sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

MVE - Capítulo 10

Notas iniciais do capítulo

O capitulo estava ficando enorme, e eu não queria demorar tanto assim com as postagens.
aproveitem o capitulo e no próximo terá um super clipe sobre a fic!
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PS: se o sarcasmo estiver em excesso, culpem Damon e TVD, estava assistindo nas pausas da escrita.



POV Bella
– Esta me saindo um belo cupido, jake! – digo me aconchegando em seu dorso.
– Seu pai, desculpe dizer, mas ele é um burro! – tapei os ouvidos de Ale.
– Coisa feia de dizer na frente de uma criança. – jake riu alto, fazendo Ale se remexer em meu colo. – ele não é isso, ele só é... conservador!

– Ele é feito de ferro, isso sim! – diz acariciando a bochecha de Ale que deu um sorrisinho banguela. – ate esse pirralho se derrete pela Laura e Charlie faz jogo duro? – riu em deboche.
– Por falar nisso, eles estão demorando não acha? – digo arrumando a meia de um Ale agitado.
– Parece que meu amigo acordou pra vida. – diz Billy.
Billy estava sentado no tronco ao nosso lado, em uma paz com a paisagem que nos cercava. E estávamos na parte sem corredeira, parecia um lago, mas a alguns quilômetros a corredeira surgia e uma bela queda d’água poderia ser ouvida.
Com jake ao meu lado, eu ate esquecia as pedras geladas em minhas pernas. As arvores começaram a chacoalhar suas copas, verifiquei os agasalhos de Ale, cobrindo seu corpinho e recebi um resmungo como resposta.
– Já estou ouvindo os pneus... – minutos depois a picape entrou em meu campo de visão, Charlie estacionou a alguns metros de nos.
Laura foi a primeira a descer, tive a impressão de ver seus lábios se moverem, mas não consegui ouvir, jake tentou disfarçar o riso com uma tossida. Ela veio ate nos, mas Charlie ainda ficou ao lado da picape. Olhava para seus pés e parecia um pouco irritado.
– Aqui é lindo!
– Seguiram meu conselho e perderam o caminho! – Billy se gabou e Laura corou, fervorosamente.
Em poucos minutos toda a parafernália de pescaria foi removida dos carros, algumas montadas, outras simplesmente espalhadas, jake e Charlie removeram o barco de sobre a Chevet do Billy. Colocaram algumas caixas e empurraram um pouco mais para a água, jake pegou Billy e levou-o para o barco.
E para minha surpresa, Charlie pegou Laura no colo e a levou para o barco, ela sorriu para ele e sentou ao lado de Billy, colocando o colete, Laura acenou e Charlie deu corda ao motor.
– Vai perder a diversão ficando aqui! Tenho certeza que meu pai vai irritá-la bastante.
– Eu não poderia ir com Ale, nem sei se ficar aqui é bom pra ele, tem muita corrente diferente aqui, e não gosto de pescar!
– Ele esta bem Bella, não é feito de cristal! – diz nos arrumando em seu colo – e pode deixar que lhe contarei o que eles conversarem.
Com certa dificuldade, pela distancia, conseguia ver meu pai montando as varas, Billy revirava a grande caixa de isca, jake manteve seu braço em volta do meu, suas mãos grandes abraçavam os pequenos pezinhos, mantendo Ale quente.
– Não precisa me narrar, jake. Temos muito o que conversar.
– Sobre o que? Suas provas já finalizaram? As minhas estão começando...
– Não é sobre as provas, jake e você sabe, afinal esta me evitando há semanas...
– Eu não tenho lhe evitado, minha linda.
– Não é o que parece, como sei que aqui não poderá inventar desculpas e me abandonar, poderia começar me explicando o que tanto tem a tratar com os Cullen.
– São apenas rondas, Bella.
Virei meu corpo, seus olhos escuros estavam fixos em meu rosto, jake parecia lutar para manter uma expressão neutra, mas já o conhecia o suficiente para saber quando esta tentando me ocultar algo.
– Sabe que não vai funcionar, certo? Mesmo que esconda, eu vou descobrir e será muito pior.
Seus olhos o delatou, respirou fundo, olhando para Ale, levando os olhos para nossos pais e voltaram ao meu rosto, passou a língua pelos lábios e depois bufou.
– Não surta, tá? Estamos com rondas por que... encontramos rastros novos, mas...
– Mas...? – incentivei.
– Mas Carlisle acredita que os conhece e que fazem parte dos Volturi. –instintivamente segurei Ale apertado em meus braços.
– Eles não podem, jake – meus olhos voltados para Ale, seus rostinho corado, sonolento enquanto mordiscava um dos dedos após arrancar a luva.
– Eu não vou deixar que toquem em vocês, Bella. Mesmo que eu morra por isso, mas não acontecerá nada com vocês.
Escorreguei por seu dorso, afundando meu nariz pelo vão de seu pescoço, eu não poderia viver em paz se algo acontecesse ao Ale e ao Jacob, mesmo não amando-o como ele merece...
Suspirei um pouco aliviada, pelo simples fato de que, alem de me evitar para conversas, Jacob não voltou a me beijar, ou qualquer aproximação desde a noite em que passei em sua casa.
E isso me magoa, pois sei que o feri de uma forma sem volta e não me surpreenderia se ele também me abandonasse.
Eu só queria poder viver em paz, sem medo que destruam o pouco que conquistei.
Se esses rastros forem mesmo de guardas volturi, eu nunca terei paz, e principalmente, Aro faltou com a palavra que, certamente, havia dado aos Cullen.
Ele estava apenas se assegurando que o caminho entre ele e eu estivesse limpo, sem Alice para prever seus ataques, sem Edward para ler os planos que nasciam em sua mente e sem a inteligência destrutiva de Jasper em um campo de batalha.
