quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

MVC - Capítulo 6


Mesmo decidida a ignorar o fato de ter beijado um vampiro,eu tardei ao Maximo minha ida ao colégio, o dia amanheceu chuvoso, indicando que ele estaria no colégio. Assim que desci da picape lá estava ele, com seus irmãos e me olhou rápido, virando em seguida. A baixinha com cara de fada sorria me olhando uma vez e outra.



– Oi Bella?


– Oi Ângela?


– Passou mal com o sol?


– Não só não dormi direito! Vamos entrar?


Eu não consegui prestar atenção nas aulas, ainda bem que as matérias eram fáceis. Minha atenção estava em como me comportar na frente de Edward na próxima aula, me assustei por não estar com medo dele e sim por sua reação ao saber o que eu sei que ele é um vampiro e sobre como ele me tratará após nosso beijo.


Quando entrei na sala ele ainda não havia chegado, fiquei de cabeça baixa até ouvir a cadeira ser puxada e seu perfume vir até mim, não consegui me controlar e o olhei, ficamos assim, com nossos olhares ligados por incontáveis minutos, seus olhos reluzentes fixando em minha boca e meus olhos fizeram o mesmo, senti minha boca salivar ao me lembrar do gosto do beijo. Eu queria mais, e antes que eu fizesse alguma burrada o professor interromper.


O que eu tenho na cabeça, ao em vez de surtar com a verdade sobre ele, eu estou aqui salivando de vontade de beijar ele, com partes do meu corpo ate então sem vida formigando por ele. Estou parecendo uma cadela no cio! Para piorar meu corpo ficava mais consciente de Edward ao meu lado, eu gritava em minha mente que ele é perigoso, mas meu corpo não respondia e graças a Deus o sinal tocou.


– Bella?


– Sim?


– Eu queria falar sobre ontem, aquilo não deve voltar a acontecer, eu não quero que se repita – disse muito serio e meus hormônios responderam no lugar da minha inteligência.


– O que foi? Também não sou boa o bastante ou cansou de brincar com a comida? – sua expressão mudando de seria para duvida e depois surpresa.


– Como?


– Eu sei o que é! – maldita língua solta


– Não sei do que esta falando – disse levantando


– O que foi? Resolveu que meu sangue também não serve? – digo baixo quando o vejo se afastar.


– O que quer dizer com isso? – disse trancando a porta.


– Eu sei o que você é.


– Então diga – disse em minhas costas


– Vampiro


– E como chegou a essa conclusão? – como prometi a Jacob não vou envolvê-lo nisso, ate porque ele não contou sobre os Cullens.


– Vocês nunca comem nada, apesar das bandejas fartas, não saem ao sol, sua pele é fria e dura feito granito, você é veloz e forte, seus olhos mudam de cor.


– Faltou a parte mais importante, não esta interessada na minha alimentação?


– Eu sei que não me fará mal – digo o encarando, eu precisa ver a certeza em seus olhos.


– Do que nos alimentamos? – perguntou se aproximando.


– Eu sei do que se alimentam


– Então diga.


– De sangue, mas sei que não me faria mal algum! - Edward me olhava sem me ver, ficou incontáveis minutos assim, então eu já não estava no meio da sala, mas colada a parede e arfei em surpresa e medo.


– Como soube disso?


– Eu disse que descobriria


– Não devia ter descoberto nada – disse raivoso.


– Eu não vou contar a ninguém! – digo mais composta, suas mãos que antes restringiam meus movimentos agora estavam ao lado do meu corpo, segurando a bainha do meu casaco.


– Quantos anos você tem? – seus olhos fixaram-se em mim.


– 17


– Quanto tempo tem 17?


– Muito tempo


– Na semana passada... você foi... se alimentar?


– Sim – eu queria faze mais perguntas, mas fiquei com medo – é melhor irmos, estão dando por nossa falta -suas mãos seguraram minha cintura e trincou o maxilar e eu só consegui mover a cabeça.


Quando chegamos ao refeitório todas as cabeças viraram para nossa direção. Vi os outros Cullens raivosos, a loira diva parecia que pularia em minha jugular e o grandão parecia segurá-la. A baixinha parecia fazer o mesmo com o loiro dela, mas tanto ela quanto o grandão pareciam tranquilos.


– Ah deixa eu ver.... – digo virando para Edward – vocês tem super poderes ou sentido?


– Nosso sentidos são muito aguçados – respondeu apontando para as bandejas.


– Tipo ouvir nossa conversa? – digo baixo


– Sim!


– Hum, eu quero saber mais... Você me conta? – ele parecia em duvida, trocando olhares entre seus irmãos e eu– podemos sentar em outra mesa ou lá fora?


– Acho melhor não, é melhor outro lugar, estamos chamando atenção.


– Promete?


– Ainda pretende ir a Seatle?


– Tenho que comprar o vestido para o baile


– Ainda quer ir comigo?


– Você não sugou meu sangue e nem me fez mal


– Ainda...


