia e uma lua já estava no céu quando saímos do banheiro, na verdade eu estava em seus braços, minhas pernas fracas e um sorriso bobo no rosto. Com uma escova macia Edward desembaraçou meus cabelos, amarrando o roupão em meu corpo quando desfiz o laço.
– Precisa se alimentar – sussurrou.
Meu estomago tomou aquilo como sua deixa e um barulho alto dominou o quarto, meu rosto esquentou.
– Consegue andar? – perguntou com um sorriso malicioso nos lábios que fez todo o ardor e incomodo entre minhas pernas desaparecer.
Esse é o melhor sorriso e o mais encantador que ele possa ter e é todo meu, gemi erguendo os braços.
Respirei em seu pescoço até sentir meu corpo pousar sobre o banco da cozinha. Beijou meus lábios antes de seguir para a geladeira, em sua velocidade deixou uma maça linda e vermelha em minha frente, quando dei a ultima mordida o aroma de macarrão e queijo derretido já tomava a cozinha.
O belo prato de macarronada e outro com queijo derretido foram colocados lado a lado em minha frente, salivei. Erguendo uma garfada generosa. Seu riso chamou minha atenção.
Seus olhos quase negros brilhavam, caminhou até estar ao meu lado, beijou minha testa e sumiu, voltando segundos depois com um notebook em mãos e removendo o celular do bolso da bermuda.
– Assim que terminar você irá dormir. Tenho uma surpresa, um presente de casamento.
– Edward...
– Já esta em seu nome e será entregue amanhã. Sem devolução.
– E o que seria?
...
Eu sentia minha boca aberta, ainda sem acreditar na enorme embarcação a minha frente. Seria adequado chamar de iate? Edward tomou a pequena bolsa da minha mão, deixando-a ao lado de nossas malas na pequena lancha.
– Gostou?
Tirei meus olhos da enorme embarcação a qual seguiríamos e olhei para o sorriso prepotente do meu marido.
– É lindo.
– E seu.
– Edward! Eu não posso...
– Esse é o meu presente de casamento.
– Um iate de luxo? – minha voz alterou algumas oitavas. – eu não...
– O que é meu é seu.
– O seu sobrenome.
– E o meu dinheiro. Que agora é nosso.
– Edward – eu não poderia aceitar um iate, e alem do mais, o que eu faria com isso? – eu não quero...
– Como eu já disse, o Swan esta em seu nome e é um pouco tarde para reclamar da nossa comunhão total de bens.
– Como é? Eu não assinei acordo algum.
Aquele sorriso surgir novamente e meu coração acelerou, em dois passos finalizou a distancia entre nos, tocando meu queixo e descendo por meu pescoço, colo.
– Teria notado o acordo pré nupcial entre os papeis do nosso casamento se não estivesse ansiosa pela lua de mel.
– Você me enganou? – acusei, novamente minha boca abriu.
Completamente surpresa, seus dentes rasparam, puxaram e mordiscaram meu lábio inferior antes de se afastar. Foi quando uma frase dita entrou em minha mente.
– O Swan?
– Charlie Swan.
– Você... você colocou o nome do meu pai em um iate?
– Imaginei que fosse gostar de levar um pedaço humano seu para a eternidade.
– Você joga sujo – cuspo caminhando pela pequena passarela de madeira – e não pode me culpar por não prestar atenção no que assino para desejar que o homem que eu amo me possuísse o mais rápido e de todas as formas possíveis.
Rebati me recompondo e evitando olhar o iate monstruoso alguns metros mar a dentro. Abri meus olhos e tinha o céu nublado a minha frente, minhas costas apoiadas no chão da lancha, sentindo o tecido leve do vestido subir por minhas coxas e minha calcinha fazendo o caminho contrario.
– Sua língua ferina precisa ser controlada, querida esposa!
– Não sou experiente com casamentos, mas maridos não costumam dar iates luxuosos para as esposas.
– Eu não sou qualquer marido e você não é qualquer esposa.
Suspirei sentindo meu rosto esquentar quando a pequena lancha foi engatada no iate. Dois homens surgiram para auxiliar Edward. Olhei rapidamente para a ilha, meu rosto corou mais ainda. A distancia não era enorme e bem, um deles continha um binóculos sobre o peito.
Olhei meu vestido amassado, meu cabelo desgrenhado... céus! Sentindo meu desconforto, Edward circulou minha cintura enquanto conversa em português com eles.
– Prazer em conhecê-la, senhora Masen. Sou Guilherme, o capitão temporário. – saudou em inglês perfeito, sorrindo para Edward ao dizer a ultima parte.