Eles são alvos difíceis de serem alcançados por simples lobisomens que só lutam para defender suas terras, que nunca estiveram em frente a uma verdadeira batalha, com vampiros habilidosos e sem escrúpulos.
Os Quileutes nunca teriam chances. Os Cullens já foram prejudicas, ao estremo.
Eu tenho que fazer algo, mas o que?
– Não gosto do seu silencio. Você esta tramando algo. Não vai funcionar, Bells. – jake sussurrou.
Cortei minha linha de pensamente e removi uma lagrima que se formava em meu rosto, dei um beijo em Ale que adormecera.
– Eu só queria que tudo fosse um pouco simples, ao menos para Ale. – minha voz saiu arranhada, minha garganta parecia seca, comparada com a umidade que se aglomerava em meus olhos.
– Nos vamos dar um jeito, estamos cuidando bem de vocês, estamos? –perguntou erguendo meu queixo.
Seus mares negros me olhavam astutos, preocupados.
– Eu sei, jake. Devo minha vida a todos vocês, eu só queria ser... menos inútil.
– Sabia que reagiria dessa forma, por isso demorei tanto a contar.
– Precisamos avisar a Pan e ao Alex, eles precisam saber. – sorriu de leve.
– Eles já sabem, estão por perto... sua amiguinha é esquentadinha, literalmente – diz beijando meu nariz e sorriu.
– Mesmo com pouco tempo de vampira, sei que Pamela poderia ser uma dor no saco para qualquer vampiro ou lobo.
– Tenha a certeza que ela é.
Sua forma de falar parecia a de alguém que convivia com ela, que estava próxima, quase amigável. Ela não faria isso...
– Os Cullen explicaram a situação para eles?
– Sim, explicou. – disse olhando para longe.
Eles estão aqui. Todas essas semanas.... Pamela e Alex estiverem por perto, mas não vieram falar comigo, não se aproximaram!
– O que foi? Porque essa cara?
– Nada. – digo me erguendo de seu corpo, puxando o bebê conforto, deitando Ale e cobrindo as laterais para que o vento não alcançasse seu corpo, permaneci inclinada, admirando-o dormir.
Meus melhores amigos voltam a Forks e se quer me ligam...
Eles realmente estão escondendo a verdade. Pelo visto não posso confiar em ninguém. Nem em seus pais, pequeno.
– E como foi a pescaria?
– Boa, apesar de que não cheguei nem perto do barco! – digo e Angela ri da minha careta.
Nos acomodávamos no refeitório, fomos umas das primeiras a concluírem a prova de calculo.
– Pelo menos se distraiu, eu tomei boa parte do fim de semana estudando com a Jessica... confesso que estou esgotada.
– Espero poder lhe ajudar em uma próxima vez... ou podemos ter esperanças de entrarmos em faculdades diferentes!
– Ou em turmas... por falar nisso já começou a enviar as inscrições?
– Não. Eu ainda preciso pensar em tudo... – ou se ainda estarei viva ate junho, conclui mentalmente.
– Apesar de ajudar com meus irmãos, eu não sou realmente a responsável por eles, imagino que o bem estar do Charles Alexander é o que esta te afetando não é?
Sorri para Angela ao ver que mesmo com a pergunta, em tom retrorrico, ela não olhava pra mim, mantendo o garfo em um movimento que distribuía sua comida pelo pequeno prato, sorri novamente ao ver que estava fazendo o mesmo movimento com o meu.
– Você parece preocupada também! – digo e as paredes tremeram com as ondas sonoras do sinal.
A tagarelice dos alunos irrompeu pelos corredores, Ângela bufou e apoiou o queixo com o punho.
– Minha família é imensa e estou sofrendo com todos os convites para minha formatura, não posso mandar um simples email, minha mãe quer cartões e mais cartões enviados pelo correio, algo sobre um ritual da família!
– Quantos?
– No mínimo 100, já enviei alguns!
Jessica, Mike,Tyler e Lauren sentaram instantes depois. Isso foi o bastante para me calar pelo resto do almoço.
O que e me fez pensar que meus amigos não estariam comigo, no dia que sempre sonhamos em passar juntos.
Eu não havia percebido, mas já seguia o conhecido caminho...
Quando cheguei a auto estrada, virei pela pequena estrada de terra, serpenteando pelo caminho estreito e conhecido. Rapidamente a enorme casa estava a minha frente, Esme estava limpando as mãos sujas de terra em um pano quadrado, sorriu caminhando em minha direção.
Seu sorriso materno me acalmou no mesmo instante, não sei como foi, mas me vi correndo para seus braços e já soluçava. Quando percebi já estávamos na sala, ela mantinha o braço apertado em volta dos meus ombros.
– O que aconteceu querida?
– Desculpe-me! Eu nem sei por que comecei a chorar feito um bebê... – digo removendo a umidade com as costas das minhas mãos.
– É muito jovem para estar passando por tudo isso, filha. Sou orgulhosa por ser tão forte! – disse beijando minha testa.
– Eu só queria te pedir perdão... eu destruí sua família.
– Bella... nos já tínhamos problemas antes, apesar de sermos todos vampiros, somos uma família. Perdi as contas de quantas vezes precisamos reformar algum cômodo, esta sala por exemplo, Emmett e Jasper derrubaram as paredes, ou briguinhas de Edward e Rosalie que exaltada atirou uma banheira sobre ele quebrando essa laje e levando a parede junto...
Olhei descrente para ela e seu discurso interrompeu, sorriu afetuosa.
– Cada um teve seu tempo de rebeldia, infelizmente, envolvendo algumas mortes, para outros, grandes massacres. Esta será uma fase que iremos superar, demore o tempo que for, sei que minha família estará reunida novamente, espero que esteja conosco quando esse dia chegar.
