Foi mais fácil e mais rápido nos arrumarmos na casa do jake,
ele, Charlie e Billy se arrumaram rápido, enquanto eu e Pamela separávamos
nossas roupas, depois seguimos para nossos banhos, Pamela sempre foi mais perua
do que eu, portanto cuidou da nossa maquiagem. Saímos do quarto de uma das
gêmeas já arrumadas. Meu pai e os Blacks nos esperavam na sala.
– Nossa! – foi à primeira coisa que escutamos.
– Exageramos? – perguntou Pan.
– Esta perfeita, digo, estão lindas – disse Jacob todo
atrapalhado.
– Fizemos o que podemos – gracejou Pan, dando uma voltinha.
– Sim Emma watson! Esta perfeita – brinco.
– Então vamos? – disse Billy – estou louco pra comer os
quitutes da Sue! – disse batendo na barriga.
Charlie ajudou Billy com a cadeira e Jake deu o braço para
nos, Billy foi com meu pai da picape deles e Jake nos levou na minha picape.
Quando chegamos, já haviam vários garotos e alguns adultos em conversas
alvoroçadas, Seth veio ate nos, ajudando Pamela e Jake me segurou, passando
protetoramente o braça por minhas costas, na altura do ombro. Charlie e Billy brincaram
com Harry e outro senhor como se fossem crianças. Os três se revezavam em girar
a cadeira de Billy e fiquei preocupada com ele, meu pai deveria ser mais
cuidadoso não é?
– Meu pai esta seguro Bells! Eles sempre fazem isso, eu só
me preocupo se ele ficar sozinho com o Harry e Charlie, quando estão bêbados, o
velho Ateara não vai permitir.
– Ele é o avó do Quil?
– Falando de mim gata? – disse Quil aparecendo em minha
frente e me assustando, fazendo-me dar um passo pra trás e esbarrar em Jacob que
me segurou rápido.
– Eu deveria te dar uns tapas Quil! – disse Jacob colado em
mim, de uma forma estranha eu não me importei, me sinto segura.
– Só estava brincando, não vou machucar a sua garota! –
senti meu rosto queimar, abri a boca pra falar, mas nada saia, diferente do que
eu pensei, eu não senti vontade de questionar, se ficar ao lado de Jake me
transforma em sua garota... Não vejo problema nisso! Sei que é errado, mas eu
gosto de sua companhia, me faz bem.
– Bella? – ouvi alguém me chamar e quando viro encontro quem
só poderia ser Emily, as cicatrizes deformavam um lado do lindo rosto, apesar
de tudo Emily é a índia mais bela que conheci, mesmo com a beleza que Leah
esconde com sua carranca infinita.
– Oi?
– Prazer em conhecê-la, Pamela fala tanto de você... – disse
me abraçando – fico contente em poder conhecê-la!
– Obrigada! Também fico feliz.
– A filha do chefe Swan, tal pai tal filha! – ouço a voz
grave de Sam, ele se aproximou abraçando-a por trás, seus olhos gentis, para
mim e para Jacob, este que ficou tenso com a aproximação.
– Onde esta a Pamela?
– Eu não sei, ela... - viramos procurando por minha amiga
que desapareceu entre os convidados, os garotos da gangue de Sam também estão
aqui, vi-a do outro lado, conversando com Leah, ela... Fez Leah sorrir? Leah
estava sorrindo e tocou a barriga de Pamela – esta com a Leah – digo olhando
para Sam. Havia um sorriso que pareceu sincero, mas que estranhamente não
chegou aos olhos e vi culpa passar por suas orbes.
– Melhor deixá-las conversando – disse Jacob um pouco rude,
Sam o olhou firme, sem retrucar.
– Não vamos atrapalhar... Vamos olhar o pessoal? - disse
Emily
– Sim, vamos – disse Sam afastando Emily, indo ate Harry e o
velho Ateara.
– Acho que isso não vai dar certo...
– Você sabe sobre eles?
– Sei, não seria errado se Leah se ofendesse com isso! –
digo virando para ele – vamos nos alimentar, esse frio será insuportável! Vou
aproveitar de minha condição de maior de idade e beber um pouco...
– Será que o chefe Swan permite?
– Ele não precisa saber... – digo e fomos nos servir.
A decoração da mesa esta perfeita, vários quitutes, frutas
de todos os tipos e algumas tropicais. Jacob me apresentou a jabuticaba, disse
que Sue gosta muito e que esta é uma fruta tropical, do Brasil especificamente.