Os outros dois seguiram com nossas malas. Subimos uma pequena escada em espiral, Edward mantinha as mãos em minhas coxas enquanto eu subia em sua frente.
– Espero que esteja como o senhor especificou a fabrica. – Guilherme respondeu receoso.
Evitei ao máximo olhar os detalhes, mas era impossível ignorar o excesso de inoxidáveis, mármores e vidros espalhados pelo poderoso Charlie Swan primeiro. Aos poucos as praias surgiam e desapareciam em um ponto distante.
Edward permaneceu ao lado da tripulação, acredito que memorizando o funcionamento, estava sentada confortável no sofá ao lado do leme assistindo o comandante sorrir impressionado com Edward.
Diferentes do resto da pequena tripulação Guilherme não parecia intimidado ou amedrontado por Edward, como os outros humanos. No dia seguinte, ao crepúsculo a tripulação desembarcaria.
– Guilherme acredita que posso me virar sozinho. – o sarcasmo em sua voz era palpável e sorri.
– Aquilo na lancha foi alguma demonstração de cuspe a distancia? – perguntei removendo o vestido.
– Nosso momento na lancha? – perguntou trancando a porta da nossa suíte.
– Sim, quando você me atacou com eles nos vendo fazer... – não consegui completar a frase.
– Eles não estariam vivos, Bella. Um deles viu e detestou minha bunda branca. – disse com desprezo, provavelmente imitando a voz do homem.
– Gostou?
– Luxuosa demais, mas gostei – me aconchego entre o lençol de seda e seu corpo, esperando o aquecedor iniciar seu trabalho. – Para onde estamos indo?
– Um cruzeiro pela costa brasileira, vamos até Fernando de Noronha.
Ir aos pontos turísticos e cartões postais com Edward era uma forma única. O sol nos impedia de aproveitarmos o dia, mas as noites eram repletas de visitas proibidas, com seu andar sorrateiro entravamos nos parques, conventos, igrejas antigas e onde fosse possível ter uma linda vista da cidade escolhida.
Assim que o céu tomava a forma alaranjada e os prédios cobriam os poucos raios de sol, entravamos na lancha de encontro a costa. Edward sempre conseguia arrancar sorrisos com sua pontualidade britânica sobre o por do sol.
Confesso que olhar as mulheres brasileiras com seus seios fartos, cintura fina e quadril avantajados me incomodava, seus olhos maliciosas pareciam aumentar sempre que Edward beijava minha mão, sobre a aliança.
Caminhávamos a beira mar, Edward explicava sobre cada Estado que passávamos, enquanto eu comia uma moqueca capixaba, acarajé, tapioca, cucus de milho. O prato típico antes de seguirmos para pontos históricos.
Assim como já havíamos tirado mais de três mil fotos para nossas famílias. Me sentia em um conto de fadas e me esforçava para esquecer que sempre sou arrancada do meu final feliz.
– Chegamos a Camocim – Edward anunciou.
Retirei os fios do meu rosto, o sol já estava mergulhando no horizonte, com sua ajuda consegui amarrar meu cabelo.
– Obrigada, qual o nome que você disse? Camo o que?
– Camocim, que traduzindo do tupi guarani seria algo como buraco para enterrar defunto. – respondeu sorrindo e revirando os olhos.
– Adequado – brinquei.
– Adequado será quando estivermos na Ilha do amor! – sussurrou e sumiu com sua velocidade, voltando com duas mochilas. – vamos passar alguns dias por lá.
– E o iate? Não precisamos...
– Eu sei que quer um pouco de simplicidade, acho que exagerei um pouco... –disse olhando em volta do iate.
– É lindo, Edward. Eu gostei, só é muito extravagante e eu não sei pilotar...
– Eu te ensino, quando for vampira, menos arriscado!  gritei quando me tomou em seus braços e pulou até a pequena lancha.
Atracamos no pequeno cais, o cheiro forte de peixe revirou meu estomago, mas me mantive firme, enquanto um guia auxiliava Edward sobre onde deixar a lancha em segurança e nos levava a pé até o hotel.
Que assim como disse era simples, aconchegante, cores vivas e moveis artesanais. Uma mistura maravilhosa de rústico com aconchegante. Nossa suíte também simples, extremamente simples comparada a qualquer local do iate ou da casa no Rio, mas acolhedora como a casa de Charlie.