– Eu queria tanto pensar assim, mas...
– Mas..?
– Eu não sei o que pensar ou em quem acreditar, quando só fazem mentir pra mim. – sorriu me confortando. – porque não me contam a verdade ou pelo menos chamem meus amigos, se é que são mesmo meus amigos. Prefiro acreditar que Pamela e Alex não se esconderiam de mim.
Esme suspirou e voltou seus olhos para o teto. Segurou minha mão entre as suas, mas não disse nada.
– Eles estão aqui?
– Bella...
– Eles estão aqui esse tempo todo? – raiva gotejava a cada palavra. – apareçam.
– Eles estão caçando, Bella...
– Ok, realmente foi um erro ter vindo aqui. Desculpe atrapalhar e destruir sua família. – digo abrindo a porta.
Toda a pressão, raiva, preocupação chegaram a um ponto insuportável, se quer sente vergonha de me enganarem.
Antes que eu percebesse eu já havia feito o caminho para La Push, deixei a caminhonete em frente a garagem dos Black e fui ate minha moto, pelo retrovisor vi jake apontar na varanda.
Quando cheguei a auto estrada tudo que fiz foi correr, correr como não corria a anos.
O vento sobre meu rosto era a única coisa que me mantinha na borda, aos poucos a paisagem foi mudando, as casas apareciam, prédios arranhavam o céu, fugi de algumas viaturas que, não tiveram a chance de ver minha placa.
Eu estava nervosa, muito irritada e cansada desse tratamento. O crepúsculo começava a apontar, quando a gasolina ficou perigosamente perto de acabar, segui para o posto mais próximo.
Enquanto o frentista alinhava meus pneus e o tanque enchia, segui para a loja de convenientes. Comprei uma grande barra de chocolate, um energético ao lado da parede do caixa havia um cartas sobre um show que aconteceria em Goldendale, um pouco mais de 4000 km, foi quando percebi o quão longe eu estava de casa e tomei vigiando o frentista.
Eu preciso ser tão fria quanto eles, aprender a jogar o jogo deles. Eles tomam decisões por minhas costas, nada mais justo que eu faço o mesmo.
Começando por alguns afastamentos e obstáculos, principalmente prioridades. E minha prioridade se chama Charles Alexander.
Comprei algumas cervejas e segui o caminha para casa, mas lembrei de Charlie e suas crises com motos, virei pegando caminho para La Push novamente. Entrei pelo caminho dos penhascos.
Desliguei, parando a uma distancia segura da borda. Removi o capacete e peguei uma das cervejas, meu celular na havia parado de vibrar durante todo o caminho da volta. No visor o nome Alex pulsava, desliguei e voltei a guardar.
Pra quê conversar comigo agora? Justo quando não quero!
Deitei sobre o couro do acento, minha cabeça apoiada sobre o guidon, quando ouvi galhos quebrarem
– Se for um vampiro, espero que seja mais rápido do que é no quesito silencio, alem de burro por entrar nessas terras, mas certamente é um lobo, então... só dá o fora. – digo quebrando um casco, verificando as pontas agudas, úmidas pela resto da cerveja.
– A coisa não esta boa pra você estar tomando cerveja, com sua moto e me ameaçando com o casco... – ou Seth antes de poder vê-lo.
– Gostou do passeio ou só é minha babá a partir de agora?
– Na verdade – começou e sentou perto de mim, poderia tocar-lhe o braço se abrisse o meu – eu te acompanhei, quando vi que estava vindo pra cá virei humano. Pra não te acharem, por isso a demora.
– Esta esperando um agradecimento? Por que não terá.
– Sei que esta feliz por isso, só não quer dar o braço a torcer por estar magoada...
– Quer uma?
– Não, elas não fazem efeito de qualquer forma.
– Os desgostos de se ser um lobisomem!
– Como esta o bebê? – perguntou e soltei o casco, Seth estava tendo um ponto.
– Não precisa, Seth. Eu estou no comando. Tome – lhe entrego a chave da picape – estou indo pra casa, já que vai ser minha babá, pode me seguir com ela. Ou levá-la nas costas ate Forks, ou deixá-la onde esta se preferir.
Levantei e dei partida, não queria conversa e era uma questão de tempo ate Jacob chegar aqui.
Disparei, chegando em menos de 10 minutos em casa, Charlie já estava na varanda, meu farol iluminou seu rosto furioso, seus olhos cresceram descrentes sobre minha moto.
Abri a garagem e a deixei travada para que Charlie não aprontasse nada quando eu não estivesse por perto.
– São quase onze da noite Isabella. De uma terça-feira. Onde diabos se meteu e de onde tirou aquilo?
– Oi, pai. Fui dar uma volta – digo passando por seus olhos injetados de cólera, me servindo de água gelada – minha moto ficará na sua garagem e nem tente se livrar dela ou teremos uma briga inesquecível. – digo sorvendo do liquido que desceu lavando minha garganta, seus gritos sobre ser responsável continuaram.
E esperei que ele não sentisse o cheiro da cerveja, mas para minha sorte vi três cascos sobre a mesa.
– Então ela chegou inteira! Viu como não precisava se preocupar, Charlie. –Laura surgiu com cabelos quase secos.
O barulho do secador não foi o bastante para abafar os gritos de Charlie, maravilha!
Tinha algo diferente, Laura parecia mais alegre que de costume.
Digo, ela parece ter voltado ao normal. Seus grandes olhos amendoados irradiavam alegria, sua pele foi corando de acordo com o tempo que passei estudando seu rosto, voltei meus olhos para Charlie.
Claramente desconfortável com minha forma de fitá-lo, seus cabelos estão úmidos, a gola de sua blusa xadrez estava úmida, respirei fundo e podia sentir a fragrância de seu sabonete, mas só havia uma fragrância e não era a de gardênia que Laura usa.