Com reseio eu provei de uma, muito doce. Provamos de outras frutas, conversamos
pouco com Pamela, que estava em uma conversa infinita com Leah, só entendi
depois que ela a distraia, para que ela esquecesse que o ex-noivo, o cara que
ela possivelmente ainda ama esta com a prima dela, na festa, abraçados e com
beijos de hora em hora.
Peguei uma das canecas escuras que tinham por ali e me servi
de vinho tinto, estávamos no momento nostalgia, que acredito acontecer em todas
as festas de natal, onde todos os parentes que não se veem a meses ou ate anos,
fazem uma rodinha e contam histórias do tempo que nem éramos nascidos, Harry
foi quem começou, contando como conheceu sua Sue. Todos ficaram atentos, ate
Pamela e Leah pararam para ouvir.
Sentei ao lado de Jacob, seu braço quente me esquentando, à
noite apesar de iluminada por uma lua cheia, ainda era gelada, uma brisa leve
passava cortando nossa pele, a neve deu uma pausa na noite de natal, mas
parecia não aceitar a trégua por muito tempo! As conversas entrarem em tópicos
desgostosos para mim, após todos sorrirem bobos com a historia de Sue e Harry,
as garotas novas começaram a exigir que Pamela contasse sobre sua história,
queriam saber sobre o pai do bebê e como ela estava com relação a gravidez
adolescente.
Eu não queria ouvir e ver isso, um assunto que deixa minha
amiga mal ou pelo menos deixava, seria a primeira vez que ela falaria sobre
esse assunto após ver Alex como um vampiro. Ela sorriu e impediu meu pai,
quando ele tentou matar o assunto antes que ela passasse mal, eu não queria
ouvir aquilo, vários casais espelhados pela festa, muito romance me cortava a
alma. Eu só queria esquecer por essa noite sobre o mundo místico. Ergui-me
silenciosa e me afastei da festa, caminhando para a sala quente da casa do
Harry. Me aconchegando no sofá extremamente espaçoso.
– Você não curti falar sobre isso não é? Isso não foi sua
culpa – disse Jacob sentando no chão ao meu lado.
– Eu não posso explicar Jacob, mas eu sou culpada por isso.
– Aconteceu porque era a vez dele...
– Eles não estão juntos por minha ...
– Bells? Meu pai que dirigia o carro no acidente em que
minha mãe morreu. O lado dele estava pior, mesmo assim ele sobreviveu. Ele se
ferrou todo, minha mãe levou pancada na cabeça e no abdômen, só isso causou a
morte dela.
– Isso não muda nada.
– Não se pode evitar o inevitável! – disse levantando e
sentando ao meu lado – mas vou parar por aqui, você é filha do chefe Swan, não
adiantará lhe dizer nada...
– Qual o problema em ser filha do chefe Swan? – digo
irritada e intrigada com isso – todos parecem usar meu pai para me definir! –
Jake riu e tocou meu rosto.
– Todos conhecemos o chefe Swan como o cabeça dura. Depois
que ele põe algo na cabeça, nada que dissemos o faz voltar a trás, não ate que
ele prove o contrario e você é toda o seu pai! – disse colocando uma mecha do
meu cabelo atrás da orelha.
Jacob estava perto de mais, se aproximando mais a cada
segundo. Eu não sabia o que pensar, eu disse que pensaria, mas... eu ainda não
havia parado pra pensar, eu me sinto bem, segura e por sua conduta em todos
esses meses, eu sei que ele não me faria mal, não me machucaria, não
intencionalmente. Mas acima de tudo ele é meu amigo, eu estimo sua amizade, sua
respiração batendo em meu rosto, me trouxe para a realidade, se eu quisesse
parar a hora é agora.
– Jacob...?
– Só vamos tentar... – sussurrou com os lábios próximos dos
meus.
– Eu disse que ia pensar Jake... – digo pondo meus dedos
sobre seus lábios, impedindo que tocasse os meus.
– Não precisa me responder hoje Bells, só vamos... curtir? –
sussurrou tocando meus dedos – só por hoje – disse removendo meus dedos – só
sinta – dito isso tocou meus lábios.
O gosto de chocolate em sua boca, misturou com o vinho em
minha boca, nossa temperaturas chocando, só nesse momento me dei conta do quão
gelada estou, sua mão quente invadiu me casaco, segurando firme em minhas
costas, enquanto sua outra mão apertava minha nuca. Sua língua invadindo minha
boca, escaldando em todas as direções, bom, muito bom. Apertei minha mão por
sua nuca, sentindo a textura, a temperatura escaldante. Jacob mexe comigo, isso
eu não posso negar. Quebrei o beijo me afastando, levantei rápido de mais e o
vinho fez efeito, tudo girou e antes que me estabacasse, Jacob me segura.
