quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

MVC - Capítulo 8


Edward ainda não me olhava, estava com medo dele me achar uma puta depois disso e foi constrangedor os pedidos de desculpa. Seu carro teria que ir para o concerto, o estofado estava todo rasgado e o encosto do banco do motorista foi arrancado. A volta conseguindo ser mais rápida que a ida,paramos em frente a minha casa e ele ainda não havia voltado a me olhar.



– Edward...?


– É melhor entrar Bella.


– Eu... – me cortou novamente


– Escuta... Eu estou a poucos segundo de perder o pouco controle que ainda me resta, seu cheiro... – dizia com dificuldade – sua excitação, saber que esta sem calcinha... Eu não quero lhe faltar com respeito.


– Vai se afastar? – digo surpresa com a dor em minhas palavras.


– Não, essa é uma luta perdida!


– Fica aqui?


– Seu pai esta olhando da varanda, esta pensando em vir aqui.


– Você não dorme, volta após o Charlie dormir? – Edward pensou um pouco – eu me comporto?


– Eu volto – disse me dando um beijo na testa.


Quando entrei Charlie fingia prestar atenção em uma partida, começou o pequeno interrogatório de pai, tomei um banho relaxante, minha perna estava com pequenas manchas de sangue depois desci para comer alguma coisa. Quando fui a sala Charlie estava dormindo de roncar alto. Segui para o banheiro e escovei diversas vezes meus dentes e língua, vesti meu pijama e pude ouvir os passos de Charlie e me joguei na cama fingindo dormir, não demorou para a iluminação do corredor atingir o quarto.


Esperei no mínimo 3 minutos antes de levantar e fui abrir a janela e meu susto foi tão grande ao ver Edward pendurado na arvora ao lado da minha janela que meu grito ficou preso na garganta, empurrou minha janela e pulou com naturalidade tocando o piso de madeira sem fazer barulho.


– Você faz isso parecer fácil de mais – sussurrei.


– Venho praticando


– Praticando?


– Eu... Tenho vindo aqui a um tempo.


– Serio? Quanto tempo?


– Há alguns meses! – merda, merda, merda!


– O que foi?


– Eu falo enquanto durmo....


– Eu sei! É maravilhoso ouvir seus sonhos! – OMG! O sonho pervertido na praia...


– Oh não! – digo me jogando na cama e escondendo o rosto – o que já ouviu?


– Você sente falta de casa, dos seus amigos e...


– Eu não gostei desse e... – sussurro espiando seu olhar.


– Você disse meu nome... Muitas vezes.


– Que vergonha... Eu vou cavar um buraco e me enterrar! – digo me cobrindo com o edredom.


– Não é vergonha dizer que ama alguém, mesmo se esse alguém for como eu! Bella? – chamou puxando o edredom – não seja absurda!


– Você deve estar me achando um puta depois de tudo o que aconteceu e eu ainda insisti pra dormir aqui!


– Isabella? - chamou arrancando o edredom e me forçando a olhá-lo – nunca mais volte a chamar a si mesmo deste nome! Ouviu? – disse serio de uma forma que me deu calafrios – você é a pessoa mais encantadora e inocente que eu já conheci em toda minha existência!


– Esta precisando de ir ao medico!


Edward me cobriu, me enroscando no edredom e deitou me aconchegando em seus braços. Conversamos mais alguns assuntos bobos ate o sono começar a me dominar, sua voz linda me brindou com uma canção linda e calma – Durma minha Bella, meu amor – ouvi antes de cair na inconsciência. Quando acordei estava sozinha na cama, não consegui conter o muxoxo, levantei sem vontade olhando a janela, o tempo estava muito nublado e com neblina, quando me viro sinto uma alegria imensa me invadir, Edward estava sentado na cadeira na outra janela.


– Você ficou – digo pulando em seu colo,sinto-o remexer suas pernas, só então me dando conta do que fiz, do meu estado e me afasto – momentos humanos me espera?


– Sempre! – corri para o banheiro e por milagre meu cabelo não estava um ninho,penteei amarrando em um coque e escovei meus dentes demoradamente, tomei um banho e fui de roupão ao quarto, peguei a muda sem olhá-lo e voltei ao banheiro. Não ouvi Charlie, então fui a minha janela e a viatura não estava.


– Seu pai saiu cedo para pescar!


– Hora do café da manhã – digo e arfo com sua velocidade – reformulando meu café – digo rindo ao segurar sua mão e abrir a porta – ahhhhhhhhh – gritei ao me assustar com Edward me erguendo e me sentando em seu ombro – maluco!


– Culpa sua! – diz me sentando na mesa da cozinha – então quer que eu prepare algo?


– Não obrigada! Acho que não seria adequado comer algo preparado por alguém que não ingere alimento humano a mais de um século!