Virei meu copo, sacudindo minha cabeça. Eu não fui à única aproveitando à tarde, então porque toda a briga?
 Como esta o Ale? – pergunto para Laura e Charlie pareceu suspirar de alivio.
 Já esta dormindo a um bom tempo, olhei agora. Os gritos não o despertaram. – disse olhando para Charlie.
 Pode me acompanhar, Laura?
 Sim! – foi então que vi, sua mão esteve dentro da blusa de Charlie.
Eu não sabia muito o que pensar sobre os dois, mas se Laura trás felicidade e liberdade ao meu pai, não me importo com mais nada.
Pensei em perguntar sobre isso, eu não tenho uma conversa em mente, na verdade, eu só queria que ela me acompanhasse para que, desta forma, se houvesse alguém, um vampiro ou Quileute em meu quarto, desaparecesse.
 Seu pai ficou preocupado quando sobe que deixou a picape na casa do Jacob e não falou com eles...
 Pode me ajudar com a moto? – digo e Laura sorri.
 Desde que eu possa dar uma volta nela, algum dia...
 Claro!
 O que esta procurando?
Preferi fingir que procurava algo, mas só queria meu cadeado, que obviamente sei onde esta, mas esta é uma forma de me assegurar que não havia mais ninguém em meu quarto.
 Achei! Eu só preciso guardar os documentos, para o caso de Charlie querer me obrigar a vendê-la! – digo dando de ombros.
 Eu cuido disso!
 Vocês... estão se entendendo, ao que parece.
 É o que eu espero, Bella.
Fui a janela e a fechei, girando o trinco. Laura estava caminhando para a minha porta e fechei o cadeado na janela em minhas costas.
 Bella?
 Sim?
 Você... você seria contra se...eu e Charlie.... – perguntou completamente constrangida.
 Não! – respondo sorrindo – Charlie precisa de felicidade – digo indo ate ela – e você é a felicidade em pessoa. Boa sorte com ele!
Para minha surpresa fui arrebatada por um abraço forte.
 Obrigada.
No outro segundo disparava por minha porta.
Tranquei a porta de meu quarto, peguei uma embalagem de detergente sem perfume que guardo no banheiro e despejei uma boa quantidade no piso abaixo das duas janelas do meu quarto.
Arrastei o berço de Ale para perto de minha cama, do lado oposto aos das janelas, peguei uma camisola e segui para o banho.
Quando sai tudo estava da mesma forma. Verifiquei as janelas, o chão com detergente, fechei as cortinas, verifiquei Ale e sua bolsa térmica, a mamadeira estava pronta e quentinha.
Um barulho irritante e persistente me trouxe de volta, meu quarto estava escuro, ergui meus olhos pesados pelo relógio na escrivaninha e já passava das 3 da madrugada.
Então entendi do que se tratava, alguém forçava minha janela. Meus pés tocaram o chão e deslizei a perna, rapidamente me lembrei de todo o detergente.
Afastei a cortina e vi Jacob de um lado e Alex do outro lado da arvore da minha janela. Busquei a lanterna pequena na gaveta da escrivaninha e acendi virada para ambos, iluminei meu rosto e sibilei um “dá o fora” para ambos e voltei a fechar a cortina.
Ainda podia ouvir os dois dando leves batidas no vidro. Após um tempo consegui ignorá-los e voltar a dormir.
Acordei com um chorinho, Ale começava um pequeno espetáculo às 6 horas da manhã. Ergui seu corpinho do berço, removi suas roupinhas, tirando a frauda molhada e suja.
 Esta caprichando mais a cada dia, em Ale! – digo pegando seu corpinho pelado no colo e seguindo para o banheiro, joguei a frauda suja no cesto e abri a pequena ducha em sua banheira.
Lavei seu bumbum, só depois fechei o ralo e lhe dei banho com o chuveirinho, seus pezinhos começavam a dançar pela água, e gritinhos de alegria poderiam ser ouvidos do outro lado do quarteirão.
 Acho que nasceu no corpo errado garotinho, deveria ser um peixe! – digo embrulhando-o em sua toalha e me preparando para o choro diária ao ser removido da banheira.
Batidas na porta me trouxeram de volta ao mundo, destranquei a porta e Laura estava arrumada.
 O que foi?
 Ele tem vacina hoje! Um grande dia para os dois.
 São apenas algumas gotinhas! – Laura soltou um resmungo, sorriu quando a olhei interrogativa.
 Hoje é seu ultimo dia de aula, Bella. Vá se preparar, eu arrumo ele e vou ao hospital.
 Tudo bem, tenho só que limpar uma coisa, não chega perto da janela ok?
 Tudo bem...
Limpei o detergente, mas deixei o cadeado.
 Por que o cadeado?
 Eu tive a impressão de ter ouvido o trinco ser forçado, ou era só o vento. Algo como batidas, esta bem Laura?
Seu rosto estava vermelho, como se ela estivesse ardendo em febre.
 Estou. Podemos ir comprar um vestido para o baile de formatura o que acha?
 Claro, eu não pensei nisso!
Quando finalmente desci para tomar café, Laura já havia levado Ale, preparei uma travessa com meu cereal e um Charlie cansado desceu as escadas.
 Você esta um caco! Parece que tomou uma surra contra um marfim!
Suas costelas estalaram quando espreguiçou. Bocejando em seguida.
 Meu deus! O que você fez? Ficou acordado a noite toda?
 Essa noite só foi diferente – disse sem me olhar nos olhos, corando.
 Só não durma no volante, preciso do meu pai no fim dos dias e tenho uma formatura na sexta.
 Vou manter no topo das prioridades!