– Você esta bêbada?
– Claro que não, eu levantei rápido de mais, esqueci que
essa porcaria não pode ser bebida em exagero sentada, daqui a pouco para – digo
e Jacob me puxa, ela se apoia no sofá e me segura colada ao seu corpo,
esperando pacientemente.
– Eu quero muito isso, mas não com você bêbada. Não vou
insistir.
– Eu já disse que não estou bêbada e a tontura já passou.
Olha Jacob eu... – ele mantinha os olhos vidrados em mim, esperando minha
resposta. Porque não? – promete que sempre será meu amigo? Acima de tudo?
– Eu já disse Bells, você não se livrará de mim, serei o que
você quiser que eu seja – sorri com suas palavras.
– Nunca quebre essa promessa ou me quebrará para o sempre.
– Nunca, eu sempre ficarei ao seu lado, sempre a manterei
segura – disse beijando minha testa. Suspirei e me aproximei mais. Acabando com
a distancia entre nos.
Desta vez foi a minha vez de tomar atitude, passei minhas
mãos por sua nuca, sua mãos circularam minhas costas por dentro do casaco,
estávamos quase da mesma altura, sua respiração rápida em meus olhos, olhei
para seu rosto, sua bochechas pareciam rubras, seus olhos fixos nos meus.
Toquei seus lábios, um beijo suave. Aos poucos íamos aprofundando, sua língua
quente tocou meu lábio superior e pediu passagem que aceitei. Sua temperatura
me dominado, deslizei minha língua por sua boca, muito quente, deixando o beijo
ainda melhor, uma de suas mãos seguiram para apertar meu quadril e a outra foi
para minha nuca, me apertando ao seu corpo, eu não contive um gemido alto
quando toquei sua língua com a minha. Fogo e gelo.
Me apertei mais a ele, o beijo começava a se transformar
para algo voraz, já não vasculhávamos, agora provávamos dos lugares
descobertos, seus lábios carnudos deixavam tudo ainda mais gostoso, suas mãos
me apertavam mais e me deixou querendo estar ali, com ele. Nos separamos quando
o ar se fez ausente. Nos olhamos ofegantes, Jake mantinha um sorriso bobo nos
lábios.
– Como eu esperei por isso! continuarei esperando que sempre
se repita – disse espalhando beijos por meu queixo e pescoço, inspirando
profundamente em minha nuca. Beijei-o e logo Jacob atacou meus lábios!
Aaaaaaahhhhhhhhh muleque! – ouvimos um grito na sala – o
Jacob e a Bells estão de amasso na sala! –gritou Seth da porta da sala que
estava escancarada.
Eu vou te matar pirralho – disse Jacob se desvencilhando de
mim.
Perseguiu o Seth por todo o quintal, ele continuava
gritando, que estávamos namorando, que estávamos aproveitando do sofá dele,
encostei na porta e ri deles, Jacob agarrou Seth pelas pernas, quando ele
tentou pular por cima da cerca, o levantando antes que ele batesse o queixo na
madeira e literalmente esfregou a cara dele na neve do outro lado.
– Arrasando corações em! Que fofo! – disse Pamela ao meu
lado me assustando. Só então lembrei de todos e do meu pai, todas as mulheres
me olhavam assim como meu pai, os outros riam do Jacob e do Seth. Billy disse
algo e bateu nas costas de Charlie que não havia esboçado nenhuma reação. Jacob
veio arrastando Seth ate onde estava, sacudiu o coitado na minha frente. O
rosto molhado de neve.
– Desculpa Bells? – sorri do jeito sem graça dele e desci o
pequeno degrau.
– Solte-o Jacob! – digo removendo a mão dele da nuca do
garoto– vá se divertir Seth - ele sorriu e correu o mais rápido possível! Jacob
se aproximou devagar.
– Desculpe por isso, ele não sabe calar a boca. Eu posso
negar se quiser...
– Não quero, seria melhor ficar entre nos por um tempo, mas
fomos descuidados... – digo dando de ombros– agora é encarar – sorrio para
acalma-lo, ele parecia em duvida se tocava ou não em mim.
– eu não vou mordê-lo Jake! – digo rindo.
Terminou a distancia entre nos, se pondo em minha frente.
Tocando meu rosto e se inclinou. Tocando nossos lábios, entre abri os meus, mas
continuamos apenas com o tocar de lábios, nenhum show na frente dos nossos
pais!
– Isso aê filhão! – ouvimos Billy gritando.