– Vamos? – seus lábios brincaram com a pele exposta do meu pescoço. – adoro ver como fica encantadora de vestido, precisamos comprar mais roupas brasileiras para você. – gracejou após deixar as mochilas na poltrona.
– Os biquínis também? – impliquei subindo o tecido leve do vestido rodado.
Meu corpo se aquecia toda vez que seus olhos brilhavam admirados por meu corpo, ajoelhei sobre a cama apenas de calcinha.
– Minha intenção era lhe mostrar a cidade, esperar a madrugada para irmos até a praia da ilha do amor. – sua voz rouca.
– Eu só quero mostrar o que pretendo fazer quando estivermos lá... – retruquei.
A cada nova entrega eu me tornava mais desinibida para dizer e fazer o que eu queria com Edward. Sorri quando senti seu corpo sobre o meu.
– Lembre-se que não podemos quebrar essa cama – alertou.
Uma noite longa, a qual não fechei meus olhos. Pura chama. E até nesse quesito Edward é melhor, seu corpo sempre disposta a atender o meu, assim como o meu ao seu.
Meus dedos afundaram na madeira nobre da cabeceira, meu corpo sacudindo de acordo com os choques de seu corpo no meu, sentindo o sorriso em meus lábios enquanto uma lua cheia e branca brilhava no céu estrelado, unindo-se as estrelas em minha visão.
Seus dedos cobriram os meus, um incomodo em meus dedos quando o sangue voltou a circular, permanecia encostada em seu peito, deixou uma mão sobre minha testa, retirando os fios úmidos e refrescando.
– Vamos tomar banho para que possa dormir um pouco.
– E a ilha do amor?
...
Seus cabelos tomavam uma coloração única sobre a luz da lua. Algo púrpura, enquanto a minha tomava um luminosidade suave, seus corpo cobria os ventos fortes de gelarem minha pele, enquanto seus dedos brincavam por todo meu corpo.
– O que esta pensando?
– Estou memorizando... essa lua sobre nos, repassando em minha mente a visão do seu corpo sobre o meu. Fazermos aqui, dentro da água, foi tão... – um bocejo escapou.
– Você precisa descansar, vamos para o hotel.
O sol invadia o quarto, iluminando uma pequena parte da cama, um pequeno clique me despertou por completo e olhei na direção do barulho, Edward sorria fraco. O notebook em seu colo e o celular com a tela iluminada sobre a mesa redonda e pequena.
Levantou e caminhou até me abraçar e beijar minha testa, o abracei gostando do frescor causado por sua temperatura.
– Aconteceu algo?
– Não.
– Você esta mal humorado.
– Impressão sua, só estava preocupado com você.
– Comigo?
– Você não mexeu ou falou durante o sono, roncou alguns vezes quando eu mudava sua posição ao verificar sua temperatura.
Ergui os olhos confusa. – Eu não ronco e desde quando eu parei de falar enquanto durmo?
– Desde que saímos da ilha Esme.
– Eu tenho sonhado tanto... vou ao banheiro – sussurro beijando seu peito e levantando devagar.
Minhas pernas estavam doloridas, assim como os músculos das minhas costas. Penteei meu cabelo antes de entrar na ducha, após me higienizar. Estava desembaraçando a ultima mexa de cabelo e sairia do banheiro quando o papel na porta chamou minha atenção.
Um calendário em português, mas conseguia entender um pouco. Já estávamos em setembro? Mas eu nem... ai meu Deus! Acalme-se, Isabella. Meu coração martelava e não precisei contar os segundos até Edward bater na porta.
– Bella?
– Eu estou bem! – minha voz saiu esganiçada. – eu só escorreguei no piso. – voltei o olhar para o calendário, mas Edward abriu a porta.
– Você esta pálida.
– Foi o susto – e você querer me matar... eu não posso pirar agora, respirei fundo olhando seus olhos negros – você precisa caçar. – assim não fica tentado a me matar. – e que dia é hoje?
– Estou esperando anoitecer para tentar encontrar algum animal, hoje é seis de Setembro...
– Passou tão rápido... – como eu não vi os meses passarem?
– Estava pensando se quer passar a seu aniversario aqui ou voltarmos para Forks...
– Você tem caçando muito ultimamente...
Sua sobrancelha ergueu, a testa franzida. – Sim. Tenho caçado com mais frequência, acho que nosso desejo tem sugado minhas forças...
Ou o sangue tenha ido para outro local... meus olhos seguiram a trilha de pelos ruivos que sua bermuda deixava transparecer.
– Esta acontecendo alguma coisa? – desconfiança escorria em cada silaba.