– Eu confio em você! – seus olhos seguiram até seus irmãos.


– Tem algo que realmente precise em Seatle?


– Só o vestido – respondo após terminar de pegar os alimentos.


– Vou levá-la a outro lugar


– Tudo bem


– Eu quero te pedir um favor


– Diga – digo mordendo a maça


– Mantenha-se na loja, saindo apenas para o carro?


– Hm... ok!


– É melhor ir logo até seus amigos, seu namorado esta pensando em vir até aqui!


– Não sei de quem esta falando, mas esta enganado – sorriu de lado e meu coração falhou duas batidas, meu peito até doeu.


Sentei com todos me olhando, os meninos irritados e as meninas raivosas, apenas Ângela parecia normal e piscou para mim, conversei com ela pelos poucos minutos que me restou do intervalo. Vi os outros Cullens saírem com Edward. Na saída seus carros não estavam, fui para casa com a sensação de ser observada. Na terça tudo foi tranquilo e a tarde iria com Ângela e mais algumas meninas comprar os vestidos. Para minha surpresa e suspeita Jessica se ofereceu para me buscar. Me arrumei rápido e deixei um aviso para Charlie.


Eu fui objetiva e logo já havia comprado o meu look completo e outras coisas, sabia que as garotas demorariam e já fui preparada, sentei no canto da loja e comecei a ler O guerreiro lobo que dó da Cat. Mesmo concentrada pude sentir olhos em mim e apenas ignorei.


....


Estava distraída, lendo quando Edward se aproxima – estava pensando em irmos amanhã para Seatle, assim terá tempo de sobra para se arrumar... – disse


– Tudo bem! – digo sentindo meu coração falhar uma batida.


– Já avisou ao seu pai?


– Ainda não


– Vou passar as 14h


– Tudo bem, seus irmãos ainda estão zangados? – digo descendo do capo da picape – eles pareciam raivosos, pelo menos os loiros – digo dando de ombros.


– Ah... Não muito, perceberam que você é de confiança.


– Na picatror ou no volvo?


– Tanto faz, não usaremos para onde vamos... – disse com um sorriso torto – na verdade ainda estou esperando que corra aos gritos.


– Acredite, eu já tive essa reação! Por isso faltei a aula... – Edward se aproximou mais, poucos centímetros nos separavam.


– O que pensou? – perguntou com o olhar curioso e a voz rouca.


– Eu fiquei com medo...


– E precisa ter.


– Fiquei com medo da sua reação, não de você me machucar....


– Mesmo sabendo o que eu sou não tem medo de ficar sozinha comigo, ao meu alcance? – falou colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e deslizou seus dedos gélidos e longos por meu pescoço em cima da minha veia me causando arrepios e formigamentos.


– Não – digo quase inaudível, o sonho vindo em minha mente, será que é aquilo tudo? Minha boca salivou novamente e Edward piscou algumas vezes e se afastou.


– Boa aula


– Você não vai entrar?


– Vou me precaver....


– Ok, boa sorte seria um termo adequado?


– Sim, é um bom termo.


Com isso a aula foi um tédio e ainda tive que me segurar para não falar algo ofensivo com Mick e os outros garotos, depois segui reto para a picape e fui até onde ela aguentava sem pifar, o dia demorou a passar e a noite me ocupei em mandar emails para Renée e Pamela, contei para ela um poouco sobre Edward, apenas o necessário.


– Ele deve ser um gato! – dizia toda alegrinha.


– É. Ele é muito, eu nem sei explicar... não sei o que eu sinto por ele, mas ele mexe muito comigo, põe meus hormônios em ebulição.


– É mesmo, então ficaram?


– Não sei se um beijo se enquadra nisso!


– Minha bebê não é mais BV nem BVL né? – disse aos risos


– Deixa de ser boba!


– Já sonhou com ele? Não minta


– Hm... Já!


– Aposto que foi erótico...


– Foi...


– Ahhhhhh conta logo, anda?


– Estávamos na praia... Ele me prensava em uma pedra – fiquei com vergonha de contar o resto.


– Vocês estavam nus?


– Não exatamente...


– Fala logo Isabella.


– Eu estava com um vestido leve e sem calçinha...


– OMG! Qual era o tamanho no sonho?


– Por favor Pamela...


– Ta ok, mas não desisto.


– Vamos sair amanhã...


– Pra onde em?


– Não sei, ele esta fazendo surpresa.


– Hmmmm, quem sabe é pra cama dele...


– Até parece...


– Hm vou ter que desligar, Alex esta jogando pedrinhas na minha sacada, boa noite minha linda


– Boa noite - Dormi completamente confusa sobre Edward e despertei com uma ansiedade incomum,Charlie ainda estava em casa e percebeu meu estado.


– É melhor parar de quicar na cadeira ou vai cair!


– Nem percebi.


– Aconteceu algo? – perguntou desconfiado


– Não!


– Esta ansiosa assim por causa do baile?


– Acho que sim!


