sábado, 22 de junho de 2013

50T - Capítulo 2

Ao seu dispor. Essa frase ficou por dias na sua cabeça. O que significaria ao seu dispor? Pelas suas pesquisas uma sub deveria obedecer, servir e ele disse que ficaria ao dispor dela.


Ambos fizeram um acordo, a pedido da própria Anabel, de conversarem pelo MSN um tempo antes de se encontrarem. Não foi exatamente do jeito que ela imaginou. Esperava conversas picantes até altas horas.

O que Lucas, o tal dominador, fazia era bem diferente. Ele tinha lhe dado uma “tarefa”, deveria pesquisar sobre BDSM todos os dias e fazer perguntas a ele. Além disso tinha que sempre ligar a webcam. Deveria somente usar vestidos e saias, que ele adorava. Isso só para começar. Um vez, durante uma das conversas, ele mandou que ela trocasse de roupa e colocasse algo mais feminino do que o macacão que ela usava, que era justo e super sexy. Ela riu e conseguiu a promessa de ser educada ao vivo.

Ele havia dito que era advogado e tinha um escritório no centro da cidade. Não era rico, mas tinha uma vida confortável. Seus pais estavam vivos e moraram numa cidade vizinha. Tinha dois irmãos, uma cunhada e quatro sobrinhos. Falavam sempre de coisas ligadas a família ou sua dúvidas sobre BDSM.

Duas semanas passaram nesse ritmo. Pesquisar sobre o assunto, elaborar as perguntas que achasse pertinentes, cuidar dos assuntos da faculdade, ignorar os telefonemas e visitas do Henrique.

Todos dias dias falava com Lucas e ao final de duas semanas não se falavam somente por MSN, mas também por mensagens de celular. Nunca havia ouvido a voz dele, mas suspeitava que seria algo que faria amolecer suas pernas.

Tudo relacionado a Lucas era de amolecer as pernas. Cada vez que abria a webcam e ele aparecia ela sentia um friozinho na barriga e um apertar em sua entranhas que nunca tinha sentido antes.

Ele havia se mostrado exigente em relação a sua aparência também. Gostava de seu cabelo solto e natural, maquiagem leve de dia e olhos bem marcados a noite, queria ela de saltos altos sempre e que ela tivesse uma boa postura.

Ela havia garimpado seu armário e não tinha muitos vestidos e saias ali. Teria que pedir o cartão de seu pai e fazer umas comprinhas. Teria que pedir ajuda a sua amiga Renata também, ela própria não entendia muita coisa de moda.

Estava olhando paras seus jeans e tênis com pesar quando o celular vibrou.

De novo aquele frio na barriga e amolecer de pernas. Sabia quem era e ficava com sensação de antecipação cada vez que recebia uma mensagem dele.

“Ainda não está online sub.”

Ela sorriu. Sempre que ele queria mandar ou frisar um erro dela a chamava de sub. Nas conversas normais usava seu nome.

Estava sorrindo que nem uma boba quando I'm Slave for You começou a tocar na palma da sua mão. Viu quem era, Lucas. O celular tocou uns bons minutos antes que Anabel tivesse coragem de atender.

__ Alô.

__ Eu não gosto das suas demoras em me atender, sub.

Nossa! Que voz era aquela? Ela teve que se sentar e procurar a língua porque certamente um gato a havia comido.

__ Está aí Anabel?

Ela não saberia dizer o que era pior. Ele a chamar de sub quando bravo ou dizer seu nome com aquela entonação.

__ Sim.

Uma partezinha dela que costumava a aparecer somente quando falava com Lucas sussurrou que se continuasse a falar como uma imbecil ele iria desistir dela.

__ Sim? Só isso? Explique-se.

Explicar o quê?

__ Hã?

__ O que está acontecendo com você?

Legal agora ele estava gritando.

__ Quero saber por que não falou comigo hoje e por que está agindo assim?

__ Eu...hã...estava arrumando meu armário, procurando meus vestidos e demorei a atender porque sua ligação me surpreendeu.

__ Como assim procurando?

Outra particularidade dele, nunca ficava no mesmo assunto e mudava de foco numa velocidade que atordoava ela.