– Não esqueçam que tenho licença para vários tipos de arma –
gritou o meu pai e Jacob tremeu um pouco.
– Dê o braço a torcer seu velho enjoado, queria isso tanto
quanto eu! – disse Billy empurrando Charlie.
O restante da noite foi passado em meio a brincadeiras,
bebidas, podres familiares, nada muito chocante. O famoso: “a bebida entra e a
verdade sai”! Jacob não desgrudou de mim, Pamela e Leah sentaram perto de nos,
mas ainda estavam concentradas em suas conversas. Rodeamos a enorme mesa para a
ceia, um clima descontraído. Eu havia ganhado uma grande família de loucos e
barulhentos.
E estou imensamente feliz com isso. após a meia noite
trocamos as bênçãos e presentes, Jacob me deu uma pulseira com uma arvore, uma
oliveira, entalhada na madeira da própria arvore. Fiquei sem palavras, o mais
estranho é que eu havia comprado para ele um pingente de prata em forma de um
carro, com o símbolo do infinito na traseira.
– Isso é só um lembrete que sempre será meu amigo, acima de
tudo e de todos - ele pareceu gostar, entendo o que quis dizer sobre amizade.
Na hora de ir embora foi complicado, Billy e Charlie haviam
bebido muito e Harry e o velho Ateara achou melhor eles ficarem por lá, Harry
pediu que Leah fosse conosco para a casa do Jake. Leah não reclamou, pareceu
gostar da ideia. A neve começava a cair fortemente. Nos engavetamos no pequena
caminhonete, fazendo Pamela vir esparramada ente o meu colo e o da Leah.
Na hora de descer Jacob foi o primeiro e removeu Pamela, a
levando no colo ate a varanda, onde a deixou abrindo porta e veio nos ajudar, a
neve deixou tudo escorregadio e Leah e eu tivemos problemas em subir os
degraus. Já dentro da casa a coisa era diferente, ela estava muito quente,
removemos nossos casacos e sandálias.
– Tem problema se eu deixar o banho pra amanhã? Eu não estou
a fim de encarar essa água hoje.
– Você é a grávida, tem desculpa! – disse Leah rindo.
– Vou pegar os cobertores – disse Jake.
– A Leah vai dormir comigo no quarto das gêmeas e você no do
Jake ok? – antes que eu pudesse retrucar ela solta – ele dorme do Billy... Se
vocês quiserem é claro!
– Cobra – sussurro para ela que segui para o quarto com Leah
rindo logo atrás. Sentei na sala enquanto eles se organizavam.
– O que foi Bells? Eu durmo no quarto do meu pai, sem
problema!
– Tem certeza, eu posso dormir no do seu pai, não quero
encomodar ainda mais...
– Não é incomodo, alem do mais. Seu cheiro ficará em minha
cama, eu gosto do seu cheiro de morangos – disse e beijou meu pescoço.
– Tudo bem!
Ele me levou ate lá arrumou a cama e depois saiu, as meninas
já estavam dormindo e minha bolsa ficou presa no quarto que estava trancado,
não há chances que eu durma com esse vestido, nem sem ele! Sem hipóteses, me vi
obrigada a pegar um roupa do Jacob, abri a primeira gaveta e por sorte havia
uma blusa preta ali, vesti após arrancar meu vestido e o sutiã que me matava.
Deitei toda embrulhada em sua pequena cama, me cabia perfeitamente, mas como
coube ele? Isso eu não saberia. Não demorou para a inconsciência me levar, não
sei se já havia dormido algum tempo antes de tudo começar ou se foi
instantâneo, mas a impressão foi esta, o pesadelo veio vívido, extremamente
colorido. Muito real.
Eu andava pela floresta da reserva, estava com medo. Sentia
olhos de varias formas, cores e tamanhos me vigiando. Edward a minha frente,
olhos chocolates surgiram a minha volta, o medo que eles se enfrentassem
retirou minha atenção dos outros olhos, um par de olhos vermelhos e femininos
surgiu a minha frente, suas garras rasgando meu pescoço antes que eles
impedissem.
Acordei aos gritos, Jacob me apertava em seu colo, me
segurando como se me ninasse, dizendo que tudo ficaria bem. Apertei-me a ele,
porque isso? Porque eu não posso esquecer de tudo isso? Porque não posso seguir
em frente?
– O que foi isso Bells? Quem é Victoria? – Victoria? Olhos
vermelhos. É ela... Segurei-me mais a ele e não respondi sua pergunta – Eu vou
te proteger Bells, fica calma.