– Quem será seu acompanhante?


– Edward Cullen


– Ele é muito velho pra você


– Ele é da minha turma, mesma idade, algum problema com ele?


– Não! Apesar das aparências eles são exemplares.


– Que bom, as pessoas parecem evitá-los – digo fazendo uma careta.


– As pessoas não aceitam o diferente. Então vocês estão como dizem... Ficando?


– Acho que o termo de agora é peguete ou rolo – digo dando de ombros e não, só vamos ao baile,


– Então... eu vou passear hoje, conhecer as redondezas, talvez volte a Seatle!


– Gostou de Seatle pelo visto? Não sei se é uma boa, estamos tendo alguns problemas com animais....


– Tem lojas boas lá e não tem problema com animais, sou magrinha, só serviria pra eles palitarem os dentes! – digo rindo!


As aulas foram torturantes para mim, não sei se era minha ansiedade ou não, mas o fato de não ter nenuma aula com Edward piorou a situação . O pessoal estava marcando uma noitada, mas estava tão distraída com meus pensamentos que não lembro se respondi alguma pergunta. Foi um alivio o sinal do termino, sai praticamente correndo para a picape, mas Tyler estava no caminho, encostado a picape.


– Algum problema Tyler?


– Não...


– Eu estou com pressa, então se puder perguntar logo... – perguntei procurando as chaves da dinossauro e nitidamente o ignorando.


– Quer jantar comigo hoje?


– Não


– Já tem compromisso?


– Eu estarei ocupada – seus olhos seguiram para o outro lado, onde Edward estava com seus irmãos este que nos olhou e deu uma piscadela.


– Entendi – disse raivoso.


– Garoto maluco! - digo entrando na picape e meu celular toca.


– Oi?


– Boa tarde gata?


– Oi Alex!


– Já vai pro seu encontro?


– A Pam não sabe ficar sem te falar nada?


– Somos um só baby!


– Me poupe!


– Ta bom, eu só liguei pra te avisar que já arrumei a papelada, logo iremos lhe visitar! Estou me virando aqui mesmo no quintal ok?


– Sem problema!


– Use camisinha e pílula em!


– Vai à merda.


Cheguei logo fazendo o almoço, deixei tudo limpo e tive minha primeira crise com o guarda roupa, não sabia o que seria mais adequado e o tempo estava frio. Então optei por uma roupa comportada e sensual ao mesmo tempo, tomei um banho rápido e usei apenas um gloss de morango e lápis. As 14h em ponto Edward estacionava em frente a minha casa, desci deixando um bilhete para Charlie onde estava o jantar. Edward me esperava ao lado da porta de passageiro me olhando intensamente, abriu a porta para mim e ficou calado até sairmos de Forks.


– Para onde vamos?


– Vamos caminhar um pouco...


– Porque não me disse antes? Eu não conseguirei caminhar por muito tempo com essa roupa e sandália? –digo erguendo a perna e seus olhos percorrerem meu corpo.


– Estava distraído para ter lembrado – disse olhando minhas pernas.


– É muito longe?


– Não muito.


– Eu sou a humana, lembre-se!


– Eu lhe carrego


Parou a poucos quilômetros de uma estrada de terra, desceu e fiquei olhando do carro, serio mesmo? Edward abriu a porta com a mão estendida, aceitei de prontidão, seus olhos fixos nos meus, me deixando sem fôlego.


– Vamos?


– Aqui? Só tem mata fechada!


– Quero lhe mostrar um lugar só meu é por isso temos que passar por aqui!


– Eu... – estava com medo de me arrebentar nas raízes.


– Quer voltar?


– Não! – falei rápido de mais – era serio a parte de me carregar? – Edward veio me abraçar com seu sorriso tordo fazendo meu coração falhar uma batida.


– Quer?


– Quero! – digo segurando em sua blusa e espalmando minha mão em seu peitoral. Edward treme e me ergue, enlaço minhas pernas em seu quadril, suas mãos gélidas e firmes em minha coxa e quadril.


– Feche os olhos e não abra até eu mandar – fechei os olhos e logo senti o vento em mim, abaixei a cabeça em seu pescoço esperando por seu comando– pode abrir – diz removendo minhas pernas de seu quadril – acho que essa distancia você consegue andar sem problema - disse movendo o queixo apontando para algo em minhas costas.


Me virei e pude ver a claridade de uma campina, dentro da mata fechada. Ele correu o tempo todo, não foi por acaso que chegou a mim antes do carro. Atravessei o caminha ate a campina sem dificuldades apesar do salto. É completamente linda, vários tipos de flores e varios pássaros passeavam pelo pequeno Édem. Estava tão absorta que me assustei ao virar e não encontrar Edward.


Varri meus olhos pelo contorno e o encontrei encostado em uma das arvores, protegido dos raios do sol, comecei a caminhar ate ele quando ele ergue a mão em um pedido mudo para esperá-lo e com uma lentidão desnecessária entra na campina para a claridade.

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