Desci os degraus com cuidado, uma neblina densa cobria tudo a dois palmos do meu nariz, me senti melhor estando dentro da picape, girando a chave para aquecer o motor, um grito ficou preso em minha garganta ao sentir o baque da porta ao ser fechada.
 Porque você é tão teimosa?
 Porque você é um idiota?
 Eu tenho o direito de ser um idiota, ganhei por ser um vampiro, o seu maior amigo.
 Um amigo não faz o que vocês fizeram. Não me venha com “a Pan precisa se acostumar, seu cheiro a provoca, ela é impulsiva” não funcionará comigo.
 Sei que te magoamos em estarmos tão próximos e não vir, mas se serve de consolo, passamos as ultimas noites o tempo todo com vocês.
A informação me pegou em cheio.
 Pamela esta melhor a cada dia, seu cheiro não à afeta tanto, e o fato de estarmos usando Ale como objeto de incentivo, esta surtindo grandes efeitos! Ela ate já o pegou no colo, por menos de trinta segundos, mas pegou.
 Ainda não desculpo, vocês não se esconderam de mim, mas também estão mentindo.
 Por isso não nos deixou entrar?
 E continuaram do lado de fora ate me contarem a verdade, agora tenho meu ultimo dia do ensino médio, que já será um porcaria por estar me formando sem meus amigos, então não quero perder tempo com mentirosos – digo olhando para o portão da garagem.
Eu não conseguiria, de forma alguma, despejar cada frase acida para Alex se estivesse olhando em seus olhos.
 Bê?
 Por favor, Alexander. – pedi olhando em seus olhos.
Chamá-lo pelo nome foi o bastante para que compreendesse o quanto estavam me magoando, que eu não aceitaria mais mentiras, e sei que não permitem Pamela de me ver justamente por ela ser a única que me contaria a verdade.
Sua mão gélida tocou minha fronte, acompanhada de seus lábios do outro lado. E novamente estava sozinha na picape.
A tagarelice de Jessica, pitadas de veneno de Lauren e as palhaçadas de Mike e Eric e Ben me distraíram durante todo o dia. Os professores deram alguns discursos sobre o nosso caminho para a faculdade e vida adulta.
 Geral esta marcando de nos encontrarmos no garganta, o que acham? –iniciou Mike.
 O bar novo, na entrada da cidade?
 Sim, passei por lá ontem com o Mike, o lugar é incrível, já somos maiores.
 Formatura, virada de porre? Rumo a vida adulta! – gritou Jessica.
 A formatura mexeu com vocês! – digo rindo da cara que Jessica fez.
Por poucos segundos, poucos mesmo, pude esquecer de quanto vadia ela pode ser.
 Meu pai já esta conseguindo com eles que participemos da primeira noite, algo como inaugurar com a juventude e futuros clientes ser o mais inteligente e perspicaz. – disse Lauren com uma careta.
 Então vamos precisar de vestidos, super sexy! – Jessica retrucou.
 Podíamos ir hoje mesmo! Vamos Bella? – pontuou Angela.
 Bom, a Laura havia se candidatado a me ajudar com uma roupa, podíamos ir todas juntas, se não for problema.
 Problema algum, adoro a forma mulher fatal dela!  elogiou Jessica – quem sabe pego algumas dicas – devaneou.
 Então vou avisá-la. Esperem na casa do Angela, eu passo lá com ela.
 Esse é muito comportado, Bella.
 Aquele preto é lindo.
 Vamos a uma formatura, não a esquina!
 Aqui, vista esse. Verde , nada muito decotado, mas curto.
Este foi o primeiro vestido decente que me foi entregue. Laura não nos permitiu entrar nas lojas típicas para vestidos de formatura.
Se quer estávamos em Seattle, o nosso destino inicial, estávamos a muitos quilômetros de Forks, precisamente em Spokane, quase na divisa com Idaho. Um cidade encantadora.
Olhei-me no grande espelho da cabine, o tecido parecia se unir a minha pele, sem realmente marcar. Não esta animada com uma festa, mas minha vida já esta completamente do aveso.
Um pouco de normalidade, para estarem escondendo algo de mim, só pode ser grave. O que levaria minha vida em risco, novamente. Não faria mal algum ser uma adolescente normal, ao menos uma noite.
Quando chegamos Sue estava na cozinha com meu pai, eles conversavam entre risos que morreram com nossa chegada. Laura pegou Ale do colo dela após um sorriso afetado. Ela estava com ciúmes.
 Boa noite, conseguimos o vestido para Bella. Ficará encantadora! E este príncipe, como se comportou? – tentou soar mais natural possível.
 É o bebê mais calmo que conheço.
 Então eu vou colocá-lo no berço, estou cansada. Guarda um pedaço pra mim! – digo pondo a enorme caixa de pizza na mesa e tomando Ale em meus braços.
Sei que foi desleal da minha parte, subir e deixar uma possível guerra na cozinha, mas eles são adultos.
Quando finalmente desci, Laura e Charlie pareciam ter discutido, ela estava do outro lado da cozinha e Charlie pareceu se calar quando entrei. Saindo em seguida.
 Droga! – Laura rosnou socando o copo na pia.
 Ele não fez nada pra você!
 Eu sei, mas essa Sue... argh!
 Eu estava falando do copo! – digo rindo. – mas... eu não sou a melhor em relacionamentos, mas Sue é a viúva do melhor amigo dele, Charlie se sente responsável por eles. Leah e Seth estão em fazes difíceis e Sue esta sozinha com eles...
 Eu não gosto como ela olha pra ele!
 Se por acaso Charlie ver, o que duvido, ele não se envolveria com a viúva do amigo dele! Se tem uma coisa inquestionável sobre meu pai, é seu caráter.