__ Como eu já disse, costumo usar jeans e tênis. E já disse antes que não uso vestidos regularmente.

__ Hum, parece que você ficou irritada comigo. Mais tarde resolvo isso.

Demorou alguns segundos para Anabel perceber que ele havia desligado o telefone.

Mais tarde resolvo isso. O que ele queria dizer?

Ela olhou para o relógio, estava no meio da tarde, tinha passado o dia cuidando de suas obrigações. Agora era hora de cuidar de si.

Discou o número da Renata. Depois de três tentativas uma Renata sonolenta atendeu.

__ O que foi Bel?

__ Você estava dormindo no meio da tarde?

__ A senhorita perfeição nunca fez isso? Estou cansada, cheguei tarde da balada, ou cedo, depende do ponto de vista.

__ Hoje é sexta. Que balada você foi em plena quinta-feira?

__ Bel, você precisa sair mais. Está na hora de ou tirar Henrique do banho maria ou mandar ele passear de uma vez e começar a viver.

Ela não tinha falado sobre Lucas para sua amiga e nem falaria. Havia decidido ter um segredo só dela. Se Renata soubesse de metade da história piraria e faria da vida dela um inferno em sua ânsia por detalhes.

Mudou de assunto como Lucas fazia.

__ Bom, já que está cansada, acho que não quer dar uma passadinha no Shopping comigo.

__ Passou o cansaço. Que horas passo aí?

As duas riram e combinaram de se encontrar lá. Não seria uma passadinha rápida, ainda assim Anabel não pretendia faltar a faculdade naquele dia. Teria prova e além disso gostava de ver as caretas que Henrique fazia quando a via de visual novo.

Horas depois ela e Renata estavam andando pelo shopping. As duas carregavam sacolas e paravam de vez em quando para namorar vitrines.

__ Olha Bel. Essa sandália vai ficar ótima com o vestido que você comprou para ir à faculdade hoje.

Anabel olhou para a sandália em questão, não costumava usar esse tipo de calçado, mas aquelas pareciam confortáveis e ainda tinham um saltinho. Lucas iria gostar. Ela franziu a testa. Agora escolhia suas coisas de acordo com o que ele gostaria.

Depois de esperimentar e pagar tudo que haviam comprado, não foi somente uma sandália, decidiram comer algo antes de irem embora. Anabel não poderia esquecer da faculdade.

Ela ficou segurando uma mesa, a praça de alimentação estava lotada, enquanto Renata ia pegar algo para elas.

Seu celular tocou outra vez e ela atendeu sem ver o número.

__ Alô.

__ Detesto a roupa que você está usando, mas fiquei feliz em ver que comprou coisas novas hoje.

Claro que ele não havia gostado de suas roupas. Ela estava de jeans e rasterinha.

Claro que ficaria feliz em ver que ela comprou roupas de seu agrado.

Espera aí, ele sabe o que ela está usando e que comprou coisas novas?

__ Como sabe que eu comprei roupa nova? Está me seguindo? __ Ela perguntou rindo, mas estava preocupada.

__ Muito bem Anabel. Nunca, nem por um minuto, esqueça sua segurança.

__ Então???

Ele riu. A risada dele fez com que ela aquecesse por dentro. Imediatamente procurou o dono da risada que faria qualquer mulher virar sua escrava.

Não demorou muito e o viu. Sentado do outro lado da praça de alimentação e olhando para ela.

A intensidade do olhar fez com que ela abaixasse a cabeça e isso tirou outra risada de arrasar dele.

__ Eu estava com meu irmão e a esposa, na última loja em que você foi. É aniversário dela e eu estava lhe comprando um presente.

__ Como sabe que foi a última loja?

__ Pelo tanto de sacola que você e sua amiga carregam. Aliás, gata essa sua amiga.

Ali estava a mordida do ciúmes. Ela nunca havia se importado muito com o que Henrique pensava de Renata, mas ouvir aquilo de Lucas a deixou com raiva da micro saia que a amiga dela usava.

__ Hum. Parece que minha nova sub é ciumenta, mas a culpa é somente dela.

__ Minha culpa. __ Ela quase havia gritado.

__ Sim. Com certeza a culpa não é minha, já que eu disse que gosto de saias e vestidos. A culpa é sua de colocar uma roupa pouco feminina enquanto sua amiga sai vestida para matar.