– Não. – ainda. – podemos deixar para voltar mais perto do meu aniversario? Quero conhecer Fernando... Fernando de...
– Noronha.
– Isso. – acho que não voltarei tão cedo...caso eu esteja certa é melhor aproveitar.
– Vou fechar a conta.
Apenas meneei a cabeça e assim que ouvi o clique da porta, fechei a do banheiro, revirando as folhas do calendário, contando e recontando. Não havia como errar uma conta, com um atraso de quase dois meses.
Toquei minha barriga plana por sobre o tecido, seria mesmo possível? Então outra possibilidade surgiu em minha mente e me trouxe lagrimas, não queria pensar nisso, mas se ele não pensar talvez os outros Cullen pensem... minhas mãos suavam e meu corpo estava levemente tremulo.
O clique na porta do quarto me assustou, olhei meu reflexo no espelho e abanei minhas mãos em frente meus olhos para que as lagrimas se desfizessem, destrancando a porta enquanto Edward me chamava do outro lado e fingi um bocejo.
– Vamos? – meneei – ainda com sono? – meneei novamente.
Não sabia se poderia encontrar minha voz e não estava disposta a pagar para ver, segurei firme sua mão, brincando com a aliança. Caminhamos pela avenida beira mar, as nuvens laranjas e roxas rodeavam o céu que começa a tornar-se escuro.
Cada minuto de Camocim até chegarmos a Fernando de Noronha foi aproveitado ao máximo. Uma aula exclusiva e sexy foi um dos pontos altos, meu corpo esquenta ao recordar nossos corpos colados, o meu suado enquanto me esforçava para não abandonar o leme e voltar toda minha atenção ao seu corpo de encontro ao meu.
Assim como precisei conter as lagrimas quando sua mão espalmou sobre minha barriga.
Cada minuto se tornou precioso, até que dois dias antes do meu aniversario, Edward decidiu que retornaríamos. Ainda passamos um dia em Cancun antes de embarcarmos para L.A de onde tomaríamos um voo para Seattle.
– Bella? Chegamos. Esta melhor? – as sobrancelhas grossas crispadas de preocupação. Meneei confirmando.
Ao que parece o enjoo só estava esperando por minhas suspeitas para se apresentar de forma violenta. Durante os poucos mergulhos feitos em Fernando de Noronha, onde vomitei três vezes na pequena embarcação que me permitia sentir o balanço do mar, retornei com uma onda de enjoo durante os voos. O mais violento quase não me permitiu chegar ao sanitário do avião.
– Comida de avião é horrível – eu não estava mentindo, assim que coloquei o sanduiche na boca foi como ter areia e algo azedo em minha língua.
– Assim que chegarmos, vou pedir para Carlisle lhe examinar.
Concordei desviando o olhar, eu não poderia negar e bem se Carlisle me examinasse removeria todas as duvidas.
Esme nos esperava, sorriu ao nos ver e correu em um abraço que alcançou a ambos. Seu sorriso contagiante transbordando felicidade, eu não precisava ter o dom de Edward para saber o que o sorriso direcionado ao filho significava e quase gargalhei quando tomou as finas bochechas de Edward em um aperto.
– Mãe! – resmungo interrompendo o carinho e beijando os dedos dela. – vamos para casa.
– Temos uma surpresa para vocês, sei que o grande dia é só amanhã, mas resolvemos dar aos dois.
Edward beijo-lhe a testa – e o iate?
– Jasper esta cuidando disso!
O caminho a até a casa Cullen foi feito em silencio, meu organismo já estava acostumado com o horário do Brasil e meu sono apenas começava a aparecer. Seu braço circulou meu corpo, beijando minha cabeça antes de iniciar uma conversa com Esme que sorria para a estrada.
Uma pequena comitiva nos aguardava quando saímos do carro, gritos e felicitações me deixaram confusa por alguns segundos, meu corpo foi erguido e arremessado, o que me assustou e minha visão girou em uma forte vertigem, batendo meu corpo mole no peito de Emmett.
– Ei, branquela? – sua voz apavorada. – ela esta ficando verde.
Sem forças me afastei de seu corpo girando sobre o pequeno gramado e vomitando água, que era a única coisa em meu estomago.
– Chega, chamem o Carlisle – Edward parecia irritado, mas sua voz estava distante, muito baixa enquanto meus ouvidos zuniam. – Bella? O que é isso? – seu rosto confuso girava em minha frente, desaparecendo.
– Não sei, não consigo entender – a frase de Alice foi a ultima coisa que ouvi.

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