 E precisa de um grande desvio para se envolver com a mulher do amigo morto? Bella, viúvo é quem morre!
 Agora eu entendo quando dizem que uma mulher ciumenta pode ser absurda! – digo devorando minha pizza. – vai lá conversar com ele, daqui eu vou dormir! – digo de boca cheia mesmo.
Laura suspirou e seguiu para a sala! Droga! Esqueci da janela destrancada, já não existia uma vontade de voltar ao meu quarto. Se ao menos a Pan estivesse lá...
Após muito protelar, divagar e lavar e secar roupas, desnecessariamente, foi que segui para meu quarto. Passos lentos e sem força.
Abri a porta para um quarto ocupado por pequenos barulhos vindo do berço, Ale havia acordado, estava de lado tentando segurar os pezinhos, que escorregavam de seus dedos.
O estalo de minha porta fez meu corpo saltar de susto.
 Pamela? – suspirei e me atirei em seus braços.
Um abraço que demorou alguns segundos para ser retribuído, suas palmas gélidas tocando despreocupadamente por minhas costas e ombros.
 Tenho poucos minutos, então senta que lá vem história! – disse rindo, de forma afetada caminhando para minha cama – não fica brava, ok? – suas narinas mexiam freneticamente, seus olhos mirando o berço e estudando todo o quarto.
 O que estão me escondendo?
 Você é muito cismada! Você já conheceu o Aro pessoalmente, sabe o quão desgraçado e ardiloso ele pode ser. Acreditamos que ele esta de conluio com a Victoria. – dizia enquanto seus dedos deslizavam pela tela do celular de ultima geração.
Isso me fez voltar os olhos por minha amiga. Pamela sempre teve dinheiro para abusar em compras de grife, mas estas pareciam das grifes modelos únicos.
Suas botas de couro e cano extra longo, combinavam com o tecido suave de sua saia azul escuro, formando um lindo contraste com sua camisa listrada branca de manga longa, decotada em v no busto.
 Não me olhe assim, Bella.
 Então Aro esta com Victória e ambos me querem, a diferença é que ela me quer morta! Ok. Mas a parte de ser o meu pescoço, não me faz a principal interessada?
 Eu ainda estou aqui...
 O fato de ser uma deles não faz com que eu esqueça de você, Pamela.
 Isso – apontou para seu corpo  é uma longa história, estou sem tempo agora, então me ouça?
 Sim.
 Carlisle acha que tem mais vampiros envolvidos, estamos na duvida porque não há sinal deles, nem de Victória pelas redondezas. Jacob, Alex e eu não acreditamos nesse desinteresse, por isso precisamos que nos avise quando for sair, como fez hoje. Perdemos seu rastro com a chuva e a Laura realmente sabe como dificultar as coisas com aquele carro. Pelo menos, nenhum outro vampiro sentiu seu rastro.
 Eu tenho uma pós festa na sexta...
 Jacob pode ir com você, nos tomamos conta deles – ouvi Alex em minhas costas, estava inclinado para o berço, brincando com Ale que soltava resmungos, Pamela se põs ao lado dele.
Foi impossível conter as lagrimas ao vê-los juntos, sorriam para o filho deles no pequeno berço.
 Se já decidiram por mim!
 Como eu queria dizer... lembra do meu sobrenome?
 Sim, McCarty. O que tem?
 É o mesmo do Emmett. Descobrimos que meu bisavó paterno é o irmão caçula dele.
Eu não soube o que falar, eu se quer sei a historia deles...
 Emmett deve estar feliz de ter algum parente por perto – sorri.
 Sim, ele adorou, mas rose surtou! Ela sempre quis algo assim, pra ela e para o Emmett, ela é toda cheia de mimos comigo!  disse rindo – me sinto com 4 anos passando as férias com minha avó!
 Então agora é uma Cullen oficial?
 Somos.
Sorri, com a certeza de estar fracassando em minha tentativa de ocultar o que essa simples palavra causou em meu interior, aquele buraco? Latejou forte, como se garras estivessem arrancando as cascas da cicatriz e levando com elas pedaços de pele e carne.
...
 De todos os vestidos, vocês escolheram estes? – disse Charlie irritado de pé na sala.
 Nossos vestidos são lindos, Bella esta perfeita.
 Decotado de mais pro meu gosto!
 O decote dela é nas costas e ele pega quase no joelhos!
 O da Laura sim, pode se chamar de decotado... – digo rindo.
 E curto! – bufou Charlie.
 As alegrias de estar acompanhada do xerife! Ninguém chegara perto de mim – disse me abraçando – agora vamos?
Charlie pegou o bebê conforto com Ale, acordado e calmo e eu levei o carrinho fechado. Nos acomodamos no carro de Laura, ao qual Charlie foi dirigindo.
Pamela e Alex prometeram estar presente e sorri por ver que hoje era mais um dia normal, não ensolarado de Forks, o que os permitiriam sair sem serem flagrados ou entregues pelo sol.
Assim que cheguei fui arrastada por Jessica, que jogou minha capela e capa sobre meus ombros, mal permitindo que absorvesse o fato das cores serem mostarda, péssima escolha por sinal.
Vesti cobrindo o vestido e seguimos pela parte de trás do ginásio, seguimos sendo divididos por nossas turmas, ocupamos o lado norte do ginásio.
Toda Forks estava ali, se não uma boa porcentagem. Aos poucos os nomes dos paraninfos e suas turmas foram chamados, misteriosamente Jessica foi escolhida como nossa paraninfa.
Todos dizem sobre o quanto pode ser complexo ser uma paraninfa, sua palavra é a palavra de toda uma turma, isso não é ser complexo, não há dificuldades.
Complexo é você ser jovem, ter vontade de fazer e dizer tudo, mas ficar ali, sentado em sua cadeira, enquanto seus pensamentos fervem. Por motivos sem importância para alguns.