Ela ficou com raiva. Então lembrou porque estava naquela relação. Tudo aquilo era para fazer Henrique engolir cada palavra mal colocada a respeito dela em suas conversas na internet. Não tinha porque sentir ciúmes de Lucas.

__ Eu comprei roupa do seu gosto, senhor.__ Ela estava sendo irônica de propósito.

__ Eu, ainda hoje, vou ensinar você a falar direito comigo.

Ele novamente desligou na sua cara. Isso era bom, Renata chegava com o lanche das duas.

Olhou discretamente para a mesa dele. Havia uma mulher de cabelos curtinhos e loiros e um homem parecido com ele, só que mais magro. Pareciam se divertiir com alguma piada. Ele estava mexendo no celular.

O seu celular vibrou, ele havia mandado uma mensagem.

“Concentre-se na sua comida e isso é uma ordem. Vai precisar de energia. ”

Ela obedeceu. Não sabia porque fazia isso, mas obedeceu. Era estranho. Parecia incrivelmente erótico obedecer uma ordem dele.

Outra mensagem.

“Boa menina. Rsrss”

Agora ela tinha vontade de jogar o celular nele.

__ Quem está mandando mensagem Bel?

__ Henrique. __ Ela mentiu. Não poderia dizer que era Lucas.

__ Manda ele passear.

__ Já mandei amiga.

__ Agora estou surpresa. Quando?

__ Acho que antes de ontem.

__ Muito bem. Hora de viver agora.

As duas riram. Na verdade o namoro dela estava morto há muito tempo. Ela só tinha fechado a tampa do caixão.

Acabaram de comer e foram embora.

Anabel chegou em casa surpreendentemente com tempo de sobra para se arrumar e ir à faculdade.

Quando saiu do banho pegou o secador e a chapinha, mas desistiu de usá-los. Lucas gostava de seu cabelo natural. Decidiu deixar eles secarem naturalmente e ver como os cachos se comportavam.

Enquanto se vestia chegou outra mensagem dele.

“O que tem na faculdade hoje? Alguma prova?”

Ela respondeu imediatamente:

“Sim”

“Em qual período? Você pode faltar no outro.”

“No primeiro período e sim posso faltar o segundo.”

“Ótimo.”

O que será que ele tinha em mente?

Anabel se deu conta horrorizada que ele pretendia aparecer na faculdade.

Todos os veriam juntos.

Inclusive Henrique.__ Sua parte endiabrada sussurrou.

Olhou para o espelho do quarto e avaliou sua aparência. Estava gorda? Tinha olheiras? Ele gostaria da roupa que comprou? Por que isso tudo a preocupava? Lucas era um meio de se vingar de Henrique.

Pegou o estojo de maquiagem e começou a se arrumar para mostrar aos dois, Lucas e Henrique, que ela poderia virar a cabeça de um homem.

Quando acabou ela mal se reconheceu no espelho. Estava com um vestido novo e com as sandálias sugeridas por Renata. O vestido era xadrez cinza, soltinho e modelava o corpo dela de um jeito bem feminino, sem ficar vulgar. As sandálias eram de salto médio e combinavam bem com o vestido, dando a ela um andar mais sexy. Ela não marcou os olhos do jeito que Lucas disse gostar, ela estava indo para a faculdade e não para a balada, mas usou lápis e rímel. Seus cabelos porém, eram um problema. Não poderia deixar aquela bagunça armada solta, prendeu tudo num rabo de cavalo no alto da cabeça.

No final havia gostado do resultado.

Na faculdade parecia que haviam gostado também, por onde passava ganhava olhares famintos.

A prova foi relativamente fácil. Ela tinha o tempo todo para estudar e fazia isso. Achava injusto seu pai bancar tudo para ela e não contribuir de alguma forma.

Assim que o primeiro período acabou chegou uma mensagem.

“Estou no portão principal. Venha aqui argoa”

Ela sorriu, era a primeira vez que via Lucas escrever algo errado. Será que ele também estava nervoso?

Caminhou o mais rápido que podia com aquelas sandálias em direção ao portão principal.

No caminho viu Renata conversando com um rapaz que praticamente babava nela. As duas trocaram um olhar cúmplice. Parecia que a noite seria promissora para as duas.