– Foi um pesadelo, só um pesadelo – digo me apertando ainda
mais.
– Ficou perfeita em você – disse tocando a barra da sua
blusa e só então me dei conta do meu estado, a blusa subiu, deixando minhas
pernas a mostra, sua mão perigosamente perto do elástico da minha calcinha. Me
afastei, saindo de seu colo e puxando a blusa para me cobrir.
– Desculpe, a minha bolsa ficou presa no quarto com as
meninas – digo puxando o edredom.
– Desculpe Bells, eu não queria ser intrometido ou
desrespeitoso, mas seus gritos me preocuparam, se precisar eu estou no quarto
em frente – disse me dando um beijo na testa antes de levantar.
– Espera – minha boca disse, antes que eu pudesse filtrar –
ahhh fica comigo ate eu dormir? – eu queria mais que isso, mas freei antes que
escapasse – você... me acalma – confesso e abaixo a cabeça, neste momento
percebo a merda que eu fiz, Jacob estava de boxer azul, apenas isso, sinto meu
rosto corar, viro para a parede.
– Eu vou me vestir e já volto – quando ele disse isso, me
virei para a parede, ouvi o barulho da gaveta, do tecido sobre sua pele. Puxou
o cobertor e deitou, me puxando para seus braços – prontinho, protegida e
quentinha – disse beijando minha testa e começou a cantarolar na língua
Quileute, mesmo sem entender nada a melodia me acalmou, seu cheiro impregnando
em minhas narinas.
...
– Muito bonito em dona Isabella! – ouvi ao longe, mas firme,
a voz do meu pai.
Me mexi desconfortável e calorenta, mesmo assim abri os
olhos com muita preguiça. A parede a minha frente, o edredom cobrindo apena
minhas pernas, uma das pernas de jake estava infiltrada entre as minhas e a
outra por cima do edredom, seu corpo colado ao meu, eu estava embrulhada em seu
corpo, um volume enorme batendo na base das minhas costas, ainda tentava me
situar, quando o braço de Jacob é arrancado de cima de mim. E levantei
assustada com o barulho de seu corpo batendo no chão de madeira.
– Que o que? – Jacob dizia assustado, olhando para todas as
direções – Charlie? – ohhh merda.
– Vá se vestir Isabella! – disse seco, jogando o casaco que
usei noite passada em cima de mim. Então entendi o que aquilo parecia para ele.
– Não é nada disso pai, não aconteceu nada entre nos! –
Charlie me olhou irritado.
– Charlie, digo senhor Swan, eu não faltei com respeito a
sua filha, eu amo a Bells e jamais faltaria com respeito.
– Jake... Eu estou me segurando pra não atirar em você...
– Vá se higienizar filho, sua ereção não esta te ajudando –
Instantaneamente meus olhos foram para sua ereção, Jacob havia removido a
bermuda. PQP! É vergonha de mais!
– Desculpe. Isso não é por causa... – disse recolhendo a
bermuda. Billy saiu com um olhar do meu pai.
– Eu tive pesadelos, Jacob se assustou com meus gritos, eu
pedi pra ele ficar. Não aconteceu nada –Charlie caminhou e sentou ao meu lado,
ficou um tempo assim, apenas olhando o nada e respirando fundo.
– Não foi nada Bells. Eu só... eu chego pra busca-las e
vocês não aparecem na sala, já passou da hora do almoço, quando eu entro
encontro um cara te... en... encoxando. A minha filhinha...
– Um enfarte... trocamos um enfarte de presente de natal! –
digo rindo. Charlie também riu.
– Va se trocar, vamos ficar por aqui hoje! A estrada esta
fechada, muita neve – disse me dando um beijo e se afastou.
...
– Eu realmente pensei que Charlie ia me matar! – disse Jake
rindo – ele disse que se eu me atrevesse a te... abraçar daquela forma, ele
arrancaria meu fígado no tiro!
– Ele só se assustou, afinal, era pra me fazer companhia ate
que eu dormisse... – digo me virando e tocando no pingente que eu havia lhe
dado. Estávamos na garagem, ele já havia pendurado o pingente no retrovisor do
carro.
– Você gostou, seus pesadelos não voltaram e... - disse se
aproximando – me chamou – disse me abraçando por trás – então gostou de tudo?
Podemos continuar ou ficou comigo como presente de natal? –viro para olhar seus
olhos, ele estava triste, ainda sem acreditar, sorri para acalma-lo.
– Não, Jacob irritante persistente Black, eu fiquei com você
porque eu quis – digo segurando seu rosto entre minhas mãos. Me esticando para
beijá-lo.
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