Complexo é um pai acreditar que avisos nos impediram de cometermos os mais idiotas dos erros.
Perder o dinheiro após ir ao banheiro de um bar e dormir na rua, porque o celular descarregou por não termos lembrado de colocar pra carregar antes de sair de casa, é um bom exemplo! Eu não aconselho a fazerem isso! – disse rindo.
Somos jovens, cometer erros faz parte de nos.
Não é por acaso que alguns nos chamam de “aborrecentes”. Ainda temos tempo para cometermos muitos outros, ao em vez de nos perguntarem o que faremos, qual faculdade cursarmos, apenas digam: aprendam com seus erros.
Confesso que seu discurso foi realmente surpreendente, não esperava algo tão... profundo vindo da Jessica.
Todo o ginásio se ergueu ovacionando-a, enquanto ela descia e se acomodava ao meu lado. Os nomes começaram a serem chamados.
 Isabella Swan.
Quando cheguei ao palco, meu diploma foi entregue justamente pelas mãos do Sr. Varner,um sorriso debochado plantado nos lábios finos e uma sobrancelha erguida. Ele também achou engraçado ter sido escolhido.
Sorri cúmplice por achar o mesmo que ele e sorriu largo desta vez, voltei meus olhos para o mar de pais e encontrei facilmente meu pai em pé, aplaudindo feito louco, Laura segurava Ale, mamãe ao lado tirando fotos e Phil estava do outro lado da com a perna engessada. Jacob e Billy estavam na ponta.
Sorri acenando para eles e corri pra lá, abraçando minha mãe com rapidez, dando um abraço e assinando o gesso de Phil, voltando em seguida para minha turma.
 Achou mesmo que eu faltaria a sua formatura?
 Ah mamãe! É tão bom ter a senhora aqui! – seu cheiro de mãe invadindo minhas narinas, deixando-me ainda mais sensível.
Dando-me conta do quanto eu sinto sua falta. Pensando após muito tempo, que se eu tivesse escolhido ficar com eles, nada disso teria acontecido em minha vida, eu perderia momentos importantes, pessoas importantes. Mas meus amigos estariam vivos, cuidando do filho deles.
Rapidamente a lembrança de Pamela sofrendo eclampsia no parto fez com que esta linha de raciocínio fosse levada ao fundo de minha mente, trancafiada e esquecida.
 Mas só poderemos ficar até as sete, nosso voo é as 20:30hs! – disse Phil. – meu treinador não gostou disso! – disse erguendo a perna engessada.
Seguimos ao Lodge Café, Jacob e Phil também reclamaram do decote do meu vestido, Charlie e Phil fizeram jake prometer cuidar de mim e não me tocar, correndo o risco de levar uma bala do xerife.
Mamãe adorou Laura e por meio de olhares me perguntou sobre ela e Charlie, o que confirmei com um aceno, recebendo um amplo sorriso. Ale foi passado de colo em colo, recebendo afagos e beijos de todos, Renée sorria orgulhosa pela inteligência dele.
Quando o choro rompeu, segurei seu corpinho colado ao meu, cheirando seu pescoço enquanto cantarolava para acalmá-lo.
 Nossa menina será uma mãe incrível! – disse Renée chorando.
 Esta tão sentimental, mulher!
 Com licença, Bella? Vamos? A turma já esta indo! – disse Angela ao meu lado.
 Ah, sim! – abracei Ale, sentindo um aperto no peito.
 Eu cuido dele e vocês, divirtam-se! – sussurrou Laura tirando-o do meu colo.
 Então vamos, tchau mãe. Cuida dela Phil. – digo abraçando ambos.
 Pode deixar bê!
Segui com jake, Angela e Ben para a boate.
O lugar é moderno, espelhos estrategicamente espalhados pela paredes faziam um jogo confuso com as luzes.
 Esse lugar pode ser um perigo para moças indefesas! – sussurrou jake em meu ouvido, tomando minha cintura em suas mãos e levando ao outro lado de seu corpo.
 Ainda bem que sei me defender de humanos – retruquei baixo, sabendo que ele ouviria.
 Mas eu estou aqui, baby!
 Vamos dançar! – ouvimos Jessica gritar.
Com um vestido muito curto, seguiu arrastando Mike pela pista, ambos pareciam levemente alterados.
As batidas vibravam de volta aos nossos corpos, jake estava sendo perfeito,suas mãos protetoras ao lado de minha cintura e misteriosamente não tocava com segundas intenções.
 Vocês são bons dançando! – Angela pontuou quando voltamos para uma mesa em que Tyler e Lauren se devoravam sem pudor.
 Estava escondendo o jogo! – digo para jake.
 Você não me perguntou se eu sabia dançar! – disse me abraçando.
Ben arrastou Angela para a pista, Jessica e Mike estavam em uma mistura de dança e quase sexo na pista.
 Eles estão animados!
 Sim, assim como os seguranças – disse gargalhando quando um dos seguranças, com quase o dobro de jake bateu no ombro de Mike e separou os dois por alguns centímetros, sibilando algo.
 Coitados! O que foi? – perguntou ao ver seus olhos me perscrutavam.
 Eu sinto falta disso – disse tocando meus lábios – faz tempo que não vejo esse sorriso ser direcionado a outra pessoa que não fosse Ale.
 Eu nunca fui de sorrir muito, jake!
 Acho que já esta na hora de ir pra casa! – Angela surgiu ao nosso lado – já passa das duas.
 É um milagre que o xerife não veio vistoriar! – Ben me provocou.
– Engraçadinho! Já esta tarde mesmo!
 Eu tenho que ver meu velho, mesmo... – disse jake levantando.