Quando chegou ao portão teve que se segurar ao descer os poucos degraus que levavam a calçada.

Lucas estava encostado em um caro aparentemente novo, ela não viu a marca, olhava somente para ele. De calça jeans escura e camisa pólo branca. Seus músculos estavam marcados pela camisa e ele tinha os polegares nos bolsos dianteiros da calça. Ele sorriu e somente naquele momento ela percebeu que covinhas apareciam quando ele sorria, dando um ar de menino.

Assim que ela chegou perto o foco dele mudou para algo acima da cabeça dela e depois para ela.

__ Oi Anabel. Como foi sua prova?

Ela sorriu.__ Fui bem. Estava fácil.

__ Ótimo.__ Ele franziu o cenho e olhou para cima de novo. __ Conhece aquele cara Anabel?

Ela olhou para o mesmo ponto e viu Henrique. Ele praticamente fuzilava os dois com o olhar.

Lucas ficou incomodado.

__ Entre no carro. Quero conversar com você.

Ela entrou e imediatamente questionou-se se fazia certo ao entrar no carro de um praticamente desconhecido.

Ele dirigiu por dois quarteirões e parou o carro. Estavam perto da passagem de nível da linha de trem. Era uma rua deserta e escura. Ela começou a ficar nervosa e tomou um susto imenso quando ele segurou suas mãos.

__ Acalme-se. Olhe para trás. O que vê?

Ela olhou e viu o topo da igreja que ficava ao lado da faculdade. Cidade pequena é assim, pontos de referência um ao lado do outro.

__ O topo da igreja.

__ Viu? Estamos perto e não tem porque ficar com medo de mim.

Ela não saberia dizer se era medo. Seu coração batia frenéticamente no peito, suas mãos estavam geladas e ao mesmo tempo molhadas, sua boca seca e ela completamente sem assunto.

Lucas porém, tinha o que falar.

__ Quem era o moleque querendo fazer birra na faculdade?

__ Henrique. Ele era meu namorado.

__ Quando terminaram?

__ De fato, há duas semanas. Oficialmente, antes de ontem.

Ele a olhou intrigado.

__ Me procurou enquanto ainda estavam oficialmente juntos?

Ela ficou vermelha como um pimentão.__Sim, o namoro não era o mesmo.

__ Quanto tempo juntos?

__ Sete anos mais ou menos.

__ Só falta me dizer que ele foi seu primeiro namorado.

__ Me trouxe aqui para um interrogatório? Vai ficar falando a noite inteira?

Ele nem se deu ao trabalho de responder. Assim que Anabel acabou a frase foi pega em um beijo avassalador. Lucas forçou a língua entre seu lábios e invadiu sua boca como se fosse o dono dela. Em segundos seu vestido foi levantado até a cintura.

Anabel tentava acompanhá-lo, mas ele parecia querer tirar o fôlego dela de propósito.

Lucas levou uma das mãos até seus cabelos e os soltou enquanto a outra mão explorava suas coxas.

Ele acabou o beijo tão abruptamente quanto começou. Segurou o elástico que antes prendia os cabelos dela e testou o quanto poderia se esticar.

__ Vire-se Anabel e coloque suas mãos para trás.

Ela obedeceu e sentiu que ele prendia seus pulsos com o elástico do cabelo. Ficou muito apertado, mas não machucava, ela não poderia usar as mãos.

Ele levantou seus cabelos e começou a beijar sua nuca, aquilo provocava um arrepio gostoso. Por um minuto Lucas se afastou, depois voltou e a virou de frente para ele.

Lucas havia tirado a camisa. A visão acabou com o resto da sanidade de Anabel. Ele a segurou pelos cabelos e ordenou direcionando a cabeça dela para seu peito.

__ Me beije.

Ela obedeceu prontamente. Nem acreditava que aquilo foi pedido em tom de ordem. Beijava e lambia com vontade onde ele direcionava sua cabeça. Depois de alguns minutos ela havia explorado todo o peito dele.

__ Está gostando Anabel?

__ Sim.

Quando disse um simples sim ganhou um tapa leve no rosto. Não doeu, pinicou e ela para total desespero próprio, achou erótico.

__ Sim o quê Anabel?

__ Sim senhor.

Ele sorriu.__ Muito bem. Boa menina.