– Sei cozinhar melhor que você!


– Ok senhor sabichão – digo pulando da mesa – senta essa bunda linda de granito ai e me veja caçar – digo rindo acompanhada por ele. Preparei um cereal e enquanto os flocos sugavam o leite separei uma maça e uma banana, Edward só olhava com nojo enquanto eu devorava tudo.


– Pensei que comece feito pássaro?


– E como! Eu prefiro cereal e frutas do que panquecas e bacons! Então... algum plano para hoje?


– Se estiver de acordo... eu quero lhe apresenta para minha família!


– Ver a sua família?


– Esta com medo? Eu vou protegê-la


– E ir contra sua família?


– Você é minha vida Bella!


– Avise-os primeiro, não será agradável ter a humana no território deles - digo levantando e jogando os restos no lixo.


– Eu já os avisei, Esme quer lhe conhecer!


– Quer ir agora?


– Se estiver bem com isso?


– Eu quero conhecer Esme.


Subi e me troquei, para não dificultar ainda mais a situação, preferi uma calça jeans preta e justa e uma blusa com mangas compridas, com um decote transpassado, uma boina preta para conter meus cabelos e deixá-los grudados em meu pescoço, calcei minha bota reateira preta e desci.edward me esperava ao pé da escada, seus olhos topázios se tornando escuros, com delicadeza me beijou, deixando minhas pernas bambas. Gemi em sua boca e logo se afastou, seus olhos me devorando.


– Algum problema com a roupa?


– Você é completamente apreciável, ate de burca!


– Eu realmente não sei, eu posso tentar uma outra roupa, mas não sei qual seria mais adequada – digo subindo as escadas e seus braços me puxam, seu nariz em minha nuca.


– Não! Você esta deliciosamente perfeita – disse fazendo meu coração martelar em meu peito – vamos?


– Sim! – o deixei dirigir já que não faço ideia de onde eles moram, seguimos como se fossemos sair de Forks, um pouco antes Edward gira a direção e nos faz entrar em uma estrada estreita e de pedregulhos. Após alguns minutos serpenteando pela estrada pude ver a fachada da casa. Edward logo estava ao meu lado abrindo a porta.seus olhos me estudando e sorri para certificá-lo de que estou bem e seguimos para a porta. Por dentro a casa é ainda mais linda, uma sala imensa com um lindo piano de calda ocupava uma das paredes brancas – é tão clara e linda – fiquei com vergonha da minha casa.


– Esta decepcionada por não ter nada assustador?


– Eu esperava algo assustador com elegante!


– Isso seria confuso...


– Não com as irmãs que você tem, não as conheço alem dos muros do colégio, mas elas são... diferentes – não sabia qual era o melhor adjetivo para rotulá-las.


– Com assustador...?


– Me referia a caixões, teia de aranha, casa escura e assombrada e talvez um pouco de ironia com alho, água benta e cruzes na porta! – digo e Edward riu.


– E fossas?


– Fossas não! Vegetarianos não precisam não é? Os urubus resolvem isso! Onde estão os outros?


– Mãe? Pai? – chamou um pouco mais alto. E lá estava Carlisle e sua beleza estonteante, ao lado de uma vampira alguns centímetros mais alta que eu, rosto angelical, amoroso em formato de coração, os olhos em um dourado lindo, me deu uma vontade de abraçá-la e protegê-la que me assustei.


– Esta é Esme minha mãe


– Prazer em conhecê-la – digo estendendo a mão.


– O prazer é todo meu, obrigada por faze meu filho feliz! – disse com um lindo sorriso e sinto meu rosto queimar, será que eles viram o estado do volvo? Merda!


– Os outros...? – perguntou Edward.


– Chegamos! – disse a baixinha saltitando pelos degraus e veio me abraçar – que bom que veio – disse e se afastou mexendo no nariz – nossa sei cheiro é incrível mesmo!


– Isso não te altera? – minha boca pergunta antes do cérebro funcionar.


– Ah, não. Eu não mordo minhas amigas! – disse com um lindo sorriso e sorriu para Edward que chiou com seu comentário e vejo um vulto no topo da escada, Jasper estava parado feito uma estatua.


– Bom dia Jasper?


– Bom dia, prazer em conhecê-la – disse com dificuldade.


– Digo o mesmo e desculpe – digo apontando para meu pescoço.


– Eu me acostumo.


– Rosálie e Emmett saíram... Então vou lhe mostrar a casa, tem uma coisa que você vai gostar – disse Edward.


Então Edward me mostrou a biblioteca linda e enorme, os quartos de Alice e Jasper, Rosálie e Emmett e quando apontou par o quarto de Carlisle e Esme eu estaco com a ironia – isso é serio? – digo olhando pra Edward que tentava segurar o riso. Voltei meu olhar para a enorme cruz entalhada em uma madeira escura e antiga, ergui minha mão sem tocá-la.