O caminho de volta, jake foi dirigindo. O caminho foi feito em poucos minutos e durante o pequeno percurso me vi estudando seu rosto. Jake estava diferente, não havia declarações amorosas ou tentativas de me tocar, a muito tempo.
E isso também me deixava confusa, afinal ele sempre procurou oportunidades para me roubar um beijo e bem... eu não me lembro de quando foi a ultima vez que nos beijamos.
Não que eu queira esse tipo de relação com jake, estou conformada com o fato de amar Edward, de ter a certeza que ele estará enraizado em minha alma, ate o fim dos meus dias.
Jacob só... não é o Jacob de antes.
– O que foi? – perguntou ao estacionar na frente da minha casa.
– Eu lhe pergunto!
– Como?
– Você esta diferente, jake.
– Eu continuo o de sempre, só mais guloso! – um sorriso brotava em seus lábios.
– Porque não me beija? – suas sobrancelhas enrugaram – você sempre procurou me tocar, já deve ter um mês que não se aproximava de mim, tivemos tantos problemas que só percebi isso agora, na boate.
– Como você disse, tivemos problemas. Você não parecia bem, eu não queria pressioná-la.
– Esta mentindo.
– Assim como você.
– Não vamos falar sobre mentiras Jacob, seu telhado é tão ou mais frágil que o meu neste quesito.
– Abaixe a guarda, Bells!
– Desculpe, ok? Eu já perdi tanto, você esta diferente e sei que é por minha causa, só não consigo entender em quê... o que eu fiz de errado?
– Você não fez ou faz nada de errado, Bella. Só ...
– Só..?
– Eu não quero continuar forçando você. Sei que quer isso tanto quanto eu, mas não sou eu que você ama. Sinto que se eu continuar, sinto que posso quebrá-la, ainda mais – sua mão deslizou por meu rosto, seu corpo se inclinando ao meu.
– Eu queria tanto que o que eu sinto por você fosse o suficiente, eu estou tentando a cada dia...
– Mas não me ama o suficiente, o Cullen ainda esta em você – meu corpo se encolheu com a lembrança.
– Jake?
Sua mão removeu meu cinto, me puxou mais ao seu corpo, quase em seu colo, sua testa tocando a minha, sua respiração quente em minha face.
– Esta tudo bem, Bells.
– Eu te amo, não importa se esse amor não for o suficiente, se no final não conseguir esquecer o que me machuca, eu sei que não mereço, mas por favor, não deixe que o fato de eu ser uma vadia azarada, te afaste de mim? Quero ao menos ter o meu amigo comigo.
– Eu não vou a lugar algum, Bells. – sua respiração me aquecia, me confortava – agora que estamos em pratos limpos... me dê um beijo, o ultimo – um pequeno sorriso surgia em seu rosto.
Levei minha mão ao seu rosto, tomando sua nuca assim que seus lábios tocaram os meus, um beijo doce, calmo. Sua língua fervente tocou meu lábio inferior, um convite que aceitei abrindo minha boca para recebê-lo, foi um instante, breve, mas verdadeiro.
– Não importa o que aconteça, sempre será minha amiga, Bells.
– Você é importante pra mim. Nunca esqueça isso!
– Agora vamos parar com isso – diz beijando minha testa – parece despedida de moribundos e não pretendemos morrer por muitos anos.
– Ok! – digo abrindo a porta.
– Espere. – disse me puxando para seus braços.
– O que foi?
– Teve um vampiro aqui?
– Como?
Seus dedos agitados sobre o celular.
– Avise Sam, algum sanguessuga esteve aqui na casa, vou entrar com ela. Onde estão?... droga! – diz olhando-me.
– O que..?
– Fique calma. Vamos entrar, não posso te deixar sozinha aqui, já estão pegando o rastro.
Minhas mãos tremiam e jake precisou me ajudar a pegar as chaves, quando entramos as luzes estavam apagadas, uma mínima claridade vinha da sala, seguimos em silencio e...
Laura esta deitada sobre meu pai, usando uma blusa dele, um lençol cobria ambos da cintura para baixo, algumas garrafas de cerveja e uma de vinho estavam do outro lado, assim como vestígios de um jantar romântico.
– O cheiro também esta aqui...
– Eles...? – sussurrei apavorada.vendo-o farejar perto de ambos.
– Estão vivos, Bells. E humanos. Só cansados da festinha particular.
– Ale...?
Antes que pudesse processar eu já corria escada acima, ele não estava na sala, jake corria logo atrás. Abria porta de supetão, indo direto para seu berço, encontrando os cobertores ainda quentes, mas Ale não estava.
 Não... não...
Revirei o quarto.
Eu não conseguia creditar, meu peito revirava como se estivessem cravando punhais, girando o punho para removê-lo e atravessando mais cinco em meu peito, um barulho crescia em meus ouvidos.
– Bells, se acalme? – jake olhava-me apavorado – eu preciso sair pra procurá-lo, preciso ter a certeza que ficará aqui, me esperando.
Não sei ao certo, mas o barulho vinha de mim, rompendo por minha garganta, a pele entre as junções dos meus dedos estavam roxas, enquanto esmagava a madeira entre eles.
Uma brisa tocou meu rosto, tombei de joelhos, levando o berço vazio comigo. Eu tentei, mas não conseguia calar os gritos que ganhavam força em minha garganta.
Respirar estava cada vez mais difícil. Era como estar em uma destas experiências de quase morte, em que as pessoas descrevem estar observando tudo de fora do corpo.
Uma parte mínima, mas consciente do meu cérebro processava os barulhos na escada, minha janela aberta por onde jake pulou, de Charlie entrar e gritar meu nome, de Laura girando no quarto.
– Alguém o levou, Charlie – ouvi Laura.
Antes do ar desaparecer e de tudo escurecer.

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