Começou a beijá-la novamente. Mais calmo agora, aproveitando. Enquanto a segurava pelos cabelos colocou umas das mãos entre suas coxas. Anabel arfou e num gesto automático fechou as pernas.

__ Vai me deixar irritado se fizer isso de novo.

Ela ficou atenta aos seu reflexos, não queria que o homem que tinha imobilizado suas mãos ficasse nervoso.

Lucas, então, começou algo que a fez alucinar. Colocou um dedo dentro dela, enquanto outro acariciava um ponto sensível logo acima. Anabel começou a gemer durante o beijo.

Ele sorriu e intensificou a carícia. Estava gostando de tê-la molhada, gemendo e rebolando. Sua intenção no entanto, não era agradar. Era punir.

Em poucos minutos sentiu o corpo dela começar a se contrair por dentro.

__ Está gostando Anabel?

__ Sim senhor.

__ Quer que eu continue?

__ Por favor, senhor.

__ Nâo.

Para total surpresa dela ele parou, soltou suas mãos e devolveu seu elástico. Segundos depois estava vestido e encarando ela com um ar superior.

__ Quero que entenda Anabel, isso foi uma punição, nada de orgasmo para você hoje.

Mesmo se quisesse, Anabel não conseguiria articular uma palavra.

__ Você me desobedeceu várias vezes e eu dei ordens simples. Me questionou quando eu queria mais informações sobre você e fez insinuações desrespeitosas sobre mim.

Ela havia feito tudo aquilo? Parecia que ele estava exagerando. Claro que estava! Era parte do jogo arrumar motivos para punição. Ela sorriu, havia entendido tudo.

__ Quando acaba essa punição.__ Tentou ser o mais doce possível.

__ Quando for boazinha comigo. Agora responda. Ele foi seu primeiro namorado?

__ Sim senhor. O primeiro namorado de verdade.

__ Nâo precisa dizer o senhor agora. Por que terminaram?

__ Ele ficava com outras mulheres frequentemente e isso me desagradou.

__ Percebi que sua recente mudança de visual surpreendeu ele.

__ Ele me pedia para usar nunca usar roupas como essas.

__ Então ele é um idiota, porque você está incrível.

__ Obrigada.

Ele parou para pensar um pouco. Parecia procurar palavras certas. Deixou Anabel desconfortável e insegura. Será que ele não havia gostado?

__ Anabel. Vou ser claro com você. Nunca saio com mulheres que não pertencem ao mesmo meio que eu e nunca me envolvo em dramas de casal. Gosto de tudo muito simples e fácil. Se seu objetivo for fazer ciúmes e voltar para ele acabamos aqui.

Ela também precisava ser sincera. Havia gostado demais dele e não queria que aquilo acabasse. Descobriu que gostava mais de Lucas do que havia pretendido.

__ Não quero voltar para ele.

__ Mas quer ficar comigo para que ele tenha ciúmes.

__ No início sim, agora não. Mudei de ideia.

__ Por que quer ficar comigo então?

__ Gosto de você. Não quero que isso acabe.

Com essa frase ela ganhou outro beijo de Lucas e outro acelerar de pulso. Não havia sido completamente sincera, queria ficar com ele porque gostava, mas adorava a ideia de ver Henrique contorcendo-se de ciúmes.

__ Eu sou bem simples como dominador Anabel. Gosto da dominação psicológica e de ser servido. Apesar de não ser sádico, não descarto um punição física leve, apenas me obedeça e ficará tudo bem. Nunca vou colocar você em risco, não divido e não obrigo ninguém a me dividir, porém no minuto em que isso não der certo parto para outra. Entendeu ?

__ Sim.

Ela havia entendido e por ela ele nunca precisaria partir para outra.

__ Quando algo desagradar um de nós, nos sentaremos e iremos conversar sobre o assunto. Antes de terminamos, sempre procuramos uma solução. Entendeu?

__ Sim entendi.

__ Ótimo. Tenho certeza que vamos nos dar muito bem. Agora vou levar você para casa. Onde você mora?

Ele ligou o carro e começou a dirigir de acordo com as coordenadas dela. Logo estavam em frente a sua casa.

Despediram-se com um beijo e uma promessa.

__ Durma com os anjos sub, amanhã acabo com a sua punição.

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