– É do Carlisle, o pai dele que fez!


– O bom é que vocês conseguem objetos antes deles se tornaram valiosas antiguidades, ela parece muito antiga, quantos anos?


– Por volta de 362, as pessoas não contavam o tempo com a frequência de hoje! Vamos continuar? – disse me guiado e me curvando para o final do corredor, paramos em frente a uma porta – este é o meu quarto! – disse abrindo a porta.


Seu quarto é médio perante o tamanho da casa e bem espaçoso, duas paredes de vidro do chão ao teto e as outras duas eram carregadas de estantes com incontáveis livros, lps e CDs, um radio de ultima geração, um tapete felpudo ocupava 90% do piso e os outros 10% era ocupado por um divã? Deveria ser uma cama, mas quem precisa de cama quando se é um vampiro que não dorme e é solteiro...?


– O que foi? – perguntou se materializando em minha frente.


– Só estou apreciando e gostei da ausência da cama! – digo me sentando e percebendo o quão confortável é.


– O que quer dizer?


– Quantas já trouxe pra cá?


– Como?


– Com quem já se esbaldou nesse divã? – ele riu estrondosamente – falei alguma piada por acaso?


– Esta com ciúmes?


– A humana chegou agora no resinto e é claro que tem alguma vampira ou pior vampiras de olho em você! – digo levantando


– Já disse o quanto absurda você é? – disse tentando controlar o riso – você é a primeira!


– Nesse quarto.


– Não – disse se aproximando e pegando minha mão, levando ao seu coração – você é a primeira em toada minha existência,ate da minha vida humana, você é a única que me faz sentir como se ele batesse. Eu te amo Isabella Marie Swan


Meus olhos arderam pelas lagrimas que se acumulavam e logo seriam derramadas, meu peito se contraiu enquanto meu coração acelerou com suas palavras que eram digeridas, se transformando em borboletasem meu estomago – eu também te amo Edward - digo o que meu corpo, alma e coração já sabiam e logo seus lábios devoravam os meus. Edward me aconchegou em seu colo e me deitou no divã.


– Só você tem esse domínio sobre mim, Isabella – sussurrou em meu pescoço e sorri ao ouvi-lo dizer meu nome– o que foi?


– É gostoso ouvir você dizendo meu nome.


– Sou capaz de fazê-la gostar do seu nome Isabella? – perguntou sugando meu lóbulo.


– Só gosto quando é você – digo gemendo.


– É melhor sairmos daqui – disse se afastando, em minha velocidade humana passo minhas pernas por seu quadril.


– Esta com medo da humana, Edward? – sussurro, tentando soar erótico.


– Você é que deveria ter medo, eu sou o predador! – gargalhei


– Eu não tenho medo de você – digo com deboche e ele ri de lado.


– Não devia ter dito isso – então ouço seu rosnado e me sinto ser erguida, prensada a parede e deixou seus dentes amostra, brancos e perfeitos.


– Meu vampirinho virou lobo mal? Desde já aviso que não tenho vovós vivas – ele perde a pose e começa a gargalhar – vai ter que se contentar com a netinha!


– Parece perfeito pra mim! – e já não estava entre ele e a parede, Edward me joga em suas costas e pula a porta de vidro que parecia fechada e quase me mata de susto. Então pula escalando de arvore em arvore e me deixa sozinha no topo de uma.


– Então continua sem medo? – gritou da arvore do lado.


– Você é malvado – digo tentando não me mover – me tira daqui?


– Ainda não! Falta o vento do leste – e logo os galhos começaram a chacoalhar e eu me agarrei mais ao tronco, meu coração disparando a medida que o vento aumentava a força e quando pensei que cairia seu corpo se molda ao meu– então?


– Você é muito mal, pior que o lobo mal! – digo tremendo, Edward removeu minha mão do tronco e a brisa em meu rosto deixou ciente que voltávamos para sua casa.


– Pode abrir os olhos Bella? – disse quando não me movi – desculpe?


– Talvez eu seja malvada também e me transforme no lenhador! – digo brava. Edward pega um cobertor e me embrulha e me leva para a sala, some em um piscar e voltar segundo depois com uma caneca .


– Esme fez para esquentá-la


– Obrigada!


– E para acalmá-la quero te mostrar uma coisa – disse sentando e levantando a tampa do piano, seus dedos correndo delicadamente e rapidamente pelas teclas, uma melodia familiar e calma e então reconheço, é a musica que ele canta pra mim, minha canção de ninar, levantei e me ajeitei ao seu lado, meus olhos ardendo pela lagrimas que já se faziam presente. Edward me beija delicadamente e sorri de lado.


– Quando terminar vamos para sua casa, esta na hora de conversar com Charlie! – diz e me engasgo com o chocolate.

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